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História Memórias - Aquele primeiro amor.


Escrita por: marbruu

Notas do Autor


Olá,é minha ptimeira fanfic camren, espero que esteja legal para vocês.
Boa leitura 👏

Capítulo 1 - Aquele primeiro amor.


Fanfic / Fanfiction Memórias - Aquele primeiro amor.

   New York – 10 de Janeiro de 2015 – Estúdio 5H - 9:00

  Lauren respirava fundo pela milésima vez, sentindo a paz que não sentia fazia dias. Tivera a melhor festa de Ano Novo em toda a sua vida. Teve que dormir uma semana para repor todas as energias necessárias para depositá-las na criação do novo álbum que a gravadora estava lançando. Amava seu trabalho, diferente das outras, ela não se importava em perder noites de sono para produzir, criar, compor, entre outras coisas. Lauren era um ser humano totalmente perfeccionista. Não que suas amigas eram profissionais menos dedicadas, pelo contrário. Todas se uniam para produzir cada projeto que entrava naquele lugar, cada uma tinha um estilo peculiar e de especialização, ainda sim cada uma contribuía com cada projeto individual ou em conjunto. Mas por ter esse perfeccionismo entranhado nas veias, a morena não sossegava enquanto não colocava cada o pingo no seu i antes de finalizar o trabalho do dia.
  Ela relaxava em sua cadeira enquanto aguardava as outras chegarem ao estúdio. Com seu café da morte. Café mais forte do mundo, ela não se importava. Era uma das coisas que mais a relaxava apesar dos efeitos serem totalmente contrários. Pingava apenas uma gota com calda de canela e se dava por satisfeita. Rolava a tela do seu notebook enquanto tomava o líquido quente sentindo todo o frio que aquela sala era capaz de oferecer. Divagando em seus pensamentos, ouviu falatórios na entrada da sua parte no estúdio. Pelo barulho, poderia deduzir que era a farofeira da Dinah querendo dar bom dia.

- Bom dia zumbi – não disse? Ela tinha esse dom. Aliás, ela e Mani tinha o dom de fazer farofa onde quer que fosse.

- Bom dia meu bem, dormiu bem? – tentou ser o mais simpática possível. Lauren não era muito uma pessoa da manhã se é que você pode entender. Mas sempre gostava de ser gentil com as pessoas que amava.

- Por que você está me tratando com delicadeza? Transou a noite toda? – antes que a morena pudesse responder, a porta abriu-se mais uma vez revelando uma Normani toda sorridente seguida por uma Ally com a cara amassada de sono, mas também animada.

- Quem transou? – uma Mani mais do que animada indagou.

- A zumbi.

- Eu não transei – tentou protestar.

- Pessoal, bom dia né? Vamos começar o dia falando sobre sexo?  Sério isso? – a baixinha estava bem humorada, mas como sempre, falar de intimidades não era seu assunto favorito.

- Falou a intocável. Are Baba – todas explodiram em uma gargalhada com o sarcasmo da Dinah. Ela e suas manias de imitar os indianos. A baixinha revirou os olhos, mandou beijos no ar para todas e seguiu para sua sala. Mani também seguiu o fluxo, sobrando apenas as duas amigas mais perturbadas da equipe.  – Falta muito para terminar o álbum novo do James?

- Não. Falta pouco, mas você me conhece. Sinto que falta algo de genial nesse cd DJ, não consigo achar o que é sabe. E bati cabeça esse tempo todo, mas realmente não consigo achar uma ideia para encaixar no que quero – abaixou a cabeça em frustração. Lá estava seu perfeccionismo guiando sua mente. Aos demais poderiam achar que estava cada vez mais perfeito, mas por alguma razão, a morena achava que faltava algo mais. Como um elemento surpresa. Música indie era uma de suas paixões, mas ela sentia que ainda faltava recursos para deixar algo do gênero perfeito. Sua especialidade era rock, folk rock, pop rock. Indie rock era sua paixão, embora ela tentava com todo seu ser, não conseguia deixar fluir ideias brilhantes para o gênero.

- Hey, fica calma. Você vai se encontrar. Demore o tempo que for, vai dar certo ok? – Lauren apenas assentiu ainda tentando manter alguma esperança a respeito – Preciso ir, nos vemos no almoço?

- Com certeza gata. No de sempre! – Dinah piscou e deixou a sala. Lauren suspirou mais uma vez e resolveu se concentrar no trabalho.

  Hoje era um dia de novidades no estúdio. Cada uma das meninas tinha algo novo para trabalhar. Cada uma em sua especialidade. Normani era a rainha das produtoras de pop, tudo envolvendo esse meio, ela simplesmente dominava e virava a rainha de produção. Era uma das áreas mais disputadas no estúdio. Dinah por sua vez ajudava Mani no pop, mas sua especialidade era o que envolvia rap, hip hop e tudo relacionado a isso. Ela se enfiava no meio da bagunça e “mandava a ver com os manos” era assim que sempre dizia. Ally Brooke e sua paixão por músicas mexicanas era algo que dava muita alegria para o estúdio. Apesar de ser a madame da “paz” , ela era um tanto espevitada quando se tratava de mexicanos. Ela trabalhava também na parte de música clássica, que era a parte mais elegante do estúdio diga-se de passagem. Todas elas tinham um jeito peculiar de trabalhar, mas recebiam diversos projetos onde exigiam o trabalho de todas em conjunto. O estúdio era bastante famoso no país. Apesar de serem novas, elas possuíam muito talento para o negócio. Elas não eram famosas no país só pelo dom de produzir, mas também de cantar. Vez ou outra mostravam seus talentos aos clientes. Alguns cismavam que elas deveriam montar uma banda, talvez devessem mesmo. Todas possuíam um talento nato.
  Por fim só faltava Camila Cabello para completar essa turma. A menina doce, gentil e amorosa deixou as amigas para estudar fora do país. A princípio ela não quis, porque montar o estúdio dos sonhos também fazia parte dela. Tanto que o estúdio tem o nome das cinco. Mas era uma oportunidade única, então as amigas praticamente a obrigaram. Era muito difícil para uma menina tão amável largar tudo e ir sozinha estudar, a princípio Camila sofreu bastante. Ela era muito apegada as meninas, principal Lauren. Ah, Lauren. Elas tinham um certo tipo de amizade meio alma gêmea. A princípio ela não sabia distinguir o que era, talvez nunca soubesse nomear o que sentia pela menina dos olhos verdes. Mas era mágico.
  Lauren também sentia toda essa explosão inexplicável. Mas a seu ver, também era uma espécie de amizade “alma gêmea.”
  Ela a amava, de uma forma quase que possessiva. Tinha ciúmes, tinha vontade de guardar a latina num potinho só pra ela, tinha vontade de não deixá-la ir para outro país. Lauren também sofreu muito com a partida da menor. Suas amigas não sabem, mas até hoje nunca superou essa fase sem a Camila. Nem ela mesmo entendia todos esses sentimentos no passado, ela só sabia sentir. Com o passar do tempo, descobriu que toda aquela explosão se chamava paixão. Sim, Lauren era apaixonada por Camila no passado. Antes, todos os seus pensamentos e sentimentos eram confusos. Mas desde que descobriu em si sua simpatia exagerada pelo sexo feminino, ali ela soube, ela realmente era apaixonada por aquela latina de sorriso único.
  Talvez o destino aproximasse as duas novamente, mas talvez ele não tivesse um resultado positivo. Camila vivia na Áustria e as meninas pouco sabiam sobre sua vida pessoal. Já Lauren tinha sua namorada, o qual ela tinha certeza que era apaixonada. Bom, ela era super apegada a Alexa Ferrer. Isso era paixão, certo?
  Esperava que sim.

  - Olha, eu posso comer aqui todos os dias por anos. Nunca irei me enjoar do.. do ..  – Lauren fez um gesto com as mãos para dizer o nome do restaurante que elas almoçavam quase todo dia. Ela era a única que não gostava de pronunciar o nome Piccola Cucina. Apesar de significar ‘pequena cozinha’ em italiano, ela não gostava de pronunciar por motivos peculiares. Mas também porque sempre virava motivo de zombaria das amigas. Era nessas horas que odiava ser lésbica.

- Ah, diz logo que você adora Piccola Laur. – Dinah, rainha da farofa, teve que pronunciar isso alto o suficiente para atrair olhares. Lauren por sua vez começou a ficar vermelha.

- Cala a boca imbecil.

- Ui, Piccola tava apimentada hoje? – Normani que não poderia ficar de fora da gozação tomou a frente de mais um comentário da mais alta. Em contra partida, Lauren apenas ofereceu o dedo do meio mandando beijos na direção da mulata.

- Gente, Troy as vezes me irrita. – bufou a mais baixa que estava alheia a toda conversa. Ela encarava o celular como quem queria tacá-lo no chão a qualquer momento. Todas as meninas riram, não era algo comum Ally estressada. – Sério, ele cismou que eu estou trabalhando demais e não dou atenção a ele.

- Esse garoto é meio gay não acha?

- DINAH – Lauren e Mani interviram. Ally apenas ignorou o comentário, já estava acostumada com o sarcasmo da mais alta.

- Eu bem sei que ele não é gay Dinah.

- uuuuhhh – todas falaram em uníssono.

  Continuaram o assunto com a baixinha irritada até que o celular da DJ apitou avisando que havia uma mensagem. Ela ignorou por um certo tempo. Estava realmente interessada em saber sobre a sexualidade do namorado da Ally. As vezes Dinah parecia que baixava uma coisa ruim de tanto que perturbava a vida das suas amigas. Lauren dizia que isso era falta de namoro, já Normani que sempre guardava os segredos de tramóias da DJ afirmou que falta disso não era.
Estava cada vez mais empenhada em perturbar a Ally quando seu celular vibrou novamente. Bufou e decidiu olhar de vez. Xingaria quem quer que fosse por interromper sua gozação.

Número desconhecido- 13:20 – Checheeeeeeeeee amor da minha vida.

Número desconhecido-13:30 – Me responde safada. Eu sei que não mudou de número porque minha mãe me disse. Meu bem, estou voltando. Não acredito nisso cheeche. Estou com tanta saudade de todas. Por favor, assim que puder, entre em contato. Volto ainda essa semana. Sua chancho te ama viu? Me responde logoooo.  xx.Mila

  Dinah engasgou-se com a própria saliva ao ler a mensagem de Camila. Seu peito parecia que ia explodir de tanta felicidade. Sua chancho, sua garotinha, seu ursinho estava de volta. Ela mal podia acreditar nisso. Seu sorriso rasgava o rosto. Percebendo toda sua euforia crescendo, as meninas pararam o que estava fazendo e ficaram encarando a morena para ver se ela dizia o motivo.

- GENTE – ela berrou, mais uma vez chamando a atenção das pessoas ao redor – A chancho ta voltandooo!!!

  Ao receber a notícia, as meninas quase foram expulsas do restaurante que era quase como casa delas. De tão eufóricas que ficaram.
  Lauren por sua vez estava mais do que feliz, porém, ela não sabia se seu coração estava sambando de felicidade ou nervoso. Não que ela viesse a confundir alguma coisa com Camila. O que ela sentiu pela menina ficou no passado. Certo?
  Esperava que sim também.
  Mas não resistiu a ideia de pensar sobre quando Camila voltasse, como seria? Afinal, quando Lauren se assumiu, Camila estava perto de partir. Ela confessou para a amiga talvez num fio de esperança de ser recíproco o gostar de garotas, mas não foi. Camila a princípio ficou assustada pela forma como foi abordada. Ela não condenou sua amiga, jamais faria isso. Mas Lauren sentiu que depois disso, Camila se distanciou um pouco.
  Ela não entendia qual era o problema, talvez nem quisesse entender pra não sofrer mais do que já estava com o fato de se assumir. Lauren sentia falta dos carinhos da pequena, falta dos choques, falta das borboletas, falta até de quando brigavam. Mas Camila se foi, sem data pra voltar. Só restava ela seguir sua vida. Assim ela fez.

 
  Mais tarde, deitada em seu quarto. Não pôde deixar de pensar na bagunça que seu coração estava com esse retorno da Camila. Como será que ela estava? Será que ela ainda era a mesma menininha de sempre? Ou será que já era uma mulher madura?
  Será que ainda tinha o seu sorriso favorito?
  Lauren foi despertada de seus pensamentos ao receber uma mensagem. Virou-se instantaneamente para olhar o celular, constatando o que esperava. Uma mensagem de boa noite da sua namorada.

Baby- 22:30- hey amor, saudades do seu cheirinho de café com canela de manhã.

  Sorriu automaticamente. Alexa Ferrer fazia bem para a sua vida. Se dava bem com sua família, suas amigas. Será que ela se daria bem com Camila? Não sabia. Mas gostaria. Afinal, já namorava a um ano e meio. Sua namorada as vezes era um pouco grude, mas Lauren não ligava muito para isso. Ela queria estar bem, apenas isso.

22:45 – Saudades também baby. Passe lá no estúdio amanhã. Almoce conosco.

Baby- 22:46 – Irei adorar Laur. Até amanhã então, boa noite e sonhe comigo.

22:47 – Não se preocupe com isso. Beijos, até amanhã ;)

  Depois de se despedir da sua namorada, ela virou para dormir. Mas não sem antes deixar vagar pelo seu pensamento uma de suas memórias não tão boas.

                        (xx)

Sentadas na quadra do colégio, com Camila em meio as pernas de Lauren, as amigas assistiam a aula de Ed. Física. Era sempre assim, as duas arrumavam qualquer desculpa para estarem juntas. Lauren estava com dor no joelho, Camila resolveu fazer companhia para a amiga na arquibancada em vez de participar da aula. Lauren disfarçava carinhos nos cabelos de Camila, que por sua vez fingia concentração na aula. Mal sabia a menina dos olhos verdes o que estava causando no estômago da menina menor.
  Camila não entendia essas sensações, mas seu corpo simplesmente não conseguia rejeitar. Lauren vez ou outra esbarrava as unhas em sua nuca, e era nessas horas que a pequena queria suspirar, gritar, queria pedir por mais. Mas ela não sabia o que fazer, não entendia esse sentimento. Camila era um tanto inocente para essas coisas, mal havia beijado, outra coisa que fez Lauren se roer de ciúmes. Todas as amigas apoiaram Camila, exceto por ela. E sempre seria assim, na sua cabeça, ninguém era bom o suficiente para sua pequena amiga. A desculpa que dava era sempre a mesma: "Camila é sensível, ela merece algo que vá valorizar isso."
  Lauren por sua vez, recebia o calor do corpo da menor ali, entre seus braços. Sentia como se só ela pudesse protegê-la de qualquer coisa. Imersa em seus pensamentos, mal ouviu quando a pequena se pronunciou.

- Loooo - Camila quase berrou para chamar a atenção de Lauren. A morena voltou-se para a menor com um sorriso.

- Hey ..

- Em que mundo você estava mulher? - Lauren quis dizer ali, naquele exato momento tudo o que estava engasgado. Ela tinha reservado aquele dia para contar a Camila que era atraída por garotas. Bom, também queria contar sobre seu primeiro beijo com uma garota. Apesar de serem melhores amigas, ela tentou a todo custo esconder isso da menor. E ela não contou isso para nenhuma das amigas.

- Camz, eu preciso conversar com você. - respirou fundo, era agora, ela falava ou morria com essa informação.

- O que aconteceu Lo? Você está tremendo. - seu coração apertou-se ao ver preocupação no olhar de Camila. Mas também por não saber qual seria sua reação.

- Aqui não, vem comigo. - levantou e puxou Camila para o outro lado da quadra, onde pudessem ficar a sós.

  Assim que chegaram a uma parte mais reservada. Camila encostou em uma parede, quando seu olhar encontrou o de Lauren, sentiu a morena cada vez mais tensa. Lauren respirava fundo de nervoso, pedindo internamente que sua amiga não a odiasse ou a visse de uma outra forma.
  Ela não podia mais guardar isso consigo. Mas o pavor de perder tudo, a consumia. E se as as amigas não aprovassem? E se seus pais a condenassem? E se ..
  E se Camila deixasse de amá-la por isso?
  De todas as dúvidas internas para aquele momento. Respirou fundo mais uma vez, sentindo suas pernas fraquejarem. Apoiou as mãos na parede ao redor do corpo de Camila para não desabar, ainda mantendo uma certa distância, olhou nos olhos da menor.

- Lolo, o que aconteceu? Você está me preocupando. É ..

- Camila, eu beijei uma garota. - falou tudo de uma vez interrompendo a menor. Camila ficou muda por uns segundos tentando processar a informação.

- O-O que? - sua voz quase não saía.

- Garota camz, uma menina. Que tem a mesma coisa que a gente. Seios, vag..

- Eu entendi Lauren, não precisa especificar. - Lauren suspirou, já se preparando para o pior. Seu coração ficava cada vez mais fraco, errando todas as batidas possíveis. - Desde quando você gosta de garotas Lauren?

  Camila não queria assustar a mais velha, mas até mesmo ela estava assustada. Ela não esperava receber a informação assim. Ou talvez ela não esperava que Lauren já tenha beijado alguém sem ela saber.

- Camila, eu.. eu não sei tá legal. Eu só sei que gosto e .. aconteceu.

  Camila suspirou. Encarou seu tênis, não sabia o que dizer ou pensar. Era uma coisa normal. Não era?
  Definitivamente era. Mas ela não estava sabendo o que sentir nesse momento, como falar. Sua cabeça estava uma confusão, seu coração mais ainda.

- Quem foi? - foi a única coisa que conseguiu formular. Ela não entendia o porque um ciúme louco estava crescendo dentro de si, mas ele estava lá, invadindo cada célula do seu corpo e dando um Olá.

- Keana. - se ela fosse cardíaca? Com certeza teria morrido ali. Ela não suportava Keana, sem motivo algum pra isso, mas não suportava. Todas as suas amigas a achavam indiferente. Mas Camila não, morria de ciúmes dela. Sempre soube que ela olhava diferente pra Lauren. Sempre evitou que a morena tivesse muito contato com Keana. E agora, saber que a primeira garota que sua amiga beijou foi a garota que mais detestava, fez seus olhos marejarem. Ela tinha vontade de bater na Lauren. Tinha vontade de xingar a Lauren. Tinha vontade de explodir de tanta decepção que estava sentindo.

- Com tanta garota nessa escola, logo ela Lauren? - fez menção de sair de perto dela, não estava sabendo lidar com isso.

- Espera Camila. Eu não entendo sua implicância com a Keana. Ela não é uma menina ruim. - pra piorar a situação, Lauren ainda tinha que defender a menina.

- Então fica com ela, namora ela, faz o que você quiser. - respondeu um tano ríspida. O que fez os olhos de Lauren marejarem. De todas as amigas, Camila era a que ela mais tinha esperança em aceitar.

- Você vai deixar de ser minha amiga porque eu gosto de garotas? - estava prestes a chorar dependendo da resposta. Camila no mesmo instante capturou a insegurança da amiga. Respirou fundo, ela não podia ser egoísta a ponto de negar atenção em um momento difícil só por ciúmes.

- Hey, não Lo. - abraçou a amiga com toda a força que tinha. Lauren se deixou chorar, o que fez a pequena ficar de coração partido. Ela odiava ver Lauren nessas condições. Justamente por ser um momento raro. - Não chora Lolo, eu tô aqui. Não vou deixar de ser sua amiga. Nunca.

  Lauren chorou tudo o que tinha pra chorar nos braços de Camila. Sentiu um alívio enorme ao ouvir essas palavras. Contar que você é gay, nunca é uma tarefa fácil. Não por você condenar a si próprio, mas porque realmente é uma fase sensível e uma mistura de sentimentos.

- Obrigada Camz, eu amo tanto você. Pensei que fosse me odiar por isso. - disse com voz embargada pelo choro. O cheirinho de Camila sempre a acalmava. A curvinha do pescoço da menor, sempre seria deu esconderijo preferido.

- Mas que loucura Lauren. Eu amo você, nunca faria isso. - a menor afastou-se para olhar em seus olhos. Lauren a ofereceu um sorriso como agradecimento - Eu só .. Você sabe.. Odeio a Keana. - tentou convencer a si mesma que era apenas esse o motivo. Lauren riu, claro.

  O sinal indicando que a aula havia acabado soou. Camila terminou de amparar a amiga e ambas seguiram para o restante de suas aulas. Lauren se sentiu aliviada por poder contar para alguém o que estava sentindo. Principalmente por Camila não tê-la condenado. Camila, por sua vez, sentiu-se quebrada. Chorou aquele dia inteiro. Lauren podia ter beijado qualquer garota, até ela mesma, mas não Keana. Por que tinha que ser justo a garota que ela detestava?
  Ela não entendia toda esse sentimento de posse que sentia por Lauren.
  Não entendia ou não queria entender?
  Também nunca soube.
  Não nos tempos de colégio.


Notas Finais


Eai? Como tá?
Até a próxima 😉


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