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História M.e.L - Capítulo LX.


Escrita por: Syatha

Capítulo 61 - Capítulo LX.





No dia seguinte acordei sentindo duas pequenas mãos nas minhas bochechas.

- Papa! - Ouvi a voz baixinha de Aiko e contive o sorriso. - Papa, acorde!

- Querida, acho que o papai não quer acordar... - Era Mitsuki.

- Hmmm... - Abri minimamente um dos olhos e vi minha filha fazendo beicinho, os olhos marejados e me olhando. - Papa? - Ela sorriu.

- Bom dia, meu amor! - A abracei ouvindo sua risadinha e sentei na cama.

- Ah, você acordou? - Olhei para cima e vi Mitsuki e minha mãe, a loira me gravava com o celular.

- Sim. - Revirei os olhos.

- Venha, o café da manhã está na mesa. - Minha mãe chamou e eu afirmei. As duas saíram do quarto fechando a porta e Aiko me encarou sorrindo.

- Vou vestir algo, querida. Por que não desceu com suas avós?

- Papa. - Ela ficou séria e bateu a mão no colchão.

- Você quer ficar comigo? - Perguntei e ela balancou a cabeça. - Hmmm, então me ajude a escolher uma roupa. - A sentei no colchão e levantei puxando o lençol comigo para me cobrir. Eu deveria ter imaginado que não seria uma boa ideia dormir nu com minha filha em casa...

Segui até o guarda-roupa e tirei algumas roupas dali, os coloquei na cama e deixei que a loirinha escolhesse. Ela optou pela camisa rosa e um short solto laranja. Eu tentei fazer com que ela escolhesse a camisa preta e a bermuda cinza, mas ela jogou as roupas no chão e ameaçou chorar.

- Filha, não seja assim... - Fiz um biquinho e ela me imitou, dessa vez erguendo as roupas que escolheu e jogando na minha direção sem muita força. - Tá, já entendi! - Bufei. Fui até o guarda-roupa e peguei uma cueca box preta, vesti o short e então a camisa rosa. Me olhei no espelho, Aiko me observava ainda sentada na cama. - Até que não está tão ruim. - Sussurrei. - Vamos descer. - Peguei a menina nos braços e saí do quarto.

Quando cheguei na sala de jantar encontrei meus pais, irmãs e Mitsuki na mesa. Eles me encararam, escutei a risadinha da minha irmã mais nova e revirei os olhos.

- Foi Aiko que escolheu. - Dei uma voltinha.

- Tá lindo, filho. - Meu pai disse.

- Não é tão ruim. - A mãe do meu namorado falou.

- Papa indo!

- Ele tá indo pra onde? - Akemi perguntou para o meu pai.

- Ela disse que ele está lindo. - Minha mãe traduziu.

- Ah... eu não entendo essa língua. - Ela murmurou.

- Quando você tinha a idade de Aiko era eu que não te entendia. - Yuri disse um pouco baixo.

- Pai! - Minha irmã mais velha cruzou os braços e eu ri.

Sentei na mesa e coloquei minha filha no meu colo, começamos a comer e em pouco tempo já estávamos nos dividindo pela casa novamente. Eu fui para o quarto de hóspedes com Mitsuki atrás de mim, entramos e ela abriu uma mala pequena onde tinha as coisas de Aiko, então foi aí que começou a escolha de roupas, parecia que nunca iria acabar!

- O que acha dessa jardineirinha jeans com essa blusinha vermelha com flores? - A loira mais velha ergueu a roupa e eu afirmei. - Agora, os sapatos!

- Alguém me salve... - Sussurrei. Para a minha sorte, ela trouxe apenas quatro pares de sapatos. Assim que vi um par de sapatos pretos, semelhante a um que eu tinha eu os peguei.

- Esse! - Falei sério.

- Ah... certo, vai servir. Agora saia, me deixe arrumar essa linda menininha, vá tomar um banho e trocar de roupa. - A sra. Bakugou ordenou e fiquei feliz em obedecer.

Tomei um banho não muito demorado e fui escolher uma roupa. Optei por uma bermuda jeans e uma camisa vermelha, por fim o tênis preto que mencionei antes. E sim, eu vou sair de casa combinando com minha filha.

Voltei para o quarto de hóspedes e assim que abri a porta Aiko correu na minha direção sorrindo. A peguei nos braços e avaliei seu penteado, eram dois rabos de cavalo, o cabelo dela não era tão grande, mas é espetado igual o de Katsuki, então ficou parecido com pequenas "explosões" nas laterais da sua cabeça.

- Você está linda. - Beijei sua bochecha.

- E você está combinando com ela. - Mitsuki se aproximou.

- Não consegui resistir. - Dei de ombros.

- Se minha neta voltar pra casa machucada, mesmo que seja apenas um arranhão, é bom você tomar cuidado, ouviu bem? Facas podem ser lançadas na sua direção a qualquer hora.

- Eu sou o namorado do seu filho!

- Ele entenderia. - Deu de ombros e sorriu. - Lindinha, cuide do papai.

- Eu vô! - Balançou a cabeça séria.

- Certo, vamos logo.

. . .

Eu estava no parquinho perto de casa brincando com Aiko quando...

- Levante as mãos e não reaja. Passa tudo garoto! - Era uma voz grossa, de arrepiar os cabelos do...

- Shinso, você não vai me enganar. - Bufei me virando.

- Droga. - Bufou. - Quem é essa?

- Aiko. - Foi tudo o que eu disse.

- Esse nome me é familiar... - Murmurou. - Bem, não deve ser nada. - Se agachou na frente de Aiko, que estava sentada no balanço. - Olá querida, me chamo Hitoshi Shinso, pode me chamar de tio Shin. - Ele disse sorrindo de canto e ri baixinho. Minha filha olhou para mim, e então falou.

- Tio Shin.

- Isso! Quer brincar comigo e deixar o Kirishima descansar?

- Kiripima? - Fez uma expressão confusa.

- Espere, espere! Ei preciso gravar isso. - Peguei o celular do bolso da calça e agachei ao lado do meu amigo. - Princesinha, fale Kirishima.

- Hmm...

- Repita comigo, Ki...

- Ki...

- Ri...

- Li... - Ela me olhava concentrada.

- Shi...

- Shi...

- Ma.

- Ma!

- Ki-ri-shi-ma!

- Ki-li-pi-ma!

- Kirishima.

- Kiripima!

- Não, querida. É Kirishima. - Hitoshi disse sorrindo de canto.

- Kiripima.

- Kirishima.

- Kiripima! - Cruzou os braços e fez beicinho.

- Tudo bem, pode ser Kiripima mesmo. - Parei de gravar rindo baixinho. - Princesa, vou ficar ali no banco um pouquinho, tá? O tio Shin vai ficar aqui brincando com você.

- Otay. - Balançou as perninhas sorrindo.

- Agora é com você, meu amigo. - Dei duas batidinhas no ombro do outro.

- Segura meu celular?

- Claro. - Peguei o celular de Shinso e fui até o banco.

Fiquei observando os dois brincarem juntos por um tempo. Me perguntei se algum dia eu iria contar a Shinso sobre meu relacionamento com Katsuki, e sobre Aiko ser minha filha. Se fosse por mim eu já estaria gritando por aí o quanto amo esses dois. Eu só queria que o mundo soubesse o quanto eu amo aquele homem. Esse era o plano que eu tinha na cabeça, até minha princesa aparecer nas nossas vidas, não foi algo ruim, mas tivemos que adiar nossos planos de contar para todos os nossos amigos.

Quando eu me mudar para o Canadá pretendo manter contato com todos. Às vezes me pego pensando como seria se tivessesmos ficado aqui no Japão, contado a todos sobre a gravidez, se nos apoiariam ou não... A squad com certeza iria apoiar, talvez achassem estranho, mas iriam apoiar e seriam os tios que mimariam Aiko. Izuku e Todoroki eu não sei ao certo, Midoriya iria aceitar, Shoto eu já não sei, provavelmente seria influenciado pelo namorado. Os outros eu não sei, sem querer ser grosseiro, não sou tão próximo deles para me importar com suas opiniões sobre minha vida.

- Kirishima, vem aqui! - Escutei Hitoshi me chamar gritando, e então voltei ao mundo, só para perceber minha filha sentada no chão chorando.

- Aiko! - Levantei e fui correndo até eles. - Ah querida, o que aconteceu?

- Ela caiu, eu não consegui segurá-la a tempo. Desculpa. - Shinso murmurou sem me olhar.

- Tá tudo bem. - Falei e levantei a loirinha. Ela ainda chorava, mas não tanto quanto antes. - Está doendo em algum lugar?

- Uhum. - Ela apontou para o joelho e vi que estava vermelho, Felizmente não sangrava. Sorri e a ergui mais um pouco, beijei o joelho e depois sua bochecha.

- Daqui a pouco vai melhorar, okay? - A peguei nos braços e ela rodeou meu pescoço enquanto deitava a cabeça no meu ombro.

- Otay... - Sussurrou baixinho.

- Mitsuki vai me matar. - Murmurei. - Ei cara, vou indo pra casa, tenho que chegar antes do almoço.

- Desculpa Kirishima, não foi...

- Tá tudo bem, eu já disse. Nem sangrou, ela é uma menininha forte e pode aguentar. - Sorri.

- Certo.

- Tchau Shinso, até outra hora. - Me virei e comecei a andar.

- Tchau tchau tio Shin!

- Até mais lindinha.






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