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História Mermaid - Larry Stylinson - Mais um motivo para acreditar


Escrita por: Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Eu recebi tantos comentários lindos que eu só tenho mesmo que agradecer. Vocês são incríveis!!!
Boa leitura!

Capítulo 2 - Mais um motivo para acreditar


Fanfic / Fanfiction Mermaid - Larry Stylinson - Mais um motivo para acreditar

– Outra aparição! – Eu cheguei em nosso dormitório correndo e coloquei o notebook na cama a frente de Liam, que me olhou assustado. – Outra aparição no sul da Grécia! – Olhei para ele cheio de entusiasmo.

– Outro relato de um banhista bêbado? – Ele me olhou com cara de tédio.

– Tem um vídeo dessa vez. Olha! – Apontei para o notebook e dei play no vídeo.

Liam olhou para a tela com o mesmo semblante descrente. Fala sério, como ele podia ser tão cego para o óbvio?

– Louis, é só um peixe. É uma região cheia de grandes espécies de peixes.

– E sereias! – Eu completei.

– Lou... – Ele tentou falar, mas eu o cortei, não querendo mais ouvir suas palavras dizendo que eu tinha que parar com essa obsessão de criança.

– Pelo amor de Deus, Liam! É uma calda. Olha o tamanho dessa coisa! Qual a dificuldade em admitir isso? Não é um peixe. Peixe nenhum teria uma calda desse tamanho. – Disse indignado.

– Lou, isso é loucura. É só um peixe grande ou algum espertinho querendo rir as suas custas nesse blog com um vídeo manipulado.

Eu havia criado um blog há muitos anos atrás, divulgando meu encontro com uma sereia e pedindo para que outras pessoas também contassem suas histórias. Vez ou outra aparecia algum caso, mas era a primeira vez que aparecia um vídeo.  

– Você é que está querendo rir às minhas custas. – Eu tirei o notebook de seu colo com força, não querendo mais continuar a conversa.

– Lou, amanhã é nossa formatura. – Ele se ajoelhou sobre a cama, se aproximando de mim e colocando as mãos sobre meus ombros. – Seremos finalmente biólogos marinhos. – Ele abriu um sorriso. – Só por uma noite esqueça esse blog e todas essas histórias e aproveite o fato de que nós conseguimos conquistar isso. – Abri um sorriso de lado para ele. – Você sabe que eu te amo, Boo.

– Nossa, só por usar esse apelido ridículo, eu sei que me odeia. – Ele gargalhou e voltou a se sentar ao meu lado na cama. – Você é um péssimo amigo. – Eu murmurei enquanto o empurrava com o ombro.

– E você é o meu melhor amigo. – Ele devolveu e eu retribuiu o empurrão.

Deixei o notebook de lado e engatei uma conversa animada com Liam. Repassando tudo sobre nossa viagem para a Austrália, onde faríamos a pós graduação e tentaríamos uma vaga na equipe de um dos mais famosos biólogos marinhos do mundo: Simon Cowell.

Liam falava sobre essa viagem como se fosse a coisa mais importante de sua vida, já eu apenas fingia um entusiasmo para não magoá-lo, já que ia para a Austrália com ele por

pura obrigação, pois minha mente e, principalmente, meu coração diziam que meu lugar era a Grécia.

Mas ir para a Grécia em busca de um sonho era um risco que eu não podia correr. Minha mãe havia feito sacrifícios demais para que eu me formasse no curso que escolhi, ainda mais em outro país, já que a Inglaterra não oferecia Biologia Marinha, para que eu não desse nenhum retorno a ela. E isso com certeza havia pesado em minha decisão.

E eu soube que tomei a decisão certa quando minha mãe e meus irmãos chegaram para a formatura no dia seguinte. Ela estava radiante, dizendo o quanto o clima da Espanha fazia bem a ela, feliz como eu não via há muito tempo e isso sempre valeria todo meu esforço.

Liam foi o orador da turma, já que suas excelentes notas e sua dedicação quase eclesiástica fizeram dele o melhor aluno da turma. Quando ele terminou seu discurso, lembrando-nos dos cinco anos na universidade, eu fui às lágrimas.

Após a cerimônia, minha família e a de Liam juntaram-se para uma foto e muitas lágrimas de orgulho. Juntos, eu e Liam comemoramos o sonho e as centenas de horas de mergulho juntos, explorando nosso lugar favorito no mundo: o fundo do oceano.

Tivemos duas semanas de férias junto de nossas famílias na Inglaterra e tenho que admitir que não foi o suficiente para matar a saudade de minha cama, minha família e da comida caseira de minha mãe.

Mas embora amasse aquele lugar mais do que tudo no mundo, não estar no mar, sentindo a brisa marítima, o calor do sol e a liberdade de estar debaixo d’água me deixava totaolmente entediado. Por isso, fazer minhas malas para a Austrália não foi assim tão ruim.

Liam estava empolgadíssimo quando nos encontramos no aeroporto internacional de Londres e me recebeu com um abraço caloroso e animado. O voo foi calmo, então logo estávamos pousando em Sidney.

Preferimos morar no alojamento junto dos outros alunos e quando nós dois entramos no quarto, um olhou para o outro e sorriu, revivendo toda a nostalgia da faculdade. Eu gargalhei e pulei na cama da direita, Liam pulou na da esquerda, exatamente como era na faculdade.

Nossa primeira aula já foi na praia, no centro de pesquisa da Universidade. E a falação denunciava a animação de todos os alunos, mas o silêncio se fez presente assim que Simon Cowell apareceu, escondendo-se atrás de seus óculos escuros.

– Bem vindos ao seu maior sonho, calouros. Eu sou o Dr. Simon Cowell. – Ele disse convencido e eu tive vontade de revirar os olhos, mas ao ver Liam suspirar percebi que só eu tinha achado totalmente desnecessário a fala dele, a maioria venerava o homem a nossa frente. – A partir de agora, vocês são cientistas e renegarão todas as suas antigas convicções e crenças. O nosso deus é a ciência e a nossa religião é apenas o que pode ser comprovado cientificamente. Seus sonhos de criança ficarão perdidos para sempre e serão substituídos pelas aspirações de profissionais sérios.

Eu não disse nada, mas meu estômago se revirou diversas vezes durante sua fala. Quem esse homem pensa que é para querer mandar até no que eu pensava e acreditava?

– Como eu sei que todos aqui são totalmente crentes na ciência. – Ele abriu um sorriso ao usar a palavra crença de forma irônica. – E todos me foram muito bem recomendados pelas universidades mais importantes do mundo, creio que não teremos problemas com crianças tolas que acreditam em fantasias.

Liam, involuntariamente, olhou para mim e eu fervi de raiva. Eu vi a porra de uma sereia, não era uma fantasia!

– Quer dizer... – Simon pegou uma prancheta e começou a checar uma lista. – Eu pedi a minha equipe que pesquisasse o nome de todos vocês, para ver se todos tinham mesmo condições de estarem entre meus novos alunos. Eu prezo pela qualidade de minha equipe mais do que qualquer coisa no mundo, já que não posso deixar que sujem o meu nome por uma coisa tão banal e insignificante quanto um aluno. – Abri a boca incrédulo. Sério que esse imbecil tinha chamado a todos nós de banais e insignificantes? E só eu parecia horrorizado com suas palavras? – Então, quem é Louis Tomlinson?

Óbvio que eu seria o problema. Afinal, eu sempre era o louco da história. Então, antes que alguém apontasse o dedo para mim, eu ergui a mão, pronto para enfrentá-lo.

– Pequeno, inocente e sonhador, Louis William Tomlinson. – Simon abriu um sorriso falso diante de sua ironia e eu não me segurei mais, revirei meus olhos e abri um sorriso de deboche. – Me diga que o blog Tudo Sobre Sereias não é seu, por favor.

Liam me olhou em desespero, como se implorasse para que mentisse e negasse o blog e as informações as quais dediquei toda a minha vida. Mas eu jamais faria isso.

– Digo. – Liam soltou um suspiro de alívio, mas trocou por uma expressão desesperada assim que viu o sorriso debochado que eu abri. – Digo que o blog é meu e é o maior orgulho de minha vida.

– Lou, por favor. – Liam sussurrou implorando. – É o nosso sonho...

– Não, Liam. – Eu olhei para ele decidido. – Esse é o seu sonho. – Voltei minha atenção novamente para Simon que me olhava intrigado. – Tive professores incríveis durante toda a vida, a maioria deles tinha o mesmo título acadêmico que você, mas nenhum era tão arrogante. – O sorriso dele só aumentou, o que fez minha raiva crescer mais. – Eu vou sim deixar seu grupo de pesquisa, mas não porque não sou bom o suficiente. Vou embora porque jamais conseguiria conviver com alguém que se sente superior a todos a sua volta e trata seus alunos, que se dedicam tanto, como banais e insignificantes. E vocês. – Olhei para todos os alunos que me olhavam chocados. – Tenham um pouco de amor próprio. – Voltei minha atenção para Simon. – Sai por convicção, por amor às minhas crenças e por uma fantasia.

Abri um sorriso esplendoroso para ele e me senti totalmente livre ao dar as costas ao homem arrogante e prepotente que parecia ter prazer em diminuir todos os outros. Mas ele continuou a dizer, então eu parei de caminhar.

– Interessante o último relato, não é? – Ele chamou minha atenção. – Tem até um vídeo. – Seu sorriso se escancarou. – Pelo que percebi, você ficou muito animado. Seria realmente uma pena se eu tivesse feito upload do vídeo. – Ele fez uma ezpressão de pena e meu estômago se revirou. – Como eu disse, nosso deus é a ciência e se você é capaz de acreditar em algo tão idiota quanto um vídeo qualquer da internet, não está preparado para ser um cientista.

Arrisquei um último olhar a ele, sentindo um gosto amargo em minha boca. Eu me recusava a acreditar que alguém como ele poderia ser tão baixo, mas, principalmente, não podia acreditar que pensei um dia ser capaz de viver sendo alguém como Simon Cowell.

Agora não era só uma questão de prazer próprio, encontrar uma sereia era também mostrar a Simon  o quanto ele estava errado e isso me enchia de determinação. Se a intenção dele era me ridicularizar para desistir da ideia de que sereias existem, ele acabava de conseguir exatamente o efeito oposto.

Fui direto a meu quarto e peguei o notebook comprando uma passagem de avião para sair dali o mais rápido possível. Após ter conseguido a passagem, peguei minha mala e comecei a arrumá-la novamente.

Já estava fechando o zíper quando Liam entrou no quarto, triste de uma forma que eu nunca havia visto na vida.

– Lou, eu tenho certeza que ele está disposto a reconsiderar. Suas notas e sua carta de recomendação são melhores do que a maioria dos outros alunos e...

– Eu não estou disposto a reconsiderar, Li. – Disse firme, me virando para ele. – Esse sempre foi o seu sonho, não o meu. Não se preocupe, eu vou ficar bem.

– Você vai para a Grécia, não é?

– Vou. Eu sei que só vou acabar com essa obsessão depois que investigar de todas as formas possíveis. E nem que for para ter a maior decepção da minha vida, eu preciso disso.

– Eu te desejo toda a sorte do mundo. – Ele sorriu compreensivo. – Mas não será a mesma coisa sem você aqui.

– Eu sei que não, quem mais vai cair de bêbado junto com você? – Rimos juntos.

– Você é o melhor amigo que eu já tive. – Ele me puxou para um abraço. – Pode contar comigo sempre.

– Eu sei que sim. É isso que os irmãos fazem. – Nos abraçamos mais forte antes de nos separarmos sorrindo. – Não deixe Simon diminuir você, não deixe ele roubar seus projetos e muito menos te humilhar. – Disse sério ainda segurando sua mão.

– Eu não vou. – Liam assentiu.

– Até qualquer hora, Payno.

– Até qualquer hora, Tommo.

Troquei um último sorriso com Liam e peguei minha mala. Dei uma última olhada para o quarto, vendo Liam me lançar um sorriso tristonho, mas nem mesmo o fato de deixar meu melhor amigo para trás me fazia sentir qualquer tipo de arrependimento.

Afinal, eu iria em busca de minha maior certeza. As sereias da Grécia me aguardavam.

 


Notas Finais


E então, o que acharam do encontro do Louis com o chefinho? Nada arrogante e prepotente esse Simon, não é? E acredite, ele ainda vai causar muito ;)
Eu sempre quis escrever algo um pouco mais próximo entre Lilo, então estou realmente me sentindo realizada ao fazer isso aqui. Lilo é um brotp lindo <3
Agora o Louis vai atrás do mozão, agora vai!!!
Espero que tenham gostado <3
XO


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