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História Mel e Canela - yaoi - Mudança


Escrita por: F_kk

Notas do Autor


Oi, meus amores! Chegay!

Mais um capítulo que eu queria postar ontem, mas eu dormi 🙊🙈

E esse capítulo tem tudo de bom e mais um pouco!

Quem está com saudade do Cadu e do Felipe apenas entre quadro paredes e nem uma gota de pudor?

E o tio Miguel? Vai continuar implicando com nosso bebê de olhos cor de Mel?

Vamos conferir?

Capítulo 61 - Mudança


Fanfic / Fanfiction Mel e Canela - yaoi - Mudança

Já era madrugada quando nossa casa ficou em silêncio. 

 

Meu tio foi o primeiro a se retirar. Deu boa noite a todos e ainda recomendou que nos divertíssemos muito. Eu já não o reconhecia mais, mas confesso que estava gostando muito dessa versão atualizada e com um belo up grade do meu tio. 

 

Tiago e Everton foram logo depois. Até falei que eles poderiam passar a noite em um dos quartos, mas eles iriam descer para a praia pela manhã. Apenas um bate e volta e queriam dormir bem antes de partirem. 

 

Logo vi o meu irmão falando algumas coisas no ouvido da Bia e ela rindo igual uma boba. Não demorou muito para se despedirem e irem para o quarto dele. Algo me dizia que a noite estava só no começo para esses dois. 

 

Vick já estava mais segura do que nunca e agora com o namoro com o Sato a mil maravilhas, ela não tinha mais medo de dormir fora de casa. Estava conseguindo superar todos os seus traumas com a ajuda da psicóloga, do Sato, do seu pai e acho que nós também ajudamos um pouquinho, afinal ela confiava o suficiente para se sentir bem junto a nós. 

 

Sato a chamou para subirem para o quarto de visitas que eu disponibilizei para eles assim que a Vick deu seu primeiro bocejo. Ele a tratava com todo o cuidado que era lindo de ver. O namorado que minha amiga tanto merecia e eu via nos olhos do Sato o quanto ele se alegrava ao demonstrar esse instinto protetor com ela.

 

Eu, Felipe, Alves e Ramona ficamos conversando até a madrugada estar bem avançada, quando o Alves se levantou, todo sedutor, segurando na mão da Ramona e a chamando para subir para o quarto. Eles se sentiam tão em casa, afinal tinham morado aqui por algum tempo e eu me sentia bem ao vê-los tão familiarizados. Essa casa era um pouquinho deles também.

 

Sob muitos protestos, Ramona aceitou ir se deitar e meu amigo não disfarçou o enorme sorriso satisfeito. 

 

— Vamos também, meu amor? — Felipe sussurrou ao pé do meu ouvido, me abraçando pela cintura. Eu me sentia tão confortável em seus braços que era até um pecado pensar em me soltar. 

 

— Vamos sim. — Dei um selinho em seus lábios. — Obrigado por hoje. 

 

— Obrigado por quê? Não fiz nada de mais. — Encarava meus olhos e estava com um sorriso insinuante. — Só fui o Lorde inglês que minha mãe educou e que às vezes, mas só às vezes, se apossa de meu corpo. Acho que posso convidar o seu amigo e o namorado dele mais vezes e sobre seu tio, até consigo me acostumar com ele nos vigiando. — Falava todo altivo. 

 

— Bobo! E esse Lorde inglês, como se comporta entre quatro paredes? — Provoquei. 

 

— Tudo depende do que o meu namorado quiser… — mordeu o lóbulo da minha orelha, me provocando um arrepio que se espalhou por todo o meu corpo. 

 

— Felipe, aqui não… — Resmunguei enquanto ele descia seus lábios para o meu pescoço. 

 

— Não seria excitante transar aqui na sala sabendo que todos estão dormindo na santa paz em seus quartos? — Sussurrou ao meu ouvido. 

 

— Não, com certeza não! — Resmunguei. 

 

— Cadu…!? — Se jogou sobre mim no sofá e suas mãos percorriam meu corpo enquanto seus lábios não paravam de sugar a pele do meu pescoço. 

 

— Felipe… Por favor…! — Estava fazendo cócegas e eu ria, mas ele se aproveitava que era mais forte que eu. 

 

— Se não estivesse tão frio lá fora, juro que eu iria te arrastar pra lá e te foder no gramado! — Provocou, ainda sobre mim. 

 

— E os vizinhos? — Perguntei ficando excitado com a proposta. 

 

— Devem estar todos dormindo. O máximo que iria acontecer seria ficarem com inveja da transa gostosa que estaríamos fazendo. — Respondeu, roubando mais um beijo delicioso. 

 

— Te juro que deu até vontade, mas hoje não! — Consegui me levantar e o puxei escada a cima. 

 

Meu namorado estava muito excitado e não parava de abraçar e me beijar. Impossível não darmos algumas risadas e beijos quentes no meio do caminho. Talvez até tenhamos acordado alguém, mas eu realmente não estava me preocupando com isso. 

 

— Cadu, eu esperei a noite toda por isso! — Fechou a porta atrás de nós e se jogou novamente na minha boca. — Você está tão gostoso, tão cheiroso, Cadu… — Mordia e lambia meu pescoço, subindo com suas mãos por baixo da minha roupa. 

 

— E você está todo alegre hoje. Bebeu demais? — insinuei. 

 

— Não, apenas bebi o suficiente! — Puxou minha camiseta e o casaco para cima.

 

Pronto. Eu já estava semi-nu e ele se afundando em minha pele, fazendo um caminho de beijos e chupões por todo meu tronco. 

 

— Felipe… — Resmunguei, o sentindo chegar até minha calça e a desabotoando. 

 

— Você quer, não quer? — Me deu um olhar provocante e então afundou sua boca em meu penis, o engolindo de uma vez só. 

 

— Ah… — Soltei um gemido alto, sem nem me preocupar se alguém poderia ouvir. Meu quarto ficava exatamente no meio entre o quarto do Nando e do meu tio. Do outro lado do corredor, os quartos dos nossos amigos e eu gemendo descontroladamente enquanto meu namorado fazia o melhor oral da minha vida. Ele estava especialmente sedento hoje. Apertava meu quadril, o empurrando contra seu rosto e meu penis entrava por completo em sua boca. Tão molhada, tão quente, tão macia. — Felipe… Hum… — Gemi mais uma vez, fazendo toda a força para controlar meu gozo. — Espera… Agora não… — Implorei. 

 

— O que você quer que eu faça para te agradar, meu amor? — Perguntou, voltando a lamber lentamente toda a minha extensão sem tirar seus olhos dos meus. Minhas pernas fraquejaram, juro que esse homem me deixava doido. 

 

— Vem aqui. — Chamei. — Vem me foder… — Resmunguei, segurando em seu rosto e o puxando novamente até mim. 

 

— Você quer já? 

 

— Uhum… — Gemi em resposta. 

 

— Eu adoro te ver implorando. 

 

— Você faz falta dentro de mim. Eu sinto muito tesão quando você me chupa, mas sinto mais vontade de ter você me invadindo. — Expliquei, roubando selinhos dele enquanto falava. E me entreguei a mais um beijo molhado.

 

Eu sentia sua excitação por dentro da sua roupa, tocando na minha que estava já quente e úmida. Eu o queria, mas hoje seria do meu jeito. 

 

— Não… — Neguei quando chegamos ao lado da minha cama de solteiro. — Eu quero em pé. — Pedi. 

 

— Por que? — Perguntou enquanto se afogava em meu pescoço apertando com força em meu quadril. 

 

— Por que eu quero sentir seu corpo quente atrás de mim. — Respondi. 

 

— Cadu… — Ele soltou um pequeno riso. — Você me enlouquece. 

 

— Eu adoro te ver perdendo a cabeça. — Respondi, o puxando para mais um beijo completamente perdido em meio às nossas bocas sedentas. Não havia compasso. Não precisava. Beijos, mordidas, línguas se misturando e eu finalmente consegui descer minhas mãos do seus pescoço e puxar sua blusa para cima. Joguei o moletom dele em um canto qualquer e ainda restava uma camiseta branca sobre seu tronco, mas ela não durou muito tempo e a arranquei de qualquer jeito. 

 

Ah, aquela pele quente junto a minha me tirava do sério. Os pelos finos de seu abdômen roçando em mim me provocando arrepios, suas mãos ainda mais apertadas em minha cintura. 

 

— Felipe, por favor… — Me virei de costas, roçando meu quadril nele, tão duro, levantando meus braços para cima e os envolvendo ao redor do seu pescoço. Ele não parava de beijar minha pele, de morder e ainda começou a simular estocadas mesmo ainda estando com sua calça. Seus mãos desceram da minha cintura e chegaram ao meu penis, iniciando uma masturbação lenta, gostosa, excitante. — Felipe, ah… — Eu já não aguentava mais de tesão e ele sabia disso. Amava isso. 

 

De repente, ele desceu com seus lábios pelas minhas costas e com suas mãos retirou o restante da minha roupa, beijando e mordendo as duas partes do meu quadril. Sério, ele estava muito provocante e tudo que eu consegui foi tapar minha boca com minhas duas mãos antes que eu gritasse de tanta excitação. Foi então que involuntariamente eu levantei minha perna esquerda, a apoiando sobre a cama e isso soou como uma autorização.  Ele começou a me lamber, aprofundando sua língua entre as duas partes do meu quadril. Ah, e eu gemia tanto, mas tanto.

 

— Acho que agora eu posso te dar o que você quer. — Ele falou enquanto subia novamente, chegando até perto do meu ouvido e retirando o restante da sua roupa. 

 

— Felipe, eu quero… — Resmunguei mais uma vez, já ofegando. 

 

— É isso que você quer? — Desviei o olhar e o vi sugando dois dedos seus, que depois ele desceu pelo meu quadril e os encaixou dentro de mim.

 

— Não, Felipe… - Resmunguei, ofegando quando senti seus dedos quentes me penetrando. — Eu quero seu pau…

 

Apertei com força a sua mão esquerda que se envolveu em minha cintura e gemi mais uma vez, mordendo meu lábio inferior quando ele sugou o lóbulo da minha orelha. 

 

— Você vai gritar de prazer se eu fizer isso? — sussurrou, me causando arrepios. 

 

— Uhum… - Gemi em resposta. 

 

— Mas e se nossos amigos escutarem? Seu irmão? Seu tio? — Provocou. 

 

— Eles vão saber que você está sendo um bom namorado… — Respondi. 

 

— Eu te amo tanto, seu gostoso! — girou levemente meu tronco, apenas o suficiente para que pudéssemos encontrar nossas línguas novamente, noutro beijo desacertado, mas igualmente sedutor. 

 

— Não se esqueça que foi você que pediu por isso. — Me soltou, indo até a sua mochila que estava sobre uma cadeira. O vi colocando uma camisinha e a deixando bem molhada com o lubrificante, enquanto eu me masturbava e então ele voltou a mim. — É assim que você quer? 

 

Senti seu toque gelado abrindo espaço para me penetrar. 

 

— Uhum… — Só conseguir gemer em resposta e ele foi puxando lentamente minha cintura, aprofundando seu penis em meu interior, grosso, duro e extremamente enlouquecedor. 

 

— Posso te ajudar? — Levou suas mãos ao meu penis, segurando por cima da minha e ditando o ritmo cada vez mais rápido, apenas parado atrás de mim e completamente dentro do meu ser. 

 

Joguei minha cabeça para trás e o senti aumentando a movimentação, acariciando meus testículos. Não resisti e esfreguei meu quadril contra o dele, gemendo manhosamente. 

 

—  Goza para mim, Cadu! Quero lamber todo seu gozo enquanto te fodo! — sussurrou ao meu ouvido. 

 

— Ahhhh… — Soltei um gemido alto, não conseguindo mais segurar a sensação gostosa de libertar todo meu prazer em suas mãos. 

 

— Assim eu fico louco… — Mordeu minha orelha novamente, começando a estocar lentamente enquanto meu penis soltava as últimas gotas do meu sêmen. — Você está tão obediente hoje. — Ele percebeu quando terminei e levou sua mão toda lambuzada à boca, ao lado do meu rosto, por sobre meu ombro. Ele lambeu tudo enquanto me fitava nos olhos e estocava lentamente. Ele é que estava me enlouquecendo e eu perdi de vez a compostura. 

 

Me entreguei aquele beijo amargo, não me importando nenhum pouco com o gosto. Eu só queria perder a razão em meio ao prazer que ele me dava. 

 

— Cadu… — Suas mãos úmidas desceram pelo meu corpo, a direita puxando minha cintura conforme o ritmo das suas estocadas, a outra arranhando minha coxa ainda levantada sobre a cama. 

 

— Vai, Felipe, mais forte! — Eu implorava, lambendo, beijando, mordendo aqueles lábios macios, perdido completamente em meio ao calor dos nossos corpos. 

 

Tesão. Muito tesão. Luxúria. Irracionalidade. Era uma mistura de tudo isso e muito mais que eu não conseguia nem falar, muito menos transcrever. 

 

Meu namorado é foda, só isso que eu conseguia pensar. 

 

 — Mais… Mais, Felipe… Mais rápido… — Resmungava enquanto nossos corpos faziam os barulhos mais obscenos se chocando com força e cada vez mais rápido, até que…

 

— Ah, Cadu… — Ele baixou sua cabeça, encostando sua testa em meu ombro e segurando tão apertado em minha cintura, sem qualquer possibilidade de separar nossos corpos. — Ahhh… — gemeu baixinho, pulsando em meu interior, estocando lentamente agora até parar, completamente encaixado em mim. 

 

Um sorriso bobo abriu-se em meu rosto. Sua respiração tão pesada quanto a minha. A endorfina baixando lentamente, a oxitocina me fazendo acariciar delicadamente suas mãos segurando ainda firmes em meu corpo, mas não eram apenas hormônios sendo liberados pelo sexo tão gostoso que tivemos. Era amor. 

 

Ainda prostrado atrás de mim, Felipe se retirou lentamente de meu interior e então me abraçou completamente, segurando com suas mãos firmes em meu peito. Eu finalmente baixei minha perna que estava apoiada sobre a cama e deixei todo o peso do cansaço se abater sobre mim. 

 

— Cadu, você… — Felipe sentiu minhas pernas falharem. 

 

— Acho que o cansaço tomou conta de mim agora… — Apoiei todo meu corpo frente ao dele, mas aquele sorriso de satisfação não deixava meu rosto. 

 

— Vem, vamos deitar. Você precisa dormir. — Ele me fez deitar na cama e me cobrir, se encaixando deliciosamente atrás de mim, seu corpo colado ao meu. — Está tudo bem? — fazia carinho com a mão livre sobre minha coxa. 

 

— Estou. Amo transar com você. — Sussurrei baixinho, já sem forças para abrir os olhos. 

 

— Me desculpe se eu fiz alguma coisa que você não gostou. Eu só queria te dar prazer. — sussurrou, agora acariciando minha bochecha. 

 

— Não se desculpe. Eu tive muito prazer. — Respondi. —Eu sempre vou amar estar com você, transar com você, beijar você, dormir com você, acordar com você... — E já não consegui falar mais nada. 

 

O amor, o conforto, o carinho que eu estava sentindo me fizeram relaxar e eu caí no sono sem poder responder a última frase que o Felipe disse essa noite. 

 

— Te amo, Cadu…

 

Acordei pela manhã e encontrei a face daquele que eu mais amava e que mais me fazia perder a sanidade. Felipe dormia tranquilo, rosto angelical, bochecha amassada no travesseiro e seus lábios formando um biquinho. Sorri com essa visão. 

 

Levantei lentamente dessa cama apertada, mas que me fez dormir tão aconchegado ao meu namorado e procurei meu celular perdido em meio a bagunça de roupas espalhadas pelo quarto. Encontrei e ainda era 8:17 da manhã, mas o sono já tinha ido completamente embora. 

 

Coloquei meu roupão, juntei a camisinha que estava caída no chão, separei uma roupa de frio, achei uma toalha e fui tomar um banho quente. Talvez hoje eu conseguisse fazer um café da manhã bem gostoso para o meu namorado. 

 

Quando saí do banheiro, a nuvem de fumaça se espalhou pelo corredor, mas o importante era que eu estava completamente renovado depois dessa ducha e desci para a cozinha. Eu só queria um cappuccino e talvez voltasse para esperar o meu namorado acordar e me encontrar ao seu lado, admirando seu sono. 

 

Mas quando cheguei ao meu destino, não estava sozinho. 

 

— Bom dia, Cadu. — Meu tio se virou para mim, retirando uma xícara de expresso da máquina. 

 

— Bom dia, tio. — Respondi, encostando no batente da porta. Foi aí que eu lembrei de tudo que aconteceu ontem. — Dormiu bem? Nós não fizemos muito barulho aqui em baixo? — Perguntei meio desconfiado, afinal o barulho do meu quarto também foi intenso. 

 

— Eu não ouvi nada, só deitei e apaguei. 

 

Ele pegou uma outra xícara no armário e já colocou uma cápsula do meu cappuccino com canela na máquina de café. 

 

— Você se importa de fazer companhia para o seu velho tio ou prefere subir e levar um café para o seu namorado? — retirou a xícara da máquina. 

 

— Felipe está dormindo ainda e eu sinto falta de tomar o café da manhã todos os dias com o senhor. — Fui honesto, puxando uma cadeira da mesinha da cozinha e me sentando. Meu tio se sentou a minha frente, me entregando meu cappuccino e voltou para o café dele. 

 

Peguei um pão, estava fresquinho e passei a manteiga, derretendo sobre o ele, daí percebi que meu tio me observava em silêncio. 

 

— O que foi, tio? — Dei um meio sorriso, ficando vermelho e temendo que ele comentasse algo sobre a noite anterior. 

 

—  Estou pensando em como eu fui cego e não percebi que você me escondeu uma boa parte da minha personalidade durante tanto tempo. — Ele respondeu no seu jeito sério de sempre. 

 

— Tio, não precisamos mais falar sobre isso. Está tudo bem agora, não está? — Não queria voltar ao tormento que foi ter que esclarecer tantas coisas sobre mim ao meu tio semanas atrás. 

 

— Eu acho que está, mas eu percebi que eu vivia numa bolha e que quando ela foi estourada, eu vi um mundo que eu até então fazia questão de não ver. — Refletiu. 

 

— O que o senhor quer dizer com isso? — Perguntei, sem entender esses enigmas que meu tio fazia às vezes. 

 

— Eu sempre ignorei a existência de pessoas diferentes ao meu redor, que dizer, eu sempre me anestesiei, sempre fui apático ao que acontecia ao meu redor, só me preocupava comigo, com vocês e com os negócios. Nunca parei para observar ou refletir sobre como é difícil conviver com as diferenças em nossa sociedade, seja elas sociais, econômicas ou o que quer que seja.

 

— Na verdade, eu sempre achei que o senhor era ocupado demais para se importar com essas coisas, tio. — Comentei despretensiosamente enquanto comia. 

 

— Ou eu fazia questão de parecer ocupado para não precisar me preocupar com isso. 

 

— Como assim? — Isso estava muito estranho. 

 

— Depois que eu e você fizemos as pazes novamente e eu aceitei seu namoro, comecei a prestar mais atenção nas pessoas ao meu redor, principalmente em meus funcionários. 

 

— Isso parece muito bom, tio. — Dei mais uma mordida no pão.

 

— E você imagina que tem um mecânico que também é gay na oficina de Ponta Grossa? — Ele falou parecendo que isso fosse a coisa mais absurda do mundo. 

 

— Tio, pessoas que não são binárias e nem heteronormativas estão em todos os lugares e tem as mais diversas profissões. — Falei casualmente.

 

— O que? O que que é isso que você disse? — Me olhava com uma expressão muito confusa. 

 

— Desculpa, tio. — Ri de mim mesmo. Eu tinha que lembrar que não adianta falar nesses termos com uma pessoa que não faz a mínima ideia de como as coisas mudaram nas últimas décadas. — Eu quis dizer que nem todo mundo é hétero ou se encaixa nos gêneros masculino e feminino e que pessoas de diferentes gêneros e sexualidades estão em todos os lugares e exercem todos os tipos de profissão. — Expliquei. 

 

— Ah, entendi. 

 

Ele não me convenceu muito com essa frase, mas eu percebi que ele queria falar mais. 

 

— E esse seu mecânico, como ele é? — Perguntei para puxar papo e ver onde isso iria levar. 

 

— Ele é normal. 

 

— Normal como, tio? — Ainda não estava satisfeito com essa resposta. 

 

— Eu acho que normal não é a palavra certa. Ele é alguém que não demonstra que é gay. Não, essa frase ainda não está boa. Ele… ele não fala sobre sua vida particular. – Se corrigiu. 

 

Eu achei fofo e até engraçado o meu tio tentando falar de um jeito que não parece preconceituoso e heteronormativo. Acho que agora ele estava refletindo mais antes de falar algo que pudesse ser mal interpretado, não por maldade, mas por falta de conhecimento mesmo. 

 

— Hum, e como o senhor descobriu que ele é gay então? — Tomei mais um gole do meu café. 

 

— Um dia que ele chegou atrasado, eu saí pra fora da oficina para falar com um cliente e ele estava se despedindo de um rapaz que estava dirigindo o carro. Eu acho que ele pensou que ninguém estava vendo e deu um beijo no outro rapaz. 

 

— Mas o senhor viu e fez o que? — Eu sabia que tinha mais coisa aí.

 

— Ele viu que eu estava com um cliente e entrou direto na oficina, depois ele veio falar comigo e pedir desculpas pelo atraso. Falou que tinha perdido o ônibus e teve que vir de carona, então eu perguntei se o rapaz que tinha dado carona a ele era o seu namorado. — Parou de falar e parecia que suas bochechas ficaram meio vermelhas. 

 

— E ele respondeu que? 

 

— Que sim, era o namorado dele. — Suspirou, encarando a xícara de café a sua frente. — Eu percebi que ele ficou com medo de me contar, mas que eu tinha pego ele no flagra e não havia como escapar, então só falou que não iria mais se repetir, foi aí que eu disse que ele não precisava se preocupar, que eu não iria contar pra ninguém se ele não quisesse e que eu entendia ele por que o meu sobrinho que eu criei como um filho era gay também. 

 

— Então o senhor está espalhando por aí que eu sou gay? — Brinquei. 

 

— É e eu me orgulho muito de você. — Falou sério. 

 

— Eu sei, tio. — Sorri pra ele. — E esse seu mecânico, não se atrasou mais? — Voltei ao assunto anterior. 

 

— Não e eu notei que ele passou a trabalhar com ainda mais confiança na oficina, então um dia eu o chamei para conversar e disse que o que ele precisasse, poderia contar comigo, foi então que ele se abriu e contou sua história. — senti um tom de dor em sua voz. 

 

Algo me dizia que esse mecânico era alguém que não podia contar com todo o apoio que eu tinha.

 

— Ele me disse que os pais eram conservadores e que ele fez de tudo para esconder isso e fingir que era um garoto comum, até que o pai dele descobriu, bateu muito nele e o expulsou de casa. Ele acabou passando alguns dias na rua, por que não tinha coragem de pedir ajuda nem para os amigos e nem para o restante da família. E o pior é que a sua mãe também pareceu não se importar e nem foi atrás dele, mas o conselho tutelar o encontrou e como ele era menor de idade, foi obrigado a voltar para a casa dos pais, então o pai o obrigou a trabalhar na oficina para ele “virar homem” e “deixar de frescura” como ele me disse. Ele ainda contou que foi agredido várias vezes pelo pai e até mesmo humilhado na frente de outras pessoas, mas só aceitava aquilo por que não tinha para onde ir. — Meu tio fez uma pausa, respirando fundo. — Ele percebeu que não seria feliz daquele jeito, mas precisava fingir para poder ter uma casa para morar. Depois ele conseguiu fazer um curso gratuito de mecânica e arranjou um emprego em outra oficina, já que o pai dele não pagava pelo trabalho que ele fazia. Quando ele conseguiu juntar dinheiro, saiu de casa, se mudou para Ponta Grossa, começou a trabalhar em uma outra oficina até fazer o teste,  ir trabalhar comigo e já faz quase quatro anos que ele não vê o pai. — Terminou seu relato. 

 

— Eu espero que ele e os pais se reconciliem. — Desejei do fundo do coração. Não conseguia imaginar pais que eram capazes de renegar seus filhos desse jeito. 

 

— Ele é um bom rapaz, mas me contou que esconde isso dos colegas da oficina por que acha que vão mudar o tratamento com ele se descobrirem. 

 

— Eu não duvido disso. — Suspirei. Sabia que aquele ambiente de trabalho era dominado majoritariamente por homens héteros cis e muitos não aceitavam pessoas diferentes de si nesse meio. 

 

— Mas se isso acontecer, ele sabe que pode contar comigo. 

 

— Obrigado, tio. 

 

— Pelo que? 

 

— Por ter acolhido ele. O respeito e a aceitação é muito importante. — Sorri para o meu tio. Aposto que ele não fazia ideia do quanto tinha sido importante para aquele rapaz poder ter se aberto com o meu tio, com o patrão dele. 

 

— Eu sei. — Ele suspirou mais uma vez e pareceu refletir mais um pouco. — Tem o filho da minha secretária também…

 

— Ele é gay?

 

— Não. Ele é… Eu esqueci. — coçou a cabeça, tentando lembrar. — Trans! É isso, é essa palavra que ela disse! — — Parecia orgulhoso por se lembrar. 

 

— É um garoto trans então?

 

— Eu não entendo muito bem isso, mas ela disse que está com um processo na justiça para que o filho possa mudar os nomes nos documentos e poder ser reconhecido com o nome social. — Explicou. — Parece que o cartório se recusou a alterar o nome dele e só vai fazer isso se o juiz autorizar. Uma burocracia só. O rapaz só que ser reconhecido como João e não como Ana Claudia, que é o nome de batismo. Um absurdo, uma vergonha. O que que o escriturário tem que se recusar? É só mudar o nome e pronto! O rapaz já trabalha e até na faculdade chamam ele de João, o que que custava reconhecer? — Meu tio falava indignado.      

 

— Mesmo estando na lei, tem pessoas que se recusam a cumprir, tio. — Suspirei. Realmente era um absurdo. 

 

— Eu sei, ainda mais no interior em que tudo parece que parou no tempo um século atrás! — Se jogou contra o encosto na cadeira. — Mas eu me dispus a pagar um bom advogado se ela e o filho precisarem. Não é possível que não consigam resolver isso! 

 

— Tio, eu não estou acreditando no que eu estou ouvindo. — Ri, tão feliz e com o coração aquecido. Meu tio parecia realmente outra pessoa.

 

— Por que? Esse velho não tem o direito de mudar? — Me encarou seriamente. 

 

— Mudou para muito melhor! — Me levantei e fui até ele, o abraçando pelos ombros e dando um beijo na sua bochecha. 

 

— Não é por que eu mudei que eu passei a gostar dessas frescuras! — Resmungou. 

 

— Mas eu gosto e estava com saudade de ficar conversando com meu tio. — Me recusei a largá-lo. 

 

— Chega. Vou fazer mais café! — Se levantou. — Quer mais cappuccino? 

 

— Quero! — Eu estava adorando isso, ainda mais voltando a ser mimado pelo meu tio. 

 

Ele me serviu e saiu rapidamente para ir ao banheiro, prometendo logo voltar para continuarmos a conversa. 

 

Estava distraído, bebendo meu cappuccino quando senti um perfume delicioso e braços tão aconchegantes me abraçando. 

 

— Bom dia, meu amor. — Felipe falou ao lado do meu rosto. 

 

— Bom dia! Vem, senta. Toma café comigo. — Puxei a cadeira ao meu lado e ele se sentiu. 

 

— Mas antes, quero meu beijo de bom dia. — E se aproximou. 

 

Como que eu resisto a isso? Claro que retribui e me perdi em meio aos seus lábios. Sem perceber, já estava com os braços ao redor do seu pescoço e nosso beijo ficou tão intenso. 

 

— Eu vou te arrastar para aquele quarto de novo. — Felipe sussurrou ao meu ouvido, descendo os lábios para meu pescoço. Com certeza deveria haver uma ou umas marcas da nossa noite por ali. 

 

— Vontade não me falta… — Resmunguei, o puxando para me beijar de novo. 

 

—Uhum… — Ouvimos um barulho vindo da porta da cozinha e imediatamente lembrei de quem era, me virando rapidamente para a mesa, mas o Felipe se virou em direção ao som. — Bom dia, Felipe. 

 

— Bom dia, tio Miguel! — Ele respondeu e voltou a olhar para mim, mas eu não tinha o que falar agora. Eu só estava morrendo de vergonha pelo meu tio ter nos pegado no maior amasso na mesa do café. 

 

— Você toma café ou cappuccino, Felipe? — Meu tio perguntou, indo para a máquina de café e eu continuava sem coragem de olhá-lo. 

 

— Tanto faz, mas não precisa se preocupar, eu mesmo faço. — Felipe respondeu. 

 

— Não, eu faço. Podem continuar o que estavam fazendo. Cappuccino igual do Cadu, pode ser?

 

— Claro, tio Miguel! Obrigado! 

 

Fiquei ainda mais vermelho e o Felipe? Ele riu! Riu! 

 

— Ei! — Ralhei com ele. 

 

— O que? — sussurrou, colocando o braço direito sobre meu ombro e me dando um beijo na bochecha. 

 

Estava tentando me segurar, mas acabei rindo também. 

 

Essa situação era cômica demais, ainda mais pela parte do “podem continuar o que estavam fazendo”.

 

— E então, quando começam as provas dos vestibulares? — meu tio voltou a mesa e entregou a xícara ao Felipe, o obrigando a tirar o braço de cima do meu ombro para pegá-la. 

 

— Semana que vem tem o primeiro, na Puc. — Respondi. 

 

— E a federal? — Ele voltou a questionar. 

 

— Daqui a três semanas. — Foi a vez do Felipe falar. 

 

— Espero que saia tudo bem e você, Cadu, não se cobre muito. Eu sei como você fica e se for preciso, converse com sua psicóloga. — Aconselhou. 

 

— Eu estou bem, tio. Juro! — Respondi tranquilo. 

 

Depois que meu tio nos aceitou e aceitou minha escolha de curso, parecia que um peso enorme tinha saído das minhas costas e finalmente eu poderia fazer os vestibulares sem pressão, sem ansiedade e se não passasse — o que todo mundo achava difícil eu não conseguir —, depois eu pensaria no plano B. 

 

— Eu vou dar uma volta no condomínio. Faz tempo que eu não ando por aí. — Meu tio foi se levantando e levando a xícara para a pia. — Se comportem e fiquem seguros. — Meu tio me deu um beijo no topo da minha cabeça. 

 

— Seguros? — Felipe não entendeu. 

 

— Eu só não quero que aconteça nada de mal com vocês… — Ele falou meio angustiado. Será que era pelo que aconteceu quando eu tive minha crise de síndrome do pânico ou pelas experiências que o mecânico dele havia contado e que o assustaram. — E diga para o seu amigo e a namorada dele que eles também estão seguros aqui. Eu me preocupo com eles e se eles precisarem, podem contar conosco. 

 

— Tio, o Nando…!? 

 

— Sim, ele me contou tudo. Eu só quero que vocês fiquem bem. Você e seus amigos são jovens, tem um longo futuro pela frente e se for preciso, eu também posso enfrentar quer for preciso para que ninguém sofra do jeito que eu te fiz sofrer, Cadu. — Meu tio só falou isso, colocou as mãos nos bolsos e saiu. 

 

Eu estava tão atônito, tão chocado que não consegui reagir. 

 

— O que foi isso? — Ouvi meu namorado perguntar. 

 

— Esse é o meu tio, Felipe. — me virei para ele e apertei seu nariz. 

 

— Ei! — Ele me atacou e de repente estávamos em uma guerra de cócegas em meio a cozinha. 

 

Eu estava me sentindo tão bem, tão pleno, pronto para enfrentar qualquer desafio. E enfrentei. 

 

Finalmente os vestibulares começaram. Eu me inscrevi em vários, todos para Letras, já Felipe foi para Administração. Sato queria Direito e rolou a maior briga por que o pai dele queria que ele fizesse Engenharia Civil ou Administração para trabalhar nas empresas dele. Dias de caos viriam pela frente com esse dilema entre meu amigo e o pai dele. Já o Alves — olha que surpresa! — Fez para Designer de interiores e Desenho Industrial. Ele acabou gostando do trabalho na loja dos pais do Felipe e queria investir na carreira, já minhas amigas foram para a área da saúde. Vick para Psicologia e Bia queria realizar o sonho da Medicina. 

 

Todos nós passamos em vários vestibulares. Eu, Felipe e Vick nos matriculamos na Puc enquanto o resultado da Federal na saía. Sato nem quis saber, foi para a UniCuritiba, que ficava bem a algumas quadras da Puc, já que ele não passou lá e queria de todo modo ficar mais próximo da Vick, e Alves se matriculou na mesma que a Ramona estava cursando Estética. Já Bia passou em

Medicina em três faculdades diferentes, mas o valor da mensalidade era um absurdo em todas elas e mesmo ela fazendo a matrícula, seu pai e seu padrasto tentariam um financiamento de pelo menos 50% caso ela na passasse na Federal. 

 

Juro que não havia ficado nervoso nas provas e nem nos resultados dos outros vestibulares, mas quando chegou o dia do resultado da primeira fase da Federal, aquela angústia me tomou. Óbvio que eu queria muito fazer Federal. Não nego que queria continuar estudando com o Felipe e com a Vick, mas o curso da Federal tinha aquilo que nenhuma outra possuía. Ênfase em literatura, que era o que eu mais amava. Até as disciplinas optativas eram maravilhosas e na minha cabeça não havia outro lugar que eu pudesse me realizar mais do que ali. 

 

Não consegui ir para o colégio esse dia. As aulas já haviam terminado oficialmente e só estavam indo para as aulas aqueles que estavam com esperanças da segunda fase da Federal, focando em redação e nas matérias específicas, mas nesse dia eu realmente não consegui. 

 

Liguei para o Felipe logo cedo. Ele fez o vestibular da Federal, mas não teve uma quantidade boa de acertos e já estava conformado, mesmo assim, ele se encantou pela Puc e se animou, mas ele estava preocupado comigo e não quis me deixar sozinho. 

 

Me buscou e fomos para a sua casa. Mesmo eu sabendo que o resultado sairia apenas a partir das duas da tarde, passamos horas à frente do notebook, atualizando o site a cada minuto até que finalmente a página mudou e apareceu o resultado. 

 

Abrimos imediatamente o pdf e buscamos o meu nome. 

 

A, B, C, D… K, L, Lucas Eduardo Carneiro estava lá, em letras garrafais em meio a outros Lucas. 

 

— Sou eu? — Não conseguia acreditar. 

 

— Claro que é você, meu amor! — Felipe me abraçou tão apertado que acho que fiquei mais sem ar do que eu estava. 

 

— Eu… Eu… 

 

— Calma, tem a segunda fase ainda, mas eu tenho certeza que você irá passar! Não existe ninguém que faça uma redação melhor que você! — Os olhos do meu namorado brilhavam.

 

Eu só consegui sorrir. Sorrir e beijar meu namorado. Muito, muito, muito! 

 

Quando a euforia passou, fui buscar os nomes do meu namorado e dos meus amigos, mas para a segunda fase só a Bia havia passado. Eu não duvidava da inteligência dessa garota. Maratonou tantos vestibulares, ajudava a cuidar do irmão recém-nascido e ainda namorava com o Nando, mas aposto que ela iria se internar nos livros e praticamente se mudar para o colégio para estudar para essa segunda fase. 

 

Comuniquei meu tio e ele me parabenizou, claro que cobrando que eu me esforçasse para a próxima prova. Até tentei ligar para a Bia e para o Nando, mas nenhum dos dois atendeu. Aposto que estavam comemorando também. 

 

Passei o resto da tarde com meu namorado. Estava tão feliz que mal cabia em mim tanta alegria, mas ao mesmo tempo sentia aquele frio na barriga, aquela expectativa e também um medo de não passar e decepcionar a todos que estavam depositando tanta confiança em mim. 

 

— Só vou ficar triste se você for ficar longe de mim e me esquecer. — Meu namorado fez manha.

 

— Impossível te esquecer, bobo! — Dei um selinho nele, todo aconchegado com seus braços ao redor de mim. — Acho que eu vou ter que fazer muitas visitas no campus da Puc nas manhãs em que eu não tiver aula.

 

— E eu vou adorar fugir das aulas e te encontrar no seu campus. — Ele retrucou. 

 

— O que? Mal fez a matrícula e já está pensando em matar aula? — Ri dele. 

 

— Por você, vale a pena! — Me apertou mais ainda em seu abraço. Ah, como eu amo esse cara. 

 

Depois da chegada dos pais do Felipe, comemoramos com eles também e o Augusto até quis abrir um vinho, mas achamos melhor deixar para o final de semana. 

 

Já estava escurecendo quando o Felipe me levou embora. Eu estava louco para comemorar com o Nando também. Ele sempre me deu tanto apoio, mesmo quando eu estava em crise existencial e tinha medo de fazer a escolha errada, ele estava ao meu lado. 

 

— Nando!? — Abri a porta do meu apartamento. — Nando, você já chegou? — Entrei e já o vi sentado no sofá, mas ele não estava em clima de comemoração, pelo menos não parecia. Estava sentado, com as mãos unidas e apoiando o rosto, cotovelos sobre os joelhos. — Nando, o que foi? — Comecei a andar, vendo ele levantar seu rosto para mim. Ele estava… chorando? 

 

Antes que eu conseguisse perguntar o que estava acontecendo com ele, ouvi um barulho vindo do corredor. Me virei imediatamente. 

 

— Bia? 

 


Notas Finais


Postei e saí correndo 🏃🏼‍♀️ 🏃🏼‍♀️🏃🏼‍♀️🏃🏼‍♀️🏃🏼‍♀️🏃🏼‍♀️🏃🏼‍♀️


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