Era enfim um dia pacífico em arendelle, Elsa olhava pensativa pela janela de seu quarto os pequenos flocos de neve que enfeitavam as ruas os portos de seu reino, que agora estavam ocupados com embarcações de diversos lugares, desde comerciantes a velhos amigos, mas havia ali algo que a intrigava, entre todos os aristocratas havia um grupo de vikings, eles vestiam roupas rudimentares e havia...
— Dragões! Uau!!! — Anna gritou animadamente assustando Elsa que não a vira chegar.
— Anna pelos Deuses você me assustou! - Disse a loira.
— Me desculpe eu bati na porta mas você não escutou, então não resisti e entrei. - Explicou a ruiva animada.
— O que você acha que eles fazem aqui? -- Elsa perguntou desconfiada olhando para as próprias mãos enluvadas, desde que tinha se tornado rainha e Hans forá preso ela tinha regredido um pouco em relação aos seus poderes.
-- Eu não sei mas ouvi dizer que está mulher. —Anna apontou para a a mulher de cabelos compridos a frente do grupo. — veio de muito longe, além do mar do Norte! provavelmente ela quer falar com você sobre algo importante, aliás não se estresse muito com isso, lembre que isso pode ser algo novo, para sair da rotina de responsabilidades que você vem tendo.-- A platinada concordou e se encaminhou calmamente para fora do quarto.
— Não se divirta sem mim irmã ! - Anna exclamou brincando, Elsa sorriu.
— Eu não ousaria. — A rainha concordou com um sorriso artifícial, hiperventilando logo em seguida ao se ver sozinha em quanto andava pelos corredores.
-- Calma Elsa, são só dragões, eles vêm, conversam dizem o que querem e vão embora, vêm, conversam e vão embora, vêm... - Dizia para si mesma.
— Er, rainha Elsa...? — A jovem abre os olhos, mal tinha notado que estava com eles fechados, os diversos súditos e os estrangeiros de terras longínquas e desconhecidas a encaravam em silêncio, confusos com a rainha falando sozinha.
— Poxa estou me sentindo um pouco febril. — Ela Tossiu sentindo o rosto queimar e se sentou no trono resolvendo os primeiros e menos importantes assuntos do Reino até a viking vir em sua direção.
— Rainha Elsa. — A mulher fez uma breve referência.
— Óh, olá. — Elsa comprimentou seus olhos gelidos encaravam o dragão grandioso atrás da mulher mais velha com pavor. — Perdão mas acredito que não os conheço, você é?
— Sou valka haddock, esposa de stoico o imenso das ilhas de berk, meu marido morreu há um mês e a anciã de nossas terras disse para vir e procurar por uma garota com dons de gelo... — A loira já não mais ouvia, os dentes afiados e molhados de saliva do dragão, que mais tarde descobriu que era um pula nuvem, a apavorava, não entendia porque sentia tanto medo desses seres, já que esteve cara a cara com coisas mais assustadoras.
— Rainha Elsa? - Chamou Valka.
— A sim, sim eu entendo completamente seu receio, irei ajudar com o que precisarem, podem contar com uma aliança entre nossos povos. — Piscou respondendo sem pensar, Valka sorriu assentindo.
— Ótimo! Quando você pretende ir?
— Ir?... — A garota indagou sentiu as mãos suarem de nervosismo e respondeu sem pensar:
— Amanhã estará bom.
— Então amanhã pela manhã meu filho vira busca-la. - Valka concluiu sorrindo.
— Seu filho? Buscar como? — Indagou a rainha fazendo a mais velha rir.
— Ora, de dragão, como mais seria? — Se inclinou. — Irei aguarda-la em berk, tenho que providenciar suas acomodações por isso irei na frente.
— Mas, senhora, eu...! - Tentou Elsa, mas
era tarde, a mulher se retirou junto dos outros.
Elsa soltou a respiração sentando-se no trono como se todo o peso do mundo houvesse sido tirado de suas costas.
Olaf a encarou, e a loira se sentiu em uma história de terror.
— Do que você tem medo? - Perguntou o boneco.
— M-medo? Olaf, de onde você tirou isso? — A loira perguntou se recompondo.
— Bom você sabe o que os moradores sempre falam sobre dragões hehehe. — Abanou os bracinhos de madeira animado e se inclinou para Elsa.
— Olha eu não sei você, mas eu particularmente achei os dragões bem assustadores, você não? - Olaf indagou sorrindo de seu jeito inocente, Elsa se levantou.
- Não eu... Não tenho medo de dragões, que bobagem, como eu uma rainha, com todos os meus poderes de gelo posso ter medo de algo assim? É ridículo e totalmente insensato! - A loira disse.
— Dragões! Uau, vocês viram aquilo??? É de mais, não é sven? Tive que retirar o sven das garras de um pula nuvem, quase caimos no mar. — Kristoff abanou a mão esquerda no ar, como se estivesse comentando sobre o clima, A rena concordou com um sorriso.— Enfim uma total loucura, ah! Rainha Elsa. Como esta?
— Kristoff... Isso, isso que acabou de dizer é terrivel. — Elsa engoliu em seco.
— O que?
— Esqueça, o que faz aqui? — O rapaz loiro cruzou os braços.
— Hoje é dia de patinação, vim buscar a Anna para irmos juntos. - Explicou.
— Kristoff! - A ruiva surgiu correndo em direção ao namorado, o abraçou sendo giranda pelo mesmo.
— Elsa quer ir conosco? — Perguntou a ruiva e Elsa negou sorrindo gentilmente.
— Não, eu estou tããão cansada, me sinto até um pouco febril, divirtam-se por mim. — Bocejou a rainha encenando.
— Como ela pode estar com febre sendo tão fria, quase parece mentira não acha? — Olaf perguntou a Sven que concordou.
— Neste caso, descanse e me chame se precisar de algo. - Disse Anna preocupada.
— Claro, aliás Anna! — Chamou a atenção da irmã. — Pode ficar na liderança de Arendelle por alguns dias? Creio que terei que resolver alguns assuntos em Berk. — A mais nova sorriu afetivamente e concordou.
— Sim não se preocupe com isso, irei deixar tudo preparado e organizado para o seu retorno.
Com o coração mais leve ela sobe para o seu quarto e fica por algum tempo com insônia, afinal se não fosse seu medo mortal de dragões, ela teria escutado o motivo de sua ida e agora não estaria com tanto medo, ela se deitou frustrada e a noite pareceu passar em um piscar de olhos quando uma de suas empregadas bateu na porta.
— Senhorita, a um rapaz que quer vê-la. — Elsa colocou suas luvas e suspirando respodeu:
- Hummm? Ah sim, diga que já estou descendo. — Pediu pegando sua mala, ao sair na entrada do Castelo um rapaz de mais ou menos sua idade, de cabelos castanhos avermelhados e olhos verdes penetrantes desceu de um dragão preto como a noite.
— Elsa certo? Eu sou Hiccup, filho de Valka e stoico o grande, mas acho que minha mãe já disse isso, quando veio pedir sua ajuda. — O rapaz estendeu a mão, mas recuou ao notar os olhos da jovem no fúria da noite.
— Este é o banguela, um fúria da noite, um rapaz muito raro hoje em dia. — Acariciou a cabeça do dragão.
— É parece que você surpreendeu ela amigão. —Cochichou para o dragão e banguela colocou a língua pra fora, pulando em direção a loira.
— Não, espere!. — Ela gritou, fechou os olhos e recuou, esperando seu triste fim, que não veio.
— Elsa! — A voz de Anna a despertou de seu devaneio e antes que fizesse algo a ruiva a abraçou.
— Quase não a encontro, como ousa partir sem se despedir de mim? - Anna a repreendeu um pouco chateada.
— Me perdoe Anna eu me esqueci completamente. — A mais velha retribuiu o abraço.
— Tudo bem, pelo menos consegui a encontrar. - Anna sorriu feliz por ver a irmã sair depois de dias.
— Ah Anna, este é Hiccup haddock, das ilhas de berk. — Ela apresentou o moreno que estendeu a mão.
— É um prazer. — Comprimentou e Anna sorriu.
— O prazer é meu... Er, bom eu acho que estou atrapalhando a ida de vocês, não é? — Falou um pouco constrangida e empurrou gentilmente Elsa.
— Aproveita, ele é uma gracinha. — Sussurrou no ouvido da irmã.
— Anna!
— Tchauzinho! — Gritou correndo para dentro do Castelo.
Elsa sentiu suas bochechas queimarem quando o rapaz montou no dragão.
— Me desculpe por aquilo, eu não tenho medo de dragões ou algo do tipo, como já sabe eu sou Elsa e esqueci de avisar sua mãe que sou a alérgica a dragões então... Irei de navio, nos encontramos lá? — perguntou e soluço e o dragão se olharam, não muito convencidos.
— Mas vai demorar dias, meu povo precisa da sua ajuda.
— E seu povo irá ter minha ajuda, dentro de alguns dias. - Retrucou a loira.
— Não temos alguns dias, é tempo de mais, levaria cerca de duas semanas!!!
— Nao posso arriscar, minha alergia pode atacar então, senhores, com sua licença. — Ela deu as costas ao moreno e ele desceu do dragão, disposto a levar a garota a todo custo.
— Me desculpe por isso, mas você não está me dando muita escolha rainha das Neves. — Ele pegou a garota a jogando sobre seu ombro.
— Como ousa! Você sabe que eu sou uma rainha, certo???? — Ela viu os olhares divertidos e surpresos dos surtidosos e empregados sobre ela.
— Sim eu sei, e esperava uma moça mais acessível e compreensiva, sabia que pessoas podem morrer por causa da sua "alergia a dragões?" Terá que inventar uma desculpa melhor para nos convencer. — A colocou sobre as costas do fúria da noite.
— Isso é inacreditavel! Sabe que posso congelar você pelo que está fazendo??? - Rosnou a platinada e ele ergueu as mãos indiferente.
— Não se preocupe você poderá me congelar em Berk, se quiser. — Hiccup fez uma cara de preocupação que chamou a atenção da rainha. — Mas... Não sei se isso deixaria meu amigo muito feliz.
— Está me ameaçando com seu Dragão? Isso é detestável, todos da sua terra são rudes assim?
— Não sou eu ou meus amigos que está mentindo sobre uma suposta alergia, agora, veremos, darei cinco minutos, se você ficar vermelha eu a deixo ir.
Um silêncio constrangedor se seguiu em quanto soluço segurava firmemente a cintura da garota com o braço e com a mão a forçava a tocar no dragão.
— Tudo bem, eu menti, pode me soltar agora. — A loira admitiu, o rosto corando por conta da vergonha e a proximidade do rapaz.
— Viu não foi tão difícil, agora para demonstrar que sou um bom anfitrião iremos voar devagar, está bem? Banguela, vamos indo rapaz.
Antes que ela tivesse tempo de fazer qualquer coisa banguela já irritado alcançou vôo tirando um grito da loira que fechou os olhos e abraçou o moreno.
— Ahhh pelos Deuses!!! — Ela exclamou.
— Banguela, isso não sao modos! — Hiccup o repreendeu sentindo o próprio rosto queimar com o abraço repentino.
Ele pigarreou agradecendo a odin por ninguém conseguir ver seu rosto.
— Você e seu Dragão são unha e carne, perfeito um para o outro.
— Ei! Você não me ouviu o repreendendo não?
— Ah desculpe, não costumo chamar de cavalheiro quem me sequestra.
— Não faria isso se você não fosse tão teimosa, vem cá, não são vocês que treinam etiqueta e bons modos a vida inteira? Como pode ser tão amarga?
— Você não me conhece, e se continuar me insultando, irei pular no oceano.
Os braços do viking se fecharam com mais força na cintura da loira.
— Pode tentar, rainha, mas já que estamos neste nível de animosidade irei ser rude até chegarmos em Berk.
— Não irei ajudar com nada quando chegarmos lá.
— Cuidado, se continuar sendo assim pode ser que os dragões tenham alergia de você.
— Seu... Seu... — Ela o encarou, o rosto do rapaz a poucos centímetros do dela a fez recuar.
— Selvagem. — Murmurou constrangida.
— Se quer meu conselho, sugiro que durma , temos longas horas pela frente.
— Não irei dormir, estou descansada. — Ela murmurou e ápos algum tempo ele a sentiu adormecer em seus braços.
Suspirou.
— Que problemático, espero que ela realmente seja a garota que procuramos. - Murmurou e banguela concordou com um grunhido, após algumas horas Elsa acordou, os olhos se acostumando com a claridade vinda do por do sol, ela se espreguiçou e se assustou com a imagem da ilha coberta de neve, os rochedos e picos todos esbranquiçados, ela esperava paisagens mais verdes e ensolaradas.
— Isso...
— É Berk. — Sussurrou em seu ouvido calmamente. — seja bem-vinda Elsa.
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