No dia seguinte durante a manhã de sábado, Emilie acorda no sofá ainda abraçada a Andrew. Ela se pergunta se ele realmente precisava ser lindo até dormindo, o cabelo liso e moreno bagunçado, o biquinho que ele faz por conta da cara amassada no sofá dormindo tranquilamente. Emilie se pega acariciando seus cabelos sem perceber, mas a fome a obriga a se levantar para comer alguma coisa.
Sem acorda-ló ela vai até a cozinha se deparando com sua mãe a olhando com um olhar "estranho".
– Hum... — Ela diz em um tom indecifrável para Emi.
– O que mamãe? — Tentou disfarçar o nervosismo, já imaginando que iria falar.
– vocês não fizeram nada que não deveriam no meu sofá não é Emilie Laurent-Watson?
– MÃE! — Carolina riu em resposta. "Como ela pode perguntar uma coisa dessas?"
– Eu estou brincando minha flor! Mudando de assunto, eu fiz café para todo mundo não esquece de chamar o Andrew para comer quando ele acordar. Quando eu chegar do trabalho a tarde quero que me conte porque ele veio aqui de madrugada.
– Você ouviu?
– Sabe que eu tenho um sono muito leve, não é? Mas não quis ser intrometida e deixei vocês sozinhos.
– Ah bom...
– bom, Já vou sair. — Ela lhe dá um beijo na testa antes de sair – Tchau meu amor.
– Tchau mãe.
– Ah! Já ia me esquecendo! Aproveita e chama o Andrew para ir no parque hoje.
– Eles já voltaram para a cidade? — Emilie perguntou um pouco surpresa.
É como uma tradição desde pequenos os dois irem no parque que aparece anualmente na cidade.
– Claro, e olha. Vê se acontece alguma a mais, entendeu?
– Mamãe... — Cruzou os braços.
– Ta bom, ta bom, eu já entendi! Tchau.
– Tchau!
Não demorou muito para Andrew acordar, ele tomou café da manhã com Emi, e mesmo que relutante vai para casa.
– Se quiser eu vou com você explicar para a tia Rose, aí ela não briga com você. — Emilie diz o acompanhando até a porta.
– Já falei que não precisa Emilie, te vejo mais tarde para o parque? — diz com um sorriso breve no rosto.
– Combinado.
Depois que Andrew foi embora e a casa começou a acordar o dia foi uma correria. Como Emilie se responsabilizava por arrumar a casa no fim de semana, ela também precisava cuidar da sua irmã mais nova, preparar o almoço e depois arrumar seu quarto e seu guarda-roupa que fica uma bagunça durante a semana toda até finalmente tomar um banho.
Depois do banho Emi passa no máximo quinze minutos acordada com o celular na mão acordada antes de apagar pelo cansaço.
Ao acordar com Emma a chamando, Emilie levanta em um pulo. Emma disse que Andrew estava a chamando e ele não perdeu tempo e já estava na porta do quarto observando a garota acordar.
– Ainda bem que cochilei mais cedo. Você ta parecendo que foi atropelada — Andrew diz finalmente rindo da cara de Emi.
– Pois é Emi, por isso que a mamãe diz para a gente dormir cedo.
– Vai cuidar da sua vida Emma! — a mais nova mostra a língua como resposta – Vocês dois saíam do meu quarto agora, eu vou me trocar agora.
– Tudo bem, mandona. — Andrew diz levando Emma com ele.
– Vê se pode rapaz, dormir virou crime agora.
Se levantou já procurando sua toalha oara tomar um banho, pelo visto agora teria que se arrumar em tempo recorde.
Mais ou menos uma hora depois Emilie desce arrumada para a sala, onde Andrew a esperava conversando com Thomas que reparam quando ela chega na mesma hora.
– Já ta pronta? Ta muito bonita. — Andrew diz com aquele sorriso maravilho nos lábios.
– Claro, mas você ta muito bonito também.
– Ah dá pra parar vocês dois? — Thomas intervém na conversa. – Andrew já falei que você ta proibido de namorar com a minha irmã.
– Deixa de ser chato, Thomas! — Emilie responde na mesma hora por impulso.
Os dois riem enquanto se mantém de cara fechada. Quando Emi e Andrew saem o senhor Watson os avisa.
– Andrew, não traga ela muito tarde para casa.
– Pode deixar senhor Watson. — respondeu e os dois finalmente saem rumo ao parque que não ficava muito longe de onde moravam.
– E aí? Como foi seu dia? — Emi diz enquanto o acompanhava.
– Nada fora do comum, passei o dia com o meu irmão e saí com ele — Andrw respondeu colocando as mãos no bolso enquanto andava.
– Que bom.
– Você brigou com a Amy? — Perguntou derrepente a olhando curioso.
Realmente foi um pergunta bem inesperada, Emilie por um segundo tinha se esquecido que começou a evita-la.
– Não... na verdade ela me disse algo que eu não gostei muito.
– Mas ao ponto de você ter saído correndo praticamente deve ter sido algo bem sério.
– Você viu!? — Respondeu com os olhos arregalados – Olha, não conta para ela que eu te falei isso.
– Tudo bem... — Disse desconfiado – Você vai conversar com ela depois?
– Andrew, não me leva a mal, você é meu melhor amigo, mas eu realmente não quero falar sobre isso.
– Ta bem então.
Não demorou muito para chegarem no parque, Andrew pagou nossas entradas e finalmente entraram. Aquele lugar estava muito movimentado, sem qualquer sinal de algum conhecido.
– Pensei que a gente ia encontrar alguém da escola. — Emilie diz se referindo aos amigos de Andrew, quase todas as vezes que eles saem juntos acabam encontrando os amigos dele, não que Emilie não goste até porque ela ama a campainha de Gabriel e Rafael.
– Os Tico e Teco saíram hoje para sei lá onde.
– Entendi... qual brinquedo você quer ir primeiro?
– Montanha russa claro.
– então vamos lá!
O mesmo pegou na mão de Emilie e correm até o brinquedo que não estava tão longe, dando início a uma noite muito divertida. Para Emilie estar ao lado de Andrew era sempre incrível, o que a entristece de verdade é imaginar que meus sentimentos talvez não sejam correspondidos.
– Vai na Montanha Russa comigo? — Andrew pergunta empolgado, era um brinquedo novo no parque e já era seu preferido.
– Ai... eu não sei, não é alto demais? Eu tenho medo. — Emilie respondeu disse com receio, Andrew a achava tão fofa com medo.
– Vai, por favor! — Diz fazendo biquinho – Eu vou estar com você o tempo todo, nunca te pedi nada.
– ta bem! — Disse arrastado –Eu vou, mas se eu morrer minha mãe te mata! — cruzou os braços fazendo bico.
– Ah ta! Você não vou morrer, deixa de ser dramática!
Andrew a puxa para um abraço que para ele pode ter sido rápido, mas para Emilie era como uma eternidade, uma eternidade maravilhosa que foi rapidamente interrompido por Andrew a puxando para a fila da montanha russa ainda com ela nos braços.
Quando a vez dos dois chegou ambos se sentaram nos primeiros lugares esperando a "aventura" começar. Emilie não conseguia mais segurar o seu nervosismo ao ponto de suas mãos estarem tramendo e Andrew ao perceber segurou uma de suas mãos recebendo o olhar de Emilie surpresa, mas sorriu parecendo estar mais tranquilizada. Na cabeça de Emilie ela podia ouvir a música Roller Coaster da Chung Ha na cabeça.
Quando o carrinho começou a andar aconteceu o que Andrew esperava, toda aquela adrenalina e velocidade resultaram em gritos finíssimos de Emilie enquanto ele apenas iria rir se não estivesse custando seus tímpanos.
Ambos saem do brinquedo e Emilie ainda sente o frio na barriga pelo o que acabou de acontecer, agora ela não sabe se sente por causa da montanha russa ou por estar ao lado de Andrew — ou os dois, de qualquer forma é ruim do mesmo jeito.
– vamos de novo?? — Emilie pergunta ainda entusiamada.
– Pelo amor de Deus não, eu ainda quero ter minha audição quando sair daqui. — Andrew diz fazendo Emilie rir na mesma hora.
Por algum motivo Andrew parecia disperso quando Emilie reparou em si, parecia quando o mesmo teve que lhe chamar a atenção quando ela admirava incessantemente seu sorriso ou como ele estava bem vestido mais cedo.
Mesmo achando estranho rapidamente Emilie se depara com uma barraquinha de sorvete que eles já conheciam atrás de Andrew.
– Andrew! Olha!
No mesmo instante Andrew olha para trás e segue Emilie até a barraca, ele se lembra de quando eram crianças tomando o sorvete dessa barraca. Aquele lugar era uma nostalgia total e os dois amavam isso. O melhor de tudo era a novidade que tinha ali, casquinhas de sorvete gigantes.
– Você quer? — Andrew faz a pergunta mais idiota possível, a resposta era óbvia.
– E você ainda pergunta?
Andrew foi até a barraca para pedir as casquinhas, mas voltou com apenas uma na mão
– Você comprou uma só — Emilie perguntou confusa com a casquinha em mãos.
– Óbvio, você viu o preço que tava aquilo? É gigante, dá para a gente dividir morta de fome.
– Ai cala a boca seu desnutrido, e me dá isso.
Emilie literalmente toma a casquinha das mão de Andrew e experimenta inocentemente, mas pode observar Andrew segurando o riso enquanto ela comida da casquinha.
– Andrew! seu tarado! — Diz batendo no ombro dele como resposta.
– Ai! O que que foi? — Andrew diz com um sorriso ladino no rosto.
– Eu sei muito bem o que estava pensando!
– Pela sua reação, a tarada é você! O que você anda pensando Emilie? – Diz se aproximando do rosto da garota que cora em resposta fazendo Andrew rir.
– Andrew! Emilie!
Derrepente fomos surpreendidos por Amy que vinha bem vestida diante da multidão.
– Fala — Andrew comprimentou a loira normalmente.
Por ciúmes Emilie fechou a cara na mesma hora, mas tentou disfarçar pois não queria ter que admitir para si mesma estar com ciúmes de alguém que não era seu.
– Oi Amy. — Finalmente falou com a antiga amiga por educação.
– Puxa Andrew, você está tão bonito hoje.. — Disse provavelmente fingindo não ter a existência de Emilie diante de Andrew na sua frente.
O que mais deixava Emilie indignada nessa hora era ela flertar com seu melhor amigo na sua frente, na sua cabeça pelos os acontecimentos até o momento, Amy sem sombra de dúvida já sabia que Emilie estava gostando de Andrew e quer fazer esse joguinho de rivalidade de propósito.
– Emi também me disse isso antes de virmos. — Andrew diz com um sorriso nos lábios olhando para Emilie enquanto Amy claramente se segura para que não notem ela revirando os olhos.
Ao mesmo tempo como Emilie estava lado a lado de Andrew o mesmo lha dá uma cotovelada provavelmente para que a mesma fosse conversar com Amy como ele havia lhe aconselhado, mesmo que relutante Emilie assim o faz.
– Amy, podemos conversar? — Emilie diz com um sorriso forçado na cara.
Sem nem esperar a sua resposta ela a puxa pelo braço até um canto adequado para a conversa de uma maneira não muito discreta até Andrw podia notar que não foi de uma maneira amigável.
– Me diz que palhaçada é essa!? — Diz indo direito ao assunto.
– Ai, Você ta ficando maluca? — seu ar mudou completamente agora que as duas estavam distantes de Andrew.
– Nada de mais, é que antes você tinha me dito que "gosta" do Andrew, lembra? Pensa que eu não sei que você ainda anda de papinho com seu ex e agora tem a coragem de vir dar em cima dele.
– Olha só, você ta estranha desde que eu te falei aquilo, agora você ta toda estressadinha porque eu tô saindo com quem eu bem entender? Me poupe menininha! Ele não é sua propriedade, e nem nada!
Emilie engoliu seco com a última parte, realmente, eles não namoravam nem nada. Ela já podia sentir seus olhos arderem, mae se recusava a chorar na frente de Amy durante a discussão, ela não queria parecer fraca.
– Eu te conheço o suficiente para saber que você não gosta dele de verdade. E eu não vou deixar você o magoar de formal alguma!
– É o que veremos. Você não pode contra mim, e tenha certeza que eu vou fazer ele nunca mais olhar na tua cara.
Amy saiu dali esbarrando no ombro de Emilie de propósito, ela voltou até Andrew com uma cara séria porém estava abatida, as as palavra de Amy ainda rodeavam a sua cabeça, enquanto isso Andrew parecia bem curioso com o que aconteceu.
– O que houve? — diz dando a casquinha para a Emilie que logo tira um pedaço.
– Agora eu não falo mais com ela.
– Cacete...
– Eu quero ir embora Andrew...
– Mas a gente nem foi na roda gigante.
– Eu sei, mas... — Andrew a interrompe.
– Vamos só uma vez na roda gigante e aí vamos para casa? Eu sei que é seu brinquedo favorito desde sempre e não quero que se arrependa por não ter ido depois.
– Você é muito mandão também as vezes.
– Mas você me ama mesmo assim
Realmente. Quando se deram conta já estavam no topo da roda gigante que dava a visão de todo parque, nem parecia que passaram por uma fila gigante. Emilie estava com a cabeça apoiada no ombro do Andrew e observavam a vista.
As vezes Emilie queria saber o que Andrew pensa, não só ele, mas as pessoas ao seu redor, talvez fosse mais fácil de conviver com as pessoas assim, era uma possibilidade de não se sentir tão insegura com o que os outros pensam dela.
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