História Melhores Amigos ou Algo Mais? - Não Se Preocupe

~ Lucy Povs ~

_ Nee Lucy, empresta a borracha? – Ignora. _ Oe, Lucy! – Ignora! Mas agora ele me cutucava. _ Nee Lucy, para de me ignorar e empresta a borracha. – Me viro para trás e o encaro.

_ Cala a boca Sting! –Ele faz bico.

_ Senhor Eucliffe e senhorita Heartfilia, por favor, deixem a conversa paralela para depois das aulas. – Bufei.

_ Como se eu tivesse algo para falar com esse garoto nojento. – Todos da sala riram.

_ Palavras magoam Lucy.

Eu realmente tenho o maior da azar de todos.

Como se não bastasse esse idiota ter que estudar na mesma escola e na mesma classe, o Sensei ainda faz ele se sentar bem atrás de mim.

A minha sorte era que entre tudo isso Rogue também estava na mesma sala, porém ele sentou um pouco longe, mas precisamente bem ao lado do Natsu.

_ Bom turma, como vocês sabem já estamos quase entrando no período das férias de verão. Então começarei a passar algumas tarefas para fazerem nas férias.

[...]

~ TRIMM ~ 

Finalmente a aula termina.

Rapidamente me levanto.

_ Levy vou ao terraço.

_ Fazer o que lá? Quer que eu te acompanhe? –Sorrio e nego com a cabeça.

_ É rápido. Preciso fazer uma ligação.

_ Okay. Mas vê se não demora hein.

_ Sim. – Coloquei a mão no bolso para constatar que o celular estava ali, e em seguida sai rapidamente da sala.

Eu sabia que isso aconteceria, mas não imaginava que seria nessas proporções.

O meu namoro com o Natsu era o assunto do colégio. Neste exato momento estou passando pelo corredor que está lotado de alunos devido a troca de aula, e por onde eu passava todos me encaravam e falavam coisas...

_ Aquela vadiazinha já agarrou o Dragneel. – V-Vadiazinha? Céus, que palavreado horrível.

_ Ela o ameaçou para ele beija-la. Eu vi ela colocando dinheiro no bolso dele antes deles se beijarem. – Hã? C-Como assim? É claro que eu não fiz isso.

_ Ela é a ladra de namorados. – L-Ladra de namorados?

_ Coitada da Lisanna. Ela deve estar sofrendo vendo o garoto que ela ama sendo enganado por essa ai. – Eu não estou enganando ninguém! Ao contrário, foi ela que enganou o Natsu.

Merda! Merda! Eu estou tentando ser forte, mas isso estava além do que eu imaginava.

_ Luce!! Oe Luce!! - Olho para trás e vejo Natsu correndo na minha direção. Sem querer sorrio. Era só vê-lo que meu coração explodia de felicidade.

_ Natsu! –Ele se aproxima.

_ Não me ouviu não?  - Nego com a cabeça.

_ Desculpe, eu estava distraída. – Ele coloca a mão sobre minha cabeça onde balança de leve.

_ Não fique mais distraída. – Corei. _ E então, onde está indo?

_ Ao terraço. Preciso fazer uma ligação. – Aqueles olhares sobre nós estavam me incomodando ainda mais.

_ Posso te acompanhar?

_ Claro. – Ele sorri e em seguida pega em minha mão entrelaçando nossos dedos. Corei e abaixei a cabeça.

_ Vamos? – Assenti com a cabeça.

_ H-Hai. – Agora o silêncio tomava conta do corredor.

Finalmente chegamos à porta de emergência que dava acesso ao terraço. Rapidamente o Natsu a abre e adentramos.

_ Já disse para não dar ouvido a eles. – Natsu ia a minha frente enquanto subíamos os degraus. Apertei de leve sua mão.

_ Mas é horrível ouvir essas coisas. Não quero que fiquem dizendo que te subornei, que te roubei de uma pessoa. Isso é horrível.

_ Luce, eu te amo. Deixem que digam o que quiserem. O importante é que você saiba que não é verdade, e que meus sentimentos são verdadeiros. – Ele realmente conseguia me fazer sorrir novamente e fazer com que todos os pensamentos saíssem da minha cabeça.

_ Você está certo. - Ele se vira e sorri.

_ E quando é que não estou? - Sorri de volta.

[...]

Chegamos até o terraço, e estava vazio. Natsu solta minha mão.

_ Eu vou esperar ali até você fazer sua ligação. – Nego com a cabeça.

_ Fique ao meu lado, por favor.

_ Não vou prestar atenção na sua conversa. Prometo. – Rio do seu jeito inocente.

_ Eu confio em você. – Ele sorri tímido.

Nos sentamos em um banco que tinha ali e pego meu celular do bolso e disco o numero, pois já sabia a de cor.

Um vento frio e cortante faz com que eu me encolha para ameniza-lo, e quando dou por mim estou sendo abraçada por Natsu.

_ Aw que frio. Odeio o frio. – Ele era quente. _ Assim é melhor. – Ele se referia a ficarmos abraçados. Apenas fiquei em silêncio enquanto esperava para que atendesse a ligação.

_ Alô?

_ Papai? Sou eu a Lucy. – Ouvir a voz dele era sempre bom. Eu realmente sentia falta da companhia do meu pai.

_ Lucy, por que está me ligando? Esse não é o horário de estar no colégio?

_ Eu estou em aula, mas estava com saudades. E-Então pensei em ligar para ouvir a sua voz e--- -

_ Eu estou ocupado Lucy! – E ele desliga a ligação sem antes me dar um tempo para se despedir.

Afastei o celular e encarei a tela que agora tinha uma mensagem de ‘ligação encerrada’.

_ Já? – Guardei o celular novamente no bolso, olhei para o Natsu e sorri.

_ Ele estava ocupado. – Por que sempre que eu ‘falo’ com meu papai sinto uma vontade enorme de chorar? Por que ele nunca tem tempo para mim? Eu só queria ouvir a sua voz..

_ Imagino que não deve ser fácil para ele, afinal pelo que sei a sua família possui várias empresas. – Assenti com a cabeça. Ele ri. _ Realmente estamos em níveis diferentes. Espero que seu pai me aceite. – Sorri de canto.

Aquilo era outra coisa que me preocupava.

Meu papai sempre me dissera que eu deveria me casar com algum herdeiro ou donos de empresas, alguém que tivesse influência no mundo dos negócios, pois assim nossa família expandiria a fortuna. E agora fico pensando se ele irá concordar sobre o nosso namoro. Afinal o Natsu é apenas um estudante comum, não que eu me importe com riquezas e status, mas com meu papai é diferente. Suspirei.

_ Espero que ele aceite e respeite. Afinal isso é algo que só eu posso escolher. – O encarei.  _ Só eu posso escolher quem amar. – Ele sorri.

_ E sua mãe? Espero que eu possa me dar bem com ela também. – Sorrio de canto e abaixo a cabeça.

_ Ela morreu. – O sorriso que ele tinha em seu rosto se desfez.

_ E-Eu não sabia, eu sinto muito Luce. – Nego com a cabeça.

_ Tudo bem. Já faz um tempinho. Sete anos para ser mais exata. – Ao pronunciar ‘sete anos’ ele se surpreende.

_S-Sete anos? – Assenti com a cabeça não entendendo a sua reação.  _ Q-Que pena Luce. Eu realmente sinto muito. – Ainda estava curiosa pela reação que ele teve, mas deixaria pra lá.

_ Sua mãe eu já conheci, mas e quanto ao seu pai? – Ele colocou um dos pés sobre o banco e jogou a cabeça para trás.

_ Ele está.. morto? – Hã? Ele estava perguntando ou afirmando?

_ Morto? – Ele coça seus cabelos rosados.

_ Ninguém sabe. – Ele dá um longo suspiro. _ Ele desapareceu, há exatos sete anos. – Minha pergunta havia sido respondida. Agora entendi o motivo da reação dele ao dizer sobre o falecimento da minha mamãe há sete anos. _ Ninguém sabe o que aconteceu.

_ E-Eu sinto muito por ter perguntado Natsu. – Ele se aproxima de mim e coloca sua mão sobre minha cabeça.

_ Ele era arqueólogo, e em uma de suas viagens ele simplesmente desapareceu sem deixar nenhum vestígio. – Ele me solta. _ Minha mãe contratou diversas pessoas para procura-lo, porém tudo em vão. Um ano, dois anos, três anos.. e quando menos percebemos já estava indo para sete anos. – Sua voz saia triste.

_ Qual era o nome dele?

_ Igneel Dragneel.

_ I-I-Igneel? A-Aquele arqueólogo, historiador e pesquisador super famoso? – Ele assenti com a cabeça. _ N-Natsu, seu pai é incrível. – Peguei em sua mão. _ Eu sou uma fã, e nunca imaginei que ele fosse seu pai. Dr. Igneel D. Então o ‘D’ é de Dragneel. – Ouvir aquilo realmente me deixou extremamente surpresa. Soltei sua mão. – M-Me desculpe por agir desse modo, mas eu realmente admirava seu pai, e quando fiquei sabendo que ele desapareceu fiquei triste. Nunca imaginei que você seria o filho dele. – Natsu apenas ri e pega em minha mão entrelaçando nossos dedos.

_ Se quiser posso lhe mostrar o laboratório dele. – Meus olhos brilharam. _ Tudo o que ele pesquisava e encontrava levava para o laboratório que está no subterrâneo de nossa casa. – Eu ouvia tudo atentamente. _ Você iria adorar ver aquele lugar.

_ E-E-Eu quero! Quero muito ver o laboratório do Dr. Igneel D. – Ele sorri.

_ Mas claro que isso não será de graça. – Eu não me importaria de pagar a quantia que fosse, afinal estaria conhecendo o laboratório do historiador e pesquisador que mais admirei.

_ T-Tudo bem. Eu pago o que for necessário. – Ele sorri e coça a bochecha.

_ Um beijo.

_ Hã?

_ Um beijo. Esse será o preço. – Corei. _ E você terá que tomar a iniciativa. – E-Eu tomar a iniciativa? Ou seja, e-eu teria que beija-lo? E-Eu? Não me importo quando ele me beija, digo eu adoro, adoro muito. Mas eu mesma fazer isso? E-Era constrangedor demais. Mas ainda sim assenti com a cabeça.

_ T-Tudo bem. – O encarei. _ É só um beijo. – Minha mão que estava livre foi a sua bochecha e acariciei de leve. Aproximei nossos rostos e quando ia selar nossos lábios Natsu coloca sua mão sobre a minha testa me afastando. Não entendi bulhufas de sua atitude.

_ Não leve isso como uma obrigação. Boba! – Ele dá um peteleco na minha testa. _ E nunca mais quero te ouvir dizendo ‘É só um beijo’. – Ele fez bico. _ Não é só um beijo. – Kyaaa! Q-Que vergonha. Ele negou um beijo meu, e o pior está me dando um sermão.

_ M-Me desculpe eu... – Mas ele pega em meu queixo me fazendo encara-lo.

E sem dizer nada se aproxima e sela nossos lábios me pegando completamente de surpresa, e acabei demorando mais que o normal para retribuir o beijo, então ele mordeu de leve meu lábio para que eu os abrisse. Obedeci na hora.

Logo sua língua quente invade minha boca que se assustou com a ferocidade. Talvez ele tenha notado, pois desacelerou o ritmo. Minhas mãos vão até sua nuca onde encosto meus dedos frios e gélidos em sua pele quente lhe causando um arrepio, em seguida parto para seu cabelo, que era deveras macio e cheiroso.

Era o nosso terceiro ‘beijo’, beijo mesmo, e sim, estou contando. Mas não vejo a hora de não lembrar mais em qual paramos.

Queria ter incontáveis beijos com ele, eu só desejava isso nesse momento.

A maldita falta de ar se faz presente e nos separamos dando leves selinhos. Ao final ele deposita um beijo na minha testa e me puxa para seus braços. Rapidamente sua mão envolve minha cintura, e claro, fiz o mesmo.

_ Nee Natsu, precisamos ir à aula.

_ Quero ficar assim com você. – Sorri.

_ E quanto à aula?

_ Não se preocupe, afinal sou o melhor aluno do colégio, e você também possui notas excelentes. Perder uma aula não irá nos prejudicar. – Sei que é errado, mas eu não queria me separar dele, então apenas concordei.

_ Hai.

_ Esta é a segunda vez que te faço matar aula. Acho que namorar comigo não foi uma boa para você. – Sorri e neguei com a cabeça.

_ Eu não me importo. Estar com você era tudo que eu mais queria. E como você mesmo disse nossas notas não serão afetadas por isso. – Ele sorri e pega em minha mão.

_ Nee Luce, me conte mais sobre a sua mãe? Digo, se isso não te fizer mal.

_ Será um prazer. – Sorri. _ Seu nome era Layla Heartfilia, e ela era uma famosa escritora. – Peguei meu celular e procurei no álbum de fotos uma imagem dela, e assim que encontrei mostrei a ele.

_ Ela era linda.

_ Sim. - Olhei a imagem. _ Ela era perfeita.

_ Igualzinha você. – Sorri. _ Do que ela morreu?

_ Uma doença incurável. Nem mesmo o melhor tratamento médico fora suficiente para prolongar sua vida, ou até mesmo aliviar suas dores. - Natsu alisou meu cabelo. Sentia seu perfume tomando conta das minhas narinas e tenho certeza que grudará nas minhas roupas.

_ Eu realmente sinto muito Luce.

_ Porém mesmo sofrendo com as dores ela nunca deixou de sorrir. Eu a admiro por isso. Acredito que se fosse eu em seu lugar teria ficado deprimida e me isolaria do mundo. Ela viveu do jeito que queria até o ultimo minuto. Sem arrependimentos.

_ Isso é algo para se admirar. – Nos soltamos do abraço. _ Eu adoraria ter conhecido a Layla-san. – Sorri.

_ E eu teria adorado conhecer o fabuloso Dr. Igneel D. – Ele sorri.

_ Só porque você é fã. – Nego com a cabeça.

_ Também. Mas iria agradecê-lo por ser o pai do garoto que amo. – Ele se aproxima e novamente beija minha testa. Seu beijo era repleto de carinho, eu sentia.

_ E mais uma pergunta. – Assenti com a cabeça. _ Por que não me avisou que o Sting e o Rogue estudariam aqui na Fairy Tail? – O momento que eu e Natsu estávamos tendo estava tão perfeito que acabei me esquecendo completamente disso.

_ Eu também não sabia. Eu realmente não sabia. Eu fiquei totalmente surpresa quando os vi. – Mas Natsu apenas ri.

_ Eu sei, só estava brincando. Eu e todos da sala vimos o quanto ficou surpresa. – Ele começa a rir cada vez mais. _ Desculpe mas foi hilário. Você ficou tipo pálida e congelada.

_ É que eu fiquei surpresa. –Ele me abraça novamente.

_ Eles já sabem sobre o nosso namoro? – Nego com a cabeça.

_ Por enquanto contei só para a Levy e para o Yamazaki. Ah e para o Hades-san também.

_ Hades-san?

_ O meu motorista.

_ Entendi. – Meio receosa perguntei.

_ E você, disse a alguém?

_ Claro. Minha vontade era de gritar para todo mundo ouvir. – Corei. _ Mas disse apenas a minha mãe, ao Romeu, e claro, com o nosso beijo também disse a escola toda... – Ele se aproxima e deposita um beijo na minha orelha me deixando totalmente surpresa e arrepiada. _ ... que você é minha. 

Óh céus. Se eu pudesse explicar o que estava sentindo neste momento era impossível. Sua voz dizendo que eu era dele sairá extremamente sexy. E céus, como posso achar meu namorado sexy com apenas três dias de namoro? Ah que pervertida que estou ficando! 

~ TRIM TRIM ~ 

Maldito celular que atrapalhou essa cena que com certeza terminaria em beijo. E os beijos do Natsu era o que eu mais queria no momento.

Pego o celular no meu bolso e vejo o nome ‘Rogue’ na tela.

_ Me desculpe Natsu, mas preciso atender. – Ele me separou e assentiu com a cabeça. _ Alô?

_ Onde está Lucy? – Não posso falar que estou no terraço ficando com meu namorado.

_ E-Estou na enfermaria. Estou com uma leve dor de cabeça. – Não era uma total mentira. Eu realmente estava com uma dorzinha chata de cabeça. Talvez devido a pancada daquele dia, que nem gosto de lembrar.

_ Oe, você está bem? O que aconteceu Lucy? – Aquela voz quase estoura os meus tímpanos.

_ Eu estou bem Sting. Agora devolva o celular para o Rogue.

 _Poxa, eu aqui tentando ser gentil com vossa pessoa e a senhorita me trata desse jeito? Se você não fosse tão gostosa eu não iria ter perdoar. – G-G-Gostosa?

_ V-Vá se fuder! – Na mesma hora tapo a boca. Natsu ainda estava ao meu lado e eu digo isso? Mas Natsu apenas riu.

_ Eu já falei Lucy. O correto é ‘Vamos fude--- - Antes que ele terminasse de falar desligo a ligação na cara dele. Guardo o celular novamente no bolso.

_ P-Perdão pelo meu palavreado. E-Eu fico estressada quando falo com o Sting, e-e acabo falando essas coisas feias. – Ah! Ele vai me achar uma tremenda boca suja.

_ É engraçado como seu jeito muda perto do Sting. É engraçado e ao mesmo tempo fico com ciúmes. – C-Ciúmes? Ele me abraça. _ Não gosto de saber que Sting entende mais você do que eu. Quero saber tudo sobre você. Tudo. – Sorri.

_ Eu também. – Ele agora beija o topo da minha cabeça. Seu perfume já impregnava e me viciava cada vez mais. Já não sei dizer se seria capaz de deixa-lo. Posso estar falando bobagens, afinal são apenas três dias de namoro. Mas o amor que sinto por ele é tão grande que parece que nos conhecemos já anos.

_ Hoje irei até a sua casa. – Como eu já sabia que ele iria dizer isso apenas assenti com a cabeça.

_ Boa sorte. – Rimos.

_ Vou mostrar ao Laxus-san o quanto sou um ótimo namorado para você. – Sorri. _ E o quanto posso te fazer feliz.

_ Disso eu já tenho certeza. – Me separei do seu abraço e o encarei. – Ah, e eu preciso te entregar algo.

_ E o que é?

_ Segredo. – Ele fez bico.

_ Sem graça. – Sorri.

[...]

~ TRIMM ~  

Agora era o sinal alertando que a próxima aula já estava para começar. O tempo passou tão rápido que nem ao menos notei.

_ Melhor irmos agora. – Assenti com a cabeça. Nos levantamos e logo ele pega em minha mão.

_ Natsu, não será meio estranho se chegarmos juntos assim após não termos ido à aula anterior? – Já descíamos as escadas para chegar ao corredor.

_ Sim, dará na cara que somos namorados, e namorados fazem isso. – Eu com certeza o amo, e cada vez que ele se intitula ‘meu namorado’ esse amor crescia mais ainda, se é que é possível.

Chegamos ao corredor, que devido a troca de aulas estava lotado.

E claro..... Natsu e eu novamente chamamos a atenção, e acredito que isso continuará acontecendo por um bom tempo.

_ Hey Natsu! – Um garoto vem até nós. Eu já o tinha visto, mas não sabia de onde.

_ Yo Loke. – O garoto de cabelos alaranjados me olha e sorri. Ele usava um óculos meio escuro, então não dava para ver direito os seus olhos.

_ Yo loirinha. – L-Loirinha? Se há uma coisa que eu realmente odeio é quando me chamam desse jeito. Mas pelo visto ele era amigo do Loke, então irei disfarçar que não gostei.

_ Lucy. – Lhe estendi a mão. _ Sou Lucy. – Agora espero que ele me chame pelo nome e não pela minha cor de cabelo. Ele aceita meu cumprimento.

_ Eu sei quem você é. – Ele sorri. _ Sou Loke. Muito prazer Lucy. – Ele levanta minha mão e deposita um beijo sobre a mesma. E pela cara do Natsu ele não gostou muito do que viu.

_ E então Loke, o que quer?

_ Na verdade só queria me certificar de uma coisa. – Ele se afasta um pouco, e só então pude ver seus olhos. E o que vi não gostei. Eram olhos de desejo.

_ E já se certificou? – O tal Loke ajeita os óculos e desfere um sorriso no canto da boca.

_ Já sim. Tenho que ir. Jya-nee Natsu, e foi um prazer lhe conhecer melhor Lucy. – E assim ele foi embora. Natsu apertou de leve minha mão.

_ Natsu..?

_ Luce, não se aproxime tanto do Loke. Mesmo ele sendo meu amigo sei o quanto ele é mulherengo.  – Ele me encara. _ Ele é do tipo que se estiver afim de alguma garota ignorará tudo, até mesmo o fato dela ser namorada de um amigo. – Meu coração meio que acelerou. Talvez por eu ter ficado com medo deste olhar do Natsu.

_ Não se preocupe Natsu, eu não farei nada, e também não me aproximarei dele.

_ Você me promete? Promete que nunca vai me trair? – Eu entendia o motivo dele estar angustiado dessa forma. Afinal Lisanna o trairá. É claro que ele ficaria dessa forma. Acho que palavras não são suficientes para lhe responder, então o abracei. Meus braços circularam sua cintura e o apertei de leve.

_ Eu te amo. Não se preocupe. Eu prometo. – Ele rapidamente retribui meu abraço.

_ Hey! Vão logo para o motel. – Nos separamos do abraço rapidamente e encontro uma Levy com os braços cruzados e batendo o pé freneticamente na nossa frente.

_ L-Levy? – Ela parecia estar brava.

_ Demorou 45 minutos para fazer uma ligação senhorita? – Ela se aproxima de mim e pega em minha mão. _ E que história é essa de ‘estar na enfermaria’? Sua mentirosa. –Ri sem graça.

_ F-Foi mal.

_ E o que essa ameba rosa está fazendo com você?

_ Hey! Eu ainda estou aqui. – Ela me larga. _ Fui acompanhar a Luce.

_ E aposto que foi você que a induziu a matar aula. – Ela aponta para o Natsu. _ Esta já é a segunda vez senhor Natsu Dragneel. Estou de olho em você. – Bom, isso era verdade. Natsu me induziu, mas não é como se eu não quisesse ficar com ele. 

_ Bom, mas não importa. Precisamos ir à aula.

_ Falou a senhorita que matou aula. – Corei.

_ Levy!

_ Hai hai, senhorita matadora de aula. – E fomos, agora os três em direção a nossa sala de aula. Por sorte o Sensei não havia chegado.

[...]

Ao chegar na sala fui em direção a minha mesa, só que ela estava ocupada por quase todas as garotas da sala, e também tinha outras garotas de outras salas também.

Sobre dois corpos não ocuparem o mesmo espaço? Diga isso as 2581235 garotas que querem sentar juntas na minha carteira.

Motivo para isso: Sting Eucliffe.

Como vou pedir para elas saírem da minha carteira sem parecer chata ou mal educada?

_ Hey garota. Saia. – E a minha ‘salvação’ aparece.

Levy.

As garotas nos encaram. Levy estava ao meu lado.

_O que você disse?

_ Mandei você sair.

_ E por que?

_ Porque este não é o seu lugar, na verdade esta não é nem a sua sala. – A garota se levanta encarando a Levy de cima abaixo.

_ Tsc!

_ Valeu Levy. – As garotas se afastam o suficiente para que eu pudesse me sentar.

_ Só porque está namorando o Dragneel se acha a dona do pedaço.

_ Esses riquinhos medíocres. – Ignora Lucy. Ignora. Lembre-se do que o Natsu lhe disse...

**

_ Luce, eu te amo. Deixem que digam o que quiserem. O importante é que você saiba que não é verdade, e que meus sentimentos são verdadeiros.

**

Finalmente o Sensei chega à sala e todas as garotas voltam aos seus lugares e algumas se retiram da sala, afinal estudavam em outra.

Sinto um cutucão atrás de mim. Me viro e vejo Sting com uma cara nada boa.

_ Me deixe me paz!

_ Está melhor? – Eu realmente não o entendia. Por que desde que chegou a Magnólia ele parece preocupado comigo? O que a minha saúde e bem estar importava para ele? Eu não entendo esse idiota.

_ Sim. – Me viro mas ele me cutuca novamente. _ Que é??

_ Está com ciúmes? – Arqueei as sobrancelhas.

_ Ciúmes?

_ Das garotas que estavam aqui. – Solto um riso extremamente sarcástico.

_ Eu com ciúmes desse seu harén nojento? Nunca. – Me viro para frente. Mas sinto um toque gelado no meu pescoço me causando um arrepio involuntário. Era Sting.

_ À noite nós conversamos, meu bem. – Náuseas foi o que senti neste momento.

_ Olá pessoal. Vamos abrindo os livros na página 43.

Sinto que a minha vida escolar será um inferno com esse garoto por perto.

**