História Melhores Amigos ou Algo Mais? - Apostado!

~ Lucy Povs ~

_ Ahhh, eu sou muito ruim. – Dou pausa no jogo e coloco o controle em cima do mesmo. Me levanto da cama e olho para o relógio, o mesmo marcava 18:42. _ Caraca, preciso me arrumar. – Como já havia tomado banho era só vestir uma roupa melhor.

Fui até o closet e fiquei analisando as roupas.

Hoje era o dia que eu mais sonhei e esperei. Finalmente iria namorar ‘sério’ com o Natsu. E qual roupa posso vestir para que esse momento seja perfeito?

_ Droga! Não sei o que vestir. – Começo a mexer em todas as roupas. _ Essa não. Essa não. Essa também não. – E quando estava quase desistindo vejo uma blusa que me chamou a atenção. _ Nossa, nem sabia que tinha essa blusa. – Ela era com faixas azul e branca. Como estava frio seria uma boa opção. Coloquei uma shorts branco e uma meia que ia até o tornozelo. Calcei um tênis all star e soltei meu cabelo.

Passei uma maquiagem de leve, somente na bochecha que precisei ser mais atenciosa, afinal ainda estava com o hematoma.

Olho para o espelho e gostei do que vi. Não estava nada chamativo, mas simples o suficiente para gostar.

_ Yosh! Agora é só esperar o Natsu. – O relógio já marcava 19:00 em ponto. Meu coração estava acelerado e minhas mãos terrivelmente geladas.

~ TOC TOC TOC~ 

Dei um pulo. Meu coração quase veio a boca. Será que era o Natsu?

_ Hime? – Hime? Abro a porta e era Virgo.

_ Virgo, o que deseja?

_ Natsu Dragneel está a sua espera no salão principal. – Ahh ele realmente veio. É claro que ele viria, e claro que eu estava feliz por isso. Mas estava tão nervosa que já tremia. _ Hime?

_ J-Já estou indo.

_ Direi a ele para esperar.

_ Não precisa. Eu estou indo. – Ela assenti com a cabeça e se retira.

Coragem Lucy, coragem.

Ele é seu namorado, e a partir de hoje a coisa mais normal do mundo será ele vindo até a mansão para te ver. Então acostume-se com isso o mais rápido possível.

Fecho a porta do meu quarto. Coloco a mão sobre meu coração e tentava de todas as formas me acalmar.

Começo a passar pelo corredor em direção as escadas.

A cada passo um nervosismo maior tomava conta de mim.

Chego às escadas e olho para o salão, mas não o vejo. Provavelmente estava sentado mais a frente.

Desço as escadas com cuidado, não queria chamar a atenção.

Chego ao salão e em silêncio vou me aproximando até ver uma cabelereira rosada.

Era ele.

Estava de costas olhando os quadros pendurados na parede do salão principal. Eram quadros com todos os ‘chefes’ da família Heartfilia. Ele estava tão distraído olhando os quadros que nem ao menos notou minha presença.

_ Esse Jii-san tem um bigodão. – Sorri e me aproximei.

_ Dequil Heartfilia. – Ele me olha um tanto assustado, talvez por não ter me notado até agora. _ Era meu Tataravô.

_ Q-Que susto Luce. Eu não tinha te visto. – Olho para os quadros.

_ Esse é Gulter Heartfilia. Meu avô, mas nunca o conheci. Sempre olho para esse retrato e imagino como ele devia ser legal.

_ Todos tem bigode. – Ele ri. _ É legal. – Rio também. Ele se aproxima e pega em minha mão. _ Boa noite Luce. – Nos encaramos. Aquele sorriso em seu rosto fez minhas bochechas esquentarem.

_ Boa noite Natsu. – Ele se aproxima e deposita um beijo rápido em minha bochecha.

_ Senti saudades. – Corei.

_ Eu também.  – Ele sorri.

_ Laxus está ai? – Assenti com a cabeça. _ Ah, estou nervoso.

_ Nathaniel. Seja bem vindo. – Olhamos para trás e Laxus-nii estava encostado na pilastra com Yamazaki ao seu lado.

_ Quem é Nathaniel? – Ri.

_ É você. Onii-chan, já falei que o nome dele é Natsu.

_ Tsc. Que seja. – Era impressão minha ou ele parecia mal humorado? _ Vamos até o escritório. – Natsu assenti com a cabeça. Ainda estávamos de mãos dadas. _ Até quando pretendem ficar com as mãos dadas? – Nos soltamos imediatamente. _ Lucy, nós três iremos ter uma conversinha.

_ Eu também?

_ Não. Você espere no seu quarto.

_ Então quem é o terceiro? – Ele aponta para Yamazaki que estava ao seu lado.

_ Eu também quero ter uma conversinha com o namorado da minha Onee-chan. – Ele cruza os braços e tenta fazer uma carinha séria, mas ele era tão fofinho que era impossível.

_ Acho que estou com mais medo do Yamazaki do que do Laxus-san. - Ri.

_ O que disse? – Natsu se encolhe e começa a suar.

_ N-Nada Laxus-san. E-Eu disse que estou ansioso para conversarmos.

Os três sobem as escadas e antes que possam ficar fora da vista Natsu se vira e sorri em seguida me mandando um beijo. Corei.

_ Boa sorte Natsu. – Cruzei as mãos em forma de prece.

**

~ Natsu Povs ~

Eu posso não estar aparentando, mas estou muito nervoso.

Meu coração acelerado, minha boca estava seca e minhas mãos suavam. Espero que a Luce não tenha notado isso.

Agora estávamos passando pelo corredor em direção ao tal escritório. Passo por uma porta e vejo a plaquinha pendurada na porta com as escritas ‘Lucy Heartfilia’. Que fofa. Era o quarto dela. Eu já estive ali.

Passamos por outra com a plaquinha ‘Yamazaki Okita Heartfilia’, por outra com a plaquinha ‘Rogue Cheney’ e outra com a plaquinha ‘Sting Eucliffe’.  Só de ler fiquei com raiva. Não queria imaginar o que ele poderia fazer com a Luce. Os dois morando sobre o mesmo teto é algo que me incomoda.

_ Chegamos. – Ele abre a porta e pude ver o escritório. _ Entre.

_ Hai. – Na mesma hora Yamazaki fecha a porta .

Laxus-san senta-se na cadeira principal e Yamazaki puxa a cadeira que estava ao meu lado para se sentar ao lado dele.

_ Sente-se Natsu. – Obedeci. _ E então, Natsu Dragneel, certo?

_ Isso. E devo dizer que novamente é um prazer lhe conhecer Laxus-san.

_ Pode tirar o ‘san’. Me chame de Laxus. – Assenti com a cabeça. _ Primeiramente, posso lhe perguntar algo?

_ S-Sim. – Ele apoia os cotovelos na mesa e me encara. Droga! Assim fico mais nervoso ainda.

_ Qual perfume você usa? – Hã?

_ P-Perfume? – Eu ouvi direito?

_ Lucy disse que você era cheiroso, então queria saber qual o perfume que você usa. – A L-Luce disse que sou cheiroso? _ Ah, e não diga a ela que eu te disse isso.

_ Laxus-nii a Onee-chan vai te xingar.

_ Você também Yamazaki, não diga nada a ela.

_ Só se você me emprestar seu vídeo game. – Laxus pega na mão dele como se estivessem fechando um acordo.

_ Trato feito. – Ri. Rapidamente Laxus volta ao clima de antes. _ Ignore a minha pergunta. Vamos lá Natsu... – Ele se afasta e cruza os braços, Yamazaki faz o mesmo. _ Você quer namorar a minha querida irmãzinha?

_ Sim. É tudo o que eu mais quero.

_ Me dê um motivo para aceitar esse relacionamento.

_ Eu a amo.

_ Bom, eu também amo basquete. Nem por isso durmo abraçado a uma bola e penso nela 24 horas por dia.

_ E eu amo vídeo game. – Sorri.

_ Eu sempre achei que amar fosse o necessário. – Laxus nega com a cabeça.

_ A Lucy alguma vez já disse algo sobre o passado dela para você?

_ Ela me disse sobre a sua mãe.

_ Mais alguma coisa? – Nego com a cabeça. Ele suspira. _ Eu tinha certeza que ela não diria.

_ E o que seria?

_ Não posso dizer. Mas vou lhe avisar sobre uma coisa. – Me aproximo da mesa. _ A Lucy já confiou muito em uma pessoa que dizia que a amava, e essa mesma pessoa a machucou de tal forma que achei que ela nunca se recuperaria. – Aquilo me surpreendeu. _ Está vendo esse sorriso que ela tem no rosto? – Ele me encara. _ Se você fizer esse sorriso desaparecer novamente eu juro que te mato. – Ele estava falando sério. Eu não duvidava. _ Não quero mais vê-la daquele jeito, nunca mais.

_ E-Eu não sei o que fizeram a ela, mas saiba que minha intenção, não, minha obrigação como namorado será mantê-la com aquele sorriso para sempre.

_ Posso confiar em suas palavras?

_Sim. E se eu não mantê-las peço que por favor, me dê uma surra o suficiente para que me arrependa de ter nascido. – Ele riu.

_ Gostei de você. – Ele me estende a mão. _ Seja bem vindo a família Heartfilia. – Sorri e aceito seu cumprimento.

_ Muito, muito obrigado Laxus. Prometo que farei a Lucy feliz a qualquer custo. – Apertei as mãos com força. Agora era a hora, estava preparado para qualquer tipo de punição, mas precisava falar. _ Laxus, preciso lhe dizer uma coisa.

_ Claro. Pode dizer. – O encarei.

_ Eu sei que talvez você queria me matar com o que vou falar, mas eu juro que foi sem querer. Eu nunca iria fazer aquilo de propósito. Mas mesmo assim fiz, então mereço qualquer punição. – Agora ele me olhava sério.

_ Diga logo pois estou ficando preocupado. – Respirei fundo e assenti com a cabeça.

_ Fui eu quem provocou aquele hematoma no rosto da Luce. – Pronto. Agora era a hora que eu com certeza levaria outro murro. Merda! Minha bochecha ainda está dolorida devido ao murro do Sting. Espero que Laxus acerta a outra bochecha.

_ Hematoma? – Ele bate as mãos com tudo sobre a mesa me fazendo pular involuntariamente de susto. _ Me explique isso direito garoto!

_ No dia em que ela foi ao parque de diversões com o Gray, bom, eu os encontrei lá. – Tenho que pensar em um jeito de falar sem prejudicar o Gray. _ Aconteceram várias coisas e essas coisas levaram a um briga entre Gray e eu. E Luce vendo aquilo ficou desesperada e acabou tentando nos separar. – Laxus me olhava. _ E sem querer acertei a Luce.

_ Você bateu na Onee-chan? – Mesmo não querendo fui obrigado a concordar com o que o Yamazaki disse, afinal era isso que eu tinha feito.

_ Você está me dizendo que..  – Ele apertou seus punhos. _ Bateu na Lucy?

_ Me perdoe, mas foi isso que aconteceu.

_ Você tem coragem. – O encarei.

_ Não é coragem. Eu tinha que dizer. Não ia me sentir bem sem antes falar isso. Eu a machuquei, mesmo sem querer eu ainda o fiz, então tenho que arcar com a responsabilidade. – Laxus apenas sorri de canto.

_ Então minha punição será você se afastar da Lucy. – Arregalo os olhos. _ Fique longe dela. – Me levanto da cadeira.

_ N-Não, por favor, eu aceito tudo menos isso. Não consigo ficar longe dela. Eu a amo.

_ Então por que a bateu? – Seu tom de voz já estava mais alto que o normal. Deveras afinal acabo de dizer que bati em sua irmã mais nova, é claro que ele estaria bravo. _ Me responda Dragneel!

_ E-Eu achei que o Gray tivesse feito algo a ela pois a vi chorando, e não aguentei e simplesmente minha mente ficou em branco e quando vi já estávamos nos esmurrando. Luce com certeza se sentiu culpada e quando tentou nos separar acabamos acertando-a.

_ Então o Fullbuster também está envolvido? – Droga! A ultima coisa que e queria era envolver o Gray nisso.

_ Sim. Mas eu quero arcar com toda a responsabilidade. Deixe-o fora disso. Eu sou o namorado da Luce, sou eu que devo responder por ela ter se machucado.

_ Isso significa que você não irá se manter longe da Lucy, certo?

 _Nunca. Mesmo que eu tenha que vir aqui todo dia para lhe implorar para que aceite o nosso namoro. Eu não vou desistir da Luce. – Por fim ele suspira.

_ Eu não vou te bater, pois consigo ver pelo inchaço na sua bochecha esquerda que alguém já fez isso. – Sorri de canto.

_ Sting Eucliffe.

_ Imaginei. – Ele suspira e coloca as mãos sobre a cabeça. _ Eu não sei que tipo de castigo devo lhe dar. Não vou te pedir para se afastar da Lucy pois isso a machucaria. Então o que devo fazer?

_ Pedir para ele dar todos os jogos de vídeo game.

_ Seu viciado em vídeo game. Mas isso seria muito leve. – Ele me olha. _ Já sei!

_ Eu aceito qualquer coisa que não seja ficar longe da Luce.

_ Amanhã nós iremos visitar o tumulo de Layla Heartfilia, mãe da Lucy e minha mãe adotiva. Como sempre fazemos uma espécie de piquenique em frente ao tumulo, parece estranho mas é tradição da nossa família. – Ele me aponta. _ E você está convocado a ir conosco. – Sorri.

_ Será um prazer conhecer a Layla-san.

_ E você será o encarregado de fazer todos os lanches.

_ Claro, eu irei adorar--- O QUE?? – Eles riam. _ E-E-Eu não sei fazer nada e...

_ Terá que aprender. – Ele se levanta. _ E se estiver ruim você terá que fazer tudo de novo.

_ Eu gosto de doces Natsu-san. Faça bastante doces. – Olhei para o Yamazaki quase chorando. Eu não sei nem mesmo fazer um miojo, imagine só fazer lanches e doces. Eu estou morto.

_ Bom... – Laxus se levanta. _ Vou servir chá. – Ele pega uma jarra que tinha ao lado e coloca em algumas canecas entregando para mim e para o Yamazaki.

_ Obrigado. – Sopro a fumaça, pois estava quente e logo dou um gole. Estava delicioso.

_ Nee Natsu-san.. – Yamazaki me encarava. _ Você já beijou a Onee-chan? – Engasgo com o chá. E tenho certeza que se não fizesse um esforço tudo teria saído pelo nariz.

Mas para minha sorte eu não era o único naquela situação. Laxus também havia engasgado e dava murros de leve em sua própria costa para tentar desengasgar.

_ Laxus-nii, Natsu-san, vocês estão bem? – Começo a me acalmar, Laxus também.

_ Y-Yamazaki!! N-Nunca mais pergunte isso na minha frente. – Ele aponta o dedo para mim. _ E você! N-Não ouse responder essa pergunta. Eu não quero saber. – Apenas assenti com a cabeça.

_ Etto, será que já posso ir? – Ele nega com a cabeça.

_ Nem pensar. Eu ainda não te falei sobre a infância da Lucinda, nem te mostrei as fotos. – Ele pega uma grande pasta que estava na gaveta. _ E também falarei os lanches e doces que a Lucy mais gosta para que você possa fazê-los. Vamos ver por onde começo.

Foi mal Luce, mas acho que vou ficar aqui mais um pouco.

[...]

~ Lucy Povs ~

Eu estava aflita. Andava pelo meu quarto de um lado para o outro.  

Já fazia cerca de duas horas que os três estavam trancados naquele escritório.

“Dá para parar!!” – A mensagem da Levy chega. Ela acompanhava meu sofrimento pelo whatsapp.

“Não dá. Meus dois irmãos estão neste exato momento falando com meu namorado. Como posso me acalmar?”

“Rsrsrsr. É estranho te ver se referindo ao Natsu como namorado” – Sorri e logo tratei de responder.

“Se para você é estranho imagine para mim rsrs”

“Relaxa Lu-chan. O Laxus só quer a sua felicidade. E se o Natsu realmente lhe proporcionar isso com certeza dará tudo certo entre os dois.”

“Uau, isso foi tão profundo que achei petróleo kkk.” – Ela responde com um dedo do meio. – “Coisa feia Levy McGarden!”

~ TOC TOC TOC~

Me assusto e quase deixo o celular ir ao chão.

_ Luce? – Natsu!! Era ele!!

“Levy, ele voltou. Depois te chamo para dizer o resto. Jya-nee” – Coloco o celular sobre o criado mudo ao lado da minha cama.

Rapidamente vou até a porta e abro me deparando com o garoto que fazia meu coração.

_ Yoo! – Ele parecia feliz. Olho para os lados e não vejo nem Yamazaki nem Laxus-nii por ali.

_ Onde eles estão?

_ Laxus disse que precisava ir até um clube de basquete, e levou Yamazaki junto.

_ Entendi.

_ E Rogue mandou avisar que iria sair também, e Sting foi junto.

_ Entendi. – Pera, pera pera. Se Laxus, Yamazaki, Rogue nem Sting estão aqui, s-siginifica que Natsu e eu, estávamos a sós? Tecnicamente falando, pois ainda tinham os empregados da mansão.

_ Nee Luce, será que poderíamos conversar um pouco? – Conversar comigo? Será que Laxus foi tão chato assim que ele já quer me deixar?

_ C-Claro. – Me afastei da porta dando espaço suficiente para que ele entrasse. _ Pode entrar.

_ Com licença. – Ele entra e já tira seus calçados colocando-os sobre um canto qualquer. Fechei a porta.

_ E então, como foi a conversa com os meus irmãos? – Ele senta sobre a minha cama.

_ Interessante. – Sento-me ao seu lado.

_ Só? – Ele me olha e sorri. Sua mão encontra-se com a minha e entrelaça nossos dedos.

_ E o mais importante. – Ele se aproxima e pega em meu queixo. Minhas bochechas já queimavam, com certeza estavam vermelhas. _ Ele me aceitou como seu namorado. – Ouvir aquilo fez um enorme sorriso brotar em meus lábios.

_ Eu sabia que ele iria nos apoiar. Ele sabe o que é melhor para mim. – Ele sorri.

_ Prometo que farei com que você mantenha esse sorriso sempre em seu rosto. – Ele beija a minha bochecha esquerda. _ Farei de tudo para que fique feliz e me ame a cada dia mais... – Agora ele beija minha bochecha direita. _ Pois é exatamente isso que está acontecendo comigo. – Ele beija minha testa. _ Eu te amo Luce... – Meu coração já não batia direito. Estava descompassado. Agora ele beija a ponta do meu nariz. _ E farei com que os momentos que estiver ao meu lado... – Ele se afasta e me encara. _ Sejam os melhores da sua vida.. – Pronto. Agora meu coração enlouquece de vez.

_ Eu te amo.. Natsu. – Ele sorri.

Eu queria beija-lo, beija-lo mais que tudo. Era necessário.

Ver sua boca tão próxima a minha me fez perder o controle de minhas ações, e quando dou por mim já estou com as mãos em sua nuca aproximando meus lábios ao dele até selar um beijo. Um selinho que aos poucos fora se tornando mais intenso. E dessa vez fiz questão de tomar a frente para intensificar o beijo. Passei minha língua sobre seus lábios que formam um sorriso de canto. Ele estava gostando daquilo, e eu mais ainda. Mas aquele sorriso dura milésimos de segundos, pois ele logo abre fazendo nossas línguas se encontram e matarem a saudades que sentiam uma da outra.

O gosto de chá verde fazia-se presente no beijo, e hora ou outra Natsu mordia de leve meus lábios me arrancando suspiros silenciosos.

Sua mão já estava segurando firme minha cintura enquanto a outra estava na minha bochecha acariciando-a de leve. E as minhas afundavam em seus cabelos rosados e macios.

Abro os olhos durante o beijo e encontro seus olhos ônix me encarando. Sorrimos durante o beijo.

Mas como tudo tem um final o nosso beijo não era exceção. O oxigênio falta em nossos pulmões e precisamos nos separar para respirar.

Porém sinto um beijo de leve em meu queixo que logo desce para meu pescoço me causando um arrepio descomunal.

Suas mãos, antes na minha cintura sobem um pouco, e uma delas para sobre o meu seio direito. Sentir o calor de sua mão naquela área me causou reações estranhas, que nunca senti antes.

Natsu ainda investia em meu pescoço e distribuía beijos, mordidas e pequenas chupadas pelo mesmo.

Sua outra mão vai até a minha coxa alisando-a de leve. Me arrepiei novamente ao sentir sua mão quente em contato com minha pele fria.

Meus braços estavam sobre seu pescoço o trazendo para mais perto. Eu queria que aquilo continuasse, mas tenho que por um fim nisso.

Céus, estamos apenas no começo do nosso namoro e já estou sentindo que se não pararmos vamos dar o segundo passo aqui mesmo.

Seria um sonho fazer isso, mas agora ainda não é a hora para isso. Ainda não estou pronta.

Mesmo meu corpo relutando, consigo pegar em seu queixo e afasta-lo do meu pescoço, e também aproveito para tirar sua mão de minha coxa, enquanto ele mesmo tira a outra que ainda estava sobre o meu seio.

Por fim ele se afasta. Nossos rostos estavam vermelhos e nossas bocas mais rosadas que o normal. Estou tremendo.

_ D-Desculpe Luce. – Ele abaixa a cabeça. – Foi mal. – Também estavam com a cabeça abaixada. Sentia meu corpo mais quente que o normal.

_ Natsu. – Ele me olha. _ Eu quero te contar o que aconteceu entre o Sting e eu. – Sua expressão fora de surpresa.

_ Eu também quero conversar com você sobre uma coisa. – Ele coça a cabeça. _ Mas fale primeiro. – Assenti com a cabeça.

_ Rogue e eu estávamos conversando no terraço do colégio. Ele perguntou sobre o hematoma em meu rosto, e eu precisei falar o que havia acontecido e como acabei ficando daquele jeito. – Pego em suas mãos. _ Mas não se preocupe, Rogue não fará nada a você nem ao Gray.

_ Não se preocupe, quanto a isso já esclareci tudo. – Esclareceu tudo?

_ Como assim? – Ele balança minha mão.

_ Primeiro você me conta tudo e depois eu lhe conto tudo. – Assenti com a cabeça. _ Então continue.

– E então o Sting apareceu me perguntando se era verdade que eu e você estávamos namorando. Acredito que ele viu as fotos.

_ Fotos? Que fotos? – Então ele ainda não sabia? Peguei meu celular que estava bem ao meu lado e rapidamente encontro as fotos.

_ Essas fotos. – Ele pega meu celular na mão.

_ E-E-Eu quero essas fotos. – Ele me olha. _ Me envie elas. Preciso dessas fotos.

_ Você não está bravo por isso? Essas fotos estão circulando por todo o colégio.

_ Por que estaria? São fotos lindas de mim e da minha namorada. Eu amei. Quero elas. – Sorri, afinal de primeira tive o mesmo pensamento. _ Mas continue.

_ Depois que confirmei nosso namoro, Sting simplesmente se tornou outra pessoa. Ele começou a me dizer coisas que... que me machucaram muito. – Eu não iria dizer ao Natsu o que Sting me dissera, pois isso poderia gerar conflito entre os dois. _ E estávamos tão nervosos que acabei desferindo um tapa em seu rosto. – Natsu arregalou os olhos.

_ V-Você bateu no Sting?

_ Sim. Minha mão se moveu sozinha e quando percebi já tinha batido em seu rosto. Mesmo que nos odiemos nunca chegamos a ter uma briga tão feia igual hoje. E sinceramente acho que não serei capaz de perdoa-lo tão já.

_ Luce, ele encostou em você? – Neguei com a cabeça.

_ Mas quando lhe dei o tapa ele levantou sua mão, e se não fosse pelo Rogue segura-lo com certeza ele iria me bater. – Natsu aperta seus punhos.

_ Maldito! – Precisava acalma-lo.

_ Mas ele não me bateu nem nada do tipo, então se acalme. – Ele novamente pega em minha mão.

_ Aquele infeliz me deu um murro na cara porque disse a ele sobre o que havia acontecido no seu rosto, e agora você me diz que ele quase te bateu! Eu não consigo me acalmar. – A surpresa estava estampada em meu rosto.

_ O Sting.. ele.. te bateu?

_ Sim. Mas não foi nada grave. – Ele massageia sua bochecha esquerda. _ Não se preocupe. – Agora Sting tinha conseguido me deixar furiosa de vez.

Ele encostou em alguém que amo, isso eu nunca vou perdoar.

_ Desculpe Natsu. – Delicadamente pego em seu rosto e colo nossos testas fechando meus olhos em seguida. Passo minha mão com cuidado em sua bochecha esquerda. _ Desde que você se aproximou de mim sua vida tem sido um inferno. Você termina com a Lisanna, briga com seu melhor amigo e agora acaba sendo machucado pelo Sting. – Meus olhos ardiam, mas ia segurar as lágrimas que queriam sair. _ Eu te amo tanto tanto, mas as vezes me pergunto se o melhor para você não seria ficar longe de mim. – Agora sentia suas mãos sobre meu rosto onde ele alisava de leve.  _ As vezes o amor nos obriga a nos separarmos. E acho que esse caso se encaixa a nós, e---- - Mas sou calada quando sinto meus lábios sendo prensado pelos lábios do Natsu.

Ele leva sua mão ao meu queixo e o puxa para baixo fazendo com que minha boca se abrisse para que sua língua pudesse explora-la.

A minha, claro, faz o mesmo. E novamente pude me deliciar com seu beijo que ainda tinha o gosto de chá verde.

Ficamos nos beijando até sentir que nossos pulmões precisavam recuperar o oxigênio necessário. Então nos separamos.

Natsu se aproxima e deita sua cabeça sobre meu ombro e seus braços entrelaçam a minha cintura.

_ Nunca mais diga algo assim sua idiota! Nunca mais, ouviu? – Apenas assenti com a cabeça.

Ficamos ali abraçados durante alguns minutos. Por fim nos acalmamos e ele me solta.

_ Desculpe. – Ele sorri.

_ Ahhh!! – Me assusto com seu grito. Ele apontava para a minha TV que ainda estava com o jogo em pausa.

_ O-O que foi?

_ Eu amo esse jogo!! – Ele se levanta da minha cama. _ Vamos jogar!

_ Eu sou péssima.

_ Eu te ensino. – Ele pega a minha mão e nos sentamos no chão em frente a TV. Peguei dois controles, um para ele e outro para mim. _ Vamos fazer uma aposta? – O encarei.

_ Aposta?

_ Sim.

_ Que tipo de aposta? – Ele soltará um sorriso de canto.

_ A cada head shot um beijo será dado ao perdedor. – Corei. Estávamos apostando beijos? Que mal faz apostarmos beijos? Afinal somos namorados e namorados fazem isso o tempo todo. Então apenas sorri e assenti com a cabeça.

_ Apostado. – Selamos nosso acordo com um cumprimento.

_ Pela primeira vez eu quero perder. – Ele me olha e dá uma piscadinha. _ Afinal amei quando você tomou a iniciativa do beijo. –Corei novamente. _ Espero que sempre faça isso.

_ Are You Ready? – O narrador do jogo faz com que nossa atenção volte a tela da TV.

_ Aye Sir! – Falamos juntos. Nos olhamos e rimos.

Acho que pela primeira vez eu também quero perder rs.

Esse jogo vai ser interessante.

**