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História Metamorfose Ambulante - Aquela conversa consigo mesmo


Escrita por: Okaasan e MarcianoF

Notas do Autor


Olá, pessoas queridas!

Longos nove meses depois, "Metamorfose Ambulante" está de volta. *-*
Aqui é a #Okaasan falando. Mil perdões pela demora excessiva. Não é culpa do #MarcianoF.

2019 foi um ano muito louco na minha vida - depressão, traição, gravidez delicada, divórcio, anemia severa, parto, tempo livre reduzido a Zero com um bebê nos braços e o bendito computador estragado. De qualquer maneira, aqui estamos! A fanfic não vai parar, mesmo que as atualizações sejam demoradas.
Agradeço imensamente pela paciência de vocês e também pelo carinho dos que me conhecem fora do Spirit, pelas palavras de incentivo e apoio. Estou recobrando minha saúde física e emocional, curtindo muito as minhas crianças. Aos poucos tudo há de se normalizar. <3

Estou respondendo aos comentários atrasados aos poucos. Vamos que vamos com essa saga imperdível!

RESUMO DOS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS

Levi e Hanji ficam confusos após se beijarem, mas não têm tempo para falar sobre o que sentem, porque Erwin retorna à casa do militar para mostrar a eles um vídeo em que Eren tem um dissociação extremamente diferente das demais, comprovando que existe uma 5ª personalidade.

Arte da capa: montagem com o traço original do autor de Shingeki no Kyojin, Hajime Isayama.

Capítulo 21 - Aquela conversa consigo mesmo


Fanfic / Fanfiction Metamorfose Ambulante - Aquela conversa consigo mesmo

Manhã seguinte.

No fim das contas, Hanji Zoe achou por bem pegar carona com Erwin Smith e foi para casa na madrugada, deixando para trás um Levi Ackerman com um amargor no peito, um aperto inexorável.

Ele sentia saudades de Petra, mas seu coração cedera um espaço ainda maior à quatro-olhos.

Era preciso se arrumar para ir ao Batalhão. Apesar de ter dormido pouco, o paraibano agradecia a Deus e à estranha decisão do Coronel Pixis de dispensá-lo do trabalho no dia anterior. Estava descansado, de certa forma. E, trabalhando, teria menos tempo para se lembrar que havia beijado a psicóloga. “Eu não posso me apegar a ela nem a ninguém. Tenho a Mikasa e o Eren pra cuidar. Não posso deixar que esse tipo de coisa me tire o sossego... Não depois de tudo que vivi com a Petra...!”.

Assim, Levi fez seu desjejum, se banhou e se fardou. Foi até o quarto de Mikasa e viu seus dois meninos dormindo: ela imóvel e encolhida, ele ocupando quase todo o espaço da cama da garota com seus braços e pernas abertos. Era “Gabi”, sem dúvidas.

Apesar de triste, o militar sorriu. Amava demais os dois jovens e não hesitou em acarinhar, de leve, os cabelos de Mikasa e Eren.

 

***

 

Hanji, em sua casa, dormira pouco também. Mesmo que fosse bem resolvida com seus sentimentos, foi impossível não se desesperar. Era a dor do amor, sempre pungente. A morena chorou, abraçada ao travesseiro, ouvindo sua playlist de mantras indianos. Acordaria às cinco, um pouco mais tranquila.

A morena lembrou-se da paixão fervilhante por Levi que fora piorada pelo beijo, pensou em suas contas a pagar, na saudade constante do falecido pai, o desafio novo que seria desvendar os mistérios daquela personalidade extra de Eren. E tinha os trabalhos da pós-graduação... Mais um concurso público que ela tentaria. Tanta coisa.

— Quer saber? Eu vou é fazer um exercício.

E, ajustando o volume do celular para que a música ficasse audível, mas que não incomodasse os vizinhos, a psicóloga passou os próximos vinte e cinco minutos saltando em um trampolim de jump, ouvindo música eletrônica.

— Um dia eu ainda chamo o Levi pra vir se exercitar comigo. Aí ele vai recusar dizendo: “Já estou em forma, féla da gaita, peste bubônica”. Mas não vou desistir... Até porque eu adoro aquele sotaque.

Ao terminar seus exercícios, Hanji se despia para tomar um banho quando recebeu uma mensagem no WhatsApp. Leu em voz alta, com uma expressão facial meio aturdida:

— Porra, esse menino de novo? “Me perdoe por ‘está’ te ‘pertubando’, é que descobri que estou apaixonado pela senhora, doutora Hanji, te conhecer foi a melhor coisa que já ‘mim’ aconteceu. Não tenho palavras pra agradecer por ter tratado da minha irmã Nanaba, ela agora é outra pessoa, nunca mais se cortou. ‘Mim’ dá uma chance pra te fazer feliz”. Tem um áudio! Olha só... A voz dele é até afinadinha.

Na sequência, a voz do interlocutor cantando a música “Os Anjos Cantam”, da dupla sertaneja Jorge e Mateus. O rapaz em questão era Moblit Bernard, um motoboy de vinte anos incompletos, irmão de uma antiga paciente que Hanji acompanhara há alguns anos; era um jovenzinho gentil e prestativo, bonito até, mas não despertava nada no coração da psicóloga. Ela revirou os olhos, demonstrando enfado.

— Nem posso mandar o coitado ir tomar no cu... Eu tô exatamente como ele, amando alguém que não me ama. Aaaaaaah! — e Hanji ergueu os braços para cima, com certa raiva. — Vá se foder, universo filho da puta!

 

***

 

— Ahh...

Mikasa se remexeu na cama. Estava sonolenta ainda, não percebendo de imediato que havia uma mão enfiada dentro de sua calcinha. Prazer e cócegas se espalharam pelo baixo ventre da garota. Tão quente. Algo quente e macio, absurdamente confortável e úmido, rodeava seu clitóris. Automaticamente, ela chamou pelo dono absoluto de seus desejos.

— Eren... Aah...

— Isso... Geme pra mim — ronronou o ‘soldado’ que a abraçava por trás.

A jovem o olhou, arrepiando-se com a luxúria estampada no rosto de “Eren Krueger”. Ainda com os sentidos confusos devido ao sono, ela voltou o rosto para frente, imaginando que aquilo fosse um sonho. Sentiu cheiro de sabonete e deduziu que o rapaz já havia se levantado e se banhado; o ‘soldado’ tomava inúmeros banhos por dia por causa do transtorno obsessivo-compulsivo.

— Para, Eren... Eu... Ahh... — o sono abandonou a garota de uma vez por todas. — M-me solta.

— Molhadinha...

— Sai daqui, porra. Que... Que horas são?

— Hora de foder bem gostoso comigo.

— Para, Eren! Me... Solta...

— Não abro mão da sua buceta nem se o Comandante Erwin me condenar a ir de encontro ao Titã Bestial atirando pedras, Mikasa.

— Seu tarado idiota!

— Culpa sua... Acordei com esse bundão colado na minha pica, você queria o quê?

O dedo do garoto trabalhava hábil sobre o ponto sensível da genitália de Mikasa. Irritada com Eren e com o próprio corpo, ela arrancou a mão atrevida de dentro de sua roupa íntima e se sentou. Seu companheiro estava totalmente nu e avançou para ela novamente, intentando tocar-lhe as mamas.

— Sai daqui com esse pau duro e vá vestir uma roupa! — ralhou ela, brava, desvencilhando-se de Eren. Ele, contudo, estava totalmente determinado a alcançá-la e, assim que Mikasa se levantou da cama, o ‘soldado’ fez o mesmo, seguindo-a até o banheiro. — Porra, Eren! Sai daqui!

— Eu não vou sair e sim entrar, soldada Ackerman. Vou entrar bem duro e com força, do jeito que você gosta. Aliás... — o olhar verde e malicioso de “Krueger” se iluminou. — Vamos fazer aqui atrás hoje? Tô com saudade.

— Vá pro inferno! Aqui não vai entrar nada! EI! EREN! — esganiçou-se a mocinha, sendo agarrada e levada para o box.

— Diz que não, mas daqui a pouco vai dizer “bota com carinho”... Eu te conheço, você não me resiste — riu ele.

— Eu vou te bater, seu merdinha!

Sem aviso prévio, Eren ligou o chuveiro sobre Mikasa e a deixou ensopada. A jovem protestou aos berros, mas mal se susteve nas pernas ao ver o rapaz se abaixando diante dela, afastando o short do pijama e mordiscando sua virilha. Ela fechou os olhos, já sentindo o sexo latejar de desejo, mas ainda relutante.

— Não, Eren... Não faz isso...

— Não fazer isso o quê? Descobrir mais um dos seus pontos fracos? — replicou ele, baixando de vez a roupa da garota e escorregando a ponta da língua por seu monte-de-vênus. — Humm... Tá escorrendo, do jeito que eu gosto.

— Para... Nng! Eu não quero...

— Não quer que eu faça isso? — e Eren separou os grandes lábios da jovem arfante e sugou o clitóris repetidas vezes, levando-a a desistir de afastá-lo de si. — Não quer que eu chupe essa delicinha melada, soldada Ackerman?

Mikasa agarrou os cabelos do seu querido e gemeu alto ao sentir o toque da língua quente dele em seu ponto sensível. Ela tinha vários motivos para considerar a persona “Eren Krueger” insuportável, mas quando o assunto era sexo, a garota simplesmente era incapaz de resisti-lo. O garoto era perspicaz, não tinha pudor algum, estava sempre aberto a novidades. E, naquela manhã, ele estava realmente inspirado: ao conduzir Mikasa ao ápice com seus beijos e sucções, o ‘soldado’ lhe afastou sutilmente e ficou sozinho sob o fluxo da água, lavando sua genitália do excesso de pré-gozo.

Conhecendo-o bem, a garota já deduziu o que ele lhe pediria a seguir e nem o deixou anunciar o que queria: colocou-se de joelhos e tomou o órgão rijo de Eren nas mãos, conduzindo-o aos lábios e fazendo com que ele gritasse de prazer.

— AAAH!

— Ei, sem escândalo — volveu ela, soltando-o de sua boca por uns instantes. — Os vizinhos vão chamar a polícia.

— QUE CHAMEM! EU QUERO É VER VOCÊ ME MAMANDO GOSTOSO! VAI, CONTINUA!

— Eren! Não dá pra gritar mais baixo?!

— O MEU TESÃO POR VOCÊ É DO TAMANHO DA ILHA DE “PARADIS”! CHUPA ESSA ROLA, VAI!

Então o casal ouviu, de algum lugar perto dali, “Pra não dizer que não falei das flores”. Mikasa ficou preocupada; os vizinhos estavam acordados e, obviamente, ouviam aquele escarcéu.

— Eren, eu não vou mais fazer isso se você continuar berrando pra todo mundo que está ganhando um boquete.

— M-mas eu não consigo ficar calado...!

— Então nada feito — retrucou ela, já se erguendo. Mas ele pousou as mãos em seus ombros, o olhar faminto e desesperado, suplicando:

— Amor, por favor...! Eu juro que vou me segurar. Mas não me deixe desse jeito!

Havia jeito de negar aquilo para Eren? Para outras pessoas, sim, mas para Mikasa era impossível. Ele dera prazer a ela mais cedo, então ela iria retribuir. Por mais que Eren Jäeger não tinha consciência alguma do que fazia enquanto “Eren Krueger”, a jovem o amava demais para se esquivar de agradá-lo.

Então ela beijou aquele órgão, cheirou-o, chupou-lhe o saco escrotal. Eren recomeçou a gritar, mas o teor de suas afirmações mudou drasticamente.

— Lute...!

— Hm?

— Lute! LUTE! NÃO TENHA MEDO DE SACRIFICAR A PRÓPRIA VIDA! NÃO IMPORTA O QUÃO ASSUSTADOR SEJA O MUNDO... AAAH!

Nossa... Acho que fazer isso nele não foi uma boa ideia... Mas eu já estou aqui...”, pensou a jovem, levando-o bem fundo em sua boca. Eren já estava num estado de excitação tão latente que se contorcia todo. E, em meio ao seu discurso militar heroico, exprimia para o mundo o seu prazer.

Mikasa bem que queria negar, mas o escândalo do seu amado a deixava em chamas. Ao sentir o pulsar daquela dureza dentro de sua boca, a garota ergueu uma das pernas e começou a se tocar, cuidando de encarar o vermelho e escandaloso Eren.

— DESDE QUE NASCEMOS, NÓS SOMOS... AAAAH! SOMOS LIVRES!

— E-eu... Não aguento. V-você me deixa tão... Tão puta — gaguejou ela, percorrendo com a língua o pênis do ‘soldado’. — Sei que v-vou me arrepender disso, mas... M-me fode atrás? E promete que vai gozar fora...?

— AAAAAAH! MIKASA! NÃO IMPORTA QUÃO FORTE SEJA Q-QUEM TENTA NOS NEGAR ISSO, NÓS... SOMOS LIVRES!

Rapidamente, ele a afastou de si, ajoelhando-se no chão e se posicionando atrás dela, preparando seu canal traseiro durante longos minutos com carícias torturantes e lubrificando-a com óleo capilar. Em seguida, empurrou o pênis para dentro do corpo da garota num movimento lento e gradual. Mikasa gemeu alto e encostou a testa no tapetinho — que se lascasse o mundo, ela sofria tanto com aquele seu companheiro de múltiplas personalidades. Tinha que aproveitar o prazer que ele lhe dava.

O vizinho da esquerda, que era um idoso, já estava incomodado com a gritaria e aumentou o volume de seu rádio. Chegou à janela, furioso.

— Quando o corretor que me vendeu essa casa disse que tinha um doente mental ali do lado, eu esperava ouvir tudo, menos isso — resmungou ele, inconformado com a “alegria” de “Eren Krueger” gritada às 7:32h da manhã.

— AAAAAH! MIKASA! NÃO IMPORTA O QUÃO CRUEL SEJA ESSE MUNDO! LUTE! LUTE! LUTE!

— E pensar que eu não posso chamar a polícia! — zangou-se o velho vizinho, fechando a janela com um estrondo.

 

***

 

O dia se passou sem maiores problemas. Mikasa foi lavar as roupas da família e “Eren Krueger” se encarregou de faxinar a casa, após ter limpado todo o quintal e a pequena horta que “Gabi” cultivava. Após terem juntos preparado o almoço, degustado a comida, tratado dos arranhões e hematomas um do outro, Eren queixou-se de dor de cabeça.

Mikasa então ofereceu a ele um analgésico e não se esquivou quando ele a puxou para que se sentasse em seu colo, na cozinha. O ‘soldado’, assim que ingeriu o medicamento, acomodou a jovem sobre suas pernas e iria beijá-la quando, de repente, ele se espigou todo e a empurrou brutalmente no chão.

— Aii...! Porra, Eren, qual é o seu problema?!

— Tem que eu não sou o Eren! E não fale esses palavrões pra mim não, miséria! — respondeu ele, meio ríspido, com a voz e o sotaque bem diferentes do habitual. Porém, no mesmo instante, o rapaz coçou o rosto, parecendo arrependido. — Me desculpe, meu bem. Eu lhe machuquei?

— ...

“Zeke” agora se abaixava ao lado de Mikasa, vermelho e constrangido. Sem esperar que a garota (ainda chocada com a dissociação repentina) dissesse algo, ele a ergueu do chão com alguma facilidade e a colocou sobre o sofá, na sala. Em seguida, passou a mão meio trêmula pelos próprios cabelos, expondo sua testa — seu tique mais recorrente enquanto persona jornalista.

— P-por que me empurrou daquele jeito? — inquiriu Mikasa.

— Óbvio... Jamais beijaria a boca da minha própria filha.

— Mas eu não sou sua fi-

— Biologicamente não, mas, no meu coração, tu é minha filha sim.

Mikasa ficou corada com a proximidade de “Zeke” e aquela confissão. Se ele soubesse que ambos tinham transado há poucas horas atrás, ficaria desesperado, pensou ela. Condescendente, a garota apertou de leve o braço do ‘jornalista’, que transparecia um constrangimento sem fim. Não gostava de vê-lo sofrendo.

— Me perdoa, Zeke.

— Pelo que, minha linda?

— Fui eu quem tentou beijá-lo — mentiu ela. Eren fechou os olhos com força e, inclinando-se, repousou o rosto congestionado sobre as mãos. — Ei... O que você tem?

— Por que faz isso? — murmurou o rapaz. — Estou me sentindo um monstro. Pra mim, você é como uma filha. Pelo amor de Deus, não me obrigue a passar por uma situação tão abominável.

A garota titubeou, sem saber como consolar o ‘jornalista’. Ele nunca estivera tão triste diante dela; parecia estar à beira das lágrimas. Então Mikasa reparou melhor e notou que “Zeke” escondia o próprio sexo com o antebraço. Possivelmente seu corpo ficara excitado com a proximidade dela, porém a mudança rápida de personalidade ocorrera antes que ele pudesse se conter.

Zeke... Não fica assim não. Olha... E se eu te levar a algum lugar... Dar um passeio?

— Eu quero ficar sozinho.

— M-mas... Zeke... Eu te pedi desculpas.

— E eu já te desculpei. Não tô com raiva de tu não, menina. Só que eu preciso de um tempo, entendesse? Um tempo pra organizar a cabeça. Depois te procuro... — e ele apertou de leve a mão da jovem, à guisa de conforto. — Vai descansar, vai.

O ‘jornalista’ se levantou e se foi para o quarto, seguido pelo olhar triste de Mikasa, que se sentia absurdamente culpada por aquele desconforto entre ambos. Após se ver sozinho, Eren colocou seus óculos, retirou da gaveta do seu guarda-roupa um caderno velho, onde gostava de escrever quando estava inspirado e abriu a janela. Logo se pôs a escrever furiosamente.

Hoje, vivi algo muito decepcionante. Quase deixei Mikasa perceber que eu sei que sou um alter ego de Eren. Eles ficariam malucos se soubessem. Preciso aprender a lidar com isso. Aliás, tenho calafrios só de imaginar que Mikasa me deseja como homem.

Então, o rapaz guardou o caderno e foi até a parte superior do guarda-roupa. Lá estavam os livros de “Gabi”; entre eles, um diário feminino com cadeado. “Zeke” sabia onde estava a minúscula chave — guardada dentro de um estojo de lápis de cor. Sem receio, vasculhou os pertences de “Gabi” até encontrar a chave e abrir o diário. Passou o olhar pelas páginas manuscritas até se deparar com a última, datada do dia anterior.

“O Krueger apareceu de novo ontem. Bateu na mamãe Mikasa e no tio Levi. Tô preocupada. O Krueger é impossível de controlar. Zeke, faz alguma coisa. O Eren vai ficar desesperado quando souber da crise do Krueger. Eu não sei resolver isso sozinha.”

— Oxente! Era só o que me faltava... — resmungou baixinho o ‘jornalista’. — Até parece que é tão fácil assim, Gabi.

Uma coisa que ninguém sabia era que as personas “Gabi” e “Zeke” compreendiam, cada um à sua maneira, que eram parte da pessoa chamada Eren Jäeger. “Zeke” via os fatos de maneira racional e metódica, compreendendo que não era a personalidade principal; já a “menina” acreditava era “ela” a personalidade principal e se importava muito com Eren Jäeger, entendendo que ele era a “fonte” das angústias que sentia. Quando o ‘jornalista’ veio à tona pela primeira vez, “Gabi” conseguiu percebê-lo e, vendo o quanto “Zeke” mostrava inteligência e responsabilidade, decidiu confiar nele para que pudessem, então, preservar ao máximo as emoções de Eren Jäeger, até como uma maneira de sobrevivência, por assim dizer. Nem mesmo Erwin ou Hanji haviam percebido esta pequena “esperteza” das personas do rapaz de olhos verdes.

A persona ‘soldado’, porém, não demonstrava saber que era um alter ego. Restava, então, a “Gabi” e “Zeke” tentar manter contato entre si, mesmo que daquela maneira furtiva, visando estabelecer uma certa “ordem” naquele emaranhado que era a psique de Eren. Este, por sua vez, entendia que possuía aquelas personalidades extra, mas não os contatava, pelo relevante fato de ter medo do que aquele maldito transtorno o fizera se transformar: em um portador de doença psiquiátrica que ainda gerava controvérsias e incongruências entre os que o estudavam.

 “Zeke” fez um pequeno bilhete e o afixou com um clipe na última página do diário. Ordeiro como sempre, não gostava de bagunçar os registros de sua outra persona.

Faz tua parte que eu faço a minha. Vou tentar manter o Eren na dele.”

Sua cabeça doeu. Pressionou os dedos contra as têmporas, suspirando. Sentia-se pesado e triste, o ‘jornalista’; disse a si mesmo, com os olhos fechados e tom de reprimenda, com seu sotaque paraibano carregado:

— Eu te sinto aqui, Eren. Sinto que você quer vir à “superfície”. Mas, olha... Eu sou o seu “eu” que tem muita coisa pra fazer e, se tu aparecer, vai ser só pra chorar e ficar deprimido. O Eren ‘soldado’ acha que é um Dylan Stark[1] e só pensa em “furunfar” a coitada da Mikasa, o Eren ‘menina’ cisma que a vida se resume a brincar e ver desenhos... Alguém tem que botar ordem nessa cabeça bugada!

Ele então se dirigiu a um espelho que tinha ao lado do guarda-roupa. Fitou seu reflexo, levou a mão à testa para afastar a franja e anunciou, determinado, em voz baixa:

— Eu sou o Zeke e, agora, é hora de terminar meus artigos!

Entretanto, o ‘jornalista’ fitou com mais atenção seu próprio reflexo. Mergulhou os dedos nos cabelos e os dividiu ao meio, repartindo os fios para os lados e, por fim, retirando os óculos de grau do rosto.

— Quem me dera conseguir convencer o Eren a cortar esse cabelo. Eu tô igual à Glória Pires! “Não sou capaz de opinar”!

 

***

 

1 — Dylan Stark é um herói que viaja pelos mundos coletando energia sexual para salvar o seu planeta, ou seja, ele transa o tempo inteiro. Este personagem OC foi criado pelo nosso amigo ficwriter @AugustoSnicket.

 


Notas Finais


Entom... kkkkkkk
Para quem gosta de crackfic de Shingeki no Kyojin, temos uma parceria com o @AugustoSnicket onde o herói Dylan Stark e os personagens do 104º Esquadrão se envolvem em situações sexuais bizarras.
É uma fic pra rir, gente. Vamos que vamos com "As Desventuras Sexuais de Dylan Stark na Muralha Rose" --> https://www.spiritfanfiction.com/historia/as-desventuras-sexuais-de-dylan-stark-na-muralha-rose-12090831

Óia só, tem um gatinho apaixonado pela Hanji, #SOCORRO O que será que ela vai fazer?!

O hentai ficou paia, mas a intenção era fazer humor e mostrar o quanto a Mikasa é manipulável pelo Eren (infelizmente ela é mesmo, a obra original tá aí pra provar isso). E também ficou paia, aff. Afinal, "Lute! Lute!" não tem graça, pra ter a cara do Eren tem que ser "TATAKAE", concordam? kkkkkkkkkk

O "Zeke", pobre "Zeke", só quer manter a Mikasa a salvo das suas loucuras...

Quem aí também concorda que o Eren atual do mangá tá a carinha da Glória Pires? kkkkkk

Em tempo: é real a possibilidade de as personas se comunicarem entre si, como vocês puderam ver também no capítulo 18. No entanto, "Eren Krueger" é o menos consciente em relação ao que ele é de verdade, por isso ele trata "Gabi" com aspereza - ele ainda não entende que eles são uma única pessoa.

Enfim... Por ora, é isso! Muito obrigada por não desistir de nós.
Feliz 2020! E Feliz #JaneiroBranco!
CUIDEM DE SUA SAÚDE MENTAL!
@Okaasan & @MarcianoF


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