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História Meu baterista favorito - Será relançada - Meu irmão de coração


Escrita por: DarkkSweett

Notas do Autor


Antes de desejar uma boa leitura, vim avisar que até domingo vou postar mais capítulos que o normal, vai ser uma maratona que começa a partir de hoje! Aproveitem.

Agora sim, boa leitura!

Capítulo 7 - Meu irmão de coração


Fanfic / Fanfiction Meu baterista favorito - Será relançada - Meu irmão de coração

Depois de levantar e fazer minhas higienes silenciosamente, olhei a hora e ainda era 05:30 da manhã, todos estavam dormindo ainda. Dei bom dia ao motorista e saí, eu sabia exatamente onde ir. 


   Andei por poucas quadras e cheguei na avenida principal onde tinha uma passarela acima da pista, subi as escadas e depois escalei a grade de proteção que proibia a passagem de pessoas para cima da passarela. Me sentei em cima da passarela pra ver o sol nascer, como fazia frequentemente antes de ir para a escola. Respirei fundo, senti o vento frio daquela manhã de inverno acompanhado pelo de café dos restaurantes ao redor enchendo meus pulmões, carros começavam a aumentar de número na pista, pessoas andavam pelas ruas… a cidade estava acordando e eu amava observar isso. Mais tarde eu ia conversar com Levi e queria estar emocionalmente preparada pois seria a primeira vez que faria isso sozinha. 


   -Fiquei lá até por praticamente meia hora e depois desci. Passei na cafeteria da Edith, uma mulher muito agradável, Levi e eu adorávamos tomar café antes das aulas lá, não era sempre, mas ainda sim cada dia contava, pois ele já estava no último ano quando fui morar lá, depois passei a ir sozinha. 


- Lua? É você? - Uma mulher de cabelos longos e avermelhados de vestido vermelho e muitos acessórios veio até mim no balcão. - Que surpresa! Como vai, querida? 


- Edith!! É muito bom te ver! - Eu a abracei com um pouco de receio de toda aquela maquiagem manchar minha blusa, ela era muito vaidosa e não poupava esforços em suas maquiagens. - Eu estou bem, estou trabalhando como fotógrafa de uma banda e eles vão fazer show aqui hoje, aproveitei pra dar uma volta. E como você está? 


- Que bom! Estou bem, indo bem no meu negócio, indo bem na vida. - Ela olhou ao redor do restaurante orgulhosa. - Ben e eu nos divorciamos ano passado, ele foi embora para a outra cidade que tinha nosso outro restaurante que ficou com ele… minha vida melhorou depois disso, estou feliz. 


- Que bom Dith, estou feliz por você! - Respondi sorridente. Aquele cara era um otário, ela não merecia ele.


- Como vão seus pais? Não os vi esse ano ainda, eles têm vindo… hmm, melhor não lembrar…


- Sim, todo mês eles estão aqui. Tá tudo bem, talvez eu até os encontre hoje…


- Oh, verdade… - É  ela ainda lembrava. 


- Eu decidi aproveitar o dia por ele hoje, também quero vê-lo sozinha dessa vez. Não quis mais vir depois de alguns meses do ocorrido, era muito pra mim, mas me sinto forte agora.


- Faça o que te fizer melhor, só quero que saiba que estarei aqui sempre. Você foi muito corajosa.  


   Nós conversamos bastante depois, ela me pediu para levar a banda e a equipe para tomar café da manhã lá e que seria por conta da casa. Me surpreendi e insisti que não precisava e tudo que ela me disse foi: "você é praticamente da família, se eles são tão legais pra você como me disse, então vamos tentar deixar esse dia menos doloroso.", depois ela me obrigou à buscá-los e fui rapidamente. Era incrível como eles levantavam rápido quando se falava de comida.


- Já que acordei todos, tenho que explicar algumas coisas. - Todos me encaravam na porta do ônibus antes de andarmos até o restaurante. - Eu morei alguns anos aqui conheço bastante essa cidade. - Fiz uma pausa. - E coisas aconteceram, não me perguntem o que foi porque não vou falar. Edith, a dona do restaurante quer tornar o dia de hoje o mais confortável o possível para mim, então fez esse convite. A comida de lá é ótima, então aproveitem e comam muito! 


- Comida boa de graça! - Jimy gritou.


   Edith acabou fechando o restaurante para comermos mais tranquilamente. Foi um momento ótimo, todos sentaram juntos, riram comeram, brincaram… Edith fez amizade com todo mundo, Micky gravou para o vlog e Jimy, que estava ao meu lado ficava pronunciando palavrões em português e o pessoal ficava tentando adivinhar. Em um momento eu olhei para todos ali, capturei aquela imagem na memória, era como se tudo estivesse em câmera lenta e um filme estivesse passando na minha cabeça.  Eu estava feliz, feliz de verdade, "cada um tem seus demônios internos, cada um luta contra eles diariamente e cada um sabe da sua dor, então eu tenho que estar com quem me faz bem e no final do dia eu posso dizer à mim mesmo que eu estou vivo" foi a frase que Levi escreveu em uma das folhas de um caderno meu que arranquei dele e guardo na minha carteira até hoje. Eu estava viva, estava ali vendo tudo acontecer, agora eu senti e finalmente entendi o que ele disse… e foi gratificante. Talvez eles não tivessem noção do que é isso, talvez só queiram comer e eu não os conheça o bastante, mas eles são parte desse momento.


   Todos voltaram para o ônibus rindo e conversando, eu só ria das palhaçadas. Quando chegamos eu fui deitar mais um pouco, mas Micky me chamou e banda estava ali me encarando na "sala" do ônibus:


- Te ajudamos a se sentir melhor? 


- Com toda certeza, m-muito o-obrigada por tudo. - Engoli o choro, mas sorri. Eu estava grata demais.


- Vem aqui, abraço em grupo! - Jimy anunciou. 


   Eu não sabia mesmo como seriam os outros dias com eles, mas esse seria um dia que guardaria em meu coração, graças à eles. 


   Como era feriado, hoje seria aquele dia de andar pela cidade e ver o que estava marcado como atração, comércio e etc., então o pessoal se apressou em fazer as obrigações pela manhã, assim podiam aproveitar a tarde, eu não fiz muita coisa, meu trabalho mesmo era só pela noite, então ajudei em alguma coisinha ali, outra aqui… nada demais. 


- Lua, você está aí. Estava te procurando. - Falou Chris entrando no ônibus. 


- Oi, Chris! Em que posso ajudar agora? - Eu tinha acabado de falar com meus pais por ligação. 


- Oh desculpe, não sabia que estava ocupada. 


- Não estou, tinha acabado de me despedir.  Eram meus pais. Então pode falar que eu ajudo.


- Não era pra isso não, você já fez muita coisa hoje. - Ele riu. - Vim saber como você está. - Ele disse ainda de pé perto da escada que dava para a porta. 


- Estou bem, eu só tenho que resolver aquilo que já te avisei antes pela tarde. Se forem dar uma volta eu posso encontrar vocês depois. - Sorri.


- Então nos encontramos em algum lugar com você mais tarde, estaremos à sua espera. - Ele piscou e saiu do ônibus. 


   A forma sutil de Chris de se colocar à disposição mostrar-se preocupado é realmente muito agradável, a banda em si tinha isso, mas com certeza é algo vindo dele. 


   Assim que deu o horário de almoço, saí antes do pessoal voltar, talvez nem conseguisse ver meus pais, mas não era isso que eu tinha que pensar agora. Quando fui me aproximando do local, no caminho comprei uma Coca-Cola, sua bebida favorita e passei numa floricultura perto e comprei crisântemos brancos. 


   E agora, lá estava eu, nos portões de um cemitério para visitar meu irmão de coração.


Notas Finais


Obrigada pela leitura!


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