História Me before you - Capítulo 08

- Você é uma safada!

- Terezinha!


Minha irmã tem um jeito único de fazer eu me sentir uma pervertida. Ela ficou chocada quando eu contei algumas partes sobre aquela noite entre eu e Claude, me deu o maior sermão do mundo por estar tendo alguma coisa com meu chefe.

Terezinha passou o dia todo falando, me dando as possibilidades de como isso iria acabar, e nenhuma delas era boa. O pior é que ela tinha razão, eu não podia fingir que nada tinha acontecido e se eu quisesse permanecer naquele emprego eu teria que colocar um ponto final nisso.


Seria quase impossível olhar para Claude do mesmo jeito depois do que aconteceu, mas aquele emprego era bom demais para eu me demitir, fora que eu tinha um contrato com ele de um ano, não poderia quebrá-lo, ele poderia não querer me dar uma carta de referência, o pior, acabar com a minha reputação já que ele era um homem muito influente.


...


Não podia negar o fato de que estava nervosa, afinal como seria as coisas daqui para frente? Será que ele iria me demitir ou querer ter um caso comigo? De qualquer forma não ia ser brinquedo de ninguém, não que eu fosse uma santa, eu também quis aquilo, e como eu queria, mas não parecia certo por que eu não queria me machucar, porque eu sabia que isso ia me machucar.


Quando cheguei na mansão fiz o meu ritual de sempre, organizei minhas coisas, coloquei minha roupa de chef, amarrei bem o cabelo e fui direto para cozinha. Comecei a preparar o café da manhã e pensar em como iria conversar com Claude, isso tava me deixando tão nervosa, como eu faria isso? Teria que criar coragem logo, pois quanto antes eu falasse seria melhor.


...


Ouvir ele chegar, e logo centro das minhas costas se contraíram de uma forma absurda, meu estômago tava gelado e não me lembrava de ter ficado tão nervosa assim. Me virei para ele e sorrir contida como sempre fazia todas as manhãs.

- Bom dia Doutor Claude, já sirvo seu café.

- Bom dia Rosa - ele sorri de um jeito divertido - pode servi aqui mesmo, vou tomar café na cozinha.


Ele parecia está se divertindo comigo, com certeza minha ansiedade estava evidente. Em pensar que há dois dias atrás ele estava em baixo de mim, me chupando, me lambendo e tocando o mais profundo de minha intimidade com seus dedos, era absurda as sensações que ele provocava em mim só em lembrar. Aquela noite tinha sido a experiência mais sexy e prazerosa de toda a minha vida, eu não tinha um histórico muito grande para comparar, mas o que ele me fazia sentir era mágico e a vontade de tê-lo por completo me apertava por dentro.

Ele começou a tomar o café e me fez sinal para eu me sentar, não discutir. Me acomodei e cruzei os dedos encima do balcão, Claude ficou me encarando por alguns segundos e como eu não disse nada ele parou.

- Mon dier, você é non sabe disfarça mesmo né?! Fala rosa!

- A gente precisa conversa. - inspirei com força.

- Non me peça desmisson por que eu non vou dá! Temos um contrato.

- Claude o que aconteceu na minha casa, isso não está certo! Eu sou sua funcionária e eu quero continuar aqui, mas se a gente tiver um caso isso vai ser impossível! Não que você queira ter um caso comigo, eu...eu só tô querendo dizer que, eu vou ter que pedir demissão. - que droga de nervoso.

- Rosa, Rosa, ei... - ele se levanta e anda em minha direção - escuta, eu non quero que você vá embora, mas também non vou negar que eu quero você quero muito mais do que eu tive naquela noite.


Meu corpo tremeu com aquelas palavras, a ansiedade por ele cresceu quando seu corpo ficou tão próximo de mim. Ele me encarava, parecia que estava estudando todo o meu rosto. Desejei aquela boca, desejei ele e tudo que ele poderia/quisesse fazer comigo.

- Vamos combinar uma coisa, eu tenho um jantar muito importante hoje com uns italianos, vem comigo! Vai ser divertido!

- Sei não Claude...

- Por favor Rosa - ele insiste - confia em mim Rosa, eu non estou brincando com você.

- respirei fundo e soltei - está bem! Que horas?

- Ele da a volta no balcão e se senta novamente - esteja pronta as 20:00 hrs.


Concordei com a cabeça e ele sorriu de novo, segurou sua xícara e pediu para eu tomar café com ele. Eu não deveria fazer isso, parecia que a voz da Terezinha estava na minha cabeça, eu já podia ouvir ela gritar comigo.


...


Escolher o que fazer com meu cabelo pareceu fácil com aquele vestido, Claude tinha mandado comprar vários para mim, eu achei aquilo um grande exagero, mas ele insistiu que eu ficasse. Eu estava tão nervosa, talvez eu devesse desistir desse jantar, sei lá eu podia inventar que tava doente, mas isso não ia colar com o Claude, fora que eu precisava resolver isso. Sairia com ele e na manhã seguinte planejava entregar minha carta de demissão, por mais que eu gostasse aquele emprego eu não ia conseguir ficar no mesmo lugar que ele sem querer relembrar aquela noite, também não resistiria se ele continuasse me olhando com desejo. Eu precisa ir embora, precisava ficar longe dele para esquecer essa paixonite sem fundamentos.


Quando terminei de me arrumar ainda faltava alguns minutos para as 20:00 hrs, então sair logo do quarto, atravessei o corredor e fui em direção a sala. Claude já estava ali, e provavelmente o barulho dos meus saltos anunciaram que eu estava também. O olhar dele sobre mim era aquecedor, e suas palavras de mais cedo ecoavam em minha cabeça.

- Você está muito linda! - ele disse me olhava vidrado.

- Obrigada! - sorrir nervosa.


Ele me estendeu a mão e logo saímos da mansão, o carro seguiu por pouco tempo até Rodrigo parar em frente a um luxuoso restaurante no centro da cidade. Agradeci mentalmente por ter escolhido um vestido fácil para mover as pernas, era um modus curto vermelho, decote com folga e costas aberta, um clássico dos anos 90 que estava na moda novamente, não que eu acompanhasse a moda, mas pela grife com certeza deveria está em alta.


Senti Claude segurar minha cintura, me guiando restaurante à dentro até alcançarmos a nossa mesa. Um homem de cabelo grisalho e muito bem vestido nos esperava, acompanhado de uma mulher loira que deveria ter uma idade próximo a dele, os dois eram o sr e sra Bianchi, italianos que moravam na Grécia.


Claude só soltou minha cintura quando nos sentamos, ele me apresentou para o casal e para minha surpresa eles já me conheciam, na verdade conheciam minha comida, disseram que sempre comiam no Diofer (meu último trabalho na Itália). Os dois eram muito simpáticos, foram agradáveis por todo o jantar, a sra Bianchi e eu conversamos bastante e até deixamos os dois sozinhos falando de seus negócios.


No final das contas o jantar foi ótimo, mas antes deles irem embora começaram a falar da sua propriedade na Grécia, na verdade eles eram um donos de uma vila em Santorini, o lugar era um pedaço de paraíso.

- O Jantar foi ótimo! Foi um prazer conhecer você senhorita Petronni. - Sr bianchi.

- Obrigada, foi um prazer conhece-los. - sorrir para os dois.

- Logo nos veremos na Vila, já passei todas as informações para o Claude. - sr Bianchi.


Eu não entendi o que ele quis dizer, mas deduzir que disse isso por educação, talvez por ser acompanhante de Claude ele tivesse deduzido que tínhamos algum relacionamento, mas mesmo assim a forma intimista como disse me fez ficar na dúvida. Então depois que o casal foi embora eu perguntei:

- O que ele quis dizer dizer com "logo nos veremos na vila"?

- O senhor Bianchi convidou nós dois para conhecer a vila em Santorini e eu disse que sim, viajamos sexta-feira. - ele arquivou as sombrancelas.


Eu podia dizer muita coisa, mas nada saía. Como ele podia ter confirmado minha presença em um lugar sem me falar nada? Eu tava chocada! Como assim eu ia para Santini com ele?