História Meu amor chegou no inverno - Fanfic Hiccelsa - Ameaça do sul

~ Em quanto isso, em algum lugar longínquo do Sul, no porão do Palácio real ~

— Príncipe Hans! Principe Hans!

— O que quer agora? Não vê que estou tentando dormir? - O ruivo perguntou de mal humor, deitado no chão rochoso.

— Vim pois tenho uma notícia de vosso interesse — O conde franzino disse estendendo um papel entre as grades da prisão onde o príncipe caçula estava.

— O que é isso? - Indagou pegando o papel sem entender.

— Veja por si mesmo! Parece que enfim sua chance de se vingar chegou, a notícia do dia é: Um viking levou a rainha de Arendelle a força.

— A Elsa, a força? — Os olhos do rapaz se perderam na imagem desenhada do garoto com a rainha no ombro, claramente fazendo uma sátira ao acontecido, ele amassou o papel entre as mãos.

— Hum... Se bem me lembro, além do mar do Norte, existem povos selvagens, vikings, que claramente não se dão bem com nossos costumes, o que levaria o filho de stoico a levar Elsa para tão longe? — Dedilhou os dedos no queixo, pensativo.

O conde olhou em volta temeroso, a mão que segurava a tocha começando a suar.

— Você conhece este povo?

Hans riu com a pergunta, sua risada resoando a raiva que sentia.

— Há meu caro Duque Finch, eu não só os conheço, como sei exatamente quem em breve, vira ao meu encontro me tirar desta prisão fedida.

— Isto quer dizer que você irá se vingar?

Hans que andava pensativo pela pequena cela parou ao ouvir as palavras do homem, um brilho animalesco em seu olhar.

— Vingança? Isto é pouco para aquele Reino medíocre e aquelas duas irmãs, agora que finalmente tudo está se voltando a meu favor irei despedaçar Arendelle, com minhas próprias mãos. - Erguendo um dedo o ruivo acrescentou. - Mande uma mensagem para Grimmel, diga que eu, principe Hans das ilhas do Sul, tenho algo importante a dizer.

*****

— O que há com ela...? - Perguntou perna-de peixe boqui-aberto, vários vikings haviam se reunido para ver a tão falada rainha, mas ninguém estava preparado para ver a jovem agarrada ao pescoço de banguela.

— Provavelmente enlouqueceu, eu sempre disse que você acabaria deixando alguém assim. - Cabeça dura disse e cutucou o líder viking com o cotovelo. — Com essa voz de taquara rachada as meninas sempre vão querer fugir de você.

Completou fazendo Hiccup revirar os olhos e ir até a loira, cruzando os braços.

— Por favor, eu exijo que me leve de volta! - Pediu ela sentindo seu rosto rubro.

— Elsa pode largar o banguela, se esqueceu da sua alergia? Se ficar agarrada assim nele vai sufocar, escama de dragão tem muita "energia mística".

— Argh, até quando vai me lembrar disto? eu já disse a você, não tenho alergia nenhuma.

— Então solte o banguela.

— Não! - Ela se aconchegou mais no banguela ignorando hiccup, aparentemente ele tinha sido o único que conquistou a confiança da moça.

— Que vexame, são todos assim além do mar? - Cabeçaquente zombou, tirando risada de alguns viking que se divirtiam com a cena.

— Soluço, o que você fez? - Perguntou Valka surgindo entre o grupo.

— Nada! Eu não fiz nada! Ela simplesmente pirou quando viu os dragões de berk. - Explicou o moreno pela décima vez.

— Os dragões? Pobre garota, aposto que nunca viu tantos dragões, nem eu que vi de tudo neste mundo já viu tantos reunidos assim, deve ser um choque pra ela. - Exclamou Bocão com um filhote de Nadder mortal mastigando o chifre de seu capacete.

— Oh pelos Deuses. - Exclamou Astrid com Eret logo atrás dela, aparentemente ela havia acabado de voltar de uma pesca.
Ela encarou soluço confusa.

— Soluço, O que você fez com ela? - Indagou acusativa.

— Olha eu não fiz nada!!! Porque todo mundo insiste em colocar a culpa em mim?! Por Odin também tenho sentimentos sabia? - Explodiu irritado.

— Há! quer saber? deixa comigo, minha barba e meu charme irão acalma-la. - Cabeçadura disse conferindo o odor do próprio bafo e axilas antes de se encostar na asa de banguela e encarar a moça:

— Oi gatinha, prazer, eu sou o cabeçaquente, mas pode me chamar de meu amor. Não precisa ter medo mais agora que eu tô aqui. - Banguela fechou os olhos sentindo vergonha pelo rapaz e o empurrou com a asa para longe com um grunhido.

— Hahaha, nem o dragão suportou esse seu papo furado. - Cabeça quente debochou do irmão esparramado no chão ao seu lado.

Soluço andou até a loira, sentindo o olhar de expectativa de todos.
Colocou as mãos na cintura.

— Elsa. - Seu tom de voz era autoritário.

— Não. - Ela respondeu.

— Banguela! Faz alguma coisa! - Apelou para o dragão.

— Não, banguela, não me deixe. - O dragão ergueu as asas sem saber o que fazer, como se dissesse "O que vocês querem de mim??"
Soluço revirou os olhos.

— Sabe que as histórias não falam dessa sua personalidade? Por Odin só hoje tive que carregar você duas vezes, sabe o que é isso? É muita coisa para o meu Pobre porte físico. - Ele resmungou em quanto agarrava a cintura da moça e puxava seus braços do pescoço do fúria da noite.

— Se fizer isso eu vou congelar você, congelar todos os seus dragões. - Banguela fez uma careta espantado.
— Menos você banguela. — A loira acrescentou rapidamente já no ombro do moreno fazendo o dragão relaxar.

— Sei, sei, você já disse isso, estou começando a duvidar da sua palavra, rainha. - Ele provocou em quanto a levava para a sala de refeição. — Mas não se preocupe, assim que resolver este inverno vamos devolve-la, inteira ou não, para seu reino.

— Ora, ora seu...! - Ela o repreendeu o fazendo rir, Valka sorriu ao ver os dois discutindo, era a primeira vez que via o filho tão relaxado.

— Parece que eles estão se dando bem. - Comentou Bocão. — Nem parece que ela é aquela rainha que nos disseram, eu imaginava uma rainha fria e tímida.

— Mas ela é. - Valka respondeu.

— Não é o que parece. - Bocão opiniou confuso.

— Ora seu grande tolo, não vê? Quando somos reservados e nos damos bem com alguém, mostramos nosso verdadeiro lado, sem formalidade ou receio. - Explicou.

— Óóó, então é isso. - Exclamou, acompanhando o grupo até o salão onde todos jantavam, vários vikings e dragões se serviam e Valka notou a Elsa parada com uma tigela de sopa em mãos parecendo perdida, em quanto os rapazes disputando pela atenção da convidada.

— Ela vai sentar ao meu lado, imbecil! — Melequento rosnou para cabeça dura que fechou a cara.

— O que você e seu monte de músculos entende de garotas? Nem um cérebro você tem! — Falou cabeça dura irritado.

— Do que está falando? Eu sou o número dois, ouviu? O número dois! — Melequento ergueu dois dedos da mão, com orgulho. — E como sou o segundo favorito, sou o sucessor de berk quando o soluço morrer. — Apontou para o líder viking que descia as escadas até a mesa.

— Poxa obrigado pela consideração, é bom saber que tenho amigos que prezam tanto pelo meu bem estar, realmente me deixa muito feliz. - Soluço ironizou.

— De nada amigo.

— Olha eu acho que por via das dúvidas ela devia ficar comigo né, afinal eu sou o mais gentil de todos nós. - Perna de peixe falou timidamente.

— Olha só, agora sim parece uma disputa justa. - Soluço murmurou já sentado se servindo de sua sopa.

— Nem vem perna de peixe. - Reclamou melequento. — Você! Soluço, qual de nós você acha que deve ficar com ela?

Os três olharam com expectativa para o moreno que se engasgou com a própria sopa.

— Ora rapazes, essa escolha devia ser dela não concordam? — Perguntou Valka acariciando o cabelo do filho.

— Valka... - Suspirou melequento a vendo pela primeira vez aquele dia, ficando automaticamente hipnotizado com a mulher.

— Ei... Ei! Melequento, sua sopa não está esfriando não? — Perguntou soluço abanando a mão na frente do rosto de melequento, enciumado.

— Pare de ser egoísta, porque quer ficar com as duas? - Repreendeu melequento irritado.

— Do que raios você está falando? Estão tão distraídos que mal viram ela ir se sentar na outra mesa. - Ao dizer isso os três rapazes olharam para trás e viram Elsa sentada ao lado de Astrid juntamente com eret e cabeçaquente.

Valka que ouvia tudo riu do olhar decepcionado com o qual voltaram a comer.

— Não esquentem muito com isso meninos, tenho certeza que ela terá tempo para vocês. — O consolo de Valka pareceu voltar os ânimos na mesa, fazendo os três voltarem a conversar normalmente.

— Você me salvou de ser morto agora, obrigado. - O garoto disse e Valka negou dando de ombros.

— Quando o assunto é questões do coração, não é muito difícil de lidar quando se tem experiência. — Ela murmurou com um olhar triste, lembrando do marido.

— Sinto falta dele. — Soluço sussurrou encarando a própria sopa.

— Eu também, mas ele estaria orgulhoso de você.

— Estaria mesmo? Quero dizer, olha para esse lugar, venho recebendo cada vez mais reclamações sobre este inverno que não termina e... E tem o desaparecimento de dragões e....

— Ei. — Soluço mal notará que tinha desabafado suas inseguranças para mãe, ela tocou o rosto do filho o encarando nos olhos.

— Nunca duvide, nem por um segundo do orgulho que seu pai sentia por você. — Ela o olhou duramente. — Ser um líder é ter que tomar decisões difíceis e passar por dificuldades, mas iremos passar por tudo isso juntos. — Ela consolou o filho, soluço sem perceber olhou para Elsa do outro lado do salão sentindo seu ânimo se revigorar, ela que tentava desviar de um ziperaarrepiante percebendo seu olhar o olhou com raiva sustentando o olhar.
Ele sorriu divertido e voltando a atenção para a própria mesa e se levantou chamando a atenção dos amigos.

— Vamos fazer uma visitinha aos navios de Grimmel pela manhã, estejam preparados. — Exclamou decidido a seguir seus instintos, pelo bem de todos.