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História Mel e Canela - yaoi - Banheiro


Escrita por: F_kk

Notas do Autor


Oi 🙈🙈

Cheguei na maior cara deslavada depois de ter sumido tanto tempo 🙈

Desculpem a demora, e sem mais delongas, vamos lá!?

- Obs: não leiam em público 🙈

Capítulo 37 - Banheiro


Fanfic / Fanfiction Mel e Canela - yaoi - Banheiro

A descoberta do que aconteceu com a Vick me deixou arrasado...

 

Saber que minha amiga sofreu em silêncio esse tempo todo, sendo torturada pelas memórias do que ela passou e ainda por cima tendo sido calada pela própria mãe foi aterrorizante. 

 

Por sorte, o Sato era o melhor namorado que a minha amiga poderia ter. O apoio dele e do pai da Vick faria toda a diferença para a minha amiga e quando descobrimos que ela teve coragem de ir na delegacia e denunciar tudo, foi como ver uma mulher muito mais forte e poderosa nascendo bem na minha frente. Ela não era mais aquela menininha que eu acha que ela ainda era. Infelizmente, essa mulher foi forjada a um custo alto demais e eu não desejava isso para nenhuma pessoa nesse mundo, seja homem, mulher, criança ou idoso. 

 

As dores que a Vick suportou sozinha era algo imensurável e meu coração ficou extremamente machucado, mas tudo que eu poderia fazer era ficar ao lado da minha amiga. Eu não tinha palavras para consola-lá e nenhum gesto meu poderia desfazer o que ela passou, mas o fato dela saber que tinha minha amizade era o que me confortava. 

 

Claro que o Felipe percebeu que eu tinha ficado extremamente mexido com tudo isso e ele também ficou consternado e se preocupou comigo. Não quis me deixar sozinho, com medo que eu tivesse uma crise ou algo assim. Talvez não fosse só por isso, mas confesso que me sentia melhor em sua companhia de qualquer forma, então, depois que saímos da casa da Vick, fomos para a casa dele. 

 

Tão bom ficar namorando despretensiosamente, apenas abraçados, deitados no sofá da sala, assistindo a um filme qualquer na Netflix e conversando sobre assuntos variados. Nós estávamos nos conhecendo cada vez mais, como amigos, como namorados e como amantes... 

 

Nossos gostos, histórias do nosso passado, nossas amizades, nossas famílias. Conversamos sobre tudo, rimos, trocamos carinhos. Foi uma tarde muito proveitosa e me fez esquecer, pelo menos momentaneamente do que havia se passado com a Vick. 

 

Apesar de tudo, sabia que agora uma nova fase da vida da minha amiga estava começando. E na minha vida também...

 

Quando estava beijando o Felipe, deitado sobre ele naquele sofá, suas mãos em minha cintura e eu me segurando em seu peito, ouvimos o barulho do carro dos pais dele chegando. 

 

- Acho que nem percebemos a hora passando... – separei meus lábios dos seus. 

 

- Eu esqueço do mundo quando estou com você... – acariciou minha bochecha, com seus olhos nos meus, aquele sorriso sedutor que fazia eu perder qualquer linha de raciocínio instantaneamente. 

 

- Mas acho que nós não podemos continuar assim, já que seus pais chegaram... – fui me levantando e me colocando em pé a sua frente. 

 

- Por que não? – puxou a mão que eu havia estendido a ele e fui pego de surpresa, caindo sobre seu colo. 

 

- Felipe, não faz isso... – consegui me soltar de mais um beijo.

 

De fato, não queria que os pais dele e a sua irmãzinha nos pegassem assim, em um momento tão íntimo, bem no meio da sala da casa deles. 

 

- Irmããããoooooooo... – ouvimos um grito fino invadindo a casa juntamente com o barulho da porta da cozinha se abrindo. Era a Malu entrando correndo. 

 

Saí rapidamente do colo do Felipe e me sentei ao lado dele, quando aquele pequeno furacãozinho se jogou no colo do meu namorado. 

 

- Como foi seu dia, gatinha? – ele perguntou enquanto espalhava a irmã em meio ao seu abraço e aos beijos na bochecha. 

 

- Foi legal... – respondeu dando risada – A Tia Lu contou a história da Branca de Neve! – ela se referiu ao dia na creche. 

 

- E você não vai dar oi pro Cadu? – ele perguntou e ela ficou imediatamente tímida. 

 

- Oi... – falou, olhando para mim, mas se encolhendo em meio aos braços do Felipe. 

 

- Oi... Eu não vou ganhar um abraço também? – perguntei e ela lentamente saiu do colo do irmão e veio me abraçar, deitando seu rosto em meu ombro e me dando leves tapinhas nas minhas costas. 

 

Se algum dia, eu tivesse uma sobrinha, queria que fosse como ela...

 

- Cadu, que surpresa boa! – ouvi a voz da mãe do Felipe e me virei automaticamente em sua direção. – Eu já ia puxar a orelha do meu filho por não ter te trazido mais aqui! – veio me cumprimentar e em seguida, o pai do Felipe me cumprimentou também. 

 

- Eu vou preparar o café pra vocês! Malu, você me ajudar? – Felipe se prontificou e aquela pequena menininha foi toda feliz com o irmão para a cozinha. 

 

- Você nos acompanha no jantar hoje, Cadu? – o pai dele me perguntou e eu realmente não tinha pensado sobre isso. 

 

- Eu não sei... O meu irmão nem sabe que eu vim aqui hoje... – falei, todo sem graça. Não que o Nando fosse se importar, mas eu não tinha planejado nada. 

 

- Eu mesmo ligo pra ele e peço autorização pra você dormir aqui comigo! – Felipe falou lá da cozinha. 

 

- O que? Não! – respondi automaticamente. 

 

- Não o que? Não vai querer dormir comigo ou não quer que eu ligue para o meu cunhado? – Felipe perguntou debochando. 

 

Eu estava todo lascado com esse meu namorado...

 

- Se você quiser, Cadu, eu posso ligar e falar com ele... – a mãe do Felipe sugeriu. Não sei se ela pensou que o Nando fosse do tipo irmão mais velho controlador ou o que, mas esse realmente não era o caso. 

 

- Ah, não! Não precisa, dona Lúcia. Eu acho melhor eu ir para casa. Amanhã, eu saio cedo para ir para o colégio... – respondi, evasivo. 

 

- Eu acordo cedo todo dia também! Isso não será um problema! – Felipe argumentou, lá da cozinha. 

 

Eu não sabia mais o que dizer para fugir... na verdade, nem sei se eu queria fugir. Eu adorava dormir com o Felipe, abraçado a ele e acordando ao seu lado, mas os pais e a irmã dele estariam em casa e eu me sentia tão constrangido com isso. 

 

- Meu querido, a casa é sua! Se você se sentir bem, pode dormir conosco! – a dona Lúcia falou, segurando em minha mão direita. 

 

Mais um argumento e eu cederia... e cedi! 

 

Malu me pediu para ler um livro para fazer ela dormir e claro que ela só iria dormir depois de jantar e tomar banho e não teve jeito. Avisei o Nando, acabei ficando para o jantar e para dormir também. 

 

Felipe nem tinha segundas intenções nisso, pensei ironicamente e suspeito que foi ele que sugeriu para a irmã me pedir para ler essa estória para ela, mas o fato era que eu queria ficar cada vez mais tempo com o Felipe, talvez compensar o tempo perdido enquanto estávamos tendo aquela relação às escondidas. 

 

Ao término do jantar, ajudei o Felipe a colocar o pijama depois que a Malu tomou banho e sentei em um banquinho cor de rosa do lado da caminha dela. Luz apagada, móbile ligado, com uma música de ninar, rezamos juntos e depois contei a estorinha de acordo com o livro, mal enxergando direito, já que a luz do móbile era bem fraquinha. 

 

Não estava nem no meio do livrinho e ela já tinha dormido. 

 

- Você vai ser um bom pai no futuro... -  ouvi a voz sussurrada do Felipe próximo ao meu ouvido enquanto eu cobria a Malu. 

 

- Pai...!? – falei, um tanto atômico. 

 

- É o ciclo natural da vida... nascer, crescer, reproduzir... – ele falou ainda sussurrando. 

 

- Felipe, isso não se aplica a nós dois... – respondi, meio confuso. 

 

Nunca tinha pensado em ser pai, até mesmo nunca imaginava que algum dia eu seria tio... 

 

- Eu sei! Ao estou brincando com você! – ele riu e estendeu a mão, me puxando para levantar. Quando estávamos chegando a porta do quarto da Malu, nos deparamos com os pais dele vindo pelo corredor. Eles nos desejaram boa noite e passaram no quarto da filha para dar um beijo nela. 

 

Claro que eu fiquei mais vermelho ainda ao entrar no quarto junto com o Felipe. Ainda era estranho pensar que os pais dele estariam no quarto ao lado e nós dois dormindo juntos nessa cama. 

 

- Estava louco para ficar sozinho com você de novo... – ele já envolveu seus braços em minha cintura e me puxou para um beijo.

 

Eu jurei a mim mesmo que essa noite eu só iria dormir com o Felipe... só dormir... só dormir... DORMIR... 

 

E lá estava eu, já sem o meu casaco e tendo as mãos do Felipe puxando a minha camiseta para cima também...

 

- Felipe... não... não... – sussurrei entre nossos beijos. 

 

- Não se preocupe... os quartos tem um bom isolamento acústico... – ele respondeu, me conduzindo em direção ao banheiro. 

 

- O que? – o encarei. 

 

- Eu nunca escutei nenhum barulho vindo do quarto dos meus pais e eu acho que eles são bem jovens e devem praticar bastante, então acho que eles não podem nos ouvir também! 

 

- Heim? O que? – fiquei com a cara no chão. Como o Felipe podia falar tão descaradamente sobre a vida sexual dos pais dele assim!?

 

-  Ah, Cadu! – ele deu risada – Você precisa ver a sua cara agora! – debochava de mim, rindo alto. 

 

- Xiu! – coloquei a mão sobre a boca dele. – Eles vão nos ouvir! – briguei com ele, mas ao invés dele responder ou me obedecer, ele me lançou um olhar sedutor, pegando em minha mão e começando a sugar um dos meus dedos. 

 

Como ele era capaz de fazer isso? Como ele tinha coragem sendo que nós não estávamos sozinhos nessa casa...!? 

 

Se bem que, em praticamente todas as outras vezes, nós também não estávamos sozinhos, mas dessa vez, eram os pais dele que estavam no quarto exatamente ao lado, separados apenas pelo banheiro do quarto do Felipe e que por sinal, era exatamente para lá que ele estavam levando. 

 

- Cadu, não foge de mim, por favor? 

 

E eu conseguia resistir a esse homem falando todo manhoso desse jeito? 

 

- Eu não vou fugir... é só que... – eu não conseguia falar... não queria negar. 

 

- Eu só vou te dar carinho... prometo que não vou fazer nada demais... – falou sussurrado enquanto mordia o lóbulo da minha orelha. 

 

Ele conseguia me deixar louco e eu já estava latejando de desejo pelo seu toque, seus carinhos, seus beijos. 

 

Por mais que eu quisesse não fazer barulho algum, deixei escapar alguns gemidos e sussurros enquanto tirávamos nossas roupas em meio a beijos e carícias. 

 

A água do chuveiro estava bem quente, ideal para essa noite fria, mas isso não importava... nessa hora, nada importava, apenas nossas bocas se envolvendo em beijos cada vez mais pecaminosos, nossas peles molhadas e suas mãos selvagens desbravando o meu corpo. 

 

Loucura? Devassidão? Luxúria? Não sei como classificar, só sei que quando eu estava a mercê dos desejos do Felipe, não conseguia pensar em mais nada, lembrar de mais nada, sentir mais nada além de nós dois. 

 

Ahhh, seus lábios me mordendo e me sugando, lambendo e apertando minha pele contra seus dentes, seus dedos me desbravando e nossas ereções se encontrando num desejo que não cabia mais em mim. 

 

Felipe me encostou naquele azulejo gelado que contrastava com a água quente do chuveiro e por alguns segundos me encarou, tão ofegante quanto eu. Mechas de cabelo molhadas caídas em frente aos seus olhos e aquele sorriso de predador. 

 

- Eu só vou te dar carinho... só isso... – falou novamente com aquela voz sussurrada e então, com o sabonete em suas mãos, começou a me ensaboar e a beijar cada parte do meu corpo, descendo lentamente e me deixando cada vez mais desejoso pelo seu toque. 

 

Sempre que o Felipe dizia que só iria me dar carinho, eu tinha a sensação que ele queria me ver implorando por seu toque, por seu desejo, pelas loucuras que fazíamos quando perdíamos completamente a razão. Ele gostava disso. Sentia tesão. Isso o incitava ainda mais, mas ao mesmo tempo, eu sentia que ele fazia isso para fazer eu me sentir bem, confortável e tranquilo em meio aos seus carinhos. Tenho certeza que ele jamais faria algo que eu não quisesse, mas também, ele me provocaria ao ponto de me fazer implorar por aquilo que ele estava me aguçando. 

 

- Você quer...!? – me perguntou, provocante, quando chegou ao meu penis. 

 

Claro que eu queria e como queria. Vê-lo ali, ajoelhado a minha frente, segurando o meu penis e me encarando com um sorriso maldoso era atordoante.

 

- Uhum... – respondi num gemido, mordendo meu lábio inferior e sentindo meu corpo todo se arrepiar enquanto ele lambia lentamente a minha glande. – Ahhh... – não aguentei e fechei meus olhos, inclinando minha cabeça para trás e acariciando seu cabelo molhado enquanto ele me envolvia por completo em sua boca. 

 

Ele conseguia ser tão arrebatador, me deixando completamente envolvido num ar de lascívia e pecado. Dois pecadores em um banheiro transpirando em vapor pela água quente e pelo calor de nossos corpos. 

 

Mas, não! Não assim...

 

- Felipe... vem aqui... – fiz um enorme esforço para me segurar e puxa-lo para cima. 

 

Eu queria toca-lo também. Queria mostrar que eu o desejava e queria satisfazê-lo. 

 

Ele ficou frente a frente comigo novamente e eu me joguei em seus lábios, o beijando alucinadamente e quando o toquei, acariciei seu penis por completo e ele sorriu entre nosso beijo. 

 

- Você quer fazer isso juntos? – sussurrou, me lançando aquele olhar sedutor. 

 

- Quero...! – respondi, lançando meu braço esquerdo ao redor do meu pescoço e o impedindo de separar nossos lábios novamente. 

 

Nossos movimentos se aceleraram e engoli meus gemidos entre nossas bocas quando jorrei completamente meu gozo. Logo, ele gozou também e eu desacelerei, sentindo cada pulsada do seu penis duro e quente em minha mão. 

 

Não aguentei mais... sentia que meus joelhos não iriam suportar me segurar por mais tempo e deitei meu rosto sobre seu ombro, ofegando e esperando que meu corpo relaxasse. 

 

Só senti quando o Felipe puxou minha mão para baixo da ducha do chuveiro e depois, deixou escorrer um pouco de água sobre nossos abdomens, levando embora o sêmen que estava sobre nossas peles. 

 

- Cadu...!? – ele me chamou, percebendo meu silêncio. Voltei meus olhos para ele. Tão perto, tão lindo... – O que foi? Não gostou? – senti um tom de pesar em sua voz. 

 

- Não é isso... – segurei em seu pescoço e o puxei para mais um beijo. – Você me faz perder o juízo... – confessei. 

 

- Eu adoro fazer o garoto todo certinho e concentrado perder o juízo... – respondeu sorridente. 

 

- Bobo... – o beijei mais uma vez. – Nós não deveríamos ter feito isso... 

 

- Foi bom, não foi? Está arrependido? – me provocou. 

 

- Nem um pouco... 

 

Eu simplesmente não conseguia me afastar de seus lábios, de sua pele, de seu corpo delicioso. 

 

Ficamos um bom tempo em baixo daquele chuveiro e quando eu percebi que nós iríamos levar o pai dele a falência com a conta de água, achei que estava na hora de sairmos. Claro que com muitos protestos do Felipe, mas eu consegui fugir e me enrolei na toalha, enquanto escovava os dentes. É, eu já tinha uma escova de dentes permanente no banheiro do quarto do meu namorado. Sério, isso era inimaginável a uns meses atrás e olha eu aqui, me derretendo inteiro com o Felipe me abraçando pelas costas, também enrolado na toalha e me encarando através do espelho embaçado. 

 

“Amo você” escreveu com o dedo no vapor daquele espelho. 

 

Eu merecia isso? Era real? Eu tinha mesmo esse namorado tão perfeito e romântico? 

 

- Ei, tenho uma péssima notícia pra você... – falou, depois que eu fugi dele mais um vez e o deixei escovando os dentes sozinho. 

 

- O que? – fiquei esperando na porta do banheiro. 

 

- Aquele pijama que eu deixei separado pra você, bem... ele está lá na máquina de lavar, então, eu acho que hoje, você vai ter que dormir sem nada... – e veio em minha direção, já puxando a minha toalha. 

 

- Não vai ser como se eu nunca tivesse dormido sem roupa... – respondi no mesmo tom provocativo. 

 

- O que? Então você gosta de dormir sem nada? – perguntou, todo insinuante. 

 

- Só quando eu estou com você... – respondi, o puxando para a cama. 

 

Dessa vez, eu que iria fazer o meu namorado sentir prazer. Eu sempre deixava ele conduzir tudo, tomar o controle e por mais que eu não estivesse muito seguro sobre isso, eu queria fazer. 

 

Quando chegamos a beirada da cama, ele puxou as cobertas e nos deitamos, nos beijando e nos acariciando, nossas pernas enroscadas. Em pouco tempo, nós dois já estávamos excitados novamente. 

 

Tomei coragem e num impulso, soltei nossos lábios, descendo para debaixo daqueles cobertores. Fui fazendo uma trilha de beijos por todo seu peitoral, seu abdómen e finalmente cheguei onde eu queria, seu penis, já tão duro e quente quanto quando estávamos no banho. Nessa cama, nessa noite, eu lhe daria um oral tão bom quanto ele sempre me dava e embora eu me sentisse inseguro, eu ainda assim queria fazer. 

 

Sua glande macia era tão apetitosa e lambi ela lentamente, sentindo o gosto do seu pré-gozo. Mas isso não era a única coisa que eu iria fazer. Deslizei meu lábios em suaves beijos sobre aquela pele tão macia quanto a pele de sua boca. Me demorei um tempo que eu não quis mensurar, enquanto segurava suas coxas com minhas mãos. 

 

Desci mais um pouco, chegando aos seus testículos e me deixando aproveitar as sensações. Pude ouvir alguns sussurros do Felipe, que permanecia imóvel, de olhos fechados e mãos largadas sobre o colchão. 

 

Acho que ele estava gostando, por que eu estava amando! 

 

Resolvi me aventurar e fazer algo mais ousado. Com minhas mãos, levantei suas pernas, as deixando flexionadas e desci um pouco mais, me afundando em meio ao seu quadril. Ahhhh, cheguei onde eu queria e pude sentir todos os pelos de seu corpo se arrepiando. Tracei uma fina linha com a ponta da minha língua, subindo desde o meio de seu quadril, passando por seus testículos e engolindo completamente seu penis. 

 

- Cadu... ahhhh, Cadu... – vi quando ele tampou a boca com sua própria mão e se contorceu, apertando meu tronco entre suas pernas e soltando de vez seu gozo, seu segundo gozo desta noite. 

 

Juro que isso me deixou ainda meus excitado e e me afundei completamente. Suas pulsadas indo fundo no meu ser e eu fiquei completamente sem ar, mas eu não queria parar. Não! Nem um pouco! 

 

Então, lentamente, quando já não aguentava mais ficar sem respirar e mesmo ofegando, ainda distribui beijos e sucções no seu penis. 

 

Ele gozou. Gozou muito e seu gosto ainda estava na minha garganta. 

 

Meu peito doía pela falta de ar, minha garganta ardia, minhas bochechas estavam amortecidas, suor escorria pelo meu rosto mas eu estava tão, mas tão satisfeito, embora eu ainda sentisse uma excitação em meu baixo ventre. 

 

- Cadu... – Felipe me chamou, fazendo carinho em meu rosto. Só consegui abrir um sorriso. Meu homem... – Não acredito que você fez isso... – me esforcei para encara-lo.

 

- Gostou? – perguntei, ainda meio zonzo. 

 

- Eu amei... Foi... foi... – eu não queria ouvir que foi o melhor que ele já recebeu, por que isso faria eu me lembrar que ele já teve outros, então, mais uma vez tomei impulso e subi, encontrando nossos lábios e nos beijando enquanto eu me tocava e me acariciava, aumentando meus movimentos. Sua mão se sobrepôs a minha e então... 

 

- Ahhh... – soltei nossos lábios e encostei minha testa na dele, ainda de olhos fechados e deixei todo prazer emanar para fora do meu corpo. 

 

Espasmos e mais espasmos se espalhando pelo meu corpo e aquela sensação de plenitude que só vinha quanto eu gozava junto com o Felipe. 

 

- Meu amor... – sussurrou. – Isso tudo... foi tão bom... foi maravilhoso... 

 

Abri meus olhos e encontrei um sorriso enorme.

 

- Eu... eu não fui péssimo? Eu não fiz alguma coisa que você não gostou? – apesar de ter amado tudo o que eu fiz, eu ainda estava inseguro. 

 

- Claro que não! Eu adorei tudo! Vem aqui! – ele puxou a minha mão e a lambeu completamente, tomando todo o gozo que estava ali. 

 

- Felipe, você não precisa...

 

- Mas eu amo fazer isso! 

 

Ele terminou e depois, pegou um lencinho de papel da mesinha de cabeceira e limpou o meu abdômen, que tinha molhado um pouco. Por fim, me puxou para o seu abraço e eu pude dormir em seu peito, tendo seu coração por trilha sonora para o meu sono. 

 

Melhor coisa do mundo era acordar com o meu namorado na mesma cama que eu, embaixo dessas cobertas quentinhas. Infelizmente, tínhamos que nos levantar e ir para o colégio. 

 

Nos vestimos, arrumamos a mesa do café e deixamos tudo posto para quando os pais e a irmã dele descessem. 

 

Eu confesso que estava com um frio na barriga por talvez ver a família do Felipe logo de manhã, justamente depois de tudo o que fizemos ontem. 

 

Mas eu tinha um namorado incrível, que além de me servir um capuccino com canela do jeito que eu amava, ainda fez um sanduíche pra mim na torradeira. 

 

Antes de sair, Felipe ainda deu um pulo no quarto dos pais e da irmã para dar um beijo de bom dia em cada um e então,  saímos no horário que ele estava acostumado e passamos na Vila Militar para pegar o Alves. 

 

- Cara, eu vou morrer de diabetes vendo o jeito que vocês se olham logo cedo! – Alves fez cara de descontente, sendo empurrado para o banco de trás pelo Felipe. 

 

- Tá é com inveja? – Meu namorado tripudiou. 

 

- Não! Tô me arrependendo de ter ajudado vocês! – resmungou.

 

- Você não ajudou nada! Foi o Sato com a Vick que foram chamar o Cadu naquele dia! – Felipe retrucou. 

 

- Mas eu fiquei te vigiando pra garantir que o Cadu te encontraria quando ele chegasse! – ditou. 

 

- E você quer ser nosso padrinho de casamento então? – Felipe perguntou e eu só pude dar risada baixinho, olhando pelo retrovisor. 

 

- Ah! – quase gritou – Pelo menos, meu consolo é que o Sato e a Vick não estão aqui no banco de trás! Eu iria vomitar com tantos casais ao meu redor! – pareceu ficar irritado. 

 

- A culpa não é nossa se você está na seca! – Felipe ainda debochou. – Eu tive uma noite ótima! 

 

Minha garganta trancou. Não consegui respirar e fiquei quente, aposto que vermelhei como um pimentão. Nem consegui olhar para o Felipe, muito menos para o retrovisor para ver a reação do Alves. 

 

- Vai se gabando, garanhão! Eu vou resolver isso! Eu só preciso...

 

Parou no meio da frase. 

 

- Precisa o que? – Felipe o instigou. 

 

- Nada... não é nada que adiante falar. Eu só tenho que ficar de boa por enquanto, só isso...

 

- Hum... “de boa”!? Não dou até o final da semana pra você estar correndo atrás de qualquer rabo de saia...

 

- Felipe, você não entende! Não é qualquer rabo de saia... ah, deixa pra lá! – quis encerrar o assunto, olhando pela janela. 

 

Só vi o Felipe me lançando um olhar debochado, com um sorriso discreto e não tocamos mais nesse assunto. Não nesse. 

 

- Agora, para de se fazer de durão e admita que você está contente por nós dois! – Felipe ainda provocou. 

 

- Cai fora! Nunca mais vou passar nem perto do seu quarto, Fê! Vou ficar o mais longe possível! 

 

Felipe só riu alto, enquanto eu procurava algum lugar para escondeu minha cara, mas infelizmente não tinha...

 

Vick parecia mais tranquila hoje. Ela e o Sato não se desgrudavam e a cada segundo que passava parecia que eles estavam ainda mais apaixonados e confiantes um no outro. 

 

Já a Bia, passou a manhã inteira debochando do mal-humor do Alves e fazendo piadas para animar a Vick. E olha, se alguém tem talento pra isso, esse alguém é a Bia. 

 

Infelizmente, o intervalo acabou rápido demais e tudo o que nos restou foi levantarmos dos nossos lugares, numa mesa perto da cantina e irmos em direção à sala, faltando alguns minutos ainda para o sinal tocar. Mas eu não queria sair durante a aula e tive que passar no banheiro antes de entrar. 

 

- Felipe, eu vou rapidinho no banheiro e já vou para a sala! – falei e soltei sua mão. 

 

- Quer ajuda? – me lançou aquele olhar provocante. 

 

- Claro que não! Eu sei fazer isso sozinho! – ri e fui.

 

Esse banheiro ficava no corredor das salas e era o menos concorrido no intervalo, já que os banheiros do pátio eram lotados. 

 

Quando estava já lavando minhas mãos, ouvi risadas e percebi que não ataca sozinho nesse banheiro. 

 

- Mas olha só quem encontramos aqui? Acho que o seu namoradinho te deixou sozinho! Isso é ou não é uma maravilha!?


Notas Finais


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