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História Me Espera - Capítulo Único


Escrita por: Carms

Notas do Autor


Oooiii
como vamos passar 3 meses sem episódio novo de Riverdale (chora) decidi colocar aqui como eu escreveria a cena da conversa de bughead que deveria ter tido há 7 anos.

espero que ajude vcs a matar a saudade tbm 💕

Capítulo 1 - Capítulo Único


"Eu ainda estou aqui perdido em mil versões irreais de mim"

À medida em que o fluxo de pessoas diminuía no Pop's, a respiração de Jughead ficava mais pesada.

- Eu já te falei, esse lance de alucinar que ela te pede perdão só mostra que há coisas inacabadas. Vocês precisam conversar. - Aconselhou Tabitha.

Ela era uma boa amiga e tentava ajudá-lo a resolver seus bloqueios e traumas.

- Nunca conversamos - ele começou, mas pausou para respirar fundo - no dia em que eu fui deixar o Archie na parada de ônibus, eu disse que quando voltasse conversaríamos sobre nós, mas a conversa não aconteceu.

- Veja, é isso que está inacabado. Você precisa falar para ela o que deveria ter dito há sete anos! - A amiga insistiu.

- Não acho que vá mudar alguma coisa - ele confessou.

- Você não vai saber se não tentar. - Enquantoto falava isso, Tabitha apontou com os olhos para a entrada da lanchonete.

Ao olhar para a direção em que a amiga apontou, ele pôde ver sua doce ex namorada adentrar ao local.
Quando ela se aproximou, ele respirou fundo e desejou não gaguejar.

- Ei, Betty! - Ele disse nervosamente enquanto observava Tabitha se afastar dali.

Ele não conseguia olhar para ela.

- E aí, Jug! - Sorriu docemente o olhando.

Como ela conseguia? Ele se perguntava.

- Eu tava pensando... - parou um pouco para pensar nas palavras, ele não queria soar imprudente e nem nervoso, por mais que estivesse - não me leve a mal, mas será que eu poderia falar com você?

- Claro - ela ficou séria - pode falar.

- Na verdade, queria que fosse num lugar mais reservado - fez uma careta.

- Então podemos ir agora - ela aparentava estar preocupada - Está acontecendo alguma coisa? Precisa de ajuda? Está tudo bem?

- Calma! - ele ergueu os braços para acalmá-la - Está tudo bem, só preciso resolver algo com você.

Betty não pareceu acreditar muito, mas assentiu.

- Hoje a noite você pode passar na minha casa? - Ela sugeriu.

- Combinado, então!

Depois disso a jovem fez seu pedido para viagem e o esperou sentada em uma das meses do local. O casal de amigos percebeu que ela parecia tensa.

- Pode-se ver que ela está preocuapda, ela acha que você precisa de ajuda. - Tabitha pontuou.

- E ela está certa - ele respondeu.

- Pelo menos ficou claro o quanto ela se importa com você, Jones - sua amiga sorriu maliciosamente.

Jughead apenas a ignorou e viu Betty recolher seu pedido e se retirar com um tímido gesto de despedida.

"Estou aqui por trás de todo caos em que a vida se fez"

Já era noite e o jovem parecia novamente um adolescente. Suas mãos suavam e ele treinava no espelho o que falar.

Que patético, pensou.

Foi então na direção da casa vizinha. Casa que um dia chamou de lar. Para ver a pessoa que um dia foi seu lar.

- Ei! - Betty atendeu a porta e sorriu para ele nervosa.

- Para onde você quer ir? - Jughead perguntou.

- Pensei em ficarmos aqui mesmo. Os gêmeos estão em Thornhill e minha mãe não vai atrapalhar. - Ela propôs.

- Claro, pode ser - e entrou à medida em que ela lhe dava espaço para isso.

- Espero que não se importe - ela disse enquanto subia as escadas.

Sério? Ela iria levá-lo para o seu quarto? O mesmo em que haviam tantas lembranças? Tantas histórias? Ela só poderia estar louca.

A seguiu e entrou no quarto onde vivera tantas coisas ao lado da mulher que o guiava naquele momento.

- Sinta-se a vontade - ela disse - só vou ao banheiro rapidinho.

Ele assentiu e não soube como se sentir a vontade ali.

Sentaria na cama onde tantas vezes fizeram amor? Sentaria na escrivaninha onde os dois se juntavam para escrever algo?

No meio desse devaneio, ele ficou apenas em pé, observando tudo. E notou que o local estava examente como ele lembrava. Tudo igual, incluindo as fotos espalhadas por todo o ambiente. Fotos dos dois. Por que ela não tirou?

- Voltei e você permanece no mesmo lugar - Betty disse adentrando.

- Para ser sincero eu não sei onde ficar sem ter alguma lembrança - Admitiu.

- Entendo. E você está parado no exato mesmo lugar em que me beijou pela primeira vez - ela falou.

Ele não havia reparado nisso.

- É estupidez estar aqui sem querer lembrar de algumas coisas - ele disse.

- Ali - Betty apontou para a cama - Foi nosso último beijo.

Ele precisava manter o foco. Respirou fundo e foi direto ao assunto.

- Eu preciso conversar com você.

- Claro, senta - ela foi em direção à cama e ele sentou-se ao seu lado.

- Eu estou num momento muito escuro da minha vida. Na verdade, faz alguns anos que me sinto assim. Não consigo escrever e isso está me prejudicando.

- E tem algo que eu possa fazer para te ajudar? - Ela quis saber.

- Sim, preciso que você me escute.

- Pode falar.

- Eu sempre fui inseguro com relação a você e o Archie. Sempre soube que você me trocaria por ele se pudesse. Tendo o Archie, por que iria me querer? - ele questionou sem querer uma resposta, então continuou, lutando contra as lágrimas que teimavam em cair - então quando você me falou sobre o beijo, aquilo só confirmou o que eu acreditava. Você podendo estar com ele, nem pensaria duas vezes e o aceitaria, porque foi o que aconteceu - ele agora começou a falar um pouco mais alto, com raiva - eu me senti um papel amassado que você só joga fora porque não te serve mais. Tem noção como é se sentir assim com relação à pessoa que você nunca acreditou realmente que fosse te magoar?

Ela apenas permaneceu em silêncio, sua cabeça estava abaixada mas ele sabia que ela chorava. Remorso? Não sabia.

Ele continuou.

- E eu fiquei me perguntando onde eu errei, sabe? Será que eu interpretei errado nossa relação por todos esses anos? Será que eu não te dei tudo o que você queria? Será que eu nunca fiz o suficiente? Deveria te levar a jantares ou te dar flores? Eu não sabia onde eu havia errado. Eu me senti um lixo. O que é interessante já que você costumava me fazer sentir um rei. E você era minha rainha. E eu não imaginava um dia sequer da minha vida sem você. Não fazia parte do meu roteiro. Daí fiquei perdido, nada era como o planejado e agora minha vida é uma bagunça. Tem drogas, álcool, mulheres irrelavantes, dívidas, ameaças, tem até a porra de um E.T. Mas não tem você, e você não sabe o que aquele beijo "só um" como você mesma disse, causou em mim. Foi uma avalanche e eu só queria te odiar no fim.

Então ele se calou e esperou ouvir o que ela tinha a dizer.

Mas ela não disse nada. Permanecia com sua cabeça baixa e fungando. Ele sabia que ela chorava desesperadamente e se odiou por fazê-la chorar, mas também odiou se importar tanto.

- Diga alguma coisa, por favor - ele pediu, pisando no último vestígio de orgulho que possuía.

- Você já acabou? - ela levantou a cabeça e ele pôde ver como seu rosto estava molhado.

- Sim.

Então ela se levantou e falou andando de um lado para o outro, demonstrando profundo nervosismo.

- Eu sei da sua insegurança com relação ao Archie. E eu sempre achei desnecessária. E realmente era. Eu nunca te trocaria por ele. Se eu quisesse, eu teria continuado com ele, mas eu só quis deixar claro para ele o quanto eu não suportaria te perder. Eu disse a ele que te amava e não queria te magoar e nem te perder.

- Mas também não disse que foi um erro e que se arrepende - ele a interrompeu.

- Porque não foi! O que eu senti depois daquele beijo foi que eu estava exatamente onde deveria: com você! E era onde queria permanecer. Aquele beijo foi o que faltava para eu ter ainda mais certeza que era você que eu queria e o quanto eu não suportaria te perder. Porque eu não conseguiria sobreviver sem você, mas então você decidiu que era demais para você e olha para mim: aprendi a respirar sem você. Porque é tudo o que eu faço: sobrevivo. Viver é uma palavra muito forte. Eu só viveria e seria feliz com você. Agora precisei me habituar a continuar sem aquele que eu pensei que iria estar comigo pelo resto da vida. - ela respirou fundo e continuou - Em meio à serial killers, mãe controladora, pressão da escola, todos os traumas que eu já tinha... você era a única coisa boa que eu tinha - seu choro se intensificou - e eu não te tenho mais e a minhaa vida está uma bagunça e eu só queria poder correr para você como eu fazia antes... e a Polly sumiu, e tem os gêmeos e problemas no trabalho... eu não aguento mais.

Ele notou como ela estava quebrada naquele momento. Sem nem perceber, se levantou e foi em sua direção a abraçando. Ela se derramou em lágrimas nos seus braços.

- Será que você pode me perdoar? - ela perguntou ainda em seus braços.

- Claro que posso - ele disse e só então percebeu como era certo, o quanto era exatamente aquilo que ele queria lhe dizer. Que a perdoava, que passou e que as coisas iam melhorar.

Eles passaram mais alguns minutos abraçados, quando ela ergueu seus olhos inchados e falou:

- Minha vida está cheia de escuridão também, e eu não quero te incluir nisso, você já tem muito problemas. Eu não vou te enfiar nessa enrascada. Mas se você precisar de mim, é só falar, tá?

Ele sorriu: - Sua escuridão não me assusta, Cooper. Eu vou estar ao seu lado para investigar o desaparecimento da Polly, como nos velhos tempos.

Ele notou que eles estavam muito perto um do outro. Suas mãos tocavam seu rosto e limpava suas lágrimas. Ela o olhava profundamente em seus olhos. Ele tinha que admitir que queria beijá-la e era o que ele faria se ela não fizesse nada para impedir.

Mas ela o fez. Ela o afastou rapidamente.

- Então vamos fazer um acordo - ela disse - a gente se ajuda com uma condição: nada de nos apaixonarmos de novo.

Ela propôs.

Ele queria dizer que era tarde demais pois ele nunca havia parado de amá-la, mas não o disse.

- Feito!

"Tenta me reconhecer no temporal, me espera!"


Notas Finais


O final não foi tão feliz kkkk mas eu realmente faria assim. Aí o que viria depois era um slowburn massa! Ela tentando afastar ele e vice-versa... aiai como eu quero 💕

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