1. Spirit Fanfics >
  2. Memorized >
  3. Capítulo 10

História Memorized - Capítulo 10


Escrita por: a_bishop

Capítulo 10 - Capítulo 10


Fanfic / Fanfiction Memorized - Capítulo 10

POV Dominique

Nos últimos dois dias eu ainda não tinha visto Kat. Vontade não faltava para nos ver, mas nossas mães estavam conosco e logo nos encontraríamos. Dava para ver a ansiedade da minha mãe com o momento do encontro com a nora dela.

- Mãe, se acalme. A Kat não é um bicho de sete cabeças.

- Eu sei Dominique, mas...

- Mas nada. Você vai gostar dela como a minha namorada. – Comentei sentando-me ao lado dela. – E se acalme, daqui a pouco ela e a Tressa estão aqui.

- Como você sabe?

- Ela acabou de mandar mensagem de que estava saindo do apartamento dela.

- Você está tão bela Dominique. – Minha mãe me elogiou. Olhei para mim mesma e vi a roupa que eu tinha escolhido. Uma calça jeans clara, regata com tecido aveludado, um blazer branco e uma sapatilha em um tom de nude. Deixei o meu cabelo solto.

- Obrigada mãe, agora vou olhar o nosso almoço que deve estar quase pronto.

Deixei minha mãe na sala sentada no sofá e fui para a cozinha olhar a nossa lasanha de berinjela. Meu celular vibrou e era Kat avisando que daqui cinco minutos estaria chegando. Estava arrumando a mesa quando o interfone tocou e liberei a entrada delas. Minha mãe olhou para mim e perguntou se eram elas apenas confirmei. A campainha do meu apartamento tocou e fui atender. Abri a porta e vi Kat em um look lindo, calça jeans preta uma camisa social preta com estampa floral e com um tênis branco. Ao lado dela minha sogra que também estava com uma roupa bem bonita. Convidei-as para entrar.

- Essa é a minha mãe Dommie. – Kat comentou indicando a senhora ao seu lado.

- Prazer, Tressa. – A mãe dela me cumprimentou com um beijo em cada lado da bochecha. Nessa altura minha mãe tinha se juntado a nós.

- Seja bem vinda. – Comentei e fiz um carinho do braço de Kat. – Essa é minha mãe.

- Danielle. – Ela falou seu nome e cumprimentou Kat toda animada abraçando-a e depois ela e a minha sogra se cumprimentaram.

- Precisa de ajuda na cozinha Dom? – Kat me perguntou.

- Não, já esta tudo praticamente pronto, daqui a pouco tenho que desligar o forno. Vamos nos sentar um pouco. – Comentei indicando o sofá.

Kat sentou-se ao lado da mãe dela e eu da minha. Conversamos um pouco para nos conhecermos melhor e eu me levantei para checar o nosso almoço. Desliguei o forno e retornei na sala.

- O almoço está pronto. – Comentei. – Kat, me ajuda com uma coisa lá na cozinha?

- Claro. – Ela respondeu se levantando e caminhando comigo até lá. Abri o forno e indiquei para ela retirar a travessa e colocar na mesa. – Precisa de ajuda com mais alguma coisa?

- Escolhe um vinho para nós. – Comentei indo pegar as taças no armário. – Estou em dúvidas entre essas duas garrafas. – Indiquei para ela que pegou uma de cada vez para ler o rotulo. Toquei em seu braço, ela olhou para mim e mostrei a animação de nossas mães conversando na sala. – Sobre o que será que elas estão conversando? – Perguntei querendo saber a resposta dela.

- Provavelmente sobre algum fato vergonhoso da nossa infância. O bom nisso tudo é que elas se deram bem. – Kat comentou comigo e sorriu. Dei um beijo em sua bochecha. – Escolho esse vinho aqui.

- Mãe e Tressa, o almoço está pronto.

Vimos as duas se juntarem a nós duas, elas escolheram seus lugares sentado uma do lado da outra para que Kat e eu sentássemos uma do lado da outra. Kat serviu as mais velhas primeiro, depois eu e por ultimo ela.

- Abre o vinho pra gente, babe? – Perguntei ao tocar a sua costa.

- Claro.

Kat levantou-se, pegou o abridor que eu tinha deixado separado em cima do balcão da cozinha e abriu a garrafa.

- Dominique, isso está delicioso. – Tressa comentou referindo-se a lasanha de berinjela.

- A Dom é vegana mãe. – Kat comentou.

- Mesmo assim está delicioso. – Comentou provando outra garfada.

- Está mesmo delicioso filha. – Foi a vez da minha mãe elogiar a minha comida.

- Que bom que vocês gostaram.

Kat nos serviu com o vinho e logo em seguida ela provou o que eu tinha preparado para nós. Senti sua mão tocar a minha perna por debaixo da mesa. Coloquei a minha mão por cima da sua por uns instantes e voltei a almoçar.

- Então... como vocês começaram tudo isso? – Minha mãe perguntou depois de outra garfada e prestes a pegar mais um pedaço.

Kat e eu nos entreolhamos.

- A gente se conheceu nos sets, mas aí o sentimento foi crescendo e aos poucos a gente estava tendo encontros fora dos sets para nos conhecermos melhor. – Kat comentou alternando seu olhar entre sua mãe, a minha e eu. Toquei sua perna. Esperamos uma das duas falarem alguma coisa e nesse meio tempo ficou um silencio entre a gente. Entreolhamos-nos, pelo menos Kat e eu e então o silencio foi quebrado pela minha sogra.

- Quero saber de netos. – Ela nos entreolhou. Percebi Kat ficar sem graça e sem saber onde enfiar a cara.

- MÃE! – Kat a repreendeu depois de quase cuspir o vinho que ela tinha acabado de provar da taça.

- A Dominique ia ficar linda com uma barriga de grávida. – Foi a vez da minha se juntar ao clube.

- Oh my God. – Coloquei as mãos no rosto. – Isso não tá acontecendo.

- Isso eu concordo com você Danielle. – Kat comentou e eu dei um tapinha na perna dela.

- Ah pronto, isso só pode ser um complô comigo.

- Claro que não Dommie, mas eu iria adorar ver você grávida.

- Pois bem, quando a gente decidir isso – indiquei com o dedo eu e Kat – pode deixar que eu e Kat iremos contar para vocês. – Comentei.

- Não falei para você que ela ia ficar brava, nervosa e mudar de assunto. – Minha mãe comentou com a minha sogra e a mais nova amiga dela. Kat se aproximou e me deu um beijo na bochecha. A gente tinha combinado de não ultrapassar alguns limites na frente de nossas mães, pelo menos por enquanto. E novamente outro silencio pairou sobre a gente até que ele foi interrompido pela minha sogra.

- Eu fico muito feliz por ser você, Dominique, que faz a minha filha feliz. – Minha sogra comentou.

- E eu faço das suas palavras a minha, Tressa.  – Foi a vez da minha mãe comentar. – Vejo que a Kat também faz a Dominique feliz.

Kat pegou em minha mão por debaixo da mesa e nossos dedos se entrelaçaram para demonstrar a felicidade que a gente estava sentindo no exato momento. Levantei-me retirando os pratos da mesa e nossas mães permaneceram sentadas esperando por mais vinho. Kat levantou-se e juntou para pegar a outra garrafa em cima da pia. Minha mãe perguntou para a minha sogra se tinha alguma história da infância de Kat que era constrangedora. Juntei-me a elas enquanto Kat se ofereceu para lavar a louça.

- O que mais a Katherine tem é história constrangedora. – Tressa comentou.

- Ah pronto, isso só pode ser um complô sobre a minha pessoa.

- Essa história eu quero saber. – Comentei fazendo um gesto com a mão para a minha namorada na cozinha. Ela abriu a boca e arregalou os olhos com a situação.

- Quando aquela ali – Tressa apontou para a filha – tinha uns dez ou doze anos, eu recebi uma ligação da diretora da escola informando que ela tinha colado chiclete no cabelo de outra menina.

Olhei pasmada para Kat.

- Aquela menina era mimada e chata, sem falar que ela ficava me provocando para ver se eu perdia a paciência. – Kat se defendeu. – Um dia eu perdi.

- Teve outra vez também que ela bateu em um garoto e ele ficou até com o olho roxo.

- Mentira amor que você fez isso. – Comentei e Kat ficou sem graça.

- Meu Deus, quando ela entrou na adolescência é que sossegou o facho, porque antes disso aquela ali era fogo no parquinho. Você deu sorte Dominique.

Rimos. Kat sentou-se ao meu lado e eu apoiei meu braço em sua costa.

- Não ri não Laura Dominique, que você também tem umas histórias cabulosas. – Foi a vez da minha mãe me repreender.

- Essa eu quero ouvir. – Kat comentou e eu olhei para ela.

- Lá vem bomba. – Apoiei um cotovelo na mesa e ajeitei os dedos no queixo para escutar atentamente a história que minha mãe contaria.

- Essa daqui – minha mãe apontava para mim – tanto insistiu que se tornou a líder de torcida – nessa hora Kat olhou para mim e eu sabia exatamente o que ela tinha pensando –  e como não bastasse não sossegou o facho quando tinha um torneio estadual para competir com o grupo dela. O porém é que quando estava na etapa quartas de final, teve uma garota de outra escola que sabotou os uniformes do equipe dela e quando essa daqui descobriu, não teve ninguém que segurasse. Quer que eu continue ou você termina filha?

- Bom, eu termino de contar essa historia. Quando eu descobri, eu e outra garota da minha equipe conseguimos um pouco de pó de mico e passamos nos uniformes delas.  Na hora da apresentação é que começou o espetáculo. Elas começaram a ter ataque de coceira e foram tirando a roupa no palco mesmo e ninguém entendendo nada.

- Aí eu olho para essa daqui que estava rindo com o grupo em um canto com a situação toda.

- Meu Deus Dommie. – Kat comentou pasma com o que eu tinha aprontado. – É bom eu tomar cuidado e não fazer nada de errado.

- Bom mesmo a senhorita se comportar. – Apertei sua coxa. Kat levantou-se para ir até o banheiro. Fiquei ali conversando com minha mãe e minha sogra. Kat retornou e ao vê-la no mesmo ambiente que nós eu tive uma ideia. – Babe, vamos comprar uma sobremesa?

- Claro. - Vi Kat ajeitar a carteira no bolso da calça. Levantei-me e fui até ela.

- Já voltamos. Vamos comprar alguma coisa de sobremesa. – Comentei e Kat e eu saímos pela porta do apartamento e levamos a chave. Deixamos nossas mães assistindo alguma coisa na televisão. Passamos pela portaria após descermos pelo elevador e caminhamos até o carro de Kat que estava no estacionamento de visitantes.

- O que tem achado até agora? – Ela perguntou referindo-se ao almoço com nossas mães.

- Eu estou tão feliz que elas se deram bem e apoiam a gente. Que a sua mãe gostou de mim e a minha gostou de você.

- Eu também estou tão feliz por isso. – Ela comentou e encostamos nossas testas. Nossos lábios se encontraram e trocamos um beijo cheio de desejo e caloroso.

- Acho bom a gente ir. – Comentei mesmo querendo continuar a provar os lábios de Kat. Meus dedos estavam em sua nuca.

- É bom mesmo. – Kat comentou roubando um beijo e dando partida no carro. Ela manobrou para sair dali e dirigiu por algumas ruas. – O que está pensando em levar para sobremesa?

- Sua mãe gosta de fruta naquelas caldas?

- Do tipo em conserva? – Ela me reperguntou e afirmei.

- Ela adora.

Estamos indo até um supermercado próximo de meu apartamento. Ela achou uma vaga e entramos no local. Fomos direto ao corredor que tinha o que queríamos. Compramos algumas outras coisas também para um possível café da tarde.

Retornamos ao apartamento e quando paramos na porta escutamos as gargalhadas do outro lado. Girei a chave e abri a porta. Vimos nossas mães chorando de tanto rir e elas nem tinham notado que a gente tinha chego. Kat estava com algumas sacolas e ficamos observando aquela cena até Kat fechar a porta com o pé e fazer um barulho, chamando a atenção delas.

- Dominique, Kat... faz tempo que estão aí? – Minha mãe perguntou.

- Acabamos de chegar. – Kat respondeu levando as compras para a cozinha. Acompanhei-a para pegar os potinhos de sobremesa. Servi e Kat levou para elas. Ela ficou por lá e levei a nossa sobremesa. Ficamos conversando mais um pouco até o papo mudar de assunto outra vez. Quando olhei no relógio já marcava três horas da tarde. Resolvi preparar um café e Kat me ajudou a arrumar a mesa com as coisas que compramos no mercado. Chamei minha mãe e Tressa para o café da tarde e nesse papo do café da tarde acabei descobrindo algumas coisas que não sabia sobre a Kat.

- Dominique, você sabia que a Kat sabe tocar saxofone? – Minha sogra me perguntou.

- Saxofone? – Perguntei encarando a minha namorada que estava ao meu lado.

- Acho que hoje em dia mal devo arranhar. – Ela comentou.

- Com certeza você ainda sabe algumas notas Kat. – Minha mãe comentou.

- É... devo saber alguma coisa.

- Claro que sabe. É que nem andar de bicicleta, quando você aprende jamais esquece. – Comentei tentando encoraja-la.

Ficamos conversando um pouco e chamei Kat para ir comigo no quarto para lhe mostrar uma coisa. Assim que entramos, eu meio que me pendurei no pescoço dela e lhe dei um beijo. O beijo foi calmo e cheio de desejo.

- Acho que está na hora de eu chamar a dona Tressa para irmos embora. – Kat comentou quando separamos o beijo.

- Te beijei tão mal assim? – Perguntei na brincadeira.

- Claro que não. Mais a gente pode ir por um caminho que não vai ser fácil terminar com nossas mães no outro cômodo. – Os braços de Kat envolviam minha cintura mantendo nossos corpos bem próximos.

- Com certeza. – Dei um beijo na pontinha de seu nariz e em seguida ela beijou minha testa.

Nossos lábios se encontram mais uma vez antes de retornarmos para a cozinha. Kat chamou pela mãe dela e nos despedimos. Foi bom te-las ali conosco. Já estava quase anoitecendo quando elas de fato foram embora. Minha mãe e eu ficamos conversando um pouco, assistimos televisão e depois fomos para os nossos quartos. Quando estava vestindo meu pijama vejo uma notificação em meu celular.

Kat: Tudo bem por aí?

Tudo em ordem e por aí? Sua mãe falou alguma coisa de mim depois que vocês foram embora? – Perguntei curiosa.

Kat: Ela te achou incrível e não faltaram elogios. Sorte a minha. =) E sua mãe, falou alguma coisa de mim?

Com certeza. Ela ADOROU você. Disse que você é educada, gentil, atencioso, amorosa, me trata bem e está feliz por nós.

Kat: Isso é bom. O que está fazendo?

Acabei de me trocar e estou debaixo da minha coberta. E você?

Kat: Praticamente a mesma coisa. Só acrescento que estou com saudades de você.

Mais já?

Kat: Já. Meu corpo está sentindo falta do seu. Minha boca dos seus beijos, meus olhos dos seus, minhas mãos em cada centímetro do seu corpo. Sinto falta do seu aroma penetrando em minha narina. Sinto falta da minha pequena.

Recebi a mensagem de Kat e não acreditava no que tinha lido. Dei uma mordida de leve em meu lábio inferior e pensei no que responder.

O que está me propondo é bem tentador, não acha?

Kat: Você não faz ideia do quanto. Quando sua mãe vai voltar para Londres?

Esse fim de semana, mas disse que vem nos visitar com mais calma em outro momento. E a sua mãe, quando volta para o Texas?

Kat: Na sexta.

É... vamos ter que segurar essa “barra” por mais alguns dias.

Kat: Posso fazer uma chamada de vídeo?

Demorei um pouco para responder, pois estava pegando meus fones de ouvido. Pode ligar agora.

Meu celular tocou e atendi a chamada de vídeo de Kat. Conversamos um pouco e eu pude matar um pouco mais da saudade daquele sorriso com as covinhas e a pinta perto do olho que realçavam o seu charme. Não demoramos muito na ligação, pois era visível que as ambas estavam com sono. Despedimos-nos com um beijo e encerramos a ligação.

A semana transcorreu tranquila, nossas mães retornaram para seus respectivos endereços. Kat e eu nos vimos pouco nesses dias, pois ela escolheu outro apartamento para morar e esse novo apartamento estava passando por algumas mudanças, como pintura e troca do piso em alguns cômodos. E mudança é algo cansativo. Até me ofereci para ajudar, mas ela negou. O combinado era de nos encontramos em meu apartamento até seu novo estar totalmente organizado e pronto para me receber.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...