1. Spirit Fanfics >
  2. Meu amigo não tão imaginário >
  3. Meu dia não tão agradável

História Meu amigo não tão imaginário - Meu dia não tão agradável


Escrita por: coly-unnie

Notas do Autor


OLÁ OLÁ~

Minha primeira long-fic e ahhhh eu tô muito nervosa de isso aqui estar uma bosta! Eu realmente achei que deveria postar pra ver a reação de vocês e, bem, qualquer coisa é só apagar e fingir que nunca existiu! UAHSUAHSU eu espero que vocês gostem e, uns avisos aqui>>>

Primeiro: Busan é como uma cidade do interior, tipo, bem roça mesmo. Eu sei que não é assim de verdade, mas espero que vocês possam imaginá-la dessa maneira aqui. <3
Segundo: Mencionarei outros shipps sim, mas não acho que haverá um capítulo extra para eles, enfim, é por isso que eu não coloquei tag.
Terceiro: Será atualizada todos os domingos. Tá bem?

Aliás, muito obrigada a ~@sugargon por essa capa lindíssima! <3

E agora, sem mais delongas, boa leitura!

Capítulo 1 - Meu dia não tão agradável


Fanfic / Fanfiction Meu amigo não tão imaginário - Meu dia não tão agradável

Uma coisa curiosa e que eu, de fato, nunca entenderia, era como as garotas de Busan e de Seul tinham roupas e estilos completamente diferentes.

Em Busan, você apenas avista meninas de cabelo castanho, preto e raramente loiro. Grande parte só sai de casa com vestidos compridos, macaquinhos de jardineira e sandálias baixas. Não usam muitos acessórios e quando usam, são só seus óculos de grau e chapéu de palha.

Mas em Seul? Cara, era uma variedade de estilos, cada coisa nova e extravagante que eu ficava confuso. Sempre fiquei confuso. Já vi tudo quanto é tipo de estilo por aqui: de pessoas ruivas vestindo uma combinação extravagante de rosa, até mulheres com a cabeça raspada, vestido fino, beiços pintados de preto e óculos de sol nos formatos mais estranhos que você pode imaginar.

Era essa a diferença da cidade grande para a do interior, realmente curioso.

E eu nem sei por que penso nisso, sabe? São roupas de garotas. Quem liga para isso além delas?

Mas era assim mesmo. Meus pensamentos variavam destes para outros muito mais aleatórios enquanto eu tinha minhas aulas de inglês avançado. Eu realmente não preciso prestar atenção.

Eu assistia tantas séries e ouvia tantas músicas americanas que, com o tempo, fui aprendendo sozinho. Quando era mais novo, conheci um garoto canadense em um site de jogos. Nós sempre conversávamos pelo Skype, ele me ajudava com o inglês e eu ajudava ele com o coreano. Eu aprendi por livre e espontânea vontade o idioma, e agora, não preciso mais me preocupar com a matéria.

Assim que o professor encerrou a aula, todos saíram apressados. Era como se fossem estudar o final de semana inteiro caso não saíssem correndo para fora da sala. E como isso é no mínimo impossível — pelo menos eu acho que é —, eu fui mais lento e tranquilo. Guardei meu caderno, agradeci pela aula e só depois disso saí da sala.

Eu queria ver Hoseok e queria ver meu primo. São os garotos mais legais que eu conheço nessa imensidão cheia de adolescentes que chamamos de escola. Mas nem ele, nem o Tae estão aqui hoje. Excursão escolar. Meus hyungs prediletos estavam fora e isso me deixou muito desanimado. Estudar já não é divertido, estudar sem os amigos então... É pior ainda.

Logo eu estava fora do colégio, atravessando para o outro lado da rua. Universidade Nacional de Seul. Procurava um ser humano estranho formado por: um corpo magricelo, uma pele pálida demais até mesmo para um cadáver e uma estatura extremamente baixa. Eu vigiava a saída com muita atenção pois seria capaz do Gi sumir assim que percebesse que estou distraído. E quando meu celular vibrou no meu bolso e eu fingi, apenas fingi, fitar a tela para ler a notificação, o meu primo correu na direção oposta.

Não foi difícil alcançá-lo. Eu já disse que ele é magrelo? Porque ele é. E pequeno. E suas pernas são curtas e finas. E ele passava o final de semana inteiro deitado dentro do quarto, um sedentário que consequentemente se cansa muito rápido. Alcancei meu hyung em um instante. Ele não correu nem dois minutos e estava bufando e todo vermelho, era muito engraçado, puft.

— Tá! Eu vou! — Ele disse, ofegante. Colocou os braços para o alto antes que eu tivesse a atitude de agarrá-lo para impedi-lo de correr de novo.

— Não vai não... — Tentei puxar seu braço outra vez.

— Eu vou, juro! Vai na frente, eu te vejo lá. Prometo só comprar uma coisinha! — Acredita na cara de pau desse cara? Agarrei seu braço na hora.

— Nem vem, Gi, você não me engana de novo. — Virei-me para caminhar, sem soltar seu braço pálido e magricelo. Nossa, eu amo repetir que ele é pálido e magricelo.

— Moleque, ninguém te disse que não se puxa um cara mais velho assim não? Eu sou seu hyung, me respeite. — Ele queixou, mas quem disse que eu liguei? Aquela vareta só estava tentando me distrair para meter o pé.

— Se você agisse como um garoto mais velho, eu te trataria como um, Yoongi — retruquei mesmo, apressando os passos ao notar nosso ônibus já parado no ponto. Por sorte subimos e conseguimos assentos.

E então você se pergunta, por que diabos Jeon Jeongguk está arrastando Min Yoongi pelo braço para dentro de um ônibus? Simples. Esse cara é o meu primo mais velho. Minha tia prometeu me dar quarenta pratas por semana sempre que eu levar o filho dela para casa após a faculdade. Direto para casa, ela deixou bem claro. É engraçado, porque ele é mais velho e sou eu que tenho que sair do colégio todo dia pensando em buscá-lo na universidade, que graças ao nosso bom Deus, fica bem em frente a minha escola. E é consideravelmente fácil, Yoongi é mais leve que uma pena, puxá-lo para dentro do transporte e colocá-lo no sofá de casa é moleza.

— Eu queria tanto ter envenenado sua mãe quando ela estava grávida de você. — Ele resmungou e cruzou os braços sobre o peito, fechando a cara ao fixar seus olhos no chão.

— Ainda bem que não envenenou, né? — Sorri na intenção de irritá-lo, encostando nossos ombros. — Você precisa parar de fazer isso todo dia, hyung. Eu não precisaria te buscar se você obedecesse sua mãe. Esse lance aí tá tirando toda a sua grana, você virou um viciado.

— O dinheiro é meu, não é, pirralho? — Praticamente bufou irritado ao se pronunciar, voltando a me olhar com aquele semblante quase demoníaco. Seria assustador se ele não fosse naturalmente fofinho. — Eu não fico todo santo dia sentado no banco duro de uma loja de conveniência para ganhar o meu dinheiro no fim do mês e não poder gastá-lo como eu quero. E eu não sou viciado, só gosto muito.

Aish, continua insistindo em dizer que não é viciado, mas fica com essa cara de orifício anal quando não tem o que quer — falei, ser direto e sincero é a melhor maneira de ser um ser-humano admirável. — Parece até uma piada.

— Piada é a maneira como você fala. Parece até que eu tô usando drogas… ― Revirou os olhos. ― Sendo que eu só quero conversar com uns moleques que curtem música antiga e tomar refrigerante de limão. É só ir na casa dos meus colegas, por que vocês ficam levando isso como algo extremo, hein?

É, exatamente isso. Aquele papo e drama todo não era porque Min Yoongi era um drogado.

— Porque você gastou seis mil pratas em um álbum da Sarah Vaughan. — É, ele havia gastado. — E gastou mais de dez mil no ano passado só com essas besteiras! É por isso que ainda mora com a sua mãe!

— Ah. Dane-se. Swingin 'Easy é um álbum de estúdio e é de 1957! Oito faixas gravadas em 2 de abril de 1954, com John Malachi no piano e Joe Benjamin no baixo, ok? — Ia contando os fatos no dedo. — Porra! É a cantora americana de jazz mais foda do mundo, Sarah Vaughan! Nossa, velho, um puta clássico. Eu gastaria dez mil naquele álbum, é original e autografado. Uma pérola.

— É exatamente por isso que eu tenho que te buscar todo dia, Yoongi hyung. — Revirei os olhos, decidindo não dar mais atenção para o meu primo, que pareceu decidir o mesmo ao pôr os fones de ouvido e virar o olhar para a janela.

Pra mim ele falava outra língua, honestamente. Sempre que dava, ele começava a tagarelar sobre um bando de gente velha/morta que cantava antes mesmo de eu estar no útero da minha mãe. E quando eu dizia para ele fechar a matraca? Começava a me chamar de sem cultura, dizer que eu não sei apreciar uma boa música. E este é Min Yoongi, um velho de 70 anos no corpo de um garoto de vinte e dois, meu primo.

Vinte minutos era o suficiente para o ônibus chegar no nosso prédio. Bloco B, seis apartamentos, três deles ocupados por pessoas da nossa família. O primeiro andar é todo nosso. O apartamento da minha mãe, meu pai, minha irmã e eu era o do meio, ao lado ficava o do Yoongi e o da mãe do Yoongi, e do outro lado, da minha tia e do meu tio, os pais de Taehyung e seus dois irmãos gêmeos caçulas. Era igual ter três casas, porque era tudo nosso ali. Tinha vezes em que eu chegava em casa e o meu primo Tae estava dormindo no meu quarto, enquanto a mãe do Yoongi estava fazendo o jantar na nossa cozinha. Enquanto isso, minha mãe estava tagarelando com a mãe do Tae no apartamento dos Kim, logo ao lado. Era estranho. E confuso. E divertido. Sei lá.

— Tia Yoona! — Yoona era o nome da mãe do Yoongi, irmã mais velha da minha mãe, melhor tia que você respeita. — O Yoongi tá aqui. — Bati repetidas vezes na porta de seu apartamento, que fora aberta por ela.

Estava com os cabelos bagunçados e usava um pijama de inverno azul. São seis da tarde, mas ela parecia ter acabado de acordar de uma soneca daquelas. Yoona é muito trabalhadora, ela cria o Yoongi sozinha desde sempre e trabalha todos os dias, tirando sexta e domingo; e como hoje é sexta, ela dorme o dia inteiro. Por isso o Gi é dorminhoco, igualzinho a mãe.

— Ah, meu bem, você é um amor, muito obrigada, Jeongguk. — Ela sorriu carinhosa, enquanto Yoongi passava para dentro sem dizer nada; estava claramente muito puto. — Quarenta no domingo, pode ser? Tô sem dinheiro agora, só vou receber amanhã.

— Tudo bem. Obrigado tia. — Ganhei um beijo na bochecha antes dela entrar e fechar a porta.

Mais dois passos para o lado e era a porta do meu apartamento, da minha casa. Entrei com as minhas chaves, vendo a bagunça na sala por Sanha e Sungjae estarem lá. Eram os gêmeos de seis anos, filhos da tia Taeyeon e do tio Minhyuk, pais do Taehyung. A tia Taeyeon é a minha outra tia, irmã mais nova da minha mãe e Minhyuk é seu marido. Os dois são loucos, sério, escandalosos para caramba e eu acredito que a junção daqueles dois é o porquê do Tae ser quem ele é. Um maluco.

Ignorei os diabinhos e apenas dei um beijo na minha mãe, que se encontrava concentrada em fazer o jantar. Perguntei se ela precisava de ajuda e ela disse que não, então fui para o meu quarto procurar alguma coisa legal para assistir na internet, ou qualquer distração legal para uma sexta-feira à noite. Estaria jogando Overwatch com o Tae se este estivesse em casa, mas ele vai chegar tarde, acho.

Liguei o meu querido vídeo-game e fui atrás do controle. Estava dentro do meu armário, sob a gaveta trancada à sete chaves. Foda-se a gaveta de cima, eu apenas peguei o controle e liguei com o console. Mas porra, aquele caralhos estava falhando. Ficava selecionando coisas sozinho e, por acidente, logou na conta do meu pai. Ótimo. Meu controle pifou.

 

“Oi bundão, eu e o Hobi já estamos em Seul! O senhor Jeon Jungkook por acaso sabia do jogão que vai ter no colégio hoje? Vamos juntos? Eu vou passar em casa para me trocar e depois podemos ir de taxi, ou o Hoseok leva a gente. Tem que ser antes de sete e meia. Vai valer a pena, é sério, confia no primo que você se dá bem!” Kim Taehyung 18:13

 

Ergui uma das sobrancelhas. “Bundão”? Kim Taehyung e sua mania de me dar apelidos estranhos. Taehyung sabia que eu não iria em jogo nenhum, me surpreende ter tentado me convidar. Não que eu odiasse esportes, mas sair à noite para um lugar infestado de adolescentes não era lá o meu forte. E meu primo convive comigo, sabe muito bem disso.

 

“Não, obrigado. Mas pode me emprestar o controle do seu vídeo-game? O meu tá doidão, acho que pifou.” Jeon Jungkook 18:14

 

Joguei o aparelho celular no colchão e espreguicei o corpo antes de começar a me despir. O clima estava frio, suar era no mínimo raro num dia como esse. O que era bom se levarmos em consideração o fato de eu estar tão cheiroso quanto quando saí do banho às seis da manhã de hoje. Era só vestir uma calça de moletom quentinha qualquer e uma blusa tão confortável quanto que estaria pronto para me deitar. Ah, como eu amo um friozinho gostoso.

Eu pensei que seria apenas uma troca de roupa tranquila. E seria se a minha porta não tivesse sido brutalmente aberta, praticamente arrombada pelo meu primo afobado, que entrou bufando e só desviou os olhos furiosos dos meus para virar-se e fechar a porta com uma força que eu nem sabia que ele tinha.

— Controle de vídeo-game é o caralho! — Eu não consigo nem imaginar como Taehyung chegou aqui tão rápido. E já chegou tentando me matar, tirar a única roupa que eu consegui vestir em tão pouco tempo.

— Estou me vestindo, desgraça. Você deveria bater antes de entrar, sua mãe não te ensinou não? — afrontei-o, saindo nos tapas com este que insista em tentar arrancar minha única peça de roupa. Minhas calças de pijama.

— Não mesmo, Jeongguk! Eu me recuso a deixá-lo passar mais uma sexta-feira enfornado nesse quarto. — Quando vi, ele já tinha me empurrando e eu estava no colchão. — Eu cansei de ver você sendo gótico que nem o Yoongi! Sério! Ele pelo menos sai com os amigos dele, você só fica aí mofando! — Agarrou minhas calças e puxou-as até que elas estivessem fora do meu corpo.

Abriu meu armário para obviamente revirá-lo em busca de uma roupa decente que ele tinha esperança de me convencer a vestir. Tudo para ir para em um jogo chato de escola.

— Eu não vou sair, hyung. Desiste. — Puxei meu cobertor quentinho, enrolando-o no meu corpo enquanto ignorava os xingamentos sussurrados por ele.

— Olha só que blusa mais bonita! Comprou pra que mesmo? — Olhou-me com um sorriso quase estranho de tão falso. Ele queria me matar, tenho certeza. — Comprou para ficar em casa jogando vídeo-game ou para se divertir como todo adolescente normal? — Ele balançou a peça perto do meu rosto.

Tadinho, iludido. Nem sei pra que tenta.

— Comprei para ficar guardada no meu armário enquanto eu fico em casa jogando vídeo-game. Achei que soubesse que tudo meu que não é pijama e cueca serve para isso.

— Dessa vez será diferente.

— Não será não. — Taehyung era doido se pensava que ia me tirar daquela cama quentinha para ir ver um bando de veterano jogando bola num frio do cacete.

— Aish, Jungkookie. — Suspirou pesadamente, preenchendo o lado vazio do colchão ao se deitar ali. — Eu quero que você vá. Eu sinto sua falta nos rolês.

— Não precisa, você mora do meu lado e me vê no refeitório todos os dias.

— É diferente.

— Não é não. Eu sempre estarei aqui para jogar Overwatch com você também, para de drama.

— Foda-se o Overwatch. — Suspirou, cruzando seus braços. — Eu só comecei a jogar essa merda para termos algo em comum. — Aquela voz mansinha não me enganava; ia tentar me enrolar com palavras sentimentais, já consigo até ver. — É sério… Poxa, primo, se eu desistir de você, é capaz de você ficar nesse quarto para sempre. Sem falar com ninguém que não fale com você. — Fez um biquinho amuado, e olhando para aqueles olhinhos caídos, eu, por um momento, cheguei a acreditar que ele estava triste de verdade. — Sério, Jeongguk. Eu comecei a jogar vídeo-game por você, pela sua amizade. Pode, por favor, ir no jogo da escola por mim? Pela minha amizade?

Cerrei as pálpebras e me sentei sobre o colchão, fazendo-o fazer o mesmo em seguida. Fiquei encarando aquele semblante amuado, tentando achar qualquer vestígio de falsidade naquela carinha de coitado; ele provavelmente estava tentando mexer comigo porque sabia que eu faria qualquer coisa para qualquer um que estivesse triste. Isso porque eu fico triste muitas vezes, e por isso não suporto quando as outras pessoas estão em tal estado. Meu coração é mole, pô. Além de que eu também acredito nesse lance de que devemos tratar as pessoas como queremos ser tratados.

O pior era que aquilo era real. Taehyung estava chateado de verdade.

— Que droga, Taehyung. Que horas é o jogo?


Notas Finais


TRAILER DA FANFIC: https://www.youtube.com/watch?v=kcNGn79xwgM
playlist: https://open.spotify.com/user/nickuchanx/playlist/389snLNVQweLDQVpI9cEDQ

Sem ChimChim, sem Jimin... quando ele irá aparecer?

Um beijão, obrigada por ler e até daqui a sete dias! Espero não ter cometido nenhum erro~


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...