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História Medo virtual - Capítulo quatorze: a ideia


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 14 - Capítulo quatorze: a ideia


Com a colaboração voluntária de Omoi, foi decidido então que ele continuaria a falar com o tal TurtleMaster e que, quando ele sugerisse um encontro, os dois marcariam esse encontro, mas de maneira que a polícia ficasse sabendo da data, horário e local. Mais do que isso, o maior medo dele também precisou ser revelado: Omoi tinha medo de altura, ou melhor, de cair de uma grande altura. Quanto a isso, tinham que tomar cuidado, mas a casa em que morava era de um único andar, então pelo menos ali ele estaria seguro.

A delegacia foi limpa da tinta vermelha e da pichação, mesmo que isso tivesse chamado a atenção dos moradores locais, mas nenhuma reportagem saiu na imprensa sobre o fato. A ideia de que era apenas mera pichação evidentemente não interessaria à grande mídia, e no máximo, havia comentários sobre o ocorrido na internet. Esse era um fato bastante peculiar sobre o caso, tinham que admitir: era como se as pessoas não pudessem ver nada que acontecia relacionado a ele; ou melhor, elas podiam ver, mas escolhiam ignorar. Esse talvez fosse um elemento já previsto pelo assassino, alguns elementos sempre tendem a ser ignorados pela sociedade, varridos para debaixo do tapete, como na fictícia Derby de Stephen King.

Já era tarde quando Hinata saiu de sua sala, preparando-se para ir para casa, e ela se deparou com Itachi esperando-a na recepção do prédio. — Ah, Itachi-san, achei que já tivesse ido para casa…

— Não, ainda não. Estava esperando para te dar uma carona. — o Uchiha disse, levantando-se da poltrona.

— O quê? Não, eu não posso aceitar, nós moramos em lados opostos do mesmo distrito, vai te dar muito trabalho, é uma volta muito grande… — ela tentou recusar a oferta, mas não houve jeito.

Itachi tentou não mencionar nada referente aos acontecimentos daquele dia, para não relembrar as lembranças ruins. — Não tem problema, mesmo, é o mínimo que eu posso fazer.

Ela sorriu. — Sabe, às vezes acho que você é bom demais para ser de verdade…

(...)

Na mesa de centro da sala, estavam espalhados inúmeros papéis e pastas relacionados ao caso Pennywise, além de caixas de comida chinesa de delivery. Era óbvio que esse era o caso da vida tanto da delegada quanto do investigador Sato, de toda a delegacia, e sabiam que suas carreiras, além da vida de inúmeras pessoas, dependiam da resolução do mistério. Por isso, eles não mediam esforços para encontrar o assassino, e naquela noite haviam lido e relido todos os depoimentos, arquivos e pistas do caso, tudo que podiam imaginar para tentar encontrar as respostas que queriam.

No entanto, a cada nova pista, deparavam-se com um muro que impedia-os de chegarem à verdade: ainda faltavam elementos demais para que a história que encaixasse perfeitamente. Eram esses os elementos que precisavam ainda descobrir, mas como?

— Até agora, temos um único suspeito, Naruto Uzumaki… Em outros tempos e outros casos, um suspeito como esse já poderia ter sido descartado, mas ele é a nossa única ponta de esperança no momento… Ele tem um diploma de engenharia da computação, chegou a conhecer a Hinata e esteve dentro da delegacia, foi colega de escola do Sai durante muitos anos, era primo da Karin, e amigo da Ino, ele tem conexões demais para serem apenas coincidência, mas o problema é o álibi. Durante parte do intervalo da hora da morte da Ino, ele estava em um shopping do outro lado da cidade, seria impossível chegar no apartamento dela a tempo. — Pain suspirou, sentindo-se completamente derrotado. Nunca enfrentara um caso assim, em que não tinha sequer ideia de por onde começar a resolver.

— A única possibilidade de ele ser culpado é se tivermos um segundo assassino agindo em conjunto, mas eu não acredito muito nessa possibilidade. Não bate com o modus operandi… Não adianta insistir, ele não pode ser culpado, ao menos não de acordo com as evidências que temos. — Konan insistiu.

— Então voltamos à estaca zero. Encontrar um assassino numa cidade de quarenta milhões de habitantes, assim no escuro, é loucura.

— Não, não voltamos à estaca zero… Ainda temos a hipótese de que seja alguém da delegacia. E a cada dia que se passa, eu penso cada vez mais se isso não pode ser verdade…

— Se é um de nós, então em quem vamos confiar?

— Temos, além de nós quatro trabalhando no caso, o departamento de informática, são três pessoas ao todo, três pessoas que podem ou ser culpadas ou estarem fornecendo informações a um assassino, cientes disso ou não. Não existe outra possibilidade a não ser essa, não é possível que alguém de fora tenha conseguido se infiltrar tão bem dentro da delegacia sem que a gente sequer perceba.

Foi nesse momento que, como uma luz, uma ideia iluminou a mente da delegada. Já tinham montado uma armadilha antes para o assassino, estavam montando outra agora, mas tinha ainda uma carta na manga com a qual não contava: as mensagens esquisitas do perfil desconhecido em seu Facebook. Se conseguisse falar novamente com essa pessoa e rastreá-la, haveria grande possibilidade de que encontrassem quem era o assassino. A ideia tinha uma falha, a possibilidade de que não fosse o assassino a mandar a mensagem, mas valia a pena correr o risco. — Digamos que eu tive uma ideia aqui, não sei se vai funcionar, mas posso tentar. Esses dias recebi umas mensagens estranhas, de alguém que não conheço, no Facebook. No começo não pensei que fosse nada demais, mas parando para pensar, acho que pode ser mesmo o assassino tentando se comunicar comigo. O que acha de rastrearmos o perfil?



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