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História Me deixe sozinha - A próxima vítima


Escrita por: Lari_Doramak04

Capítulo 21 - A próxima vítima


Fanfic / Fanfiction Me deixe sozinha - A próxima vítima

Me deixe sozinha cap. 21

 

  O dia estava chuvoso, então eu estava agasalhada como um esquimó, passei a grande parte da noite passada me revirando na cama, aquela situação, que só de me lembrar, me deu arrepios, eu não sei o que pensar dela, essa manhã, quando eu e mamãe tomávamos café juntas, ela soltou um “É melhor casar com ele, ninguém mais vai te suportar” , engasguei com meu café enquanto tentava explicar para ela que não somos realmente namorados, o que não é totalmente mentira, ele nunca me pediu em namoro de verdade, isso pode parecer extremamente cliché, porém, se ele vai ser meu primeiro namorado, devia fazer isso da maneira certa.

 Enquanto eu chutava uma pedra, alguém veio por trás de mim e me tapou os olhos, meu reflexo foi de pegar a mão dessa pessoa e puxar para mim, como eu fazia em eu antigo bairro, mas assim que eu senti uma pluma na mão da pessoa não precisei fazer isso, só existe uma pessoa na terra que usaria luvas com pompons em cada um dos dedos.

-Oi Victoria, bom dia!

 Ela solta as mãos de meu rosto com uma bufada, ela está com seu habitual nariz vermelho de frio, porém dessa vez, a roupa rosa foi substituída por uma preta e vermelha, ela fica bem em qualquer cor?

-É por isso que ninguém brincava com você, não tem graça quando você usa seus poderes de leitura de mentes.

 Nós duas rimos enquanto caminhávamos até a escola, mas desde que descobri que ela sabia sobre o que realmente aconteceu a Rebecca e não me contou, não consigo caminhar com ela sem pensar no que ela esconde de mim, não, tire esses pensamentos de sua cabeça Bia, ela é sua amiga, sua única amiga.

 Me deparo olhando para ela, que parece perceber, ela esfrega o nariz vermelho com os pompons das luvas e olha para mim.

-Está tudo bem?

 Ela olha para mim intensamente, mas de uma maneira fofa, como tudo que ela faz.

-Sim, é só que.... (Não posso falar isso a ela, parece ser pessoal, vou respeitar), estava com fome... quer passar em uma padaria no caminho?

 O resto dela se iluminou, como sempre se ilumina quando eu falo de comida, ela parece um coelho, sempre faminto. Caminhamos até uma padaria perto da escola, o que eu considero uma tática incrível, não tem nada que gaste mais do que jovens indo à escola, ela com certeza é o lugar onde nós sentimos mais fome.

  Sentamos na calçada, eu havia apenas pegado um suco e uma barrinha de cereal, já ela, bom, era quase um lanche completo, sorte eu não ter gasto quase nada com o jantar de ontem a noite, falando nisso, me lembro da nossa conversa de ontem interrompida por Murilo, olho para ela, que está com um sorriso irônico no canto da boca.

-Você finalmente ficou curiosa com o final da história?

 Essa malandra, tenho certeza de que ficou me lendo a manhã inteira, e só agora que parei de pensar em Rebecca, mamãe e o Eduardo e em Murilo, finalmente me lembrei, preciso rever isso dela com Carlos, não tenho certeza desse relacionamento incerto, mas prefiro escutar os fatos antes de julgar, então confirmo com um aceno de cabeça, e essa foi sua deixa, ela coloca seu gigante copo de café ao seu lado e a limpar a garganta, ela começa.

-Bom, então o Luiz respondeu “-Acho que ela prefere se divertir com um cara de verdade” cara, CARA, eu juro que quase morri nessa hora, principalmente por que Carlos ainda não tinha me soltado, daí ele disse “-Vá procurar outra garota para divertir, eu cuido do entretenimento dessa aqui” nessa hora o Luiz pareceu querer sei lá, me puxar ou coisa do tipo, mas Carlos não tinha me soltado, o idiota começou a rir, e depois disse “-Você quer divertir todas” então ele saiu, mas então a magia acabou -Ela suspira- Ele me soltou e disse que fez aquilo por que conhece o tipo do Luiz, e que me devia uma, mas que droga, eu preciso dever ele de novo, aquela foi a maior emoção da semana.

 Suspiro junto com ela, não era a personalidade maluca dele, eu não sei se isso é bom ou ruim, isso significa tanto que ela não corre risco com a mente sinistra dele, quanto que ela não ativa essa personalidade, que pelo visto só se ativa com garotas que ele sente atração, como sentia por mim.

-Victoria, ele não estava com a personalidade louca dele pelo visto, ele estava em sã consciência, então essa história de dever algo deve ser verdade, mas olha só, você já tem um motivo para falar com ele hoje.

 Ela para de tomar o café e me olha, atenta.

-Primeiro agradeça ele, depois pergunte o que você devia a ele, já um assunto para que vocês passem um tempo conversando.

 Se antes ela parecia atenta, agora ela tem uma cara tão surpresa quanto pode ficar.

-Tá, agora você está me assustando, como você... -Ela me olha como se estivesse fazendo uma vistoria – Como tu sabe de tudo isso?

 Agora sou eu quem tem um sorriso irônico nos lábios.

-Eu vejo muito drama adolescente.

 Ela parece cada vez mais surpresa e descrente.

-É brincadeira, eu leio de tudo, acabo sabendo dessas coisas.

 Ela toma mais um gole de café ainda me encarando, assim que ela vai dizer algo escutamos o sinal da escola, e cá estamos nós correndo, carregando sacolas de lanches e quase desesperadas, essa sim é uma bela cena de amizade.

 

 Chego na sala e imediatamente sou metralhada pelos olhares das garotas da sala, Gabriela, que até hoje não havia voltado a dirigir a palavra a mim, me olha de cima a baixo, eu faria o mesmo, se a visão de seu nariz escorrendo por causa de uma gripe, não fosse tão desagradável. A professora de filosofia ainda não tinha chegado, legal, corri atoa, assim que volto a caminhar até meu lugar, ainda evitando os olhares que se tornaram maiores, alguém me segura pelos ombros e me faz dar meia volta até fora da sala, assim que sou levada para o lado de fora, me viro esperando ver a expressão sorridente de Murilo, mas em vez disso, vejo uma cara de malicia, Luiz está a minha frente com as mãos agora nos bolsos.

-Olá, ficamos um tempo sem nos falar, e eu fiquei curioso, você já se cansou de mim?

  Estou paralisada, tenho sorte de estar segurando as alças de minha mochila, pois tenho certeza de que minhas mãos estão tremendo, eu respiro fundo, seu olhar cai sobre meu corpo e me sinto nua.

-Você está excepcionalmente linda hoje, teve um boa noite?

 Se eu responder ele vai continuar, se eu não responder ele pode fazer algo mais, eu estou travada, como sempre acontece quando ele está perto, mas agora tem o pavor misturado.

-Sim, tive uma ótima noite, obrigada por perguntar.

 Sigo meu caminho, mas ele coloca o braço em meu caminho, e agora posso ver, sua tatuagem, é uma caveira, coberta por uma manta negra e com uma foice na mão, ele tem a morte nos braços, é tão real que sinto arrepios, olho no fundo de seus olhos, mas ele está olhando para outra direção, para uma garota que está segurando os livros para o professor de biologia, Luiz a olha com sede nos olhos, Victoria.


Notas Finais


Obrigada por lerem!!!
Laridorama0412


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