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História Meraki - Eunoia


Escrita por: Mulittle

Capítulo 1 - Eunoia


Jess seguia em mais uma das manhãs frias daquela grande cidade, ali onde era um dos grandes pontos de importação do país, lugar também que abrigava povos de todo os cantos, Jess pouco convivia com a grande movimentação da que seria uma grande metrópole um dia, morava no lado leste da mesma, onde ainda tinha muito contato com a natureza, se deslocava apenas quando tinha que ir ao grupo de estudos, ou quando ia praticar as belas artes, não se considerava bom ator, bailarino, musicista, ou pintor, mesmo assim se envolvera com as artes de tal maneira que não parecia querer abandona-las e foi numa dessas apresentações donde viu um corpo robosto ao longe, talvez ai sua chama tenha começado a se ascender. 
 Jess, começara a circular por regiões da grande cidade em cartaz com uma peça que falava sobre jovens, uma espécie de Romeu e Julieta da juventude rebelde, poucas falas eram ditas pelo mesmo, mas seu papel na trama era parte da estrutura que complementava a história, para que o eixo não se perdesse, o corpo robusto que mais tarde descobrira ser Sam Vircondelet, jovem que maestrava uma espada como ninguém e estava a frente do seu tempo, foi aos poucos ganhando espaço, Jess que na época era um jovem de poucos amores, não via razão para se entregar à alguém que não fosse puramente profundo, porém começou a ter encantos por Sam, claro que o medo de ser quem se era na época, o tomava por inteiro.
 Mesmo nas noites em que visitava a lua, junto com Sam, Jess ainda sim, tinha medo de tocar-lhe o corpo, uma jovem rebelde com energia tão masculina quanto a sua, o intimidava, tanto quanto qualquer homem da lei o intimidava, Sam poderia a qualquer momento dobrar Jess como bem quisesse, não se importava com boatos ou estereótipos a seu respeito, Jess ainda sim com medo pensara que a jovem seria a pessoa certa para depositar seu segredo, assim o fez, Sam que nunca havia se enamorado por rapaz algum, agora sentia, junto a Jess a energia que nascera ali, mas o medo da entrega era mais forte para que revelasse um ao outro seus sentimentos. Sempre que algo parecia ser revelado, Sam montava em seu cavalo e ia embora, deixando Jess desnorteado, o clima sempre era cortado.
O mesmo que, agora já tinha certeza de seus sentimentos mas que sentia extrema insegurança em conta-los para Sam, a moça que vivia dizendo como gostava de ajudar as pessoas e sobre seu desejo de mostrar suas habilidades em luta, mas que sempre dizia que jamais conseguiria matar um inocente, fazia com que Jess pensasse que, por mais que a mesma sentisse algo por ele, ela jamais se deixaria enamorar-se.
 Claro que, dito e feito, Jess passara longos meses cavalgando até a região chamada de três Santos, onde Sam morava, Três Santos era um grande município que abrigava pequenos aglomerados de cidades e que recebeu o nome por conta da grande influência da igreja Católica na época.
 Chegava normalmente na parte da tarde ou a noite e sentava sempre para tomar um café com Sam, por vezes acabavam por dormir juntos em determinadas noites, mas nunca falavam sobre seus sentimentos, seguiam como dois amantes sem carregar o título do mesmo, disfarçavam quando curiosos os indagavam sobre algum tipo de relação amorosa, sorriam de canto e negavam até o último.
 Em algum momento, talvez em um momento de loucura Jess confessou a um amigo e conselheiro sobre seus sentimentos que o encorajou para que os revelasse a Sam.
 Jess estava deitado no chão com a cabeça no peito de Sam, a casa estava escura como de costume, uma única vela iluminava o ambiente pensamentos como
 "Aos disser isto poderei afasta-la de mim, como em um passe de mágica, nada mais a assusta do que isso, eu sei, eu posso sentir." o bloqueava e o fazia com que pensasse em recuar, enquanto isso o silêncio continuava a pairar pela sala, nessa altura da noite Sam já havia chorado e contado de como se sentia ao arrastar sua própria carcaça em uma sociedade que a sufocava e a fazia se sentir fora de órbita e lesa, mas agora Sam já havia se recuperado das lágrimas e essa era uma das poucas vezes em que Jess a via tão frágil, o que o fez temer ainda mais, já haviam conversado sobre política e como a chama da raiva parecia querer crescer em ambos quando pensavam em como os seus representantes eram corruptos e governavam o país para si próprios, mas isso já havia ficado a quatro conversas atrás, agora Jess se colocava a frente de Sam, respirava fundo, de alguma forma sentia uma emotividade crescer dentro de si, sentia o palmitar de seu coração e o arder dos olhos querendo chorar, não sabia como dizer o que sentia acabou por expelir as palavras abruptamente sendo direto "Eu te amo", a face de Sam se chocou e empaledeceu, mas disse "Eu tambem, também o amo". Claramente Jesse se encheu de alegria ao ouvir aquilo, Jesse não esperava reciprocidade e nenhuma obrigatoriedade de que Sam correspondece seus sentimentos, ele infelizmente ou felizmente caricia de ego, mas obviamente ficou feliz em saber que o sentimento era mútuo. 
 Os dias se seguiram como sempre, Jess continuava a se locomover no tempo livre até Três Santos, passava as tardes com Sam onde a mesma se disponibilizou a ensinar algumas de suas habilidades de luta, claro que por defesa pessoal, já que Jess possuia um biotipo esquelético e caricido de massa e força corporal, assumidamente juntos passaram os tempos em que estavam vivendo plenos juntos, até a chegada da noticia que abalaria as estruturas de ambos.



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