• 4. CAFÉS E DESENHOS ANIMADOS •
Já eram quase sete horas da manhã, Jaehyun queria tanto ficar deitado naquela cama de casal confortável se virando, abraçando o travesseiro enquanto estaria dormindo profundamente. Mas o despertador destruiu seu desejo, o relembrando que tinha que acordar seu filho, tratar o cachorro, fazer o café e trabalhar.
Se levantou da cama preguiçosamente, mandou uma mensagem a Johnny e seguiu andando vagamente até sair de seu quarto e ir no quarto de Renjun. Assim que chegou, ficou observando seu pequeno por alguns segundos tão aconchegado coberto e entre travesseiros, abraçando seu ursinho.
Se aproxima do garoto, sentando-se na beirada da cama, fazendo um gostoso cafuné no filho.
– Vamos acordar… você vai ficar com Johnny hoje já que está suspenso. Ele já vai chegar e você tem que recebê-lo.
– O tio Johnny é chato… Ele gosta do Homem de Ferro… — o menino respondeu sonolento e sequer abriu os olhos.
– Ele é legal, você que é chatinho. — beijou o rosto do filho e sorriu, afagando seus cabelos mais uma vez. – Porém é o meu chatinho. — tirou as cobertas e carregou Renjun, que resmungou tentando dar socos fracos no peito de Jaehyun mas sem sucesso, já que estava sonolento demais para isso.
O moreno pôs o filho na cadeira e começou a preparar o café, ouvindo o cão latir na porta da lavanderia.
– Até o Manchinha acordou disposto e você não. — falou preparando a tigela de cereais do filho e deixando a sua frente na mesa.
– O Manchinha disse que quer comer cereal comigo aqui.
– Não senhor, ele detesta cereal. Ele gosta de ração e é isso que vai comer. — Jaehyun foi até a lavanderia e abriu a porta que dava passagem para o quintal, vendo o cachorro balançar seu rabo, animado por ver o dono. Voltou até o armário, pegou uma porção de ração e foi até o pote do vira-lata que ficava ao lado da porta, este não demorou para atacar o café da manhã.
Ouviu seu filho falando seu nome então voltou para a cozinha. Sabia que o cachorro apenas entraria na lavanderia e não passaria disso se Renjun ficasse quieto e não começasse a lhe chamar.
– O que foi?
– O tio Johnny chegou. — o Jung suspirou aliviado, não teria que esperar pelo amigo. Foi até a porta da sala, recebeu Johnny e começou a correr pela casa para poder se arrumar.
Tomou seu banho, escovou seus dentes, secou seu cabelo, colocou o terno e passou seu perfume favorito. Quando desceu, Renjun estava na sala fazendo as tarefas de casa e como um bom e raro amigo, Johnny estava lavando a louça.
– Olha só… que rapaz prendado. — o Jung comentou arrumando a gravata enquanto via o amigo secar a louça.
– É isso que eu faço na cafeteria mesmo além de passear por lá. — respondeu sorrindo.
– Como teve tempo de vir aqui se é dono?
– Exatamente. Eu sou o dono. Aliás, você não comeu, certo?
– Eu estou atrasado. — respondeu colocando seu relógio e vendo o horário. – Eu vou tentar me livrar do dia de hoje e chegar mais cedo. Talvez ficar de tarde com ele.
– Jaehyun, 'tá louco? Você tem que trabalhar, se tiver problemas na cafeteria eu o levo e ele fica lá. — o moreno deu de ombros, virando-se para ver o filho sentadinho no sofá atencioso a sua tarefa.
– Acho que ele vai ficar bem. Não vou me preocupar, juro que não vou.
– Você não mudou nada desde que ele entrou na sua vida. — o estadunidense disse com um pequeno sorriso, o qual Jaehyun lhe retribuiu mostrando até suas covinhas.
– Ele me dá trabalho mas me deixa bobo de tão feliz. — encarou novamente seu relógio e assustou-se apressado pegando sua maleta na mesa. – Mas tenho que ir mesmo!! Não virem a casa do avesso, tem comida o suficiente, não baguncem o meu quarto e Renjun, suba escovar esses dentes porque eles não se escovam sozinhos. Até logo Johnny, até logo filho. — beijou o topo da cabeça do garoto rapidamente e saiu de casa correndo.
– Tio... posso chamar Jeno para brincar aqui hoje?
– Seu pai não deixa, garotão. Ele iria me matar se soubesse disso. — o estadunidense sentou-se relaxado no outro sofá, pegando o controle da TV.
– Ele não precisa saber… — Renjun respondeu brincando com as próprias mãos, Johnny lhe olhou de relance.
– Hum… eu só deixo se você falar que o Homem de Ferro é melhor que o Capitão.
– Nunquinha! — o garotinho cruzou os braços e fez um biquinho, arrancando um riso de Johnny.
– A manhã mal começou, vamos lá. O que quer assistir?
– Desenho! Desenho! Desenho!
– Ainda bem, também quero. — viu o menino esconder um sorrisinho e afrouxar os bracinhos cruzados, largando seu caderno e lápis no chão.
•••
Empresa de Engenharia, 6° Andar. Sala de reuniões.
– Eu já disse e irei repetir: não vou mais tolerar essas desculpas, Jung Yuno! Você passou dos limites! — o diretor esbraveja, jogando as pastas que segurava em sua mesa. Jaehyun permanecia com as mãos para trás e cabeça abaixada apenas ouvindo todas aquelas reclamações diretas.
– Senhor, peço que aceite minhas mais sinceras desculpas. Esses vacilos não irão se repetir.
– Não irão mesmo, até porque se você me dar uma dessa novamente sendo a situação grave ou não… — o chefe se aproximou do ouvido do funcionário. – É rua.
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