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História Menina Selvagem - Capítulo quarenta e nove: A noite do arraso


Escrita por: mili_cruzz

Capítulo 49 - Capítulo quarenta e nove: A noite do arraso


  Pela manhã, Astória e Bráulio distribuíam convites para respectivas pessoas, no Salão Principal. Os dois foram até Granger e Weasley, que tomavam café da manhã.

- Parabéns, amigas! Acabam de ganhar o bilhete para a melhor noite da adolescência de vocês!

Bráulio entregou um convite para cada. As duas o abriram e pequenos confetes saíram de lá.

“NOITE DO ARRASO!

COMPAREÇA A NOITE MAIS LOUCA DA SUA VIDA E CRIE MEMÓRIAS INESQUECÍVEIS! A NÃO SER QUE FIQUE EMBRIAGA DEMAIS PARA LEMBRAR!”.

- Noite do arraso? O que que isso? – Perguntou Gina – Uma noite das garotas?

- É muito mais que só uma noite das garotas. – Sentou à mesa, de frente para as amigas – É a noite em que as garotas mais iradas de Hogwarts se divertem p’ra caralho! Nós fazemos de tudo! E quando digo tudo é tudo mesmo!

- Se for metade do que é suas festas, aposto que vai ser incrível.

- Vai mesmo, Gi. Eu até estava querendo falar sobre isso com você, Mione. Para a Noite do arraso ser foda, vamos ter que quebrar umas setenta regras. E aí, vai mergulhar de cabeça ou se afogar?

- Depende. Que tipo de coisa vai rolar?

- Não sei, apenas entrego os convites. Quem lida com o planejamento é Hestia e Flora. E vindo delas, espero qualquer coisa. E aí? Estão dentro?

- Eu estou! – Exclamou a ruiva – E você, Mione? Aposto que vamos nos divertir bastante.

- Eu não sei. Eu sou monitora-chefe. Tenho que dá o exemplo. E fazer tantas coisas erradas não está incluso no manual de monitora-chefe.

- Amiga, só errado quando se é pega. E a Noite do arraso nunca melou. Não é agora que vai! Vamos, Hermione! Não é possível que não tenha tido medo de dá no pé no dragão de Gringotes e está com medo de farrear com tuas amigas!

- Não é medo! Mas... Eu acho que uma festinha não faz mal.

Greengrass deu um sorriso enorme e bateu palminhas alegres.

- Vai ser um máximo, meninas! Vocês não vão se arrepender! A primeira vez na Noite do arraso é sempre a melhor! Ah, e não podem contar para ninguém sobre isso! É extremamente sigiloso!

- Ok. De que horas vai ser?

- É surpresa. Mas como amiga, aconselho a usarem uma camisola descente quando forem dormir. Não vão querer passar vergonha, não é?

Um mar de corujas adentrou o colégio, trazendo com si as correspondências dos alunos e professores. A sonserina recebeu do pai, de alguns parentes e amigos. A sardenta notou que mesmo assim ela ficou um tanto triste.

- Está tudo bem, Ast?

- Está sim. É que... Faz um tempo desde que as crianças do orfanato não me escrevem e eu não entendo o porquê. Eu já perguntei a Bernadette, mas ela não soube dizer. Parece que vai ficar em casa por um período para cuidar da neném. Eu não entendo porque não soube mais nada de lá. Já mandei tantas cartas questionando e não recebi nenhum retorno.

- Por que não vai lá no próximo passeio à Hogsmeade? – Sugeriu Hermione – Assim tira logo essa história a limpo.

- Quer saber, Mione? É exatamente o que eu vou fazer! Agora vamos, Bráulio! Temos que entregar o último convite. Tchau, meninas!

Os dois foram à mesa lufana. Para ser mais específica, onde Isla estava. A garota estava de costas quando Bráulio tocou em seu ombro. A menina ficou séria ao se virar e se dar conta de quem estava atrás de si. Ela até podia ter enfrentado a naja, mas ainda sentia medo dela. Os lufanos curiosos não tiravam os olhos da sonserina.

- Oi, Goyle.

- Greengrass? O que faz aqui?

- Vim em paz, não se preocupe. Trouxe um convite para você para a Noite do Arraso. – Bráulio entregou o convite à garota – E devo te parabenizar porque você será a ovelha deste ano.

- Não entendi. Por que não chamou sua irmã? Ela não está no último ano.

- Porque não sou eu que faço a lista. Deve saber que é uma grande responsabilidade ter sido a escolhida, já que sua mãe foi uma das planejadoras. Ela gostaria de saber que fora inclusa. A não ser que não queira ir. Aí eu chamo a minha irmã.

- Não, eu quero! Eu vou adorar ir! Quando é que vai ser?

- Sua mãe não te contou?

- Contou. Só que ela é de uma época diferente. Não acredito que continue com as mesmas tradições.

- Você vai saber quando for a hora. Tchau, Goyle. Vamos, Bráulio! Está na hora de escovar o Perseu.

Os dois saíram do Salão Principal.

- Cara mestre, eu não entendi o que é a ovelha.

- É como se chama as meninas mais novas, que pode dá continuidade a Noite do Arraso. Todas tem que pertencer o sexto ou sétimo ano, com a exceção de uma para aprender e pôr adiante o ritual.

- Quer dizer que não foram as najas que criaram isso?

- Ah, não! A Noite do Arraso é muito antiga! Antes era um lance das sonserinas nos anos 60. Depois que as garotas de outras Casas foram acetas.

- Mas o que acontece na Noite do Arraso?

- Isso nem eu sei dizer. Só posso garantir que é muito louco!

- Oi, Ast. – Cumprimentou Brian – E aí, baixinho.

- O nome dele é Bráulio, Brian!

- Na verdade, é Joshua.

- É, isso aí. Bráulio, vai procurar o meu bebê. Daqui um instante eu te alcanço.

- Como quiser, cara mestre.

Bráulio seguiu em frente, deixando os mais velhos a sós.

- Preparado para a Noite do arraso?

- Você sabe que sim. Triste mesmo é a ressaca do dia seguinte. Então, Flora me contou que Isla Goyle será o cordeiro deste ano.

- É ovelha. E sim, vai ser ela.

- Astória, não.

- Não o quê?

- Eu sei muito bem o que está armando e você não pode fazer isso, amiga! Sabe muito bem que a principal e única regra é o que acontece na Noite do Arraso fica na Noite do Arraso! É por isso que nos amarramos tanto! Porque não corre o risco de dar bosta!

- E não vai dá!

- Ah, não? Se fizer isso, dará liberdade para as próximas fazerem também!

- Brian, já está decidido! Não posso voltar atrás! Eu até preciso de você para isso! É um participante essencial!

- Ah, não! Eu não vou participar disso!

- Por favor! Tudo o que você tem que fazer é...

Para não correrem o risco de serem escutados, a morena sussurrou seu plano no ouvido do amigo.

- Ah, não! Eu não vou fazer isso!

- Por favor, Brian! Nem é grande coisa! Eu preciso de você! Se não fizer isso por mim vou... Puta que pariu! Ele está ali!

- Ele quem, criatura?

- Meu namorado!

A naja usou o corpo do amigo para se esconder do monitor-chefe, que conversava com Blásio não muito distante dali.

- E por que está se escondendo dele?

- É que rolou algo super constrangedor entre nós.

- E o que foi?

- Eu não vou te contar! Foi constrangedor demais!

- Então, talvez eu deva ir até ele e perguntar o que rolou.

- Não, não, não! Eu vou te contar! A gente estava no quarto dele dando uns super amassos, sabe. Eu estava no colo dele, estava super gostoso e excitante. Eu já estava para-

- Me poupa os detalhes, amiga! Vai logo no ponto!

- Ok. É que o pitelzinho ficou excitado, me jogou no sofá e foi correndo para o banheiro. E eu não tenho muita certeza, mas acho que ele estava batendo uma para mim.

- Ai meu Deus! E o que rolou depois?

- Eu fugi. Eu fiquei tão morta que vergonha, que nem tive coragem de olhar na cara dele para me despedir. Só disse que tinha que ir e me mandei. Foi tão vergonhoso, Brian! Eu nem sei o que dizer quando olhar para ele!

- Diga oi, Draco porque ele está vindo aí.

- Como é que é? Ai meu Deus! Eu não pensei no que dizer! O que que eu vou fazer?

- Aja naturalmente!

- Ok. Eu posso fazer isso.

Greengrass respirou profundamente antes de se virar e fazer contato visual com seu namorado, que vinha em sua direção. Ele aguardava a escada virar para poder alcança-la. Astória já queria se enterrar de tão constrangida que estava.

- Sabe, Brian, tem horas que temos que engolir nossa covardia e agir com maturidade e com coragem. Pena que agora não é uma hora dessas!

- É o quê?

A naja não fugiu, ela fez pior. Astória achou que seria bem melhor forjar um desmaio a ter uma conversa vergonhosa com o namorado. Ela fechou os olhos e caiu em cima do amigo. Brian, que ficou extremamente confuso e surpreendido, teve que segurá-la e por pouco não a deixou cair no chão.

- Meu Deus, Astória! Como tu é gorda! – Sussurrou

- Cala boca, filho da puta! – Xingou baixinho

A ajuda chegou, mas não da parte de Draco. E sim, da de Josh Nilson. Ele foi correndo até à morena, preocupadíssimo.

- O que aconteceu? – Ele exigiu saber

- Eu não sei! Ela só desmaiou!

Quando St. Clair disse a última palavra, ergueu os braços. Sendo assim, deixando a sonserina cair no chão como bosta. Ele levou as mãos à boca, surpreso com o que fizera. A pobre da Astória teve que reprimir o som de dor e continuou atuando. Draco enfim conseguiu chegar, a sentou e deu batidinhas leves em seu rosto.

- Astória! Astória, acorda!

- Dê espaço! Ela precisa respirar! – Ordenou Nilson

- Ótimo. Então se manda, que ela terá mais espaço! Deixa que eu, o namorado, cuida dela!

- É, deu para perceber como vem cuidando dela!

- Vem cá, por que você não vai tomar conta da sua vida?

- Sou amigo dela! Tenho o direito de me preocupar quando ela cai dura não chão!

- Devia se preocupar mais com a sua cara antes que eu arrebente ela!

- Galera, eu acho que ela está acordando! – Informou Brian – Ast, amiga, responda!

Greengrass piscou os olhos diversas vezes brevemente antes de abri-los de vez. O sonserino e o lufano não tiravam os olhos dela. Malfoy deslizou os dedos suavemente na bochecha dela.

- Ast, você está bem?

- Estou sim. – Respondeu baixinho – O que aconteceu?

- Você desmaiou e eu vim te socorrer. – Informou Nilson e Malfoy revirou os olhos – Você me pareceu bem mal. Tem certeza de que está mesmo bem? Posso te preparar um chá que vai te deixar mais forte.

- Não ouviu quando ela disse que está bem? E se ela precisar, deixa que eu, o namorado, a leva à Ala Hospitalar!

- Eu não me lembro de ter perguntado a você!

- Gente, por favor! – Ralhou Brian – Mais respeito pela pós-desmaiada! Vem, amiga! Levanta! Saia de chão seboso!

- Deixa que eu te ajudo! – Ofereceram-se os rapazes em uníssono

- Obrigada pela gentileza, meninos. Acho que posso levantar sozinha.

Greengrass se levantou lentamente. A sua representação de coitadinha que passou mal fora tão cínica que não teve como Brian segurar a gargalhada. Draco e Josh o olharam confusos e a morena faltou mata-lo com o olhar.

- Me desculpe. É que... Eu rio em momentos assim. É uma triste falha minha.

- Astória, vai querer o chá? – Sugeriu Josh

- Eu agradeço, mas não. Eu já estou melhor.

- E se precisar, vai contar comigo! – Exibiu-se o loiro – Ast, vem?

- Vou sim, pitelzinho. Tchau, pessoal.

O plano de Astória sido feito corretamente. O falso desmaio faria ela não ter que ser posta naquela conversa constrangedora. E ainda de quebra, Draco ficou mais carinhoso. O casal fora à pedra. Ela ficou deitada com a cabeça apoiada no colo dele.

- Quem aquele imbecil pensa que é? Na verdade, eu sei o que ele é! É um puta comedor de casadas! Aposto que estava te oferecendo o tal chá para te paquerar! E se no chá tivesse drogas? E se ele fizesse algo com você? Eu devia ter quebrado a cara dele! Está me ouvindo, rainha?

- Esquece o Josh, pitelzino. Ele só um amigo.

- Sei muito bem que tipo de amigo é esse! Você está melhor?

- Estou sim. Só minha cabeça que está doendo um pouco da pancada.

- E a cara de pau, está?

Greengrass se sentou e fitou ele, surpreendida.

- Do que você está falando, Draco? Não entendi a sua ofensa!

- Ofensa quem fez foi você ao teatro! Aquele número do desmaio falso pode até enganar os idiotas, mas eu não caio nessa! Acha mesmo que engana o maior ator de Hogwarts?

- Droga! Esqueci que você era um falso que enrolava todo mundo! Eu fui tão ruim assim?

- Não. Se eu não estive mais perto, talvez eu tivesse acreditado. Eu só não entendi porque você fez isso.

Astória se xingou mentalmente. Pior do que conversar com Draco sobre o que acontecera era explicar o porque do desmaio. Se sentiu uma ridícula. E o pior de tudo é que nem parecia afetado com o final do último amasso.

- É que... – Fitou as unhas – Eu estava com vergonha.

- Vergonha por quê?

- Porque eu... Não queria falar sobre o que aconteceu. – Ele franziu o cenho – Sabe, aquilo. – Ele continuou sem entender – Sobre a gente está se pegando e-

- Ah, sei. Era só isso? Ficou envergonhada porque fui me masturbar pensando em você?

- Ai meu Deus! Você ainda tem coragem de falar em voz alta, Draco?

- Qual o problema? A gente estava se pegando e quando reparei que as coisas estavam esquentando, fui para o banheiro bater uma. Ruim seria se tivesse sido na sua frente e tivesse gozado em você. Mas se você quiser, eu posso-

- Não!

- Eu estou brincando. Astória, eu respeito o seu espaço. E caí fora antes que eu cometesse alguma besteira que viesse a me arrepender. Você já se tocou pensando em mim?

- Isso é uma pergunta muito pessoal!

- Ah, vamos. – A beijou abaixo do ouvido – Você nunca – tocou na coxa e foi subindo suavemente – se masturbou pensando em mim? Nunca me imaginou entre suas pernas te fazendo delirar?

- Já. – Confirmou, cedendo ao prazer

- É? Quantas vezes?

- Quase toda semana.

Quando a mão foi se aproximando de sua intimidade, se afastou do namorado e ficou de pé rapidamente.

- Mas até aonde você vai! Na minha imaginação!

- Tem pressa não, rainha. A levar como está deixando as pernas tão juntas, duvido que leve muito tempo até que se sinta pronta.

Sua calcinha molhou de vez quando ele piscou. As bochechas dela ardiam tanto quanto sua vagina. Deu uma desculpa qualquer e foi embora imediatamente. Malfoy deu um sorriso maroto, enquanto a observava. Adorava quando ela ficava toda envergonhadinha.



Francis saíra da casa de banho quando seu nome fora chamado. Ao se voltar para trás, visou sua amiga Hestia indo na direção dele. Ela passou a mão em volta do braço dele e ficaram andando juntos.

- Francis, meu melhor amigo. O homem mais querido por mim. A prova concreta de que um homem bom ainda existe. Preciso que me faça um enorme favor!

- Você pedindo ajuda? ‘tá aí uma coisa que não se vê todo dia. O que que foi?

- Olha, talvez a Flora te venha com um papo meio estranho. E você tem que agir normalmente sem fazer muitas perguntas.

- Como assim? Não estou entendendo. Que papo seria esse?

- É que... Ela acha que eu estou a fim de você.

- Quê? Que loucura! Por que ela acha que você está a fim de mim? Você é minha melhor amiga!

- Ela acha que eu fui que escrevi teu nome naquele questionário, da aula de Poções. E agora acha que eu estou amarradona em você e arrasada porque não sou correspondida.

- E você explicou que não é verdade? Que a gente nem nunca ficou e que seria nojento se acontecesse?

- Eu dispenso sua ofensa. E não, eu não disse.

- Hestia, não pode mentir para sua irmã!

- Eu não menti! Ela disse suas suspeitas e eu fiquei calada. Tecnicamente, ela que está mentindo. Eu só fiquei na minha.

- Isso é pior ainda! Não pode deixar que acredite numa coisa dessas! Mentiras sempre dão errado!

- Sério? Você falando isso? Não quer falar sobre uma tal aposta?

- Aí, eu não participei! Apenas sugeri e não tive qualquer envolvimento nisso! Nem tentei fazer nada! E essa não é a questão! A questão é que não pode deixar Flora acreditar numa coisa dessas! Afinal de contas, por que quer que ela acredite?

- Flora está suspeitando que eu escondo algo. Algo que nunca deve ser do conhecimento de alguém, a não ser o meu. E se ela acreditar que estou a fim de você e sofrendo por isso, vai seguir outro percurso e meu segredo se manterá em sigilo.

- Tem certeza que vale a pena ainda manter em segredo? Eu até entendo que não queira me contar, mesmo eu sendo seu melhor amigo. Você é muito fechada e taus. Só que a Flora é tua irmã. Ela te conta tudo o que acontece na vida dela. Ela confia inteiramente em você. Então, por que não se abre com ela?

- E você acha que é fácil? Acha que eu não queria ser mais aberta? Mas eu não posso, Francis! Eu não consigo! E assim vai prevalecer! Se eu contar, não vai mudar nada! Já ocorreu! Então deixa p’ra lá e não conte nada à Flora, por favor! Por favor, Francis!

- ‘tá. Mas eu ainda acho errado!

- Hestia Carrow! – Chamou McLaggen – Trouxe um presente para você e tenho certeza que vai adorar!

Retirou uma caixa de chocolate em forma de coração de dentro da bolsa. Ao abri-la, dava para reparar que tinha três chocolates em falta.

- Alguém comeu esses. – Indicou Francis

- Sério? Deve ter sido os duendes a quem comprei.

Mentira, foi o McLaggen. E dava para perceber isso porque alguns dentes ainda estavam sujos do doce. Se fosse Flora, ela teria agradecido e dito que tinha amado o presente, apesar de não ser verdade. Mas não era Flora.

- Isso é chocolate. Faz ideia de quanta gordura tem aqui? Sem falar que é de péssima qualidade. Pode dá piriri em qualquer um! Eu acho até que tem um estragado.

- Sério? Por isso que tem um gostinho meio estranho. Enfim, ‘tá a fim de ir comigo à Hogsmeade?

- Nem morta! Some logo daqui!

McLaggen pegou a caixa de chocolate e foi embora, aborrecido.

- Você podia ter sido menos grossa.

- E você podia ser menos besta. Desde que Skeeter me pôs a venda, esses imbecis têm estado atrás de mim direto. Estou até pensando em dizer que sou lésbica só para me deixarem em paz. Só não faço isso porque é divertido dispensa-los.

- Psiu! Psiu!

Hestia olhou em volta procurando pelo indivíduo que fez tal som. Ao se repetir pela terceira vez, encontrou um elfo-doméstico muito bem escondido dentro de uma das armaduras.

- Prestus? – Perguntou ela

- Quem? – Indagou Francis

- Meu elfo-doméstico. Ele está ali. Prestus, o que faz aqui?

- E como conseguiu entrar nesta armadura?

- Com muita dificuldade, senhor. – Respondeu a criatura – Prestus está aqui há horas, minha senhora, a aguardando para dá uma informação valiosa sobre aquele tal assunto.

- Uh! Sei! Francis, me faria o favor de se mandar? Preciso falar a sós com meu criado.

- Outro segredo, Hestia? Sério? – Carrow fez um olhar, insistindo que fosse embora – Está bem. Eu vou nessa. Tchau.

- Tchau. – O goleiro se retirou – Então, Prestus, o que descobriu sobre ela?



No tardar do anoitecer, bem perto da madrugada, Goyle dormia tranquilamente quando fora desperta por um flash. A lufana ainda estava sonolenta. Apenas acordou de vez quando fora banhada por água gelada.

- Acorda, vadia! Temos que farrear! – Convidou Brian

Isla se sentou e passou a mão no rosto. Agora que já havia acordado de vez, poderia ver claramente Brian com uma câmera fotográfica e Astória com varinhas nas mãos, que produziu o líquido.

- O que fazem aqui?

- Noite do Arraso, esqueceu? Levanta logo, que não temos muito tempo! – Ordenou a morena

- Agora?

- Não, semana que vem! Anda logo, projeto de gnomo! Não tenho a noite inteira!

Era tradição as novatas serem despertas por baldes d’água no meio da noite. Assim como a lufana, Gina, Hermione e Luna foram banhadas. Não puderam nem sequer trocar de roupas. Apenas entregaram umas capas marrons para poderem se camuflar na escuridão. Além dos citados acima, obviamente que as najas também iriam.

Todas e Brian se reuniriam no corredor que continha o espelho como portal. Hestia se aproximou do espelho e ficou de costas para ele. Abaixou o capaz da capa.

- Olá, peruas! Não sei já sabem, mas este espelho contém um portal que o leva para fora daqui. Para a nossa festa. A melhor da vida de vocês. Se voltarem agora para seus devidos quartos, a única coisa que levará será a vergonha por ser uma fracote. Mas se passarem, criarão lembranças fantásticas. Quem será a primeira?

- Eu vou! – Afirmou Gina

A sonserina se afastou para a ruiva passar. Weasley colocou primeiro a mão. Depois, tampou a respiração como se fosse entrar em uma piscina e atravessou o espelho de vez. Hermione a segunda e cada uma foi a diante.

As garotas se encontraram em um beco escuro e esquisito. Granger foi a primeira a sacar a varinha, por precaução.

- Minha senhora Hestia e minha senhora Flora, por aqui!

Havia uma carruagem grande e luxuosa as aguardando no fim do beco. O elfo-doméstico que chamou por suas proprietárias era o cocheiro. As garotas entraram no transporte e ele começou a se movimentar.

- Gente, e os trouxas? – Preocupou-se Granger

- Relaxa, Hermione. – Disse Hestia, acendendo um cachimbo – Está sob um feitiço ilusório. Ninguém nos verá. Hora do drink!

Flora fez um feitiço que uma garrafa de xerez preencheu uma taça para cada presente. Astória bebeu o álcool como se fosse água.

- Eu não bebo. – Disse Goyle

- Isla, estamos na Noite do Arraso. Se não está disposta a tudo, o que faz aqui? – Bronqueou Pansy

- Também não é assim! – Defendeu Hermione

- Mione, eu te expliquei como funciona. – Avisou Astória

- Mas forçá-la a beber? Isso já é demais!

- Hermione, eu não crio as regras. Eu só as sigo e me divirto com elas. Afinal de contas, Goyle é uma herança. A mãe dela já participou e planejou a Noite do Arraso. Portanto deve saber que uma bebidinha não é nada comparado ao que vem pela frente.

Apesar de ser algo errado, todas as najas estavam de acordo. Aquela era uma noite louca. E ser careta não estava nos planos. Goyle tomou a bebida e teu umas tossidas. Granger perguntou se ela estava bem e a lufana confirmou.

- Hora da Verdade ou Desafio! – Exclamou Parkinson

- Adoro Verdade ou Desafio! Uma vez, George me fez comer várias pimentas e minha língua ardeu por horas. – Contou a ruiva

- História fofa, mas o nosso modo é um pouquinho mais pesado. – Explicou Flora

– Mais pesado como?

- Você já vi descobrir, meu bem. Deixa eu ver... Luna! Verdade ou Desafio?

- Verdade.

- Em quem você pensa quando se masturba?

A coitada da Luna ficou extremamente vermelha com a pergunta impertinente. Pansy e Gina começaram a rir. Hestia balançou a cabeça negativamente.

- Amiga, não pode fazer uma pergunta dessa! É super pessoal! – Afirmou Astória

- Qual o problema? Estamos entre amigas! Vamos, Lu! Quem é o gostosão que imagina quando está se tocando?

- Acho que vou ficar com Desafio.

- Como quiser, gata. O teu desafio é bem simples. Vai conseguir roupas para nós irmos a festa.

- E como vou fazer isso?

- Mais simples ainda. Meu pai tem uma loja de roupa trouxa no nome dele. É só lançar o feitiço de destrancar portas e a gente entra rapidinho.

- Seu pai tem uma loja trouxa? Pensei que ele fosse preconceituoso.

- É da amante dele. – Revelou Hestia

- Seu pai tem uma amante? – Questionou Gina

- O seu não?

- Não!

- Que pena. A sasha é bem legal.

A carruagem parou em frente a loja, que estava completamente escura e vazia. Por sorte, não havia ninguém na rua.

- Ah, quase ia esquecendo de te contar! – Lembrou-se Flora – A loja tem uns cubinhos parecidos com câmeras fotográficas. Só que elas se mexem por mais tempo. Então cuidado para não ser flagrada! Essas câmeras ficam no teto.

- Ok. Eu vou indo lá. Me desejem boa sorte.

- Boa sorte.

Luna desceu da carruagem e todas as garotas ficaram a observando e a incentivando pela janela. Conseguiu destrancar a porta facilmente. Mas antes de entrar, varreu o local pelo olhar em busca das câmeras e as quebrou com um feitiço. Haviam algumas escondidas as quais localizou graças ao seu óculos mágico.

- A barra está limpa!

As garotas saíram da carruagem rapidamente e entraram na loja. Logo começaram a procurar por uma veste. Greengrass escolheu um vestido preto curto e coladinho que possuía duas alças finas. Se trocava no vestiário quando o pano fora puxado.

- Brian! – Ralhou – Não te ensinaram a ter educação?

- E a você, ensinaram a ter compaixão?

- Ainda este assunto?

- Ast, amiga, isso não está certo!

- Brian, o julgamento já foi feito e a sentença fora decidida! Não compreendo porque ainda insiste nisso!

- Porque eu tenho piedade, Astória! Todos os outros que foram punidos tinham razões plausíveis! Meester era um pedófilo desgraçado, Weasley fez aquela merda contigo e o Nott... Bem, é o Nott. Só que o caso da Isla é diferente.

- É? Por quê?

- Porque ela está apaixonada de verdade pelo Malfoy. Não é só uma conquista ou um jogo, ela gosta dele p'ra valer. Ouvi ela contando para as amigas, no Salão Comunal. Parece até que foi ela que convenceu ao pai de noivar com teu gatão.

- Mas que-

- Coitada?

- Não acredito que está defendo aquela vadiazinha! Eu sei que você é bonzinho, mas já está passando dos limites!

- Astória, esqueça por um minuto que ela é talarica e me ouça: irmão internado, pais na merda e o garoto que gosta está pouco se fodendo p'ra ela. E sim, é estúpido o que ela faz. Mas a vida dela já está bem ruim para você piorar. Esqueça isso, amiga, por favor!

- Está bem. Eu posso abortar o plano e perdoá-la.

- Assim que se faz, amiga!

- Flora, aqui só tem roupa trouxa. – Hermione comentou à sonserina

- É porque vamos a uma festa trouxa, bobinha. Lu, sua vez de escolher a próxima vítima do jogo.

- Está bem. Hestia, verdade ou desafio?

- Verdade. – Respondeu Carrow, no trocador

- É verdade que você é virgem?

- Quero consequência.

- Beleza. Te desafio a contar se perdeu a virgindade.

- Você é uma cachorra, Lovegood. Agora entendo porque caiu na Corvinal. – A loira deu de ombros, orgulhosa – Ou talvez tenha sido a má influência da minha irmã.

- Deixa de enrolar, Carrow! – Mandou Weasley – Deu o não deu o cabaço?

- Não, eu não sou mais virgem. Felizes?

- Como é que é?

Flora saiu do trocador e foi até a irmã. Seus olhos verdes expressam fúria e choque ao mesmo tempo.

- Você não é mais virgem? Como pôde me esconder uma coisa dessas?

- Flora, aqui não é hora e nem local para discutirmos isso. Mais tarde nós conversamos.

- Claro. Vou te deixar pensar em alguma desculpa para esconder algo tão importante da sua irmã gêmea. Vamos voltar ao jogo, então, Hes!

- Claro. Weasley, Verdade ou Consequência?

- Consequência. Sempre consequência.

- Ótimo. Estava mesmo contando com isso. Te desafio a capturar seu irmão George para a nossa festinha. Ouvi falar que ele sabe como se dá uma festa e quero tirar isso a limpo!

- Hes, não! – Discordou Astória – O irmão da Gi passou por umas merdas muito grandes e não está nada legal.

- Mais um motivo para sequestra-lo. Vamos dá um agito na vida dele! O que diz, Weasley?

- Vamos buscar o meu irmão!



Desde a morte de seu irmão, George contraiu sequelas severas. Entre elas, a insônia. Rolava sem parar no colchão do quarto d’A Toca. Ouviu baterem na porta da janela, mas não deu importância por achar que era coisa da sua cabeça. Percebeu que era real quando a batida se repetiu e mais forte. Levantou-se da cama e foi até à janela.

Teve que piscar os olhos algumas vezes para ter certeza do que estava mesmo vendo. Sua irmã em uma carruagem voadora com suas amigas gatas.

- Gina? O que faz aqui?

- Viemos te resgatar, bonitão! – Afirmou Parkinson

- Vamos te levar para uma festa. Você vem? – Propôs Gina

- Ah, se a mamãe te pega!

- Ela não tem que saber de nada. Você vem ou não?

A turma começou a incentivá-lo a ir. George cedeu aos pedidos e entrou no veículo com a ajuda de Gina. Todo mundo comemorou com gritinhos e batendo palmas. A carruagem deu partida novamente. Flora entregou um drink ao ruivo.

- Toma, amigo! Nada melhor do que um bom drink para se animar!

- Obrigado. – Tomou um gole – Estava mesmo precisando beber.

- Só vai com calma, George. – Recomendou sua irmã

- Gi, deixa ele curtir! – Pediu Astória – Você vai se divertir muito com a gente, George! Sua participação na Noite do Arraso será super demais e inesquecível!

- Põe inesquecível! – Acrescentou Brian

- Obrigado, meninas. Para onde estamos indo agora.

- Boa pergunta. Para onde estamos indo agora, Flora? – Quis saber Luna

- Próxima parada: festa na boate! – Anunciou Carrow

As garotas ergueram os braços e deram gritos comemorativos. A carruagem foi à uma boate trouxa de Londres. A levar pelo som alto e as luzes, o evento estava bombando. Só havia um pequeno problema, era uma festa exclusiva.

- Nós temos permissão para entrar, não é? – Quis saber Goyle

- Claro que não. Por isso que escolhemos esse lugar – Informou Hestia – O proibido que aumenta a diversão. A pergunta é: quem vai distrair os guardas para que possamos entrar? Eu sugiro uma certa maldição imperdoável. Mas acho que a Mimi não vai gostar.

- Mimi não rola, Hestia. – Contou Hermione – E tem outras maneiras de entrarmos sem que usemos um feitiço ilegal.

- Moças, deixem que eu cuido disso. – Ofereceu-se George

O plano de George era usar o pó de Escuridão Instantâneo do Peru para entrarem apressadamente às escondidas. E deu muito certo. Adentraram no local e sentaram em uma mesa discreta. A festa possuía trouxas por todos os lados. Seja dançando, bebendo ou namorando. Uma garçonete com vestes vulgares trouxe uma bandeja cheia de caipirinha.

- Galera! Galera! Temos que brindar! – Propôs Hestia, segurando o copo de caipirinha – Um brinde a George Weasley e seu plano super mega infalível!

Todos brindaram e beberam a bebida trouxa brasileira. Algumas delas gostaram tanto que até repetiram a dose.

- Meninas, eu não sei vocês. Mas eu vou botar p’ra quebrar! – Anunciou Greengrass

As garotas e Brian gritaram. Os bruxos largaram a mesa para ir a pista de dançar bailar. Timidez era algo inexistente naquela festa. Não houve um indivíduo que não tenha se soltado. Hestia e Pansy dançavam juntas.

- Ei, Pan! Meu elfo-doméstico me procurou e me trouxe informações sobre aquele caso. Foi bem difícil de descobrir algo porque ela é uma mulher bem sigilosa, mas conseguiu algo. Acontece que ela mantém uma casa no subúrbio de Londres e vai lá duas vezes na semana.

- No subúrbio? Tem certeza?

- Foi o que Prertus disse. Me revelou que era o lugar mais nojento que já fora. Ele me deu o endereço.

- Hestia, só pode ser a casa que ela estava antes de Blásio a perdoá-la e coloca-la em um lugar melhor. Mas por que ela faria isso?

- Isso nós vamos descobrir quando formos lá.

- Nós? Por que ordena seu elfo-doméstico a ir?

- Porque há coisa que só são perceptíveis a outras pessoas. E já que você é a que tem mais informações, por assim dizer, deve ir. Eu já tenho até um plano de como irmos sem sermos descobertas.

- Então me diga!

- Poção Polisuco, amiga. Temos que ir disfarçadas. Se alguém nos ver, nunca saberá que somos nós.

- Mas é em um bairro trouxa. Acha que ainda corremos o risco de sermos reconhecidas?

- Acredito que sim. Vamos fazer assim: eu faço a poção e você consegue os fios de cabelo. Lembre-se: escolha pessoas esquecíveis e comuns. Que não possuam nada de extravagante!

- Pode deixar. Eu até já sei quem vamos ser. Hes, acho que o Weasley bonitão está se mandando.

Hestia se virou e avistou George se afastando do grupo. Nem Gina ou outra das garotas haviam percebido porque estavam ocupadas demais dançando. Carrow ficou preocupada e decidiu ir até ele.

Astória reparou que a amiga estava seguindo o ruivo e ficou animada. Deu batidinhas no ombro da Weasley.

- Que foi? - Perguntou a ruiva em um tom alto por causa do volume abundante do som

- Eu acho que a Hes está a fim do George!

- O quê?

- Eu disse que a Hes está a fim do teu George! Olha!

A morena apontou com o dedo para Carrow indo atrás do ruivo. Gina ficou boquiaberta.

- Ai meu Deus! Eles são lindos! Eu shippo!

Flora pôs os braços em volta dos ombros de Weasley e Greengrass.

- Shippa quem, amiga? - Perguntou

- Hestia e George!

- Quem?

- Hestia e George! Eu shippo eles! Acho que a sua irmã está a fim do meu irmão!

Flora ficou tão chocado quanto à sardenta. Olhou para sua amiga naja e ela confirmou balançando a cabeça.

- Pelas barbas de Merlin! Eles são muito lindo juntos! Tomara que ele faça ela esquecer Francis!

- Hestia está a fim de Francis? - Questionou Astória

- Super a fim, amiga! Mas não diga que eu contei! Agora é só questão de tempo até que o Georgie entre no coraçãozinho da minha amiga Hes! Aí, Gina, já pensou se eles ficarem juntos e se casarem? Seremos da mesma família!

- Isso seria demais!



George estava mesmo aproveitando a festa, como não se divertia há muito tempo. Mas, de repente, a lembrança do seu irmão morto veio à mente. Tudo a sua volta sumiu e a memória mais apavorante tomou conta de si. Precisava sair o quanto antes e respirar um pouco de ar fresco.

  Foi para o terraço. Nem se recordava muito bem de como tinha chegado lá. Só sabia que tinha lhe feito bem, apesar de não ser o bastante. Corria um vento frio que fez seus pelos se arrepiarem. Apoiou os cotovelos no murinho e soltou um suspiro.

- Não aguentou nosso pique?

Levantou a cabeça e viu uma das gêmeas bonitas parada ali, o encarando. Ela apoiou as costas no murinho ao lado dele. O rapaz deu de ombros.

- Precisava tomar um pouco de ar. É Flora, não é?

- Não, esta é minha irmã. Eu sou Hestia.

- Prazer te conhecer, Hestia. Sou George Weasley.

- Eu sei quem você é. Na verdade, todo mundo sabe. Você conseguiu o respeito do Pirraça. Mas também é um prazer te conhecer, George.

- Foi mal perguntar, mas não está com frio usando essa roupa tão curta?

- Já passei por coisas piores. Então, por que precisa de ar? Bebeu demais?

- Quem dera. É que eu comecei a ficar sufocado.

- Sei como é. Tem horas que você só quer sumir e nunca mais ser encontrada. Sente isso?

- O tempo todo. É muito próxima da sua irmã?

- Ela é a pessoa que eu mais amo no mundo inteiro. Por ela, sou capaz de fazer qualquer coisa. Eu não sei porque ela é minha gêmea, mas eu sinto que minha existência depende dela.

- Pois somos dois. Eu nunca imaginei um dia da minha vida sem o meu irmão. Fazíamos tudo juntos. Agora só sou eu. Eu me sinto tão vazio. Tem sorte de ter sua gêmea. Eles nos completam de uma forma ou outra.

- Sei o que sente. Não em relação a minha irmã, mas perder alguém. Eu tinha uma pessoa que eu amava inteiramente e me amava da mesma forma.

- E o que aconteceu com ela?

- Voldemort me tirou. Eu desejei morrer no momento que soube. Acho que só não fiz isso porque ainda tenho Flora. Mas mesmo que minha alma continue em meu corpo, tenho a sensação que morro um pouquinho a cada dia que se passe. Mórbido, não?

Haviam brotado lágrimas dos olhos de Hestia e ela nem havia notado. Só os reparou quando George os limpou. Eles ficaram se fitando em silêncio por alguns segundos.

- Já ouvi muitas histórias sobre luto, mas tenho a sensação que compartilhamos da mesma dor. – Comentou ele – Estranho, não?

- Totalmente.

- Hestia, quantos anos você tem?

- Dezessete. Por quê?

- Porque não vou ser preso por fazer isso.

George pôs a mão na nuca dela e a trouxe para um beijo. Não durou por muito tempo porque ele mesmo a afastou.

- Merda! – Xingou o sardento – Me desculpe! Eu não sei onde estava com a cabeça! Eu não...

George não pôde completar a frase porque a morena que o osculou desta vez. Ele que não é bobo e nem nada a correspondeu. O ruivo a levantou pela cintura e seu tronco foi abraçado pelas pernas da morena. A preensou contra a parede.

 Carrow começou a abrir os botões da camisa dele, revelando seu lindo corpo. Não era muito musculoso. Na verdade, ele havia perdido um bom peso naqueles meses. Mas Hestia pouco se importa com isso. Apenas o desejava.

O ruivo nem quis saber de auxilia-la em retirar a veste superior. A morena teve que tirá-la sozinha. Ela fez questão de passar suas unhas pelo corpo desnudo dele, arrepiando os pelos do rapaz.

Weasley abandonou os lábios da sonserina para explorar seu pescoço. Abriu o zíper do vestido dela com rapidez. O sutiã não durou muito tempo por ali. Seus seios foram apalpados com brutalidade. A calcinha da adolescente já estava ficando toda molhada. 

- Você está me deixando louco, garota!

- Essa é a intensão!

Não aguentando mais, George retirou seu pênis de dentro da calça. Levantou um pouco do vestido da amante e afastou a calcinha. Hestia mordeu o ombro dele quando o órgão genital masculino fora introduzido em seu corpo. Fazia muito tempo que não tinha prazer carnal e queria tonar aquela noite fantástica.

   Não havia uma célula do corpo do ruivo que não ardesse por Carrow. E ele provou isso muito bem. George começou a socar a intimidade dela agressivamente. Seus lábios não deixaram a pele macia da jovem nem por um instante. Estavam no pescoço, no ombro ou na própria boca dela. Suas mãos grandes e maravilhosas apertavam a coxa dela com força.

  George Weasley era quente na cama. E não era o único. Hestia conseguiu enlouquecer o rapaz de diversas formas. Mordia-o em todos os locais possíveis enquanto o arrepiava com suas unhas. Os seios descobertos estavam em total movimento. A carinha de safada dela e seus gemidos escandalosos o excitavam mais ainda.

Por sorte que a música da balada estava alta. Ou certamente seriam ouvidos e descobertos. A medida que Weasley estava mais perto de gozar, aumentou a velocidade das estocadas. Se pudesse, jamais pararia de devorá-la.

  Gozou dentro dela e gemeu bem em seu ouvido. A respiração dele ficou pesada e não tinha reparado que ficara tão suado. Hestia se sentou e cruzou os braços.

- Se divertiu? – Perguntou ela

- Muito. Fazia um tempo que eu não transava. Ainda mais, tão bom assim. E quanto a você? Consegui te satisfazer?

- Você mandou bem.

- Não foi o que eu perguntei.

- Eu não gozei.

- Ah. Então vamos resolver isso. Abre as pernas.

- Ainda tem pique para mais uma rodada?

- Ah, não. O meu pau precisa descansar um pouco. Mas a minha língua ainda bem acordada. Que foi? Por que está me olhando assim?

- Não, nada. É que são poucos os caras que se importam se as mulheres gozam.

- Aí, se eu ligasse só para mim, teria me masturbado. Agora abre as pernas, delícia! Eu vou te fazer delirar!



As garotas continuavam dançando na pista de dança. Alguns rapazes as paqueraram, mas nenhuma deu muita bola. Gina tocou no ombro da cunhada.

- Cunhadinha, verdade ou consequência?

- Consequência!

- Te desafio rebolar esse rabo lá no palco!

- Nem morta, Ginerva!

- O quê? Você enfrentou Voldemort e não pode dançar um pouquinho?

- São casos completamente diferentes! Prefiro verdade!

- Beleza. É verdade que você é uma cachorra na cama quando está com Rony?

Hermione, que tomava uma bebida no momento em que Gina lhe fez uma pergunta, cuspiu o líquido na hora.

- Gina! Ele é seu irmão!

- Eu sei! Assim como sei que você não vai nos contar os detalhes sórdidos da Granger safadinha. Então, queridinha, só te resta uma opção!

- Você é uma cadela mesmo!

- Eu sei! Obrigada!

Granger não teve muita opção e teve que realizar o desafio. E a única razão por ela ter cedido tão facilmente foi a enorme quantidade de bebida ingerida. Ela pediu ao DJ permissão e ele adorou a ideia. A música foi mudada para Pony e a luz do holofote caiu sobre a grifinória.

A frase os santinhos são piores era completamente verdadeira e Hermione Granger comprovou isso na Noite do Arraso. Ela dançou sensualmente na frente de todos aqueles estranhos e seus amigos. Não houve um indivíduo que não tenha curtido. Os homens foram os que mais adoraram.

Hermione estava tão atiçada pela bebida que pulou em uma mesa cheia de homens e deu um show espetacular de dança para eles. Os marmanjos adoraram e já estivam pedindo para que tirassem a roupa. Graças a Deus, ela não fez isso. Só que ela acabou escorregando e teria tido uma queda bem feia se não tivesse sido segurada por um ruivo alto.

- Rony?! O que faz aqui?

Não era ilusão da cabeça dela. Rony Weasley realmente estava ali e tinha trazido Harry Potter consigo. A loucura da garota acabara quando vira o namorado. Ele a colocou no chão.

- Vim como me pediu. Mandou um elfo-doméstico dizendo que era para Harry e eu virmos aqui urgente. E deu para perceber porquê!

- Rony, eu posso explicar o porquê!

- Ei, imbecil, larga a cadela e deixa ela dançar! – Exigiu um dos homens para quem Granger dançou

- Cadela é a sua mãe, filho da puta! – Xingou o ruivo

Antes que o sardento fizesse alguma besteira, seu melhor amigo se pôs na frente dele.

- Rony, ele está bêbado! Não faça nada com ele! Ou pode dá uma merda muito grande!

O grupo de garotas foram até Granger. Nenhuma compreendeu o que os aurores estavam fazendo ali.

- Hary? Rony? O que estão fazendo aqui? – Perguntou Gina confusa

- Um elfo-doméstico veio até nós dizendo que Hermione nos queria aqui depressa. – Contou Harry – Nós acreditamos porque ele trouxe a varinha dela.

- Não, a minha varinha... Pelas barbas de Merlin! Onde está a minha varinha?

- Aqui. – Rony tirou a varinha dela do bolso e a entregou – Além de perder o juízo, perdeu a varinha! Por que estava fazendo aquele show?

- Calma lá, Rony! Estamos jogando Verdade ou Desafio e eu desafiei a Hermione a dançar. – Explicou Gina – Foi só um jogo. Não tem nada de mais.

Como se não bastasse aquela situação acontecer, Hestia e George chegaram juntos. Ambos estavam com um enorme sorriso e bem suados.

- Rony? Harry? O que fazem aqui? – Interrogou George

- Eu que te pergunto o que você faz aqui! Não estava na casa de mamãe, dormindo? – Perguntou Rony

- Ele estava era dormindo com a Hes! – Respondeu Astória, rindo

- Astória! – Bronqueou Hestia

- O quê? Não é verdade?

- Pronto. Só faltava você! – Ofendeu Rony

- Escuta aqui, meu filho! Olha só como você fala comigo! Eu sou Astória Clarisse Greengrass, ‘tá legal? Eu mando na porra toda e você é bosta! Mereço respeito!

- Por que tenho a sensação que você nos trouxe até aqui?

- Porque você é um imbecil! Acha mesmo, querido, que eu ia perder meu tempo precioso trazendo você e o Quatro-Olhos p’ra cá? Se toca, irmão!

- Greengrass, está na sua hora de jogar. – Atormentou Goyle – Verdade ou Desafio?

- Ô, idiota, você não está vendo que estou ocupada tendo uma discussão com essa criatura?

- Que seja verdade. Por que brigou com Weasley?

Greengrass já estava para manda-la à puta que pariu quando as engrenagens de seu cérebro começaram a se movimentar e chegou à resposta definitiva.

- Você armou isso! Você mandou seu elfo-doméstico chamarem eles, não foi?

- Talvez sim, talvez não. Responda à pergunta!

- Quero consequência.

- Beije o Potter.

- Espera aí! – Intrometeu-se Harry – Eu não sei bem o que está acontecendo, mas garanto que não irei beijar ninguém que não seja a minha namorada, ‘tá legal?

- Como se eu quisesse beijar você! – Alfinetou Astória – Sem ofender, Gi!

- Sem problemas.

Astória estava em uma situação semelhante a ser afogada ou queimada. Não importa qual caminho escolhesse, o final seria desastroso.

- Goyle, eu sei que estamos em conflito, mas o que você está fazendo não é certo! Não pode envolver outras pessoas nisso! Isso é entre mim e você!

- Eu não crio as regras! Eu só as sigo e me divirto com elas! E aí, o que vai fazer, Rainha Naja?

- Quero a terceira opção.

- Não tem terceira opção!

- Tem sim!

Como estavam em um ambiente trouxa, Astória não tinha a disponibilidade de usar magia. Então se contentou em acertar a lufana com um lindo soco no olho. Fora tão forte que a fizera cair no chão.

- Está vendo como tem?

- Astória! – Chamou Hermione em um tom suplicante – Me conta, por favor, o que aconteceu entre vocês. De onde surgiu todo esse ódio?

A sonserina olhou para Rony e notou que ele chegara a mesma conclusão. Não poderia mais manter o segredo. Havia chegado o momento de expô-lo. Deu um suspiro.

- Eu e o Weasley... Já ficamos.

- O quê?! – Chocaram-se

- Só foi uma vez. Foi na época do Torneio Tribruxo. Ele estava na biblioteca tentando achar um jeito de ajudar o Potter num lance. Era no meu turno. A Pince tinha deixado o lugar aos meus cuidados. Foi ficando tarde e nós conversamos um pouco sobre nossas vidas. Até que rolou. Na manhã seguinte, recebi uma carta dele me dando um fora e ordenando que esquecêssemos tudo o que rolou na noite anterior. Foi isso.

- Deu um fora nela através de uma carta? – Brigou Gina

- Isso é horrível! – Afirmou Parkinson

- Você é um canalha! – Xingou Flora

- Que porra, Rony! – Ralhou George

- Eu assumo que foi babaquice da minha parte, mas por que não conta o restante da história invés de me pôr como vilão? – Reclamou o auror ruivo

- Tem mais? – Indagou Harry

- Ah, tem! – Garantiu Rony – Por causa dessa safada, todo mundo acreditou que eu tinha herpes! Por causa dela que ninguém quis me beijar até me aparecer a Lilá Brow!

- Mas você tem? – Quis saber Luna

- Vá p’ra... Não! Eu não tenho porra de herpes!

- Por que nunca falaram disso? – Perguntou Harry

- Por vergonha, é óbvio! – Explicou Astória – Nenhuma garota que se preze quer sair com ele! Sem querer ofender, Hermione!

- Vergonha é você sair com a porra de um assassino!

Astória ficou boquiaberto. Teria ido para cima de Rony se Harry não tivesse se posto na frente dele. A barreira humana não funcionou muito porque Greengrass acertou o nariz dele com a munheca e aplicou um golpe em que o fez cair no chão. George cometeu o erro de agarrá-la por trás.

A naja deu três cotoveladas na costela dele, o enfraquecendo. Em questão de segundos, agarrou o pulso do ruivo e se pôs atrás dele. Chutou seu traseiro, o fazendo cair numa mesa. Já estava pronta para atacar Rony quando avistou Granger correndo para fora da amizade.

- Hermione!

A amizade era muito mais importante do que surrar o rapaz. Ela e Rony esqueceram o conflito e foram correndo atrás da grifinória. Gina, Hestia, Luna e Flora foram socorrer os rapazes. Apesar de Goyle está com o olho roxo, mantinha um sorriso largo no rosto.

- Isso sim será memorável!

- Sua vez, Isla. – Avisou Brian – Verdade ou consequência?

- Consequência.

- Te desafio beijar um trouxa.

- Só isso? Fácil demais!

Goyle foi até o primeiro trouxa que viu e o osculou. Mal sabia que aquele seria o seu fim.



Rony e Astória saíram da boate em busca de Hermione. A encontraram escorada numa árvore, se abraçando.

- Eu preciso de ar! – Informou a heroína

- Mione, não queríamos que soubesse desse jeito. – Lamentou a naja

- Se dependesse de vocês, eu nem saberia!

- E que diferença faz? – Questionou Rony – Isso já foi há muito tempo! E não significou nada!

- Nos beijamos no calor do momento. – Acrescentou a sonserina – Estávamos falando sobre nossos problemas familiares e aconteceu. E p’ra ser honesta, o beijo não interferiu em nada. Fiquei zangada e espalhei aquele boato porque ele finalizou uma possível amizade. E só porque sou da Sonserina.

- Verdade? – Perguntou Rony

- Eu te contei sobre o desamor da minha mãe e a ausência do meu pai. Você me falou sobre como se sentia excluído. Nós nos abrimos. Pelo menos, eu me abri. Achei que tinha encontrado um amigo de verdade. Até você me mandar fingir que nada aconteceu só porque somos de Casas diferentes. Você nem se quer queria que nos cumprimentássemos e nem que usássemos o primeiro nome. Me Magoou.

- Eu não fazia ideia. Achei que queria o mesmo que eu.

- E quem liga p’ra isso agora? Hermione, eu sinto muito! Não te contei porque é constrangedor e... Eu não queria que tivesse raiva do Weasley e voltassem a brigar. Mesmo que ele seja um retardado, mal-educado, sem o menor senso de moda, que não consegue parar de comer.

- Acho que já pode parar de listar os meus defeitos.

- Cala boca! Eu ainda estou falando! Um ciumento, um homem das cavernas, a vergonha para os bruxos intelectuais, ele ama você. E é capaz de tudo para te fazer feliz. Mesmo que erre muito tentando. Então, por favor, não fique boladona com isso.

- Tudo bem. – Perdoou Hermione – E foi há muito tempo antes de namorarmos, então. Vamos deixar o passado no passado. Mas tem outra coisa que vocês não queiram me contar?

- Na verdade, eu tenho. – Confessou a morena – Sabe a música Weasley é o rei. Então... Eu meio que fiz.

- O quê?! – Chocou-se a grifinória – Astória!

- Sua cachorra! – Xingou Weasley – Já não bastava ter espalhado que eu tinha herpes, tinha que fazer isso também?

- Aí, eu tinha quinze anos. E o que houve com deixar o passado no passado?

- Você é terrível, sabia? – Falou Hermione em um tom brincalhão

- Não, eu sou sonserina. Agora vamos voltar. Eu estou a fim de beber mais um golinho.

- Que novidade! E ainda tem a cara de pau de falar que eu sou esfomeado!

- E não é?

- Antes esfomeado do que alcoólatra!

- Alcoólatra é o teu cu! Só não te chamo de filho da puta porque seria um pecado ofender a sua mãe! Eu vou entrando. Você vem, Mione?

- Vou ficar um pouco aqui com Rony.

- Ok. Acho que tem um motel no fim da rua. É uma bosta, mas Weasley já deve está acostumado com barraco mesmo.

Rony estirou o dedo do meio para ela. Astória deu um sorriso debochado e retornou para a boate. Se virou quando ouviu o seu nome. Rony tinha ido atrás dela.

- Que que foi, espantalho?

- Só queria dizer que o que eu fiz-

- ‘tá tudo bem. Foi melhor assim. Já pensou se fossemos amigos? Seria estranho demais! Prefiro bem mais a tua irmã!

- Eu sei. É que... Foi mal. E se quer um conselho meu, devia contar ao Malfoy. Você viu como a Hermione reagiu quando descobriu.

- Não é como se Draco tivesse muita moral para se queixar. Tipo, ele dormiu com metade das minhas amigas e a maioria das mulheres que conheço. Mas eu vou contar.

- Ast! – Chamou Brian – Eu cuidei tudo, amiga!

- Tudo o que, Brian?

- Goyle. Ela já era.

Um sorriso maquiavélico surgiu nos lábios da morena ao se dá conta do que seu amigo se referia.

- A gente fodeu aquela vadia!



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