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História Meu baterista favorito - Será relançada - Desculpas


Escrita por: DarkkSweett

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 6 - Desculpas


Fanfic / Fanfiction Meu baterista favorito - Será relançada - Desculpas

- Que porra aconteceu ontem? Por quê correu daquele jeito? - Ele agora me encarava.


- Okay, vamos conversar. - Ele estava certo. Tínhamos que conversar, mesmo que eu quisesse correr o mais rápido que pudesse e minhas pernas estivessem tremendo. Mas somos adultos, como disse Ginia. Tenho que agir como uma. - Me sentei na beira do caminhão ao seu lado. 


- Sério, eu te entendo. Eu fiz merda. - Ele disse se levantando do banco que estava sentado quanto estava praticando. - Mas eu esperava que, bem, você fosse me dar um tapa. - Ele agora estava sentado ao meu lado. - Eu não vou mentir dizendo que fiz sem querer, seria mentira. Me desculpe. Você não está aqui pra isso e não quero que isso te faça mudar de ideia sobre os outros, já que eu sou um idiota. 


- Sabe, hoje eu conversei muito com Ginia, ela te salvou, me fez mudar de ideia sobre te detestar ou algo do tipo, e… - Olhei para o chão. - Eu fiquei parada porquê eu quis aquilo e me deixei levar. Quando fomos interrompidos, tive noção da merda que estava fazendo e minha primeira reação foi sair e esfriar a cabeça. Hoje, com Ginia, ela me disse coisas sobre vocês que me fizeram repensar sobre o que houve. - Eu o encarei. - Escute, eu quero esquecer isso e ter a oportunidade de te conhecer, como estou fazendo com todos os outros, não quero mesmo ter essa ideia de você. Quero mesmo acreditar que você não me veja da mesma forma de ontem. Eu só tenho dois dias de trabalho, não quero problemas. 


- Tudo bem, do zero. - Ele estendeu a mão. - Prometo que vou te conhecer como minha colega de trabalho e quem sabe uma amiga. 


- Isso. Então eu também prometo ser sua colega de trabalho, sua amiga e jogar muitas coisas divertidas com você. - Apertei sua mão e firmamos o acordo.


   Depois de sair dali e deixá-lo praticar, me senti mais leve, um peso saiu das minhas costas. Começamos muito errado, mas acho que agora daria tudo certo. 



Narrador:


Você está errada.


*



P.O.V Lua


   Mais tarde, fui novamente até o camarim tirar fotos e Jimy estava conversando com com Micky em um canto afastado, mas assim que me viram, pararam imediatamente como se nada tivesse acontecido, mesmo nervosa decidi  ignorar. 


   O show ocorreu perfeito como esperado, fiz algumas fotos individuais lindas e também fiquei em baixo pra tirar foto do público eufórico. Eu ressaltei a energia da banda antes, mas o público era tão empolgado e animado que algumas vezes eu cantava junto com uma galera da frente e acho que pelo menos Chris viu. No final eu ajudei a distribuir algumas camisetas da banda ao público e foi uma loucura. Na última vez foi o Leon, mas como o local era maior, eu cuidei do pessoal da frente.  


   Depois de todo o trabalho, agradeci por estar sozinha no ônibus mais uma vez. Mais tarde o pessoal chegou rindo e conversando, eu já estava salvando as fotos novamente. Zack me mandou uma mensagem perguntando se eu poderia pedir comida num restaurante perto dali, então liguei e pedi, agora eles já estavam de volta e a comida ainda não tinha chegado, mas disse que já havia pedido, então eles só ficaram ali conversando e rindo num clima bom, uns dez minutos depois, o restaurante avisou que o deliberou chegou, então  Zack eu fomos até a frente do local para pegar a comida. 


   Nós devoramos a comida, estávamos com muita fome mesmo. 


   Quando cada um já estava deitado e pago sua parte da refeição,  eu levantei para ir ao banheiro e ao sair percebi que uma das TVs estava ligada, fui até lá e vi Jimy chorando. Ele estava chorando enquanto assistia Rei Leão. 


- Jimy? - O encarei da pia da "cozinha".


- Wow, Lua! - Ele abaixou a voz. - Você me assustou. 


- Desculpe. - Falei sussurrando. - Está sem sono? 


- Acho que sim. - Ele foi para um lado do sofá enquanto secava as lágrimas.  - Quer sentar? Eu fiz bastante chá, se quiser tomar…


- Aceito. - Respondi. - Adoro chá.


- Será que vamos ter conversas toda madrugada depois dos shows? Acho que fazer mais chá é uma boa ideia… - Ele encarou o teto.


- Talvez. - Ri. 


- Não conseguiu dormir também? 


- As vezes isso acontece, principalmente com novas rotinas. - Tomei um pouco do chá de camomila. - As vezes eu sofro muito com a ansiedade e isso é péssimo, me deixa sempre uma pilha de nervos, cheia de dor, crises emocionais, insônia… 


- Mas o que você tem agora é rotina ou ansiedade? - Ele me encarou. 


- Eu acho que agora é só pela nova rotina. Eu ando tão empolgada que as vezes esqueço até de comer.


- Quando entrei na banda, achava que esse mesmo sentimento que está sentindo agora, ia passar com o tempo, mas sempre que eu volto pros palcos e estúdio, tudo volta como se fosse a primeira vez. Essa empolgação com essa sensação boa é maravilhoso. 


- Sim, exatamente. - Eu abri um sorriso. - Eu quero continuar sentindo isso, mas também quero dormir. - Rimos em seguida. - Mas o que te levou a assistir Rei Leão às três da manhã? 


- Ah, eu não consegui dormir, vim pra cá e esse filme estava aqui, só fui assistindo. Mas, confesso que esse filme mexe muito com o sentimento das pessoas. 


- Oh, sim, isso é verdade. Eu costumava assistir esse filme muitas vezes quando era criança, meu pai não aguentava mais e já sabia todas as falas. Mas segundo ele, eu só passei a chorar quando entendi mesmo o filme, que fiquei com raiva do Scar e não me conformava com suas atitudes, sem contar o Mufasa.


- Minha nossa, sim. - Ele fez uma expressão triste. 


Bom, Jimy. Eu não sei de você, mas eu vou tentar dormir. Deveria voltar e tentar também. - Me levantei.


- Talvez eu vá daqui pouco tempo. - Ele me encarou de novo. - Só preciso de mais um tempinho. Obrigada pela conversa, Lua. Tenha bons sonhos.


- Obrigada pelo chá e pela conversa. Bons sonhos pra você também.  


   Na manhã seguinte já acordamos naquela cidade. Sim, aquela cidade. Já por abrir os olhos e me lembrar disso acordei sem muita animação, afinal, quantos anos já se passaram desde aquele acidente? Quase 4. São 4 anos de uma dor que não ia embora. Conhecia aquele lugar como ninguém que estava ali comigo, meu ensino médio, meus colegas e amigos, cafeterias, boates… eu voltei no tempo, e hoje era sábado, e também um feriado… e uma data péssima para se lembrar. 


Notas Finais


Obrigada por ler e até o próximo capítulo!


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