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História Meu adorável Sanji - Capítulo IV


Escrita por: TheWritersRefuge

Capítulo 14 - Capítulo IV


Capítulo XIV

PROTAGONIST’S POV

            Eles foram escandalosos, sabia perfeitamente que eles iriam ser exagerados e isso não era algo que poderia ser evitado, mas não sabia que eles fariam isso em um tom mais alto do que o deu costume. Os “eu sabia” de Nami eram abafados pelos “como eu não reparei” de Zoro, além de termos que aguentar as piadas de Usopp e de Franky — que duraram muito pouco, já que fui muito expressiva no que aconteceria caso se eles não parasse — e tudo isso era unido pelo sorriso de felicitações de Luffy e o risinho de quem já sabia dessa história a algum tempo, Robin.

            Apesar deles terem aceitado muito bem, havia apenas um coisa que me incomodava, estava faltando algumas coisas para serem finalizadas no conserto do meu quarto, o que significa que irei dormir mais dois dias na biblioteca com as meninas, que também não pareciam nada confortáveis com a noite de pijamas improvisadas que estamos tendo.

            Quando fomos dormir, as perguntas de Nami começaram e estavam sendo incentivadas por Robin que agora pode me perguntar tudo bem mais abertamente o que ela queria saber sobre mim e Sanji. Lhes contei brevemente sobre nossos encontros, sobre nosso primeiro beijo e como estava feliz de finalmente sermos um casal, Nami já estava se precipitando falando sobre casamento e como ela gostaria que os vestidos das madrinhas — ela e Robin — fosse. Elas acabaram dormindo enquanto debatiam arranjos florais para o casamento.

            Me levantei de meu colchão e fui até a parte de cima do navio, quando não consigo dormir, ler as constelações sempre me ajuda a me acalmar, é um truque que minha irmã Drew havia me ensinado alguns messes antes de que fugisse de casa e só voltasse anos depois, apenas para fugir depois.

            — Deveríamos nos intitular como o casal com mais insônia de todos os mares, não acha? — ele estava certo, já nos encontramos diversas vezes pela madrugada e acabamos conversando até que o nosso conseguisse nos levar, isso acontecia antes mesmo de namorarmos, foi em uma dessas noites que eu me apaixonei — As meninas fizeram muitas perguntas?

            — Apenas planejaram nosso casamento, você deveria falar com elas, estão com ideias bem solidas de como você deveria fazer o pedido.

Achei que iria ser levado como piada, mas ele olhou para mim com aqueles olhos e me disse:

— Como não quero pular etapas, vou deixar os conselhos delas para um pouco mais tarde — me sentia envergonhada com essas palavras, mas encantada também, as orelhas dele também. — Mas então, por que não consegue dormir?

— Acho que a noite não foi muito com a minha cara, e você?

— Culpa sua, desde que compartilhamos a minha cama, sinto sua falta para abraçar e conseguir dormir tranquilamente — Sanji era particularmente bom em falar como um filhotinho abandonado e olhar exatamente dessa maneira para mim, uma vez foi dito por Robin que éramos o ponto fraco um do outro, creio que seja verdade — De vez ir dormir na biblioteca, por que não vem para o meu quarto?

— Está dizendo para dividirmos quarto juntos, para que eu vá dormir na mesma cama que você?

— O que mais poderia estar querendo dizer? Deixe as meninas lá e venha dormir comigo, acredito que elas entenderiam muito bem — sempre tive problemas em dormir quando alguém está no mesmo cômodo que eu, quando consegui dormir na primeira semana que entrei no bando, foi uma particularidade sem outra igual, acredito que o caso aqui é de ficarei tão nervosa de ter mais um de meus pesadelos ao lado dele que não vou conseguir dormir — Por que está pensando tão seriamente nisso? Tem pouco mais de duas semanas que fizemos o que estou lhe propondo.

            — Aquilo foi um caso à parte, havia acordado de um pesadelo e acabei parando na sua porta, não tinha a intenção de ir parar na sua porta. Além de que não sou uma pessoa fácil de lidar.

            — Não tem que se preocupar com seus pesadelos, eu já lidei com eles, duas vezes. E acredite quando falo que estou disposto a lidar com os que vierem a acontecer, apesar de que desejo que eles parem, eu quero cuidar de você.

            — Apenas me prometa de que não vai fugir de mim quando isso acontecer, okay?

            — Mulher, esses últimos três messes, o que eu mais fiz foi correr para você. Nada nesse mundo seria motivo suficiente para soltar a sua mão.

            Estava me arrependendo profundamente das minhas próprias escolhas, quando entrei no quarto dele todos os meus pensamentos foram como tudo isso pode dar extremamente errado seja dar um surto em meio a pesadelos ou de roncar noite afora, ou talvez babar enquanto estou dormindo.

            — Não se sinta tão nervosa, tenha um pouco de confiança em mim.

            Quando nos deitamos, ele deixou seu braço como travesseiro para mim e me agarrei a cintura dele, ele fez carinho no meu cabelo, beijando o topo da minha cabeça. Me permitia relaxar em seus braços, mesmo que ele tente me confortar, não consigo evitar de temer acabar tendo um pesadelo aquela noite.

            O temor em meu coração não me permitia evitar de ficar tensa, na realidade, cada momento que adormecia, tinha a sensação que estava longe de seus braços e uma sensação fria e turbulenta tomava conta de mim, quando fechava meus olhos, uma densidão tomava conta da minha vista.

SANJI’S POV

          Acordei sentindo falta do calor dela em meus braços, e dos braços dela rodeando minha cintura com firmeza. Me preocupava pelo fato que ela parece estar tendo esses pesadelos cada vez mais, ela não fala muito sobre eles, mas Saori parece muito conturbada quando eles ocorrem, mais do que uma pessoa ficaria com apenas coisas desconexas em um sonho, tenho uma intuição que os pesadelos dela são mais reais do que ela deixa transparecer.

            — Eu te disse que pode me chamar quando eles acontecerem, por que está sofrendo aqui sozinha? Que tipo de namorado acha que sou?

            Apesar de tê-la chamado em uma voz baixa, era notável de que ela havia levado um susto, provável por conta que seu coração estava extremamente acelerado. Seu rosto e seu ombro mostravam o quão tensa estava, minha mão tocou sua bochecha e senti o frio de sua pele.

            — O que aconteceu? Por que está tão assustada? O que está lhe assombrando essa noite?

Ela franziu a testa, em muitos poucos momentos era possível ver seus sentimentos transparecerem, ela geralmente mantinha uma neutralidade em seus olhos que me dificultava saber o que ela estava pensando. A fragilidade em sua voz deixou o que ela me contou milhares de vezes mais triste.

— Minha infância, no dia em que minha mãe veio a falecer. Quando aquele homem acreditou que minha mãe estava o traindo e a assassinou na minha frente e das minhas irmãs, ele explodiu a parte do castelo em que ela estava. Não morreu na explosão, mas sem falta de cuidados médicos, a mulher que ele chamava de rainha morreu em meio ao escombros de uma explosão causada pelo próprio marido, esse dia morreram centenas de pessoas. Ele ainda ficou de luto, como esse homem pode dizer que a amava?

— Você não é sua mãe, e muito menos o seu pai. Nós não somos nossos pais, não temos que tentar pagar pelos pecados deles, então, não tem que sofrer sozinha pesadelo após pesadelo por conta de algo que seu pai ou por ter a falsa sensação que poderia ter ajudo sua mãe. Você é uma pessoa digna de ser feliz, então não se afaste das coisas que lhe fazem feliz.

— eu sei disso, r-realmente sei disso — a voz dela estava cheia de soluços, falhava por conta do choro e seus olhos estavam ficando vermelhos por conta das lagrimas que saiam desesperadamente, uma atrás da outra — por que não consigo acreditar nisso? Por que todos os dias quando acordo me repreendo por estar vivendo tão bem? Por que não consigo evitar de achar que tudo isso é culpa minha? — já a vi chorando antes por causa de pesadelos, mas mesmo assim, sei de que isso é algo que meu coração sempre sente que vai quebrar — como posso ser tão patética assim? Como uma mulher adulta pode chorar como uma criança?

— Você não é patética por chorar, isso só te faz ser humana. Lembre-se, você é uma pessoa, não tem motivos no mundo para tentar agir como se não fosse.

Ela voltou aos meus braços, onde ela chorou ainda mais, tenho certeza que amanhã ela vai ficar acanhada e com vergonha do fato que seus olhos estão inchados, pela manhã vou prepara uma compressa gelada para os olhos e seu chá favorito. Todos os dias aprendo algo novo sobre ela, e reforço o fato que paciência é essencial para conseguir que ela converse comigo de maneira confortável. Nunca fui formalmente o namorado de alguém, ainda é uma área inexperiente para mim, tenho que ter muito cuidado para não magoa-la mais, tenho a certeza de que a machuquei muito quando não percebi seus sentimentos ou quando fui embora tão cruelmente após nosso primeiro beijo.

— Sanji, eu gosto mesmo de você.

— Eu também gosto muito de você, muito mesmo.

 Nos abraçávamos tão forte que nem sabia mais quem era que puxava um para perto do outro, o que me importava agora é que ela estava perto de mim. Gostar já não era o bastante para mim, eu preciso dizer algo a mais do que isso para ela, acho que o gostar já é muito pouco para o que estou sentindo.



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