- Bakugou! - Acordei em um pulo quando ouvi alguém batendo em uma mesa. Olhei ao redor e vi todos me olhando.
- Mas que porra... - Olhei para Aizawa.
- Não durma na sala de aula. - Resmungou. - Tem alguém querendo ver você, ela diz que é sua irmã.
- Minha irmã? - Franzi o cenho confuso.
- Você tem irmã? - O mais velho perguntou.
- Tenho... - Murmurei levantando do meu lugar e ignorando os olhares dos meus amigos em cima de mim. - Ela disse o que queria?
- Vai te levar a algum lugar, para a casa de um tal de Tom. - Deu de ombros.
- Ah, ótimo. - Revirei os olhos.
- Quem é Tom? - Ashido perguntou.
- Meu avô. - Comecei a arrumar minhas coisas.
- Katsuki! - Olhei para a porta da sala de aula. - Por quê tá demorando tanto?! - A mulher perguntou, ela tinha a mão na barriga e estava com um biquinho formado nos lábios. - Eu estou grávida, não deveria andar tanto, meus pés estão inchados...
- Então deveria ter ficado lá em baixo. - Contive o meu sorriso.
- É... - Cerrou os olhos. - Vamos logo, você vai me carregar até onde o carro está.
- Eu acho que não consigo te carregar até lá. - Coloquei a mochila nas costas.
- O ruivinho me carrega. - Ela andou em passos lentos até Kirishima e sentou no colo dele.
- Fumiko, eu tenho aula. - Ele olhou para a minha irmã.
- Por favor... - Ela fez beicinho. - Eu acho que posso morrer se continuar andando... - Fungou falsamente.
- Professor...
- Vá, mas volte rápido. - Shota disse.
- Você é um anjo! - Fumiko beijou a bochecha do meu namorado.
- Eu sei. - Ele riu enquanto levantava da cadeira. Eijiro saiu da sala de aula e eu o segui andando ao seu lado.
- Por que vamos para a casa do vovô? - Perguntei.
- Ele disse que queria te explicar sobre alguma coisa da... doença... - Ela disse.
- Ah... Papai também vai? - Perguntei.
- Não, vamos só nós dois. - Minha irmã sorriu.
- O que é essa doença? - Eijiro perguntou. - Você não me disse.
- Ham...
- Ainda não contou a ele? - Fumiko perguntou e eu neguei. - Conte.
- Agora?
- É.
- Não! - A olhei um pouco assustado.
- Você não confia em mim? - Kirishima me olhou.
- É claro que eu confio! - Bufei. - Eu vou te contar, só não agora. Não estou pronto.
- Vai mesmo? - Ele fez um biquinho e eu sorri.
- Sim.
Quando chegamos no local em que minha irmã deixou o carro me despedi do meu namorado com um selinho, entrei no carro e a mais velha deu partida. Duas longas horas depois chegamos na casa dos meus avôs.
- Que bom que chegaram. - Masao, pai do meu pai, sorriu. Atrás dele estava Kennedy, seu marido.
- Oi! - Sorri.
- Como vai o Eijiro? - Kennedy perguntou enquanto todos entrávamos dentro da casa.
- Aquele anjo? Me carregou até o carro. - Fumiko sorriu. - É um bom garoto.
- E meu namorado, só meu.
. . .
Cheguei no dormitório a noite, todos estavam reunidos na sala.
- Como foi na casa do seu avô? - Denki perguntou quando sentei em um dos sofás.
- Constrangedor. - Admiti.
- Por que? - Mina perguntou.
- Vovô Kennedy fazia perguntas estranhas. - Olhei para um canto qualquer.
- O nome do seu avô não era Tom? - Todoroki franziu o cenho.
- Depende de quem você está falando. - Murmurei.
- Ele tem dois avôs. - Eijiro falou com um sorriso. - Kennedy e Masao, são legais.
- Dois avôs? Homens? - Hitoshi perguntou.
- Kennedy e Masao? Não era Tom? - Deku me olhou confuso.
- Sim, dois avôs, homens, o que mais seria? - Revirei os olhos. - Tom é o apelido do vovô Masao, assim como Jerry é o do vovô Kennedy.
- Tom e Jerry?
- Sim. É de um desenho em que os personagens principais eram um gato e um rato.
- Ah...
- Meus avôs viviam implicando um com o outro quando eram mais jovens, assim como os personagens do desenho, por isso o nome... - Expliquei.
- Agora entendi. - Denki disse e eu revirei os olhos.
- Se seus avôs são homens, como sua mãe nasceu? - Shinso perguntou.
- Eles dois são pais do meu pai. - Falei.
- Então como ele nasceu? - Ochaco franziu o cenho.
- Não é da conta de vocês... - Murmurei
. . .
- Olá meus queridos amigos... - Mina apareceu no quarto de Denki. Ela era a única menina que entrava na "área dos garotos", como Kaminari gosta de falar.
- O quê você quer? - Bufei revirando os olhos.
- Uma noite do pijama com os melhores amigos de todos. - Beijou a bochecha de cada um dos meninos da squad. - Vocês aceitam? Isso me faria a pessoa mais feliz do mundo! - Deu alguns pulinhos.
- Claro. - Respondemos ao mesmo tempo, gostamos de ver Ashido feliz, a última vez que ela ficou chateada todos nós fizemos um bolo para animar ela, eu fiz a maior parte, os outros são burros.
- O que acham de assistirmos alguma série ou filme? Hoje chegou alguns lançamentos na Netflix. - A rosada sentou na cama e apoiou as pernas no ombro de Sero, esse estava sentado no chão.
- O que você quer ver? - Perguntei.
- Por que não terminamos de assistir Shadowhunters? Faz meses que paramos de assistir, estávamos nos últimos episódios. - Denki resmungou.
- Vamos! Eu gosto de ver os momentos malec. - Mina disse sorrindo.
- Malec? - Kirishima franziu o cenho.
- É, Alec e Magnus. - Hanta disse.
- Por que gosta de ver os momentos deles? - Eijiro perguntou e saímos do quarto.
- Eu gosto de ver homens se pegando. - Ela entrou no elevador e a seguimos.
- Explicativo. - Murmurei.
- Eu sei. - Passou os braços ao redor da minha cintura.
- Que intimidade é essa? - Me afastei e, quando as portas do elevador abriram fiquei ao lado de Kirishima.
- Não posso mais te tocar? Kirishima sempre faz isso. - Ela fez beicinho.
- É diferente. - Revirei os olhos.
- Por que? - Denki passou um dos braços ao redor da minha cintura e Mina fez o mesmo do outro lado. A rosada apertou uma das minhas nádegas enquanto o pikashu deixava um tapa na outra.
- Porque ele não fica batendo na minha bunda! - Corri até o sofá e sentei no lado esquerdo, logo Denki sentou no meio, Mina no lado direito e Eijiro ficou em pé na minha frente enquanto Sero sentava no chão. - Que foi? - Arqueei uma das sobrancelhas.
- Eu não vou sentar no chão.
- Muito menos eu. - Franzi o cenho. O ruivo sorriu e agarrou meu pulso, me puxou e sentou no lugar. - Mas que porra... - E em segundos eu estava deitado no colo dos três. Me ajeitei para ficar deitado de lado e de frente para a tevê, eu estava com a cabeça no colo de Eijiro e as pernas no colo de Ashido
- Oh, ele vai nos usar de cama. - Kaminari riu baixo. Senti a mão do loiro ir até a minha cintura e alisar ali, eu deixei, eu gosto disso e não incomoda.
- Tá muito bondoso hoje, aconteceu algo? - Eijiro teve a ousadia de beijar minha bochecha.
- Ei, ei! Eu não dei permissão pra fazer isso. - O olhei.
- Denki está alisando sua cintura e você não fala nada. - Resmungou. - Eu gosto de dar carinho as pessoas, okay?
- Eu concordo com o Kiri, você está a bondoso. E, para aproveitar seu ótimo humor, quero que faça algo pra mim. - Ashido pediu enquanto o episódio da série começava.
- O quê? - Perguntei.
- Vista isso. - Tirou uma sacola do lado do sofá e jogou na minha cara.
- Vadia... - Sussurrei pegando a sacola.
- Vista, vai ficar desse jeito até ir dormir. - Ordenou.
- Você não manda em mim. - Falei depois de olhar o que tinha ali. - Eu não vou vestir isso.
- Vai sim, ou você quer que eu fique te importunando? - Perguntou. Eu odeio quando ela fica fazendo isso, fica grudenta e me abraça o tempo todo, sem contar que bate na minha bunda do nada enquanto estou andando.
- Tem uma saia aqui, eu não vou vestir uma saia. - Sentei no colo de Kaminari.
- Vai sim, quer me ver triste também? - Fez beicinho.
- Eu te odeio. - Levantei e fui até o banheiro. Decidi tomar um banho demorado, estava um pouco quente.
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