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História Meant to be. - Capítulo 26


Escrita por: joaanak

Notas do Autor


Oi gente. Desculpe a demora absurda para atualizar a história.. último ano de faculdade, tá tudo muito corrido e eu não tava me sentindo muito inspirada para escrever nos últimos meses.
Prometo que vou tentar demorar menos para o próximo capítulo. Peço a paciência de vocês.
Espero que gostem desse!

Capítulo 26 - Capítulo 26


(POV LEXIE)

Psicologicamente falando, um ataque de pânico é uma manifestação extrema da ansiedade caracterizada por uma grande descarga de hormônios seguido por uma série de sintomas que se espalham por todo o corpo. É uma sensação horrível que proporciona falta de ar e sensação de sufocamento, tonteiras, sensações de desmaio, náuseas, enjoos, dor de estomago, dores no peito e um medo de morte iminente.

Existe algo que os cirurgiões chamam de “tempestade perfeita”. Uma tempestade perfeita caracteriza-se pelo fato de que, tudo que poderia dar errado, dá errado. Quando eu saí de casa naquela manhã para trabalhar, jamais imaginei o que viria a seguir; jamais imaginei que seria vítima de um sequestro e que teria uma arma apontada na cabeça... eu só queria aproveitar meus últimos dias no trabalho antes do meu bebê nascer. 

Infelizmente, a vida tem um jeito bem cômico de fazer as coisas acontecerem.

 

(POV OWEN)

“O que está acontecendo?” – o homem pediu quando notou minha inquietação.

Tentei parecer calmo e demonstrar que não estava apavorado.

Não funcionou.

Comecei a gaguejar.

“Desembuche.” – o tom de voz elevou-se a medida que ele se aproximava de nós.

“A bolsa de Lexie estourou.” – eu cuspi as palavras em sua direção e o vi arquear as sobrancelhas, com uma certa dúvida estampada no rosto.

Comecei a observar pequenas gotículas de suor se formarem no canto esquerdo do seu rosto. Ele começou a andar de um lado para o outro, nervoso. Mordia os lábios; vez e outra caminhava até a janela a fim de observar o saguão e visualizar a situação que se seguia lá embaixo, provavelmente, tentando encontrar uma solução para seu mais novo problema. Em certo momento, pegou o telefone e ligou para alguém, falando árabe.

Respirou fundo e voltou-se a nós.

Lexie apertava minha mão e respirava fundo.

“Faça o parto dela.”

“O quê?” – eu perguntei atônito.

“Você é médico, não é?? Faça o parto dela.” – falou ríspido.

“Lexie tem uma gravidez de risco..” – eu falei – “ela precisa de uma cesárea; precisa de uma equipe de médicos, enfermeiras, anestesia...”

“Muitas pessoas precisam disso na hora do parto. Muitas pessoas também não tem.” – ele suspirou – “ora, ora, Owen Hunt... você é o chefe da cirurgia, não é?” – falou seco – “você não é do exército? Pois então, o mínimo que você deve saber fazer é um parto de emergência.” – ele deu uma gargalhada.

Engoli em seco.

Pense, Hunt. Vamos... pense.

Eu repetia mentalmente para ver se alguma luz divina clareasse minhas ideias.

Nada.

Eram cinco e meia da tarde. As horas haviam voado desde o começo de todo aquele pandemônio. Àquela altura do campeonato, não se ouviam mais disparos, nem gritos, nem pânico. Apenas vozes distantes, as quais eu imaginava serem da polícia ecoavam lá embaixo. Aparentemente, a situação estava controlada... pelo menos no lado de fora do meu escritório.

Pensei.

“Preciso que você chame Alex Karev.” – falei rapidamente.

“Quê?” – o sequestrador respondeu mal-humorado.

“Alex Karev.”

Recebi um olhar carrancudo.

“Não.” - fechei os olhos e tentei relaxar. O quê eu havia aprendido a fazer no exército?

Fiz Lexie se deitar enquanto o homem se virava e mantinha sua arma para nossa direção. Começamos a cronometrar: as contrações ocorriam a cada 13 minutos. Ainda tínhamos um pouco de tempo. O relógio de minha sala tiquetaqueava enquanto eu sentia o suor escorrer pelo meu rosto. Num estalar de dedos, as contrações começaram a evoluir rapidamente e, em menos de meia hora, começaram a acontecer em intervalos de 7 minutos. Lexie estava com muita dor; as veias do seu rosto começavam a saltar e o suor misturava com as lágrimas que começavam as escorrer pelo rosto.

“Respire, Lex.” – falei tentando mantê-la calma.

Ela fungou e fez o que eu disse. Dei uma longa respirada e soltou o ar.

“Eu quero anestesia. Anestesia, por favor.” – disse entredentes.

“Lexie, você tá indo muito bem. Tô  muito orgulhoso de você. Você não quer anestesia.”

“Owen Hunt, você não pode dizer a uma mulher o que ela quer ou não quer; principalmente se ela está em trabalho de parto.” –  ela tentou abafar um grito enquanto as lágrimas escorriam compulsivamente e as contrações evoluíam ainda mais, passando para intervalos de 4 minutos e, logo em seguida, para 2 minutos.

“Owen, por favor.” – ela gritou.

“Cale a boca.” – o sequestrador gritou, visivelmente irritado com toda essa situação. Seu telefone tocou outra vez e ele prontamente atendeu. Segundos depois, duas batidas na porta foram o suficientes para tirar sua atenção (e de sua arma) de mim e Lexie.

Outro homem, muito parecido com o que estava conosco durante todo o dia, apareceu. Os dois começaram a falar e posteriormente, discutir. Suas vozes se exaltavam e logo percebi que algo não estava certo.

“Não tem mais saída. Eles nos encurralaram!!! Estamos perdido” – o segundo homem falou – “nós temos que fugir, agora.”

O primeiro homem suspirou e concordou.

“Vamos embora. Foi uma prazer sequestra-lo, major Hunt.”

Apressados, os dois homens se foram e a porta se fechou. Soltei um suspiro, aliviado. E então, percebi que em questões de minutos, aquele bebê iria nascer. Com o coração na mão, implorava a Deus por ajuda, pois precisávamos urgentemente de Alex.

“Ele vai nascer aqui!” – Lexie gritou.

“Ele não vai.”

Cinco tiros, seguidos por gritos ecoaram pelo corredor do lado de fora. Lexie gritou. De dor e de medo. E então, ela entrou no estágio expulsivo do trabalho de parto.

“Dilatação total. Você está com 10 centímetros, Lex.”

“Owen, eu não vou conseguir.”

“Você vai.” – a voz grossa se espalhou pela sala e vi Mark Sloan parado na soleira da porta.

“Mark...” – um sorriso se formou no rosto de Lexie – “venha aqui.”

 

(POV MARK)

Me sentei ao lado de Lexie e percebi que a cabecinha do bebê estava despontando.

“Empurre, amor.” – eu falei enquanto ela fazia força.

Enquanto eu permanecia por ali, Owen saiu correndo em busca de ajuda.

Pedi à Lexie para se virar em minha direção e, na contração que se seguiu, segurei a cabecinha do bebê com a minha mão direita.

“Tá quase.” – falei entre um puxo e outro – “tá acabando.”

Lexie fez força uma última vez. Seu cabelo estava encharcado devido ao suor.

Eram 18h40 quando o choro irrompeu pelo local deixando claro que toda tempestade tem um fim. A equipe de Alex chegou correndo. Ele gentilmente pegou o bebê do meu colo e a envolveu num cobertor. Olhei para Lexie e notei um sorriso em seu rosto. Um sorriso cansado e exausto, mas ainda assim, um sorriso.

“Parabéns!” – Karev exclamou – “é uma menina.”

 

 


Notas Finais


Espero que vocês tenham gostado.
Deixem seus comentários e opiniões para o próximo capítulo.
Beijos


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