Depois de um semestre cheio de muitas emoções, enfim chegou o dia da formatura. Naquela manhã, Kanae aguardava ansiosa o resultado da bolsa. Ela andava de um lado para o outro na sala, enquanto era assistida pelas irmãs.
— Mana! Você vai abrir um buraco no chão! — resmungava Shinobu.
— Eu quero parar, mas é meu futuro, não é? Eu estou nervosa! — disse a mais velha.
— Vai dar tudo certo! — disse Kanao.
De repente, a campainha tocou.
— Eu abro! — disse Kanao.
Ao abrir a porta, ela se deparou com Inosuke, que segurava um bebê nos braços.
— Bom dia! — cumprimentou o garoto.
— Ow! É sua irmãzinha?! Que fofinha! — disse Kanao.
Shinobu teve sua atenção tomada pela cena, porém decidiu não se aproximar. Já havia invadido espaço demais daquela família.
— Essa é a Naomi. Não é linda? Eu disse que ia trazer para você conhecer.
— Ela é fofa! Olha! Os olhos dela parecem arco-íris!
— Ela tem os olhos daquele idiota… — resmungou Inosuke.
— E o que sua mãe decidiu? — perguntou
— Ela ainda está castigando ele. Ele saiu de casa e está morando em outro lugar. Entretanto, ele vai visitar a bebê todo dia. Acho que ela vai acabar cedendo, pois ela gosta muito dele… Sabe, ele parece bem diferente de antes… Está até mais legal! Ah, bom dia, meninas!
— Bom dia, Inosuke! — cumprimentou Shinobu.
— Bom dia! — disse Kanae.
“Bem… Espero mesmo que ele pretenda mudar…” — Shinobu pensou.
— Eu vou entregá-la para minha mãe agora. Já volto. — Inosuke foi até o carro, ajeitou a criança na cadeirinha e se despediu da mãe.
— Ahhh! O e-mail chegou! — gritou Kanae.
— Abre isso de uma vez! Vamos saber o que aconteceu!
— E se eu não tiver passado!? Ai, não! — disse Kanae.
— Só vai saber se abrir logo! — disse Kanao.
Kanae abriu o e-mail, leu e começou a chorar.
— O que foi?! Deu errado?! — perguntou Shinobu.
— Fala, mana! — insistiu Kanao.
— Eu… eu consegui! Eu passei! — disse Kanae, que chorava, emocionada.
— Ahhh! Parabéns, mana! — gritou Shinobu.
— Conseguiu! — gritou Kanao.
As três irmãs se abraçaram na sala e Inosuke apenas sorriu com a cena. Tanjiro chegou em seguida e ficou sem entender o que estava acontecendo.
— E para comemorar, nós vamos comer pizza depois da formatura! — disse Kanae.
— Eba! — gritou Kanao.
— Vocês podem vir também, meninos! — disse Kanae.
— Legal! — comemoraram Inosuke e Tanjiro.
Após alguns minutos, Sanemi ligou para contar que Genya também havia sido selecionado. Enquanto ela falava ao telefone, a campainha tocou novamente e quando Shinobu abriu, seus pais estavam na porta.
— Pai! Mãe!
— Oi, meus amores! Que saudades! — disse a sra Kochou que abraçou a filha.
— O que é toda essa animação? — perguntou o sr. Kochou.
— Paizinho! Eu consegui a bolsa para a escola de dança!
— Oh! Que notícia maravilhosa! — Os pais a abraçaram e eles ficaram conversando na sala, enquanto Kanao foi com os outros dois para a cozinha.
Enquanto isso, os pais de Mitsuri haviam chegado e conversavam com Mitsuri, enquanto lanchavam alguma coisa.
— Então, como estão as coisas, Mitsuri? Já fez sua matrícula na universidade? — perguntou Yasu, o pai dela.
— É que… eu estou esperando o Obanai saber onde vai ficar… Eu não quero ficar longe dele, paizinho.. — ela contou, envergonhada.
— Ah, minha filha, mas ficar longe não quer dizer nada! — falou a mãe dela.
— Eu não quero! Vai ser difícil para mim, mãezinha! Eu vou ficar triste se isso acontecer! — Mitsuri começou a choramingar.
— Calma, calma! Não precisa ficar nervosa! Eu acho que posso ajudar vocês nisso. — falou Yasu.
— Como, paizinho? — ela perguntou.
De repente, a campainha tocou e Obanai apareceu.
— Bom dia, Obanai! Estávamos mesmo falando sobre você! — falou Yasu, que cumprimentou o rapaz com um tapão nas costas.
— Bom dia! Espero que seja uma coisa boa… — disse o Obanai, controlando a careta no rosto após a pancada..
— Na verdade, eu tenho uma proposta para você. — falou o pai da garota.
— Estou ouvindo...
— Obanai, você não se interessaria em dar aula em uma universidade? — perguntou o pai dela.
— Universidade? Eu não cheguei em pensar em algo assim… — contou Obanai.
— Então, um amigo meu que é reitor está procurando um professor para o setor de biologia. Eu posso entrar em contato para você, se quiser.
— Bem… Eu acho que pode ser algo interessante. Eu vou aceitar.
— Ótimo!
— Hã!? E que universidade é essa? — perguntou Mitsuri.
— A do leste. Não era lá que você queria estudar a princípio? — perguntou o pai.
— Sim! Essa mesmo! — ela confirmou.
— Bem, então, já que vocês pretendem ficar juntos, seria uma boa opção para o Obanai.
— O que acha, amor? — perguntou Mitsuri.
— É uma boa ideia, afinal! Vou tentar! — disse Obanai.
Durante a tarde, foi a vez de Gyomei resolver o seu futuro. Ele foi até uma universidade local e visitava a quadra de vôlei. Ele conseguiu uma bolsa de estudos por causa do esporte e representaria a instituição futuramente. Quando ele chegou ao local, se deparou com um rapaz bem alto, esguio, com um rabo de cavalo e mechas esverdeadas nas pontas. Ele tirava a camisa bem na hora que Gyomei chegou, exibindo seu tórax sarado.
— Eu vim para o paraíso! — sussurrou Gyomei. Ele passou as mãos pelos cabelos, deu uma ajeitadinha no short e se aproximou. — Uau! Eu não sabia que ia tanto boy babadeiro aqui! — ele falou ao encarar o rapaz, que sorriu.
— Amore, aqui o babado é certo! — disse.
— Umm… Adoro! Não vou ficar sozinho no vale! Qual seu nome, boy? — perguntou Gyomei.
— Gyutaro, reizinho. Você é aluno novo? — ele passou as mãos pelos cabelos.
— Eu começo daqui dois meses. Eu sou ponta! — ele disse e esticou o braço para ele.
— Eu sou o levantador. — Gyutaro correspondeu.
— Você faz mesmo as coisas levantarem, querido?! — debochou Gyomei.
— Você nem faz ideia! — brincou o outro, que piscou um dos olhos. — Vem, vou te apresentar ao resto do time! — ele passou o braço pelo pescoço de Gyomei e o levou até os outros jogadores.
No restante do dia, as famílias ficaram organizando as coisas para a formatura e quando chegou a noite, lá estavam todos presentes na cerimônia de encerramento da Kimetsu Academy. Os senseis estavam sentados na mesa solene, enquanto Ubuyashiki direcionava-se para o microfone. Os alunos estavam sentados em cadeiras enfileiradas.
— Ai, gente! Nem acredito que esse dia chegou! É nosso último dia oficial na escola. — disse Kanae, empolgada.
— Uahhhh! Eu vou sentir saudades de ver vocês todos os dias! — choramingava Mitsuri.
— Vai borrar a make, louca! Por que tanta choradeira? — disse Gyomei.
— Eu não sei! Qualquer coisa eu choro agora! — disse Mitsuri.
— Para de chorar! Fique feliz, pois a formatura é sinal que vencemos! — disse Gyomei.
— Eu sei, mas eu estou emocionada! — ela tentava secar as lágrimas.
— Oh, Mitsuri! Você sempre sendo fofa! — disse Shinobu. Ela olhou para a plateia, onde Kanao estava acompanhada por seus pais, Tanjiro e Inosuke. — Kanae, depois disso, vamos apresentar nossos namorados oficialmente. Está nervosa?
— Ah, claro que não! Eu já estava ansiosa por isso! O interessante é que eles vão conhecer a família do Sanemi também! — ela disse e acenou para Shizu, que estava acompanhada de Genya e os outros irmãos de Sanemi.
— Será que eles estão nervosos lá em cima? — perguntou Shinobu.
— Acho que sim!
Na mesa solene, Sanemi notou que Tomioka estava inquieto.
— Para de tremer essas pernas um pouco! — resmungou.
— Você não está preocupado? Vamos conhecer os pais delas hoje! — sussurrou.
— Relaxa. Não temos como prever se eles vão gostar de nós ou não. Só deixa acontecer. — disse Sanemi.
— Boa sorte para vocês! — desejou Obanai.
— Você já parece bem próximo deles. — comentou Sanemi.
— Sim! Até já estou resistente aos tapas dele. — contou.
— Ei, pessoal! Olha! Ali é a Nakime, a namoradinha do Sabito— sussurrou Tomioka.
— Oh! Se deu bem, amigo! — comentou Obanai.
— Vão à merda! Ela não é minha namorada! É só… um esquema... — resmungou Sabito.
— Boa noite, estimados alunos. Esse foi um ano de muitos desafios, porém também de muitas vitórias. Eu me sinto plenamente feliz de ter a presença de vocês aqui. Agradeço a presença dos familiares, pois sei os sacrifícios que vocês fazem para que seus filhos tenham uma boa educação. Bem, sem mais demora, vamos dar início a cerimônia. — Ele disse.
Após os procedimentos padrões de solenidade, Shinobu foi chamada para fazer o discurso de despedida da turma.
“Ai, caramba! Quantas pessoas me olhando! Estou nervosa!”
— Você consegue, Shinobu! — ela ouviu alguém sussurrar.
Ela olhou para o lado e Tomioka fazia um sinal de positivo para ela. Ela sorriu para ele e limpou a garganta antes de falar.
— Boa noite à todos. Inicialmente, gostaria de agradecer a presença do nosso estimado diretor Ubuyashiki, dos nossos queridos senseis, familiares e a de todos os colegas presentes aqui. Eu prometo que serei breve. Então, eis chegada a hora da despedida. É hora de deixar para trás todas as experiências que vivemos aqui: das inúmeras vezes que o sinal tocou, das inúmeras aulas que assistimos, das poucas vezes que ficamos encrencados… Poucas vezes mesmo, ok? — ela arrancou algumas risadas dos alunos. — Esse é o momento da partida. É hora de darmos adeus a tudo que vivemos nesses anos escolares. Porém não fiquemos tristes, pois todo adeus é seguido de boas-vindas! Todos nós seguiremos um caminho novo, que pode ser assustador a princípio. No entanto, pensem nisso como um mundo de possibilidades em nossa frente. A partir de agora, poderemos finalmente abrir nossas asas e voar. Poderemos explorar tantas possibilidades, viver tantas novas emoções, fazer tantos novos amigos. Olha o tanto de coisa legal? — ela segurou um pouco o choro.
— Ah, mana! — suspirou Kanae.
— Uahhh! — chorava Mitsuri, que era consolada por Gyomei, que já chorava também.
— Eu apenas peço para que, mesmo que tenhamos que deixar tudo isso para trás para crescer, que cada um de vocês guarde em seu coração as boas lembranças que vivemos aqui: as alegrias, as descobertas, os amores e até mesmo digo que valhe a pena guardar o que deu errado, apenas por aprendizado. Nunca se esqueçam: dentro de cada nós, sempre viverá o espírito de determinação e a alegria de ter sido um estudante da Kimetsu Academy. Bem, meus caros amigos, fica aqui meu desejo de felicidade para vocês. Busquem alcançar o que desejam, amem sem pensar nas barreiras e o principal: vivam intensamente. Nos encontraremos pela jornada da vida. Obrigada. — Shinobu encerrou seu discurso
Os alunos aplaudiram com vontade e ela foi abraçada quando voltou ao seu lugar. Por fim, os canudos começaram a ser entregues, um por um e cada uma das meninas comemorou sua vitória. Porém ninguém esperava que Daki havia bolado um plano final para constranger Kanae, já que ainda estava chateada por ter perdido a atenção de Sanemi por causa dela.
Após a entrega dos canudos, um vídeo final, em que mostrava várias fotos da turma, começou a passar.
—Vivemos tantas coisas, amigas! Vou sentir saudades desses dias! — disse Kanae.
— Sim! Vou morrer de saudades de vocês! Prometam que vamos sempre nos falar, por favor! — disse Mitsuri.
— Com certeza! Sempre unidas! — disse Gyomei.
— Para sempre! — disse Shinobu.
De repente, elas ouviram a voz de Daki no fim do vídeo.
— Ah, e claro, não poderíamos encerrar sem revelar o maior segredo desse ano. Vamos descobrir quem é a borboletinha do amor.
— O quê? — disse Sanemi, assustado.
— Babadooooo! — gritou Gyomei.
"Essa não! Agora já era!" — pensou Kanae.
— Por que não perguntamos a Kanae Kochou o que ela tem a dizer sobre o assunto? — disse a voz de Daki e o vídeo acabou.
Todos ficaram em silêncio e olharam para Kanae.
— Ka-Kanae? Você? — perguntou Shinobu.
— Meninaaaa! Era você o tempo todo?!— disse Gyomei. Mitsuri ficou sem reação.
— É que… é que… — Kanae sentiu-se muito envergonhada e olhou para Sanemi. — Eu não quero falar sobre isso!
Kanae levantou da cadeira e saiu pelo corredor. Sanemi se levantou da mesa e foi atrás dela.
— Espera, Kanae! — ele gritou.
Ela tentou correr, mas se atrapalhou com a vestimenta. Ele conseguiu segurar o braço dela.
— Me desculpa, eu devia ter dito antes! Não me odeie por isso, por favor! — ela dizia, quando ele a puxou e a beijou. Os alunos ao redor ficaram em choque e depois começaram a assobiar e aplaudir a cena.
— Ahhhhh! Que escândalo! Eu gosto assim! — gritou Gyomei.
— Ahhhh! Que romântico! — Mitsuri levou a mão até as bochechas, encantada.
— Hahahaha. Kanae, você é mesmo maluquinha! — disse Shinobu.
O diretor levou a mão até a testa e depois sorriu. Os pais de Kanae ficaram em choque, enquanto Kanao estava boquiaberta.
— Até que enfim alguma agitação nesse lugar. — disse Inosuke, empolgado.
Após o beijo, eles se abraçaram.
— Sa-Sanemi! Enlouqueceu? E seu trabalho?
— Eu não ligo. Eu não me importo que saibam que eu te amo.
— Bem… como você já descobriu… eu… sou a borboletinha do amor! Fui eu que escrevi aquela fic! — Ela falou e fechou os olhos. Ela ouviu Sanemi ficar em silêncio. Kanae abriu os olhos devagar e o encarou. — Desculpa! Você deve estar bravo! Eu devia ter contado isso antes, porém não consegui!
— Sabia que só podia ser você, Kanae! — ele falou e sorriu.
— Hã? Co-como assim? Não vai ficar bravo?
— Quando eu descobri sobre a fic, eu fiquei furioso, pois achei que era alguém debochando de mim. No entanto, quando percebi que era você, eu até achei interessante a forma que você me via. Claro, eu não queria ser comparado a um tarado descontrolado, mas tudo bem.
— Co-como você descobriu? E por que nunca disse nada?
— Eram muitas semelhanças, cenas familiares com as que vivemos juntos. A das meninas na caixinha de areia, em que elas construíram um castelo para protagonista. As gêmeas fizeram isso para você. Quando a minha cópia fajuta começou a matar, você estava chateada comigo. E por fim, você usou uma coisa no texto que eu só disse para você…
— Oh, nossa! Como fui óbvia. Hihihihi. E o que foi essa coisa?
— Quando ele diz que não podia ser seu príncipe encantado, mas que lhe faria sentir como uma verdadeira princesa. — contou Sanemi.
— De qualquer forma, desculpa. Eu não devia ter feito essa história. Entretanto, quando eu te vi pela primeira vez, te achei tão interessante e bonito. Não consegui resistir. Na verdade, ninguém deveria saber que era inspirada em você, mas eu falhei nisso. Você me perdoa?
— Claro que sim! — eles trocaram um longo abraço.
— Que bom que você não se irritou por isso. Eu estava com muito medo…
— Claro que eu achei isso tudo muito estranho, porém não tenho porque ficar chateado com você. Ah! Só que isso não quer dizer que eu não te castigarei...
— Hã? Como assim?
— Como punição por me tornar um trepador descontrolado e um assassino, você vai ter que atender duas exigências.
— Hihihi. E o que seria?
— Primeiro, Silver deve morrer e a fic também. Chega dessa história! E segundo… — ele aproximou a boca do ouvido dela. — vamos ter que reproduzir todas as cenas sensuais da fic. Quero saber se elas são tão boas na vida real quanto são na escrita.
— To-todas?! Até a da cabine telefônica? — disse Kanae, surpresa.
— É melhor você torcer para a gente não encontrar uma por aqui! — ele brincou.
— Sa-Sanemi! — ela ficou com o rosto avermelhado e depois eles se abraçaram.
Daki ouviu todo mundo aplaudindo, ficou irritada e saiu, sem olhar para trás.
— Hahahaha. O tombo foi real, queridinha! — debochou Gyomei.
Depois da cerimônia, Kanae teve que dar uma explicação rápida para os pais.
— Francamente, Kanae! Você tem cada ideia! — resmungava o pai dela.
— Desculpa, paizinho…
— Vamos conversar melhor depois. E você deve ser o namorado, suponho? — perguntou sr. Kocho.
— Sim, senhor. Eu me chamo Sanemi. — ele estendeu a mão e o pai dela o cumprimentou de volta.
— Converso com você depois também. E esses dois rapazes aí? — ele perguntou, direcionando o olhar para Tomioka e Tanjiro. O mais novo tremia-se e tinha o rosto avermelhado.
— Eu… me chamo Giyuu Tomioka. Sou o namorado da Shinobu.
— E… e-e-eu… me chamo… Tanjiro Kamado, senhor! — gritou Tanjiro, nervoso.
— Oh! Que rapazes adoráveis! Quero conhecer todos vocês! — disse a mãe das Kochou, que deslizou as mãos pelos rostos dos dois.
— É… Não tem jeito. Elas cresceram rápido demais. Bem, que tal irmos lanchar de uma vez? Todo esse alvoroço me deixou com fome! — disse sr. Kocho.
— Ótima ideia, pai! Vou só chamar meus amigos! — disse Kanae.
Enquanto isso, Obanai conversava com os pais de Mitsuri.
— Senhor Yasu, obrigado pela indicação. Vou fazer a entrevista na próxima semana.— disse Obanai.
— Boa sorte! — disse o homem.
— Paizinho, como nós vamos nos mudar se ele passar, decidimos morar juntos! — contou Mitsuri.
— Hã?! Sem um casamento!? Não, não! Vamos rever isso! — disse o pai dela.
— Hahahaha. Querido, não pressione os dois. O importante é que ela tem alguém que a ama e que vai protegê-la! Sejam felizes! — disse Harumi.
— Mas, querida!
— Sem mais! Vamos logo jantar! — disse Harumi, que puxou o marido.
Obanai e Mitsuri sorriram e se abraçaram.
Já Sanemi escutava as provocações dos irmãos.
— Hahahaha. Foi feito cena de filme! — dizia Genya.
— Foi que nem o príncipe faz com a princesa! — disse Teiko.
— Sim! Faltou só o cavalo branco! — comentou Sumi.
— Já chega, vocês aí! — bradou Sanemi.
— Hahahaha. Parem com isso! Não debochem mais do irmãozinho de vocês! — disse Shizu.
— Desculpa por isso, mãe… — ele disse, envergonhado.
— Ah, eu achei tão lindo! Uma verdadeira demonstração de amor! — comentou Shizu.
— Ah, não! A senhora também? — resmungou Sanemi e Shizu sorriu.
— Pessoal, vamos! Iremos nos reunir para jantar agora! — disse Kanae.
Antes de saírem, Kyojuro chamou Kanae para conversar.
— Me perdoa! Eu não sabia que ela ia fazer algo assim! Eu não deveria ter dito nada! — ele ressaltou.
— Eu estou tão decepcionada! Eu só espero que você aprenda com isso, Kyo. Desejo que você seja feliz pelo caminho que escolheu! — ela disse e se afastou.
Kyojuro ficou entristecido, no entanto, logo sentiu um braço o envolver.
— Tudo bem, amigão. Todo mundo tem direito de fazer escolhas ruins, às vezes. — disse Murata.
— É… Você tem razão… Eu vou falar com mais pais agora. — disse Kyojuro, que saiu com as mãos nos bolsos.
— Que barra… — comentou Murata.
De repente, ele sentiu alguém o abraçar pela cintura.
— Senpai! Eu vou ficar triste sem você aqui!
— Makomo?! — ele se virou para ela e segurou em seus ombros. — Não chore! Eu vou ficar triste assim!
— Senpai, você é o mais legal de todos! Não quero ficar sem te ver! — ela disse.
— Mas quem disse que a gente não vai se ver? A gente pode se encontrar fora da escola! — disse Murata.
— É sério?!
— Claro que sim! — ele levou a mão até os cabelos dela e deslizou com delicadeza. Ela o encarou com os olhos mareados e gritou.
— Eu te amo, Murata senpai! Quero que fique comigo para sempre!
Murata a encarou, incrédulo, porém sorriu em seguida. Ele levou as mãos até o rosto dela e a beijou. Makomo ficou com a face ruborizada e suas as pernas faltaram.
— Sen-senpai! Estou sem forças!
Ele a pegou no colo e sorriu.
— Obrigado por seu amor, Makomo. Prometo que vou cuidar de você. — ele disse e ela o abraçou.
— Eu sei que vai, Muzinho!
Uma grande celebração ocorreu naquela noite em dos restaurantes nas proximidades e marcou o último dia oficial na Kimetsu Academy. Um mês se passou desde o fim das aulas e novos caminhos se construíam para todos.
"Purple e Silver corriam desesperados em busca de uma saída, porém foram encurralados pela gangue de Dakina.
— E agora?! O que faremos?
— Você deve fugir. Eu os distrairei. — disse Silver.
— Não! Eu não posso te deixar, porque eu… — dizia Purple, quando ela foi atingida por um tiro nas costas.
— Purple! — Ele gritou, desesperado. — Não, por favor! Não morra!
— Eu sempre vou te amar, Silver… — Purple desfaleceu nos braços dele, o que deixou o homem enloquecido.
— Malditos! Morram! — Silver começou a atirar de forma descontrolada, derrubando alguns homens, porém foi alvejado por vários tiros. Ele caiu ao lado de Purple e segurou sua mão. — Me perdoa...
Dakine se aproximou e deu o último tiro.
— Esse é seu fim, Silver. Boa ida para o inferno! Vamos, homens!.Temos muito a festejar! — disse a platinada.
E o que restou naquela noite gélida foi o cruel e frio silêncio."
— Pronto. Esse é o fim do Silver! — disse Kanae.
— Ótimo! Que ele não volte mais! — brincou Sanemi.
— Não voltará mais, eu prometo! Bem, hora de irmos. Nosso futuro nos espera! — disse Kanae, que fechou o notebook.
— Com certeza!! — ele falou, empolgado.
O grupo de amigos se reuniu no aeroporto para se despedir.
— Kanae, Sanemi, Genya, meus amores, que vocês façam uma boa viagem. — disse Shizu, emocionada, enquanto era abraçada pelos três.
— Vai ficar tudo bem, mãe. Me avise se algo acontecer. — disse Sanemi.
— Vou morrer de saudades, mãezinha! — disse Genya enquanto chorava.
— Cuide deles, Kanae! — pediu a mulher.
— Pode deixar! — ela disse.
— Uahhh! Amiga! Boa viagem! — disse Mitsuri.
— Arrasa lá fora, miga! — disse Gyomei.
— Obrigada, amigos. — agradeceu.
— Sanemi, sucesso lá fora. Me avisa se precisar de qualquer coisa. — disse Obanai, que abraçou o amigo.
— Boa viagem, Sanemi! Que você seja feliz! — disse Sabito.
— Sucesso para você também, amigos. Vou sentir falta de vocês! — disse Sanemi.
Shinobu e Kanao também choravam muito, enquanto eram consoladas por Tomioka.
— Boa viagem, mana! Mande mensagem quando chegar!
— Mana, eu vou sentir sua falta! — a mais nova parecia mais abalada.
— Ah, minhas irmãs lindas. Eu vou ficar com saudades! Mas eu venho sempre visitar vocês! — disse Kanae.
— É bom mesmo! — disse Shinobu.
— Boa viagem, Sanemi! Se cuida!
— Valeu, Tapioca! — brincou Sanemi, que abraçou o amigo.
Os três acenaram uma última vez antes de irem para o embarque.
— É o início da nossa nova vida! — disse Kanae, empolgada.
— É sim! Estou empolgado. — disse Sanemi.
— Eu não vejo a hora! — disse Genya.
Na entrada do aeroporto, ainda ocorreram outras despedidas, já que Shinobu iria para sua universidade naquela tarde. Tomioka e ela passaram a tarde juntos e ele a levou para a estação de trem.
— Bem, é isso… — dizia Shinobu, nervosa.
— Pois é…
— Se cuida por aqui. E vê se ajeita seu apartamento, come direito e trabalha com calma. — disse Shinobu.
— Pode deixar.
— E… eu… vou sentir muita sua falta.
— Eu também… Muita.
— E cuidado com essas aluninhas assanhadas! — ela resmungou.
— Isso não posso evitar.
— Hâ?! Como assim “não pode”? Olha aqui, não pense que vai ficar de gracinhas com essas garotinhas!
— Eu não posso evitar se elas gostarem de mim, no entanto, posso mostrar a elas algo que demonstre que meu coração já tem dona.
— Hã?! Como assim?! — perguntou Shinobu.
Tomioka ajoelhou, tirou uma caixinha do bolso e a abriu.
— Shinobu, quer se casar comigo?
Ela ficou muito emocionada e começou a chorar muito.
— Tomioka idiota!
— Hã?! Você não gostou? Não quer casar?
— Claro que quero! Mas não tinha outra hora para pedir? Tinha que ser comigo indo embora?!
— Hahaha. Eu queria causar impacto.
— Você causou um estrago! — ela gritou.
Ele sorriu e pediu mais uma vez.
— Casa comigo, Shinobu?
— Sim! — ela disse, aos prantos.
Ele colocou o anel no dedo dela, ela colocou o dele e eles trocaram um beijo demorado, até chegar a hora dele a ver partir.
— Vai ser bem chato sem minha encrenqueira favorita por aqui… — ele sussurrou.
— Vai ser difícil sem meu sensei rabugento… — ela sussurrou.
— Você não vai se livrar de mim tão fácil, então é melhor se comportar direitinho, Shinobu! — ele brincou.
— Estarei te esperando! — ela sorriu e eles trocaram mais um beijo antes dela partir e ele voltar solitário de bicicleta até seu apartamento.
Já no dia seguinte, Mitsuri e Obanai terminavam de levar as coisas para o carro. Eles pararam para olhar para os apartamentos.
— Ah… Nem acredito que vamos embora. Vivemos tantas coisas aqui… — disse Mitsuri.
— É verdade, mas temos muito para viver ainda. — ele ressaltou.
— Hihihihi. É verdade. Ah, eu fico triste quando as coisas chegam ao fim.
— Mas quem disse que isso é o fim?
— E não é?
— Claro que não! Hoje é apenas o começo do nosso “felizes para sempre!” — ressaltou Obanai.
— Ah! Que lindo! — ela disse e o abraçou.
— Você está pronta para ir?
— Sim! Estou pronta.
Eles beijaram-se de forma afetuosa e entraram no carro. Todos partiram em busca de seus próprios sonhos, felizes por ter o amor como combustível principal.
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