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História Me enamoré (romance fanfic) LUOTTO - Quatro


Escrita por: affectionluotto

Notas do Autor


Eai, mais um capitulo novo.

Capítulo 4 - Quatro


[...] A violência, seja qual for a maneira

como ela se manifesta,

é sempre uma derrota [...]

(Jean-Paul Sartre)

 

Luísa D'avila

 

Marcelo continuava a puxar os meus braços até a saída da escola, mesmo que eu tentasse protestar várias vezes, ele parecia não ouvir, estava possesso de raiva, e sem motivos, até porque estava apenas cumprimentando o Otto.

 

— Marcelo, você está me machucando de novo — Tento falar, porém, ele parecia cego de raiva.

 

— Cala a boca — Ele exclama alto, as pessoas que estavam na escola não tiravam os olhos do que estava acontecendo.

 

O que me faz sentir vergonha, até porque Marcelo e eu seremos professores aqui. Quem em sã consciência iria contratar um professor que era agressor de mulheres?

 

Marcelo continuava a me puxar pelos braços até o nosso carro, onde ele apenas abre a porta do mesmo, e me joga lá dentro como se não fosse nada demais, antes que se pudesse sair com o carro, a pessoa “responsável” por isso tudo aparece.

 

— Marcelo — Otto fala gritando fazendo com que Marcelo se assustasse com a chegada repentina do grisalho, porem, ele se recupera rapidamente do susto, se vira para Otto com os olhos negros de raiva, e diz.

 

— O que você está fazendo aqui? Vai embora.

 

Otto parece não ter gostado da forma que Marcelo falou, e fala com mais raiva do que estava.

 

— Deixa a Luísa ir embora, Marcelo. Não faça isso com ela — Diz Otto.

 

Marcelo se aproxima ainda mais de Otto e quase cuspindo na cara dele, fala.

 

— E Quem vai me impedir de fazer o que eu quero?

 

Otto sorri debochado e sem Marcelo menos esperar, lhe desfere soco no rosto que o faz cair com tudo no chão.

 

— Eu vou impedir seu canalha, deixa a Luísa em paz, não está vendo que desse jeito você a machuca? — Ele fala.

 

— Não ligo para isso, ela é minha namorada agora, você não pode fazer nada — Marcelo diz se levantando do chão e limpando o sangue que havia manchando a sua boca por conta do soco que Otto o deu.

 

— Sua namorada? E você a trata dessa forma — Otto fala sorrindo debochado novamente.

 

— Não ligo para o que você quer, a namorada é minha, e faço o que eu bem entender. Você só deve estar desse jeito porque ela me escolheu — Marcelo diz retribuindo o sorriso debochado.

 

— Marcelo, posso não estar mais com a Luísa, porém, a respeito e prezo pela felicidade dela — ele fala.

 

— Ok! Então vai embora daqui, e me deixa em paz — Marcelo diz.

 

— Não! Não irei deixar que você faça algo contra ela — Otto fala decidido a me tirar de dentro daquele carro, porém, antes que ele pudesse fazer algo, Marcelo o empurra fazendo com que ele batesse a cabeça no chão, e com medo de ter o matado, ele apenas entra no seu carro, e arranca com o mesmo em alta velocidade.

 

Fico com medo do Otto ter se machucado na sua queda, porém, fico com mais medo ainda do que ele poderia fazer comigo, se eu o contrariasse.

 

***

 

Assim que chegamos a casa de Marcelo, ele estaciona o seu carro na garagem, sai do veículo e me tira com tudo de dentro dele, e rapidamente entramos em casa.

 

— Marcelo, você pode ter matado o Otto, o que você irá fazer? — Questiono.

 

— Não sei. Isso tudo é culpa sua — Marcelo fala se aproximando de mim e me segurando pelos braços.

 

— Minha culpa? Como assim? — Questiono confusa.

 

— Você pensa que não percebi os olhares entre o Otto e você, sua vadia — Marcelo me acusa para logo em seguida me desferir um tapa na cara que me faz ir para o chão por conta da força do impacto.

 

— Marcelo, por favor, para com isso. Não olhei de nenhuma forma para o Otto — Digo chorando copiosamente.

 

— Você realmente quer que eu acredite nisso? — Marcelo fala sorrindo sarcasticamente.

 

Porém, munida de uma coragem que há muito tempo não tinha, acabo dando uma resposta um tanto quanto atrevida, que se soubesse que iria acontecer tudo isso, teria ficado calada.

 

— Marcelo, acredita no que você quiser, não ligo para o que você acha, ou deixa de achar. Não aguento mais ter que passar por isso, realmente acreditava que você me amava, porém, é tudo mentira, não é?

 

Após a minha resposta atravessada, o mesmo me olha com uma expressão de dar medo, seus olhos ficam negros e ele se aproxima gradualmente de mim.

 

— Olha como você fala comigo. Agora você vai ter que se ver comigo pelo seu atrevimento — Ele diz.

 

Com medo do que ele poderia fazer, tento fazê-lo mudar de ideia.

 

— Marcelo, calma! Me desculpa, não queria falar nada com você, foi sem querer.

 

— Pode ter sido sem querer, porém, tenho que te corrigir para que isso não aconteça de novo — Marcelo se aproxima ainda mais de mim, onde me levanto do chão e corro para o banheiro, a minha sorte é que consigo fechar a porta, e Marcelo ficava esmurrando a porta para que eu pudesse abrir, e só responde.

 

— Não irei abrir até você se acalmar, se você não parar irei chamar a polícia — Ameacei.

 

Percebo que Marcelo aos poucos vai ficando mais calmo, porém, com medo do que poderia acontecer, resolvi esperar mais um pouco antes de abrir a porta.

 

***

 

Havia se passado uma hora desde que Marcelo surtou, então resolvi abrir a porta, e percebi que Marcelo não estava mais na porta do banheiro. Então saio do banheiro, e vou para o quarto, e percebo que ele estava falando no celular.

 

Após ele terminar de falar no celular, ele se vira para mim e fala.

 

— Você se salvou disso tudo, porém, a minha mãe está doente, preciso viajar com ela para que ela faça um tratamento mais pesado fora do Brasil — Ele fala e se aproxima de mim para apertar os meus braços — Porém, quero que fique ciente que assim que voltar do Brasil. Você vai se ver comigo. Terei que viajar hoje mesmo.

 

Confesso que fiquei feliz com a viagem de Marcelo, porém, triste pelo que aconteceu com a Glória. O que será que pode ter acontecido com ela?

 

[...] Que todas as Mulheres, não só hoje mas

todos os dias, sejam livres de qualquer violência

e que não lhe sejam negados direitos à vida.

Que sejam associadas a respeito e dignidade [...]

Maria Simão Torres


Notas Finais


Eai o que acharam?


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