1. Spirit Fanfics >
  2. Messy Kids >
  3. Aceitações e Estrelas

História Messy Kids - Aceitações e Estrelas


Escrita por: mochiizelo

Notas do Autor


Lembram do Renjun doentinho? Pois é, ele me passou menines!!

Porém mesmo assim eu vim att, amo vocês. Espero que gostem e boa leitura! ♡

Capítulo 10 - Aceitações e Estrelas


• 10. ACEITAÇÕES E ESTRELAS •

Droga, como Jaehyun simplesmente deixaria Renjun sozinho em casa de noite? Doyoung é bonzinho demais e isso faz dele um péssimo babá, Kun tem Yang Yang — outro furacãozinho que estuda com Renjun — para cuidar então sem chances, e Johnny deveria estar ocupado demais se preparando para sair e beber com alguém.


Levar ele junto seria uma ideia ruim? Por que não disse um "não vai dar" para Taeyong naquela ligação?

– Jaehyun, você às vezes não perde a chance de ser besta. — falou para si mesmo, dando um tapinha na própria cabeça. Levantou-se daquela cama e ficou dando voltas pelo quarto sabendo que os minutos passavam a cada respirada.

Taeyong estaria esperando por ele. Mas isso não é um encontro, por que Jaehyun estaria se sentindo nervoso assim por atraso? Os tempos colegiais pareciam voltar à tona naquele momento.


Renjun também iria experimentar aquilo, uma boa sorte à ele.


Mas espera, quem disse que Renjun iria namorar? Jaehyun não iria permitir que seu bebê fosse o bebê de outra pessoa, nunca na vida.

Porém aquilo seria inevitável, então é, Renjun que aguardasse pois ele vai passar muita vergonha.

Ou não, Jaehyun nunca aceitaria essa coisa aí de seu principezinho com outro ou outra. Ideia de louco mesmo.


– Para, para, para seu bobo! — falou para si mesmo mais uma vez, até notar a presença recente de seu filho lhe olhando com um grande ponto de interrogação no rosto.

– O que o papai está fazendo...?

– Não era para o senhorzinho estar na cama dormindo como um anjo? — colocou as mãos na cintura, Renjun sorriu travesso e deu de ombros enquanto chutava o ar como se não quisesse nada com ninguém.

– Ah, sei lá né… Você 'tava falando sozinho… vai que o papai está doidinho da cabeça?

– Também não precisa exagerar… — Jaehyun respondeu fazendo o garotinho soltar um risinho fofo. Até que percebeu os minutos continuarem a passar e ele ali enrolando. – Viu, filho, pegue seu tênis porque vamos passear rapidinho.

– Mas já está de noite, papai!

– Quando você for adulto, não vai saber a diferença disso aí. Vamos. — Renjun saiu do quarto seguido do pai, que andava enquanto calçava os sapatos e vestia uma jaqueta.


Amarrou devidamente os tênis do filho que se atrapalhava, lhe pôs um moletom azul escuro e uma touca antes de saírem de casa. Renjun insistia em perguntar para que lugar eles iriam e Jaehyun insistia em não contar.


E quase chegando na casa sofisticada de Taeyong segundo as direções que havia passado, estacionou seu carro e viu o filho sorrir.

– É a outra casa do Jeno!

– Como você sabe?!

– Papai, você é bobinho… eu já vim aqui antes, dã! — Renjun respondeu animado após pular do banco traseiro do carro.


Logo Jaehyun pode ver o acastanhado aproximar-se com a mesma expressão nervosa de mais cedo quando buscou Jeno. Recebeu Renjun que logo correu para dentro após saber que o amigo estava acordado e então lançou um olhar preocupado a Jaehyun.

— Está tudo bem?

– Eu não sei como começar isso, eu não esperava que fosse acontecer assim… — Taeyong ameaçava chorar bem ali, o que preocupou o mais velho.

– Pode me dizer o que está acontecendo com você?

– Eu recebi uma ligação enquanto estava trabalhando… — Taeyong respirou fundo, com as lágrimas finas percorrendo seu rosto. Jaehyun pousou sua mão no ombro do Lee, fazendo certo carinho na região com seu dedo polegar.

– Quem havia ligado?

– Me ligaram… falando que ChungHa sofreu um acidente de carro quando chegou em Hong Kong. C-Como eu vou fazer isso agora…? Como vou contar para Jeno… que a mãe dele não resistiu ao que aconteceu…? — Taeyong começou a chorar silenciosamente e Jaehyun apenas o abraçou, buscando tentar lhe confortar naquele momento. – C-Como ele vai reagir…?


Não esperava nada daquilo. Havia visto a mulher há alguns dias, conversado com ela e soltado algumas risadas enquanto seus filhos brincavam. Jaehyun tinha uma ótima relação com Chungha, ele realmente não esperava.


– C-Como, me diz… como eu vou falar com ele…?

– Eu vou ajudar… nisso. Não se preocupe.


•••


Ao entrarem na casa, Taeyong tentou secar as lágrimas o mais rápido que podia assim que viu seu filho tão concentrado em brincar com Renjun. Jaehyun o seguiu até a cozinha da casa, o Lee sentou-se na cadeira da bancada com aquele ar de preocupação e tristeza, por mais que tentasse, as lágrimas não paravam.

– Pode me dizer onde encontro água e um copo? — o Jung perguntou ao mais novo, que apontou com o indicador para um armário ao lado da geladeira depois de apontar para a citada.

– Eu estou bem…

– Você ainda amava ela, não é? — novamente perguntou, colocando a água no copo e entregando a Taeyong.

– Eu não a amava como amei, esperava que ela encontrasse alguém. Porém não deixa de ser uma pessoa importante para mim.

– Desculpa, está demorando para cair a ficha. — confessa, Taeyong bebe de pouco em pouco a água enquanto olhava distraído para algum ponto de sua cozinha.

– A família dela me disse que o único trabalho que eu teria era contar a Jeno. Eu não sei como… fazer isso.

– Taeyong, eu já disse que irei te ajudar.

– Por que está… fazendo o que está fazendo? — olhou nos olhos de Jaehyun, querendo entender aquilo. O mais velho se aproximou e lhe abraçou, pousando o queixo no topo da cabeça do Lee.

– Porque sim... — Jaehyun não soube responder naquele momento, chegou a mais uma vez xingar a si mesmo por ter falado aquilo ao invés de algo possivelmente mais emocionante.


Taeyong não se importou, simplesmente deixou o copo na bancada e vagamente retribuiu o abraço de Jaehyun. Ficaram abraçados por poucos segundos, até os menininhos aparecerem curiosos.

– Vocês estão namorandinho agora!? — Renjun perguntou animado, os dois rapazes se afastaram.

– Aonde você aprendeu isso, hein, seu bobinho? — Jaehyun colocou uma mão na cintura, fazendo o filho dar uma risada e mexer os ombros.


Já Jeno estava um pouquinho mais sério, caminhou até seu pai e ficou entre as pernas do Lee, lhe olhando.

– Por que você está tão triste? — Taeyong deu um sorriso tristonho, segurando as mãozinhas de Jeno.

– Depois nós falamos sobre isso, não acha?

– Você tem certeza? Não quer que eu fale junto? — Jaehyun questionou.

– Tenho. Preciso ser forte, esse é meu filho.

– Eu vou… então. Me ligue quando quiser, mesmo que seja quatro horas da madrugada. Vamos Renjun, está muito tarde. — olhou por alguns segundos nos olhos de Taeyong e logo segurou a mão de seu filho, lhe guiando para a saída da casa.


•••


– Por que o tio Taeyong estava daquele jeito, papai? — Jaehyun olhou Renjun através do espelho, respirando fundo enquanto dirigia.

– Aconteceu algumas coisinhas, bebê. Mas vai ficar tudo bem... eu espero.


•••


Casa de Taeyong.


O Lee arrumava seu filho vagamente na cama, colocando as cobertas até a altura de seu peito pois sabia que Jeno não gostava de ficar totalmente coberto. Pegou um dos livros que ficavam na prateleira do quarto e sentou-se na beirada da cama iniciando sua leitura.

Mas aquilo não havia feito Jeno dormir como sempre fazia, ele apenas olhava Taeyong com um ar curioso e preocupado.

– Papai… a mamãe já ligou? — o acastanhado fechou o livro e colocou no chão, em seguida acariciando os fios escuros de Jeno.

– Filho… a mamãe ligou sim, mas ela disse que não vai mais poder… nunca mais.

– Por que não? — o pequeno perguntou sem deixar a expressão de antes, Taeyong segurava-se para não chorar dando o mesmo sorriso tristonho enquanto continuava a acariciar o cabelo de Jeno.


– Lembra quando eu te contei uma vez que as pessoas viravam estrelinhas quando era o tempo certo…? O tempo da mamãe chegou, filhote. Não da maneira que deveria, mas chegou.

– Então agora ela é uma estrelinha? Eu posso vê-la sempre de noite, não é?

– Pode, meu bem... Claro que você pode.

– Então também… sempre que eu ver a mamãe, eu vou saber que é ela. Sabe por quê?

– Por que? — os olhos de Jeno brilhavam enquanto em contato com Taeyong, ele sorri novamente seguido de um suspiro.

– Porque ela será a estrelinha mais brilhante do céu.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...