1. Spirit Fanfics >
  2. Medo >
  3. Capítulo 16

História Medo - Capítulo 16


Escrita por: Arauta

Notas do Autor


Desculpe a demora.

Capítulo 16 - Capítulo 16


Chegou em casa muito mais cedo que o previsto. O dia tinha sido cheio e se sentia exausto. Encontrou Kankuro na cozinha. Nem de longe era quem queria ver. Amava o irmão, mas ele era inconveniente na maioria das vezes. Caminhou até a geladeira e pegou alguns ovos. Comeria alguma coisa rápida e iria para o quarto descansar.

– Então... – Diz Kankuro sorrindo. – Como estão as coisas entre você e a Sakura? Ela já se mudou para o seu quarto?

– Kankuro. – O repreende com uma voz mordaz.

– Vamos, lá, Gaara. Um pouco de informação para o seu irmão. – Pede. – Só quero saber se você está gostando, se ela esta gostando... – Diz malicioso.

– Está tudo ótimo com nós dois.

– Ótimo, é? – Ri. – Ela é gos...?

– Não termine essa frase. – Rosna.

– Meu deus, calma. Eu pergunto com todo respeito. – Tranquiliza o irmão. – Mas nem precisa responder, já vi que sim.

– Quero ficar sozinho, Kankuro.

– Aposto que se a Sakura estivesse aqui você não diria isso. – Diz recebendo um olhar mortal do irmão, fazendo o rir. – Você tem usado as coisas que eu te ensinei? Ou você está enferrujado? Eu te falei que devia seguir praticando.

– Kankuro, minha paciência com você acabou. – Avisa, deixando a areia girar ao redor deles. – Me deixe sozinho. Agora.

– Só mais uma pergunta. – Promete. – Ela é como você gosta?

– Sim. Agora vá embora.

– Eu sabia! Aquele seu sorriso te delatou. – Diz se levantando. – Ah, nada como ter uma mulher submissa na cama, não é mesmo?

– Claro. – Revira os olhos.

Kankuro deixou a cozinha e apreciou o silêncio. Terminou de preparar a comida e comeu. Logo foi pro quarto. Tomou um banho demorado tentando relaxar. Vestiu uma boxer e sentou-se na cama sentindo-se mais cansado do que de costume. A reunião tinha sido particularmente estressante. As vezes era impossível racionalizar com algumas pessoas. Então a porta de seu quarto se abriu. Observou Sakura caminhar até ele com o pote de unguento nas mãos, estava estranhamente calada, como se estivesse constrangida com algo. Quando chegou na cozinha, pela manhã, a encontrou conversando com Ino. As duas cochichavam e riam e ficaram completamente vermelhas quando o viram. Parecia paranoia, mas podia jurar que era ele o tema da conversa das duas.

O clima estava estranho entre os dois. E não sabia o que fazer. Enquanto Sakura foi ao banheiro lavar as mãos depois de ter terminado com o tratamento para a gripe dele, ponderava se deveria convida-la a ficar no quarto. Nunca teve uma relação amorosa e não estava seguro do que Sakura esperava dele agora. Ela voltou antes que pudesse decidir o que fazer, por isso permaneceu em silêncio quando ela recolheu suas coisas e saiu do quarto dele. Nem sequer havia se despedido dele. Certamente algo não estava bem. Levantou-se para ir questiona-la, mas Sakura o surpreendeu ao regressar.

– Parece surpreso. – Comenta Sakura, trancando a porta. – Esta tudo bem?

– Está? – Pergunta. – Te noto um pouco desconfortável perto de mim.

– Não é sua culpa. – Dá de ombros. – Você quer que eu use o óleo...?

– Não. – A interrompe. – Prefiro o outro método.

– Claro que prefere. – Ri.

Sakura se aproximou dele e pensou que iria beija-lo, mas ao invés disso o empurrou na cama. Acomodou-se na cama vendo Sakura tirar suas roupas sem pressa. Então ela subiu na cama e engatinhou até ele. Já não havia constrangimento. Estava desinibida e desejosa. Dessa vez não o deixou tomar o controle nenhuma vez. Até mesmo quando já estavam satisfeitos, lutando para respirar, Sakura se manteve sobre ele. E era delicioso ter o corpo dela acima do seu, suado, satisfeito. Acariciar suas costas nuas com intimidade. Sentir sua respiração agitada contra seu pescoço. Estava no paraíso.

Adormeceu sem se dar conta. Despertou ao sentir Sakura se afastar. Observou em silêncio como se levantou completamente nua e começou a se vestir rapidamente. Era uma mulher deslumbrante, mas muito confusa. Não entendia suas atitudes contraditórias.

– O que está fazendo?

– Me vestindo. – Responde de costas para ele.

– Por quê?

– Para ir para o meu quarto, já terminei meu serviço. – Brinca.

Diante de sua falta de resposta, ela se virou para olha-lo. Devolveu o olhar dela, mas permaneceu em silêncio, pensativo. A primeira vez também tinha querido se afastar com a desculpa de continuar seu tratamento. Dessa vez, disse que já havia terminado o tratamento. Apesar do tom de piada, aquilo o incomodou.

– O que foi? – Pergunta Sakura.

– Estou tentando entender porque você sempre quer fugir.

– Eu não estou fugindo. – Rebateu imediatamente.

– Eu só consigo pensar em 3 razões para você não estar deitada comigo agora. – Se senta e olha para o teto. – Primeira, e pouco provável, você não gostou. Segunda, menos provável ainda, você ficou comigo por uma obrigação. – A olha. – E terceira, você tem vergonha de estar comigo.

Sakura não disse nada, apenas retirou as peças que tinha vestido e voltou a se deitar. Se aproximou dele e o beijou. Mas esse beijo era diferente. Não tinha a mesma paixão que os outros que trocaram, era contido. Encerrou o beijo e se afastou para olhá-la, buscando em sua expressão informações, mas não havia nada ali. Voltou a beija-la, dessa vez ditando o ritmo. E o ritmo era lento. Retirou as roupas delas tão devagar quanto pode, a deitou na cama delicadamente e tocou seu corpo com ainda mais delicadeza. Via em seu rosto a agonia, e não sabia porque ela estava se contendo.

Tateou e beijou todo o corpo dela, mas não a penetrou. Quando ameaçou descer seus beijos outra vez ao invés de penetra-la, Sakura segurou seu braço com força e o puxou para cima. Com um sorriso de canto, a olhou desafiante. Ela respirou fundo e o soltou, ficando outra vez submissa. Parecia que ela pretendia manter essa pose e Gaara não estava disposto a seguir assim.

– Sakura, eu não vou fazer nada enquanto você continuar se contendo dessa maneira. – Avisa. – Eu não sei porque você esta fazendo isso, na verdade.

– Pensei que preferisse uma mulher submissa. – Diz amarga.

– Ouviu minha conversa com Kankuro. – Se afasta, sentando.

– Sim. – Admite, sentando-se também. – Eu entendo...

– Só concordei com meu irmão para ele ir embora. – Explica. – Se eu quiser o controle eu vou lutar com você por ele.

– Você gosta de lutar pelo controle...

– Sim. – A interrompe.

– Mas prefere uma mulher submissa. – Continua.

– Eu não disse isso.

– Disse.

– Eu nunca disse isso para você. – Corrige. – O que eu digo para o meu irmão parar de fazer perguntas não conta.

Sakura não disse nada. Permaneceu em silencio encarando a porta do quarto. Uma camada de tensão tomou o ambiente e era difícil respirar. Estava claro para os dois que teriam uma conversa difícil, que colocariam os pratos na mesa e que saindo dali, ou teriam algo sério ou nunca mais teriam nada. E admitiu para si mesmo que estava com muito, muito medo.


Notas Finais


Gostou?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...