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História Meu - ERERI - Capítulo 7


Escrita por: Amante_yaois

Capítulo 7 - Capítulo 7


  - Levi -


Entro com cuidado em casa para que a mamãe não acordasse. Eu sabia que ela sofria de insônia e sempre piorava quando eu não chegava na hora certa em casa quando estava sozinho, mas não foi realmente minha culpa, dessa vez eu perdi a hora.

Tranco a porta antes de retirar meus sapatos, bocejando logo em seguida como se meu corpo já sentisse que eu estava em casa para quase me fazer dormir em pé. Sem ter coragem de subir pra ir pro quarto, entrei na sala e cai no sofá, dormindo no mesmo instante.

  - Quebra de tempo -


"Levi. Acorda."

Acordo com uma balançar insistente em meu ombro, me fazendo choramingar quando sentir uma dor forte em minha coluna.

"Era isso que eu iria te falar." diz com um sorriso doce, "Se levante e vá para o quarto."

"Que horas são?"

"Oito horas."

Franzo o cenho, lutando para não chorar ao lembrar que hoje ainda era terça-feira e que tinha mais três dias antes do fim de semana.

"Tudo bem. Me deixa aqui quietinho, por favor... Eu estou tão cansado e aqui está tão quentinho..." murmuro sonolento quase caindo no sono de novo se não fosse por sua feição séria, "O quê?"

"Levi, eu sei que você já é de maior e tudo mais, mas você têm que saber que é um omega e esse mundo é muito perigoso, filho! O turno da sua faculdade acaba de dez, você veio chegar aqui em casa quase de meia noite. Está cheirando a alfa e dormiu aqui no sofá... O que não está contando, filho? Fala pra mim, por favor." fala preocupada

"Mãe, por favor... Eu estou tão cansado... Hoje é meu dia de folga no trabalho, me deixa descansar um pouco." peço com calma apesar do estresse que sentia pelo cansaço.

Ela olha para mim preocupada antes de suspirar e assentir. "Tudo bem. Apenas tome cuidado." diz ao se levantar, indo para a cozinha, me deixando com enorme peso na consciência que não me deixava voltar a dormir de jeito nenhum.

Resmungo irritado ao me levantar contra vontade, indo direto para o banheiro mais próximo.

Paro em frente a pia, ligando a torneira e molhando meu rosto para tirar o respingos de sono antes de pegar uma escova extra, aproveitando que a minha já estava pra ser trocada de qualquer jeito. Coloco a pasta e a molho um pouco, começando a escovar meus dentes enquanto observava minhas olheiras escuras. A faculdade realmente estava me consumindo nos últimos três anos...

Cuspo antes de encher a boca de água, gargarejando e cuspindo logo em seguida, lavando a escova.

Bocejo durante alguns longos segundos, quase dormindo em pé só não por causa da minha animação repentina ao lembrar do meu alfa. E claro, eu precisava falar sobre ele pra mamãe!

"Mãe!" chamo ao sair do banheiro

"Sim, querido?" ouço ela responder da cozinha, bem esquentando o café da manhã pra mim.

Vou até a cozinha com passos longos, me sentando na cadeira com um sorriso estampado, fazendo ela ficar sem entender nada.

"Não vai acreditar." falo sorrindo

"Encontrou seu alfa...?" diz mais afirmando do que perguntando. Seu olhar era carinhoso apesar da seriedade em seu rosto, "Estou certa, docinho?"

"Sim!" sorrio e isso a fez dar um grito animado antes de se sentar ao meu lado na mesa, segurando em minhas mãos ao dizer: "Eu quero saber de tudo."

Coro levemente ao lembrar dele, mas logo deixo de besteira e conto tudo.

"Se lembra do último fim de semana quando saí com meus amigos pra balada?" pergunto e ela assente toda sorridente, "Então! Eu encontrei ele nesse dia quando estava tentando encontrar o pessoal. Ele estava com um alfa barbudo que ficou puto comigo porque o chamei de senhor barbudo, mas isso não importa."

"Levi, você sabe muito bem que não deve provocar um alfa quando estiver sozinho." diz e eu reviro os olhos.

"Eu sei me defender sozinho."

"Você chegou desmaiado aqui. Imagino como você deveria estar lá." diz e eu coro

"Ele me protegeu."

"E se ele não tivesse lá? Se não sabe se controlar, então diminua a quantidade de bebida que toma."

"Voltando ao assunto mais importante. Eu o encontrei ontem na cafeteria que vou para tomar chá. Conversamos até perdermos a hora. Ele quis me trazer até aqui, mas eu neguei. Era só duas ruas antes de chegar aqui, então não vi motivo."

"E como ele é?" pergunta, evitando falar da irresponsabilidade do seu filho ao andar sozinho em plena meia noite.

"Ele é lindo."

"Levi..."

"É sério, mãe! Ele é lindo. Têm olhos verdes, pele morena, não sei ao certo o tamanho do cabelo dele, mas é grande o suficiente para que prendesse em um coque. Seu nome é Eren Jackson, têm vinte e oito anos e trabalha como chefe em uma empresa."

Kuchel franziu o cenho ao ouvir o primeiro nome, tendo certeza de que já havia ouvido falar em algum momento de sua vida, mas decidiu ficar calada já que não tinha certeza.

"Infelizmente, parece que o relacionamento dele com seus pais é péssimo, mas fora isso, ele é um cara muito legal. Bem, eu achei."

"Bem, meu ponto de vista é que você deve trazê-lo até aqui para que eu possa conhecê-lo. Afinal, ele vai ter que passar por mim  para tirar meu bebê inocente dos meus braços."

"Claro! Vou falar com ele e se tudo der certo, o trago hoje mesmo."

"Calma, não seja tão apressado assim, Levi. Antes de tudo, comece a conhecer ele direito, saia em passeios, se acostume bem com sua presença antes de vir me apresentá-lo."

"Mas eu mal posso esperar para que vocês se conheçam!" falo sorridente, tendo certeza que Eren gostaria bastante da mamãe e vice-versa.

"Eu sei, querido. Mas tudo no seu tempo. Aproveite bem e sempre fale comigo, me deixe informada de tudo." diz ao fazer um carinho em minha bochecha. "E como ele é com você?"

"Eu não sei se foi porque foi nossa primeira vez conversando, mas ele foi bem gentil e educado." falo e ela sorrir.

"Será que é um cavalheiro?" brinca e isso me fez rir junto dela.

"Sinceramente, até que gostei de toda aquela atenção. Espero que ele não mude." Assim que falei isso, ouvi meu celular vibrar em cima da mesa da sala. "Deve ser ele."

Me levanto da cadeira antes de ir até a sala, ouvindo minha mãe dizer que eu deveria deixar isso pra depois e comer meu café da manhã, mas não me importei e fui pegá-lo, tendo a infelicidade de ter recebido uma mensagem do meu chip pedindo pra colocar créditos.

"Porra." murmuro irritado, voltando para a cozinha emburrado com o celular em mãos.

"O que houve?" Pergunta ao colocar meu chá preto na xícara enquanto eu havia deixado o celular sobre a mesa para cortar um pão para mim.

"Se não recarregar até o dia dez, seu chip será bloqueado." falo afinando minha voz para sair irritante e isso a fez rir.

"Então você está emburrado porque não foi seu príncipe encantado..." provoca ao segurar em seu queixo, dando um olhar zombador para mim logo depois. "E por que o princeso não manda mensagem para ele? O dedo vai cair ou algo do tipo?" rir

Reviro meu olhos, forçando uma risada para acompanhar a sua. "Não é tão fácil assim, mãe." falo emburrado. Eu nem sequer sabia como começar uma conversa com ele, por isso esperei ele falar algo primeiro.

"Desaprendeu ou será que é... Vergonha? Desde quando você é tímido pra falar algo?"

"Mãe..."

"Levi, eu já tive sua idade. E acredite quando digo, seu alfa vai amar você ainda mais se for do jeito que sempre foi. Sem vergonha, sem frescuras, seja você mesmo. Fale com ele da mesma forma que fala normalmente com seus amigos e tudo dará certo."

"Eu não posso chamá-lo de cabeça de merda, Mãe!"

"Tente ser um pouco educado e evite palavras ofensivas."

"Mas assim eu não estaria sendo quem não sou?"

Ela revirar os olhos antes de dar um tapa atrás da minha cabeça. "Menos pergunta, mais ação."

Massageio minha nuca enquanto a observava pegar sua bolsa. "Vai sair?"

"Sim. Volto depois do almoço. Têm comida na geladeira, é só esquentar."

"Eu sei, Mãe." murmuro quando ela voltou para dar um beijo em minha bochecha, "Mas... Você não têm trabalho hoje. Pra onde vai?"

"É... Levi, eu preciso conversar com você sobre algo sério."

"Quão grave? Está doente? Precisa de dinheiro? Eu tenho um pouco guardado se é isso..."

"Não, não é nada disso." diz ao puxar a cadeira do meu lado, sentando-se e segurando em minha mão logo em seguida.

"Então, o que é? Está me assustando." falo preocupado, sentindo meu coração bater devagar pela apreensão.

"Você sabe que eu te amo muito, muito mesmo. Assim como eu amei o seu pai."

"Sim, o papai." sorrio ao lembrar dele, e apesar da sensação amarga do vazio que ele deixou, eu ainda era muito grato por lembrar bem dele. "Ele a amava muito, mamãe. Nos amava."

"Sim." diz, lutando para não chorar quando continuou. "Logo fará sete anos que ele morreu... Você cresceu tanto, meu amor. Se tornou o omega que ele sempre disse que seria. Forte, destemido e que não teria medo de se expressar. Uma pessoa de pensamentos fortes e inteligente. Muito inteligente."

"Mamãe... Por favor, me diga logo. Há algo acontecendo? Alguém está te ameaçando?" Começo a me preocupar ao lembrar do ocorrido há algumas semanas atrás, eles estariam a ameaçando?

"Ninguém está tentando me ameaçar, meu amor. Bem, eu vou lhe dizer a verdade. Há alguns meses atrás, eu conheci um beta, o nome dele é Jonh. Ele é um cara legal, gentil, inteligente... Me trata bem..." sorrir

Franzo o cenho enquanto ouvia tudo aquilo. Ela estava querendo trocar o papai?!

"E como já se passaram seis anos... Pensei qu-"

"Estava pronta pra trocar." falo irritado

"Levi, não é bem assim. Eu permaneci sozinha durante seis anos, tanto tempo já passou e... Logo você terminará a faculdade, irá se oficializar com seu alfa e irá embora com ele... Eu só não quero ficar sozinha mais."

"Papai era seu companheiro, seu alfa! Têm gente que prefere permanecer sozinho quando perde sua alma gêmea!"

"Levi, você não me entende, por isso está ficando irritado. Você nem sabe como é ter um alfa direito... Mal pode tentar imaginar a dor de perdê-lo."

"É verdade. Eu não posso, mas não o trocaria mesmo assim!"

"Não é trocar, Levi. Seu pai morreu, e eu mereço ser feliz também." chora

Decidido não falar mais nada, me levantei da cadeira e peguei meu celular, indo direto pro meu quarto.

"Levi."

"Não fala comigo. Pelo menos... Não agora, por favor." murmuro sentindo um grande nó se formar na garganta quando minha visão ficou embaçada pelas lágrimas.

Ouço um soluço abafado vindo dela e isso me fez correr pelas escadas na intenção de chegar mais rápido em meu quarto, e assim que entrei pude ouvir o bater da porta principal.

Com passos longos, fui até minha mesinha e peguei o porta-retrato, o abraçando com força enquanto chorava.

"Pai... O que eu faço? O que eu faço, papai?!" um grito omegan escapa de mim quase que inconscientemente por causa da forte dor emocional.

Por que isso deveria estar acontecendo? Por que com o que sobrou da nossa família? Será que nunca escaparemos da dor?

"Por que papai?" choro ao abraçar com força o porta-retrato.

Com as mãos trêmulas, peguei meu celular que havia caído um pouco mais longe de mim, indo na discagem rápida antes de ligar pro número que eu tanto queria e precisava agora.

  - Alô? Levi?

"E-Eren..." choramingo

  - Algo aconteceu?! Onde você está?!

"Vêm aqui... Por favor, Eren." Tampo minha boca para conter um soluço forte, me sentindo exausto de tanto chorar. "Por favor..."

  - Deixe seu celular ligado. Eu estou chegando em sua casa dentro de dez minutos.

"S-sim... Por favor." choramingo ao me deitar no chão em uma bola de choramingado e soluços.

"Alfa...!" choramingo







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