-Como troquei de casa e virei empresário, comprei um prédio para minha empresa e reservei uma sala para essas armas, pois, eu sabia que você voltaria um dia.
-Você é um ótimo amigo.
-Eu sei.
-Senhor Guilherme, estão precisando do senhor na recepção urgentemente - Um de seus funcionários entrou na sala.
-Daqui a pouco nos vemos - Ele sai apressadamente.
Fico olhando as armas e vou pegando algumas para checar. A porta se abre e uma voz familiar aparece.
-Quanto tempo...
-Mateus - Nem precisei me virar para reconhecê-lo - Faz bastante tempo...
-Trabalho de novo?
-Sim... O que faz aqui?
-Bom, eu vivia as custas dos Freitas, pois não conseguia arranjar um emprego... quando rolou aquela merda lá e ele saiu para virar empresário... ele me deu um cargo aqui. Desde então, eu consegui comprar minhas coisas e ter minha vida.
-Realmente... ele é um ótimo amigo.
-Como foi a vida depois daquele dia?
-Um pouco triste... não poder ter mais o que você ama por perto é de cortar o coração, mas, sacrifícios são necessários.
-Nem sempre... e você sabe disso.
-Claro que sei. Vem cá, vocês tem algum colete?
Mateus abre uma gaveta que estava em baixo.
-Quer um colorido?
-Quando eu for no festival das cores, talvez eu aceite.
Peguei umas três pistolas, cada uma menor que a outra, algumas facas e fui para o leilão.
Chegando lá, entro no meio da turma para ver se conseguia informações, mas ninguém falou nada. Alguns minutos depois, chegava Lucca com sua acompanhante.
-Ele está aqui?
-Ele vai abrir o leilão - Lucca olhava para todos os lados.
-Ótimo, vai ser a atenção do dia. Que coisa que você me deu hein...
Quando começou, ele veio correndo e gritando no microfone. Levantei o rosto e reconheci na hora. Um homem branco com um bigode e um óculos.
-Mas não pode ser...
-O que foi? - Lucca olhou para mim sem entender.
-Nada não.
-Quem está pronto para dar toda a grana nesses carros que estão aqui?!
Boa parte começa a se manifestar com gritos e aplausos.
-Que merda eu tô fazendo aqui?
-Vou passar o microfone para meu amigo fazer as ofertas. Tenham uma ótima noite!
Decidi me retirar. Fui até o lado de fora, onde tinha uma vista para o mar e encostei lá. Logo após, escutei passos.
-Fazendo o que aqui fora? - Ele veio conversar comigo.
-Respirando - Levanto o rosto e olho para ele.
-Impossível!
-Tudo é possível - Ele dá um soco no meu rosto - Obrigado - Dou um soco no meio do rosto dele e quebro seu óculos.
-Ela era minha!
-Ela está morta! Por sua culpa! Querendo fazer disputa por mulher? Seu idiota! Naquela noite que seus homens foram me matar, não era eu no carro, era ela!
-E você veio se vingar? - Ele ri.
-Não não... eu decidi seguir minha vida e conhecer outras pessoas. Eu esqueci ela e você! - Dou um soco na barriga e ele cai, logo após sigo com uns chutes - Larissa merecia uma vida melhor! E você tirou isso dela! - Sigo com mais chutes.
Ele aperta um botão em seu relógio e sua guarda aparece.
-Inútil - Cuspi nele.
Atiro em alguns guardas e corro para me proteger. Alguns guardas correm e pegam ele.
-Acho que é hora de sair - Pego o telefone e chamo Freitas- Agora!
Ele entendeu o que eu disse e veio rapidamente.
Corri dos guardas até a fachada do local, onde havia pessoas se movimentando e entrei no meio delas. Vi Mauricio sendo carregado por seus homens para dentro de uma limousine.
-(Burguês safado) - Falei em minha mente.
Logo após Freitas chegou com seu carro e eu fui embora do local.
-Como foi?
-Lembra do Mauricio?
-Qual deles?
-Larissa
-Lembro sim. Pera! Quer dizer que é ele?
-Sim! Entramos em combate e ele chamou seus guardas para salvá-lo.
-Complicado.
-Antes era só negócios, mas agora vai ser pessoal.
-Toma cuidado!
**
-O que o senhor vai fazer? - Um dos homens de Mauricio pergunta.
-Cacem ele! Agora! Se ele não morrer... irei botar um preço pela cabeça dele. Vamos ver até onde esse otário vai...
-Quantos homens, senhor?
-O máximo que você puder!
-Máximo?
-Não está me ouvindo, idiota?!
-Ao seu comando.
**
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