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História Me apaixonei pelo meu melhor amigo gay - Chuvas


Escrita por: AL0N3G1RL

Capítulo 2 - Chuvas


120 dias antes

Aquela chuva me fez mal. Nunca gostei de chuvas, raios e trovões me dão medo. Vovó sempre dizia que a chuva vinha para levar nossas dores, mas para mim, a dor só estava começando.

- Vega, se arrume filha, se não vai se atrasar. - Minha mãe gritava das escadas.
 Desço as escadas já pronta.
 - Punha um casaco se não quiser ficar doente. - Disse ela colocando seu casaco.
 Fiz o que pediu, coloquei o casaco. 
 O tempo na cidade estava nublado, eu e meu irmão ficávamos quietos durante toda a viagem, embora minha mãe e meu pai não paravam de conversar.
 - Tchau Dustin. - Todos dizemos e Dustin sai do carro.
 A escola do Dustin não era longe, mas meus pai não confiavam mais em Bill por ter batido o ônibus escolar. Na cidade, só existia duas escolas, a das crianças conhecida como "Jardim de infância" e a verdadeira escola para os demais.
 - Fez algum amigo esse ano Vega? - Meu pai pergunta.
 - Sim pai, o nome dele é Oliver e ele é novo na cidade. - Digo olhando pela janela do carro.
 - Que bom filha. - Minha mãe diz com um tom muito alegre.
 Meus pais sabiam que eu não tinha amigos ou gostava de me enturmar. Eles achavam que Mary era minha única amiga, embora eu tivesse dito que não conversávamos muito.
[...]

Estava guardando as minhas coisas no meu armário quando Vic derruba minhas coisas. 
 - Ops! Desculpa, eu não vi - Disse num tom debochante, depois saiu com suas amigas.
 - Está tudo bem? - Oliver me ajuda a recolher meus pertences.
 - Sim - Digo
 Oliver ficou olhando de cara feia para elas quando entramos na sala.
 - Alunos, já que temos duas aulas hoje, vou passar um pequeno trabalho. - Ele anota no quadro. - Quero que me respondam esta pergunta. 
     "Do que você tem medo?"
- Me entreguem nessa aula, na outra discutimos as respostas. - Disse o mesmo. 
   Não sabia do que tinha medo, então pensei no que os outros escreveriam, do que eles teriam medo? De algo forte ou de algo simples? Depois de alguns minutos comecei a escrever, escrevi pouco então fui a primeira a terminar, logo em seguida, todos entregaram. 
 - O que escreveu? - Oliver pergunta.
 - Nada demais e você? - Digo
 - Besteira. Pensei em escrever sobre problemas intestinais. - Ele ri, mas logo fica sério e me encara.
 - Algum problema? - Pergunto.
 - Você não ri muito não é? - Comenta.
 - Acho que não - Respondo.
[...]

 Fomos comer, a comida parecia algo mastigado pelo trasgo da história que li para Dustin.
 - Acho que deveríamos ter medo disto. - Oliver disse jogando a bandeja na mesa.
 Retiro uma vasilha da minha bolsa.
 - Toma. - Entrego um bolinho. - Minha mãe fez então me pediu para trazer.
 - Sua mãe é minha heroína - Ele diz enfiando o bolinho na boca.
[...]

 O tempo passou e logo chegou a última aula, íamos ler nossos trabalhos.
 - Li e reli os trabalhos duas vezes. Obrigado Mrs. Patrick por ressaltar que deveríamos ter medo da comida da escola. - Diz o professor com os trabalhos nas mãos.
 Todos riram.
 - Alguém foi mais rápido que eu - Oliver comenta.
 - Mas dentre esses trabalhos, um me chamou atenção.... Foi o da.... Vega - Diz e todos me olham. 
 Era estranho, nunca haviam de destacado por alguma coisa.
 - O seu vai ficar por último, vou chamá-los em ordem para apresentar. - O professor diz e se senta. 
 Logo não demorou até que eu me sentisse nervosa, pensar em ler na frente de todos me deixava extremamente insegura. 
 

*Vega!VEGA! - Grita. Mary me chamava. - Não se sinta nervosa, lembre-se dos ensaios, finja que está no banheiro de sua casa.*

  - Vega, é você - Oliver.
 Me levanto, sinto que os olhares me seguem. Vou até a frente e pego o trabalho, começo a ler sem contato visual.
 - "Do que você tem medo?" Primeiro pensei no que meus colegas escreveriam, logo conclui, tenho medo de não me formar? Medo de não me casar? Medo de não vencer o jogo de futebol? A única coisa que eu tenho medo é da chuva, que as vezes, chega sem avisar trazendo devastação. Tenho medo da chuva por serem como pessoas, as que chegam sem avisar destruindo tudo o que fez. Tenho medo dos trovões por serem como almas que gritam. Tenho medo dos raios que de tanto sofrimento se soltam. Tenho medo da "chuva" levar o que temos e o vento frio levar tudo o que construímos. - Logo termino e a sala toda me encara. 
 Oliver se levanta e começa a bater palmas, pensei que ele tivesse feito isso por ser meu amigo, mas depois toda a sala o acompanhou. 
 Esse momento ficaria gravado em minha memória.
 
 



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