1. Spirit Fanfics >
  2. Messed Up Feelings... >
  3. Capítulo 1

História Messed Up Feelings... - Capítulo 1


Escrita por: KairosEros

Notas do Autor


Não tenho muito o que dizer por enquanto.

Boa leitura, e espero que goste mais desse que do último. :D

Nos vemos lá embaixo. ♪

Capítulo 2 - Capítulo 1


As luzes do lugar brilhavam em verde neon quando suas línguas traçaram seus caminhos, explorando e tomando o espaço ques era oferecido.

E o desejo falou mais alto quando tomou o moreno nos braços, sentando-o em seu colo enquanto suas mãos passeavam pelo corpo macio, explorando seus segredos por baixo da roupa. Tornando o atrito cada vez maior.

O prazer dominava cada momento, isso era inegável. E, de alguma forma, os cegava.

As mãos do cinzento percorriam o corpo alheio, ouvindo seus arfares, sentindo a respiração quente em contato com sua pele quando os beijos eram desferidos por na superfície pescoço sensível.

Era como o êxtase. E era alucinantemente quente a forma como o moreno, de forma ofegante, ele se enroscava em si, esfregando suas ereções. Arfando pelo atrito.

O moreno buscou o ar, mesmo que ainda rente aos lábios do moreno.

— O que acha de continuar isso em outro lugar? — A pergunta sôfrega foi entoada pelos lábios inchados alheios, despertando o cinzento. — Você sabe, uma boate não é o melhor lugar para o sexo. A menos que você-

O cinzento sorriu ladino, depositando um beijo na curvatura da clavícula alheia.

— E para onde nós vamos? — Relando seu nariz da clavícula até a orelha esquerda, enquanto aspirava o doce atípico cheiro de baunilha que aquele belo rapaz exalava. Sentiu seus pêlos eriçarem com aquilo.

Viu seus lábios curvarem-se num sorriso malicioso.

— Lá em cima, existem quartos. Vários deles. — Murmurou. — Minghao sabia que tinha amigos que simplesmente não iriam querer sair daqui no mesmo dia... Podemos ir lá, e pegar o meu. O que acha?

O cinzento mordeu o lábio, sentindo o suor descer pelo pescoço. Era como se cada poro de seu corpo estivesse prestes a entrar em erupção.

Ele se sentia quente. Muito quente.

Fervendo em desejo.

— Me leve até lá. — O sussurro luxurioso fez com que a ereção alheia doesse ainda mais em puro tesão. E ele gemeu baixo.

Aquele foi o estopim.

De repente, um prédio inteiro não existia mais. Uma festa não era mais o problema. Jisoo. Chan. Seokmin. Nada mais lhes era um problema.

Ambos, imersos no próprio mundo, subiram as escadas, ignorando quem se encontrava por lá.

As carícias se tornavam cada vez mais intensas conforme subiam as escadas.

O moreno, ainda que zonzo, tirou uma chave do bolso.

— Então você sempre usa esse quarto? — O cinzento indagou. Rente a orelha, deixava beijos quentes por toda a extensão daquela curvatura.

A mão descia pela superfície macia da pele alheia, adentrando as áreas escondidas pelo tecido da roupa.

Um arfar foi sentido quando a área do traseiro foi alcançada e apertada pelas mãos, que agiam perigosamente ali.

Instantaneamente, levou uma das mãos até os fios alheios da nuca, apertando-os levemente.

Em resposta, um grunhido de satisfação.

— Sim. — Riu, mordendo o lábio inferior. Abriu a porta por trás, fazendo o possível para que contato visual fosse mantido. — Mas nunca com esse propósito.

— Por quê?

Com a proximidade extremamente necessária entre os dois, ambos adentraram o quarto, escuro.

— O porre sempre me detona no outro dia. — Riu.

O cinzento ligou as luzes, fechando a porta com o pé.

— É bom saber disso. — Pegando o casaco que o mais baixo usava pelas extremidades, retirou-o lentamente, jogando no chão junto da chave que o castanho segurava. — Muito bom.

A distância entre os lábios logo acabara sendo cortada pela aproximação. E foi como se todo o diálogo de antes, não existisse mais. Somente a combustão do desejo, queimando novamente.

As mãos do menor foram em direção aos botões da blusa alheia, desnudando rapidamente o torso leitoso, enquanto as línguas se chocavam em uma nova luta.

Não mais por espaço. Pelo próprio prazer dos corpos.

Com as mãos, puxou a blusa pelas mangas, a jogando algum canto daquele quarto, seus dedos frios roçando e arranhando levemente o abdômen definido, que arrepiou pelo contato.

Logo então, ambas as mãos dos mesmos buscaram o zíper que lhes apertava as duras ereções dentro da calça.

Gemeram de imediato ao sentir a deliciosa sensação de suas masculinidades em contato uma com a outra.

Assim, a calça que vestiam foi ao chão e no final de seus passos, ambos terminaram na cama.

O mais baixo, conforme o beijo tinha um abrupto corte, sentiu as posições se inverterem. Lentamente, o homem do topete acinzentado se afastou lentamente de sua face, ainda que conectados pelo fio de saliva que ambos compartilhavam.

Suas mãos desejosas desciam até a cueca do castanho, que lhe encarava atentamente desejoso.

O longo cabelo castanho e ondulado descia pelo ombro desnudo e suado, cobrindo parte de seu rosto fino e um tanto quanto delicado.

Seus dedos longos finalmente capturaram o topo melada masculinidade alheia, apertando e esfregando-a de leve.

Aquilo foi o suficiente para que o castanho gemesse manhoso. Fazendo sua ereção doer em puro desejo dentro de sua cueca.

Então, o de cabelos cinzas sorriu.

Naquela noite, aquele bonito rapaz seria todo dele.

— Gostoso? — A voz grossa e carregada de desejo fez com que os pêlos do rapaz se arrepiassem. — Hm?

Inconscientemente, o moreno assentiu, inebriado pela sensação da mão forte que masturbava seu falo lenta e tortuosamente. Mal percebeu quando seu quadril começou a ir de forma ritmada contra a mão do maior, implorando silenciosamente por mais contato.

Um sorriso ladino apareceu nos lábios carnudos do cinzento.

— A propósito, meu nome é Seungcheol. Choi Seungcheol. — Disse, chamando a atenção do castanho quando sentiu sua cueca ser retirada. — Lembre-se desse nome, porque é esse no que você vai gemer essa noite, certo?

Ao castanho, não foi dado tempo para pensar. Com os olhos arregalados, ele gemeu alto quando sentiu a língua molhada contornar sua glande, a boca descendo por boa parte de sua dura ereção.

Suas mãos foram até os cabelos alheios, bagunçando o belo topete e descontando ali, parte de seu prazer.

— Choi… — Gemeu.

Habilidoso, o citado chupava a extensão da ereção alheia, sentindo a própria endurecer mais e mais dentro da própria boxer.

Notou, então, o olhar do castanho em si. Sua respiração alheia era sôfrega e o suor descia por seu pescoço. Entretanto, por mais que as sensações fossem inebriantes, ambos recusavam-se a deixar de encarar um ao outro. Como uma espécie de hipnose.

— Choi… — Sussurrou, os olhos nublados de desejo.

De uma estranha forma, o castanho parecia ter controle sobre as reações de seu corpo. E o Choi se viu gostando de ouvir seu nome ser proferido pelo rapaz.

Muito.

Abaixo de si, sentia o castanho tremer levemente. E o mesmo não precisou de aviso para saber o que estava por vir.

Pensando nisso, suas mãos se agarraram as coxas do rapaz, indo mais fundo em sua ereção, fazendo com que quase sentisse o membro alheio pulsando no fundo da garganta.

Sentia os gemidos tirarem-lhe a sanidade.

O rapaz sentia os longos cabelos grudarem nas costas, que se arqueavam quando suas unhas arranharam os lençóis desgranhados daquela cama.

— Seungcheol, e-eu... — Sua fala foi cortada por um gemido alto. Uma onda de prazer se alastrou por seu corpo, e ele se desfez na boca do cinzento.

Segundos foram necessários para que abrisse os olhos, mesmo que ainda não recuperado das sensações que estava sentindo naquele determinado momento. Estava inebriado.

Porém, cena que viu a seguir foi o suficiente para lhe tirar do torpor.

Seungcheol afastou-se dele cuidadosamente, engolindo o que ainda lhe restou na boca enquanto arfava. Terminou com um filete a escorrer pelo canto de seus lábios, que tratou de lamber, sendo atentamente observado pelo castanho.

Assim que seus olhares se fixaram, foi como se faíscas cortassem o ar. O desejo tomando conta dos corpos, das peles orvalhadas de suor que mais uma vez tornavam a se tocar.

Assim, as línguas voltaram a acariciar-se. O castanho sentia o seu próprio gosto, descendo a única peça de roupa que o mais alto sustentava, a esconder sua masculinidade melada.

— Sabe que a gente pode parar por aqui, não é pequeno? — Grunhiu, sentindo a carícia perigosa em sua intimidade. — A gente pode agir como se nada tivesse acontecido…

— Jeonghan.

— Como?

— Esse é o meu nome. — Respondeu-o. — Yoon Jeonghan.

Mais uma vez naquela noite, o castanho tomou a iniciativa, capturando seus lábios vermelhos e inchados. As finas mãos apertaram levemente os fios prateados.

A falta de oxigênio obrigou-os a se olharem novamente. Um contato breve que lhes vislumbrou tudo o que precisavam saber naquele momento.

Que nenhum dos dois estava disposto a acabar ali.

— Chupa. — Jeonghan colocou a língua para fora, lambendo os dedos longos de maneira lenta e libidinosa, fazendo de Seungcheol, ainda mais desejoso por enterrar-se em seu corpo.

Aquele rapaz lhe acendia algo desconhecido. Ou talvez fosse só o álcool ainda em seu sangue.

Tirando os dedos de dentro da cavidade molhada, o cinzento atiçou com o indicador, a entrada rosada de Jeonghan, que automaticamente contraiu-se com a carícia repentina.

O castanho mordeu o lábio inferior, sentindo-se arfar.

— Não provoque.

Seungcheol sorriu, mostrando-lhe os dentes brancos em zombaria.

— Desculpe. — Assim, adentrou o moreno com um dedo, mexendo-o em seu interior. Jeonghan grunhiu. — Força do hábito.

O desconforto sempre vinha primeiro, ambos sabiam disso muito bem. E foi por isso que o Choi conectou seus lábios novamente, brincando com um dos dedos no interior apertado.

Desse modo, não demorou para que o Yoon se acostumasse. Assim, outro dedo foi inserido em seu interior.

Desta vez, o cinzento recusou os lábios do castanho quando silenciosamente isso lhe foi pedido. Beijou-lhe a bochecha mais corada, descendo beijos molhados pela tez agora maculada, em direção ao mamilos eretos do rapaz, para os quais passou a dar uma atenção um pouco mais especial.

Seungcheol lambeu o mamilo direito e com a mão livre, atiçou o esquerdo. Ouvindo os gemidos altos e manhosos de Jeonghan, sensível aos estímulos que recebia.

O castanho sentia-se inebriado pelas carícias que receberia. O prazer sendo exalado de seus poros quando o terceiro dedo já não era também um problema​ tão grande assim.

Mas nada lhe preparou para a surpresa que teve ao ter seu ponto doce acertado de súbito. Seus olhos saíram de suas órbitas. Com a mente totalmente nublada, foi como se tivesse visto e tocado as estrelas por um curto período de tempo.

Seungcheol soube que havia o encontrado. E não aguentava mais esperar.

Precisava estar dentro dele.

— Eu quero você. — Sussurrou rouco e rente ao ouvido, sentindo todos os pêlos do moreno arrepiarem-se.

Ah, ele o queria. Realmente queria. E como.

Queria que seu nome arranhasse a garganta dele. Até que ele não pudesse mais gritar outro nome.

Seus pensamentos subitamente nublavam pelo desejo de tê-lo. Naquela noite, o mais novo seria totalmente dele.

Alguém seria totalmente dele.

Talvez fosse somente o álcool fazendo efeito no sangue de dois jovens adultos desperados por contato.

Por alguém que lhes desse o carinho e a atenção que precisavam, mesmo que momentaneamente. Mesmo que só por uma noite.

— Eu quero você. — Jeonghan repetiu em um sussurro.

Em rompante, sentiu intimidade dura lubrificada pelo líquido pré-seminal lhe adentrar lentamente, tomando espaço em seu interior apertado.

Mordeu o lábio inferior torcendo a face numa maneira rápida de espantar a dor, o que não foi de muita ajuda. Já totalmente dentro de si, Seungcheol tomou-lhe os lábios novamente, lhe dando uma nova sensação para sentir. Levando parte da incômoda dor, embora.

Pouco tempo se passou desde então.

A naturalidade levou-lhes a se mexerem um contra o outro, em busca de contato, sem mais perguntas adjacentes. Lentamente, o Choi explorava o interior do castanho, que se esforçava para expulsá-lo. Um beijo quase desajeitado era dado enquanto o Yoon sentia o mais alto ir cada vez mais fundo em si.

E foi quebrado pelo castanho quando, subitamente, seu ponto doce foi novamente achado algumas vezes. O Yoon gemeu alto, atordoado com a sensação. Seungcheol sorriu, um malicioso sorriso ladino.

Assim, ritmo acelerou-se consideravelmente.

A perna direita de Jeonghan foi levada ao ombro de Seungcheol, que beijou o interior de sua coxa quando lentamente intensificava seus movimentos.

— Mais forte… — Pediu. — Por favor, mais forte…

Suas costas eram arranhadas conforme os movimentos em seu interior ficavam ainda mais intensos. Era uma forma de o castanho descontar seu prazer. E, naquele momento, o cinzento não se preocupou com isso nem um pouco.

Jeonghan não o encarava. Seus olhos estavam fechados e a boca entreaberta. Seus gemidos eram altos e auditíveis.

— Seungcheol… — Gemia. — Seungcheol…

Era seu nome que Jeonghan gemia. Cada vez mais alto. Cada vez mais desejoso.

Assim, encarando o jovem, teve a noção do quão belas eram as expressões alheias. E nem mesmo a música ainda muito alta no andar de baixo foi capaz de tirar sua atenção dele.

Era como se estivesse hipnotizado por elas.

Sua voz era como música. Suas expressões, para ele, eram obras de arte.

A cama rangia e batia contra a parede conforme a pressa se tornava cada vez mais mais necessária. Os corpos suados clamavam pelo alívio, atritando-se em busca de um maior prazer.

Seungcheol sentia o interior de Jeonghan lhe comprimir a cada movimento, anunciando um ápice bem próximo por parte do mais baixo.

Sabia que ambos não durariam muito tempo.

Em uma última estocada funda, o interior do garoto abaixo de si comprimiu-se totalmente. E Seungcheol permitiu-se gemer alto enquanto sentia-se a se desfazer no interior quente do outro, que derramava seu prazer em ambos os abdomens.

Um suspiro de alívio se desprendeu dos lábios do cinzento, que permanecia imóvel enquanto ainda aproveitava os resquícios de seu recém orgasmo.

As respirações eram ouvidas ritmadas e sôfregas pelo quarto, ainda que ofuscadas pelo som agora não tão alto da música no andar de baixo.

O cinzento retirou-se lentamente do interior alheio, sentindo-se subitamente mais sensível que antes.

Ofegantes, eles se encararam novamente.

Viu o olhar de Jeonghan sobre si mudar. Um olhar bem diferente dos que havia admirado aquela noite.

As mãos finas do rapaz saíram de suas costas e lentamente foram parar em sua face, acariciando-a de leve. Logo, ambos beijavam-se novamente.

Havia necessidade ali. E também o desespero. O Choi não soube identificar o motivo de tamanha delicadeza, mesmo que houvessem tantos sentimentos envolvidos ali.

Se viu correspondendo as carícias dele, a sentir-se quente com elas.

Como se numa reação em cadeia, o fogo se alastrava conforme os toques avançavam.

Sob a luz azulada daquele grande quarto, ambos perderam-se em si mesmos novamente.

(…)

Ele percebeu que não estava tão bêbado quanto pensava, quando reconheceu exatamente onde estava.

Automaticamente, sua mão foi em direção aos cabelos, que puxou entre os dedos. Sua cabeça zumbia e uma enxaqueca infernal lhe atordoava os sentidos.

O que estava acontecendo...?

Apertou os olhos, em um grunhido baixo. Sua boca estava seca e seu quadril doía.

Ao olhar os arredores, percebeu estar realmente onde pensava estar. Na casa de Minghao. E, como de praxe, nú.

Suspirou.

Seus olhos abriram-se de leve, encarando a bagunça feita entre os lençóis, estranhamente melados de algo que ele ainda não sabia reconhecer.

Coçando a cabeça, ouviu o ressonar de algo. Alguém além dele.

De súbito, tornou a cabeça na direção do som, arrependendo-se do movimento brusco em seguida.

Neste instante, a surpresa sobrepôs a dor e seus olhos se arregalaram ao perceber que tinha mais alguém ao seu lado.

Seus fios cinzas brilhavam na luz que provinha da janela e sua pele extremamente clara, marcada por roxos desde o pescoço, até áreas mais baixas, onde sequer teve coragem de olhar.

Ao seu lado, dormia um belo homem, no auge de sua glória. E nada o deixou mais apavorado que isso.

Será que…?

Como por ironia de seus pensamentos, o homem virou-se deixando que o castanho finalmente visse os vergões que as suas unhas conseguiriam deixar em suas costas definidas.

Foi como se ele estivesse vendo a noite anterior passar-lhe pela mente como um filme explícito, as recordações tão reais a quase ponto de toque.

O nome daquele bonito rapaz era Seungcheol e se encontraram por acaso na festa.

Estava desesperado, então bebeu. Estava carente, então o beijou. Graças a isso, ambos foram parar na cama. Transaram mais de uma vez, pelo que se lembrava.

E ele sabia muito bem que aquilo não fora somente por efeito de álcool.

Grunhiu novamente. Nem ao menos havia ido para casa e já devia ser tarde... Seungkwan o mataria!

— Ótimo, Yoon Jeonghan. — Murmurou pra si mesmo, desgostoso. — Realmente ótimo...

Tocou os pés no chão, sentindo dores por toda e qualquer parte sensível de seu corpo, que implorava por descanso.

Fosse como fosse, o rapaz com quem se deitou sabia exatamente o que estava fazendo.

Procurou por seu celular, o achando no estava no chão, provavelmente, havia caído de seu bolso no meio de toda a… Ação da noite anterior.

Maneou a cabeça levemente, vendo o celular no chão, perto da porta. O pegou encarando o ecrã.

E logo, um grito.

Ele correu pelo quarto, capturando e vestindo suas peças de roupa uma por uma, sendo observado por um par de olhos escuros e sonolentos.

Jeonghan saiu pela porta sem olhar para trás, enquanto Seungcheol, deixado para trás, se perguntava o que realmente havia acontecido ali.



(…)



— Cara, você tá péssimo... — Hansol murmurou.

O cinzento suspirou. Em uma das mãos, estava uma aspirina. Na outra, uma garrafa de água.

Sua expressão não era nada boa.

— Já estive pior. — Levou primeiro o comprimido a boca, em seguida, a garrafa de água. — Isso eu garanto.

Soonyoung lhe encarou torto.

— Onde você foi ontem? — Questionou. — A gente te procurou a noite toda… Queríamos te avisar que-

— Eu sei. Do namoro entre Chan e Jisoo. Eu sei. — O Choi cortou-o. — E Seokmin também.

O mais novo franziu o cenho.

— O que aconteceu realmente, hyung? — Questionou. — Você meteu um soco no Seokmin e sumiu!

— Eu devia ter feito mais que metido somente um soco na cara daquele filho da puta. — Rangeu os dentes. — Não quero ver ele nem pintado!

A raiva consumia a expressão de Seungcheol e aquilo, de fato, surpreendeu os dois. Era totalmente contra a natureza passiva do Choi ter acessos de raiva.

E, mesmo assim, ali estavam os três.

— Então você deu sorte, porque hoje ele faltou. — Hansol comentou. — Ele, inclusive, foi embora assim que você sumiu.

Soonyoung assentiu.

— E por falar em sumir… — Fitou-lhe. — Pra onde você foi? Ninguém te viu saindo… E olha que a gente ficou lá até umas quatro horas.

— É porque eu realmente não saí. — Tomou um último gole da garrafinha de água, antes de jogar o recipiente vazio na primeira lixeira que encontrou. De dentro de um dos bolsos, Seungcheol tirou uma chave, que levantou para que os amigos vissem.

O Kwon arregalou os olhos.

— Você dormiu lá?! — O Choi assentiu. — Com quem?

— Não sei bem. — Confessou. — Tudo o que eu sei é que o nome dele é Jeonghan, estávamos os dois bêbados demais quando ele me agarrou e… Ele tem um fetiche um tanto quanto estranho em arranhar pessoas. Principalmente as costas delas.

Soonyoung e Hansol se entreolharam, piscando os olhos em descrença.

— Você não pode estar falando sério...

Rindo, Seungcheol levantou a parte de trás da blusa fina de manga longa, para que eles pudessem vislumbrar o desastre que se encontrava ali.

Eram vergões. De unhas. Alguns ainda vermelhos e outros até mesmo roxos.

Para ambos os dois, pareceu que a noite de Seungcheol havia sido mais produtiva que a deles.

Talvez, mais selvagem também.

— Caralho! — Hansol gritou. — Você dormiu com um ser humano ou um gato? Olha a selvageria disso…

Seungcheol riu.

— É, só não grita, tá legal? E fala mais baixo também porque eu tô com uma puta dor de cabeça. — Pediu. — Mas, respondendo a sua pergunta, eu sei lá. Mas confesso que foi muito bom na hora…

— Pelo tanto de machucados, eu diria que não foi somente uma vez... — Hansol sugeriu. — Ele realmente te marcou como dele.

Seungcheol deu de ombros.

— Pelo menos não foram mordidas, ou eu não teria como esconder...

Soonyoung o encarou atentamente.

— Cara, isso é tão constrangedor quanto ouvir o meu irmão mais velho falando sobre as experiências dele. — Confessou. — Só que eu não tenho irmão mais velho e ainda sim me sinto o maior virjão.

Seungcheol e Hansol riram da bobagem que o Kwon terminou dizendo.

— Seu futuro namorado vai ser mais azarado que sortudo de ter de ouvir todas essas besteiras que você diz. — Hansol maneou a cabeça em negativo. — Vai pedindo sorte aos céus, vai que aquele garoto te manda mensagem mesmo…

— Que garoto?

— O que o Soonyoung pegou ontem a noite toda. Do tamanho de um pigmeu. — Riu, até levar um soco do amigo. — Que foi? O garoto era um nanico mesmo!

— Cala a boca, Hansol!

Seungcheol se limitou a abrir um sorriso de canto.

— Relaxa, Soonyoung. Ele vai mandar mensagem. — O cinzento garantiu. — Se ele ficou contigo a noite toda, é porque gostou de você.

Hansol o encarou, abrindo a caixinha de suco. Colocou o canudo na caixinha, levando aos lábios.

— Nesse caso, mais se beijaram que falaram. Ou ele não teria passado nem perto. — Murmurou. — Ninguém gosta de esgoto a céu aberto.

Assim, Seungcheol cuspiu o leite que tomava, se desequilibrou e caiu da cadeira, gargalhando alto no chão, a dor de cabeça já não existia mais.

Soonyoung estava ali, vendo ambos os amigos gargalharem alto, enquanto atraiam mais atenção do que deveriam.

— É sério, eu odeio vocês.

(…)

— YOON JEONGHAN, NEM PENSE EM SE ESCONDER DE MIM!

O berro fez com que o citado tapasse as orelhas com as mãos, subitamente sentindo o rosto corar pela atenção que recebeu diante do gesto espalhafatoso. Automaticamente, todos os olhares estavam em si.

E aquilo realmente lhe era desconfortável.

Maneou a cabeça em negativo. Escandaloso e irresponsável. Essas eram as características risíveis de Xu Minghao, o asiático que vinha em sua direção como um furacão ruivo prestes a lhe atingir.

Não escolher as amizades foi o que lhe meteu nessa furada.

— Sabia que ia estar aqui. — Comentou. — Comendo como sempre. Não sei como não engorda… Ah, não. Sei sim. Muito exercício físico em cima de outro cara.

Foi automático o Yoon revirar os olhos, antes de morder um pedaço de seu sanduíche.

— Bom dia pra você também, Minghao.

— Não me enrola, caralho! Não sou seu baseado! — Cortou-o, ansioso. — Vim pra escola nessa droga de porre por sua culpa. Quero detalhes.

Uma sobrancelha castanha foi arqueada.

— Detalhes?

— Sim. Detalhes. — Assentiu. — Ou você achou que ia dormir com o Seungcheol e passar batido assim?

Um suspiro foi solto pelos lábios finos.

— Você viu?

— Ele saindo do seu quarto no meu apartamento ou quando vocês dois subiram no maior amasso da história? — Ironizou. — Nada escapa dos meus olhos, querido. E pelo visto, nem dos de ninguém.

Jeonghan crispou os lábios em frustração.

— A gente não pode falar disso depois?

— Nada disso, você vai me contar e vai contar agora. Sabe quantas pessoas queriam ter estado no seu lugar? — Minghao contestou. — Ele é o único veterano que ninguém da faculdade conseguiu pegar. Ele sempre dizia que gostava de alguém.

— Fala como se ele fosse o rei da castidade... — Murmurou, pondo uma mecha de cabelo que saía do rabo de cavalo, atrás da orelha.

Minghao o encarou, categoricamente.

— Bom, ele era. Até vocês dormirem juntos ontem a noite, claro. — Explicou. — É só nisso que se fala agora. Não dou dois dias pra faculdade inteira estar sabendo.

— A faculdade inteira? — O castanho mordeu o lábio inferior.

A ideia de a faculdade toda estar sabendo era o mínimo dos problemas. O problema em si, era ele saber. O homem do outro lado de seu fio.

Ele não queria que essa pessoa soubesse. Pelo menos, não enquanto ele se importasse com isso.

O Xu crispou os lábios ao perceber onde os pensamentos do amigo o estavam levando.

— É sério que você dormiu com o cara que todo mundo queria, e ainda sim está pensando nele? Já não basta tudo o que está acontecendo?

Um suspiro.

— Não é algo que eu consiga evitar ainda. — Jeonghan sorriu, nostálgico. — Ele continua sendo o meu fio, afinal...

— E também namorado do seu irmão e futuro marido, devo acrescentar. — O Yoon não respondeu. — Qual é, Jeonghan! Se você não vai contar pro Seungkwan, pelo menos tente seguir em frente! Não precisa deixar o fio sumir. Existem pessoas que vivem namoram nos dias de hoje, mesmo sabendo não ser o fio uma da outra...

— Eu não acho que conseguiria olhar para outra pessoa, senão ele… — Sorriu. — Talvez eu só esteja sendo egoísta comigo mesmo.

E tomou um gole do próprio suco. Minghao, então, maneou a cabeça em negativo. Querendo ou não, sabia que não era culpa do amigo, estar preso naquela situação.

Neste mundo onde viviam, jamais se escolhia quem se amava. Ou quem estava do outro lado do fio. As coisas eram como eram.

Minghao entendeu isso quando conheceu Junhui. Quando finalmente percebeu como o mundo podia ser injusto com os sentimentos de algumas pessoas. E Jeonghan, era uma delas.

Minghao apoiou as mãos no queixo.

— Ele é bom de cama?

De súbito, Jeonghan largou seu lanche, encarando o amigo com uma interrogação muda.

— Seungcheol. — Insistiu. — É?

O Yoon encarou o chinês, de maneira tediosa.

— Não vai me deixar em paz enquanto eu não te contar, não é?

A pergunta, claro, havia sido retórica.

— Você me conhece muito bem. — Sorriu, apoiando o queixo em uma das mãos.

… Mas isso não queria dizer que Minghao iria se cansar de lhe perturbar a vida.

Mais uma vez, ele culpava ter sido estúpido o suficiente para não ter dito não quando pôde.

Jeonghan respirou fundo.

— Sim, ele é bom de cama. — Confessou, voltando ao sanduíche. — Bom até demais, se quer saber.

O sorriso de Minghao cresceu.

— Quantas vezes foram? — O Yoon ignorou-o. — Qual é, eu sei que não foi somente uma vez. Você disse que ele era bom, eu quero saber!

O chinês se aproximou do amigo, observando atentamente as reações do mesmo.

— Duas vezes? — Chutou. — Três vezes? Quatro…?

Nenhuma resposta foi ouvida pelo chinês, porém.

— Não é possível que eu não tenha acertado o número de vezes, Jeonghan! — Reclamou. — Quantas foram afinal? Cinco?

Ao ouvir o número mágico, ele sentiu as lembranças ricochetearem por sua cabeça como flashes de luz.

Os arranhões que fizera nas costas dele, as reações que cada beijo arrancava, as mãos quentes por seu corpo, os gemidos roucos...

Seu corpo esquentou de imediato, fazendo-o perceber que tudo estava mais vívido em sua mente do que esperava. E aquilo lhe deu pavor.

Como consequência o Yoon esgasgou, tossindo enquanto puxava o suco de maracujá para um gole.

Já o amigo ao seu lado, estava em choque.

— YOON JEONGHAN, VOCÊS TRANSARAM CINCO VEZES NUMA NOITE?!

Jeonghan escancarou os olhos para o amigo, sentindo o rosto corar.

— Eu não acredito nisso! — Exclamou o mais novo. — Além de ter levado o cara que todo mundo quer pra cama, você levou cinco vezes?! Como você está andando? A base de analgésicos?

O castanho mordeu o lábio inferior, sentindo o rosto tomar um tom escarlate.

— Jesus… — Ele murmurou, em choque. — Como isso aconteceu?

— Eu sei lá, tá legal? — Crispou os lábios. — Eu estava bêbado. Ele também. Dessa parte, eu só lembro de num instante estar reclamando do Mingyu e, no outro, de achar a boca dele muito beijável. Aí eu beijei, e ele correspondeu.

— Mentira que eu só precisava ter embebedado ele pra gente dormir junto?!

Jeonghan o encarou, numa expressão de tédio.

— Sinto pena do Junhui.

— Deixa meu bebê em paz! — Retrucou. — E então? Deixou o celular? Já é contatinho? Vão se pegar de novo?

— Não, não e não. — Apressou-se em negar. — O máximo que eu deixei, foram vários arranhões nas costas dele. Assim como todos os outros com quem eu já fiquei nesses… Dias de carência.

Minghao lhe fuzilou. Mas para si, o castanho mal olhou.

— Não me julgue. — E voltou-se para o sanduíche quase no fim.

Minghao não pareceu muito contente com a resposta do amigo. Muito pelo contrário.

Parecia até decepcionado.

— Então, se encontrar com o Seungcheol por aí, vai fingir que nem ao menos o conhece?

— Exatamente.

— Sinceramente, Yoon Jeonghan? — Maneou a cabeça. — Você cansa a minha beleza…

Jeonghan suspirou.

Nao era por mal. Seungcheol era simplesmente lindo. A noite havia sido incrível, também. Mas não teria coragem de encará-lo depois de fazer coisas que só faria com a coragem que o álcool havia lhe dado.

— O que me consola, é saber que finalmente o seu fio parou de desbotar. — Minghao comentou. — A noite de ontem resultou, afinal...

Demorou um pouco para que o sanduíche que Jeonghan comia batesse na bandeja e seu olhar tornasse até o chinês, de maneira surpresa.

—... O que?

Automaticamente, o castanho direcionou seu olhar para o fio transparente.

O fio etéreo estava intacto. Parecia até mesmo se reconstruir, mesmo que lentamente. O que sugeria que seu desbote não existia mais.

E ele não sabia o motivo.



(…)



O cinzento fechou a mochila lentamente, seus dedos largos e adornados de anéis prateados cintilaram na luz.

Pensava em muitas coisas e, ao mesmo tempo, em nada. Era confuso até mesmo para ele.

A noite passada e tudo o que chegou a concluir.

No fim, todos os seus pensamentos paravam na tão temida pessoa. Jisoo. E no namoro que ele finalmente assumiu, deixando claro que o seu papel de estepe, havia chegado no fim.

Maneou a cabeça em nagativo. Não era como se as coisas fossem ser diferentes, era?

— Eu vou matar esse americano idiota!

O grito o despertou de seus pensamentos, lhe fazendo sair da sala e caminhar até onde o tumulto estava sendo armado.

Era um homem baixo, de cabelos loiros e estava avançando perigosamente em Hansol, que tentava se esconder atrás de Soonyoung: — Você quebrou o meu pulso, seu filho da puta!

O americano parecia aterrorizado.

— Eu já disse que foi sem querer!

O baixinho parecia ter sido bem mais atentado pelas palavras do maior.

— Sem querer? — Bufou. — Então eu vou quebrar o seu sem querer, também!

Empurrando Soonyoung, ele avançou no pescoço Hansol, que pareceu estar morrendo aterrorizado nesse momento.

— Hansol!

— Seungkwan!

Seungcheol apareceu junto de outro hyung para apartar a briga de ambos no corredor.

— Seungkwan, você está louco?! Eu te disse para não avançar nele assim que o visse! — Exclamou. — Onde está o Mingyu numa hora dessas?

— Dei um perdido nele. — Levou a mão aos cabelos. — Queria tirar satisfação com aquele vândalo ali!

Vernon se encolheu ao ser apontado.

— Boo Seungkwan, eu não acredito nisso!

Seungcheol e Soonyoung concentraram-se em levantar o americano do chão. No meio da confusão, o cinzento não percebeu o quão familiar era a voz daquele outro homem.

— Hyung, esse não é o cara do ônibus? — Hoshi comentou.

Assim, o Choi encarou o homem de fios longos e castanhos. A ficha realmente bateu de imediato.

De repente, o mundo lhe pareceu extremamente pequeno.

— Jeonghan?

O citado piscou os olhos, encarando o cinzento de maneira desconcertada.

— Seungcheol…

Não sabiam que clima aquele corredor exalava naquele momento. Constrangimento, talvez?

Jeonghan não imaginava que o veria depois do dia anterior. E ainda mais, na mesma universidade.

Hansol encarou os dois, de sobrancelhas franzidas.

— Que estanho… — Comentou. — Fios vermelhos costumam embolar com tanta facilidade assim? Na verdade… É possível que fios se embolem?

— Do que você está falando agora, imbecil? — O louro antes chamado por Seungkwan, o encarou de maneira áspera.

— Deles dois. — Apontou para o castanho e em seguida, para o cinzento. — Os fios vermelhos deles… Estão embolados um no outro.

Seungcheol arqueou uma sobrancelha.

— O que? Isso é impossi-

Não. Não era. Seu fio, de alguma forma, embolou-se ao do castanho. Ambos seguiam seus cursos em pontos diferentes, mas seu começo estava embolado um no outro. Isso lhe chocou.

Ele nunca tinha visto isso acontecer. E muito menos o outro ao seu lado. Graças à um motivo desconhecido, ambos estavam agora ligados um ao outro.

E essa noção foi o suficiente para lhes fazer perder o foco.

Ambos se encararam, com surpresa empregada em suas faces.

— Meu Deus… — Murmurou Jeonghan.


Notas Finais


E agora, o que vai acontecer com eles e seus fios embolados? :v

Vamos saber no próximo. Até lá. ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...