1. Spirit Fanfics >
  2. Meu bebê secreto >
  3. Capítulo 10

História Meu bebê secreto - Capítulo 10


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 10 - Capítulo 10


Fanfic / Fanfiction Meu bebê secreto - Capítulo 10



Nenhum progresso acontecera, e para piorar as coisas, agora havia um fator novo na situação. Um em cujas veias seu sangue corria. Um sobre o qual ele deveria ter sido informado desde o começo. Mas discutir com ela, ou expressar sua fúria pelo fato de ter ficado longe de seu bebê por tanto tempo, não o levaria a lugar algum. Não com Renata. Ela discutiria, argumentaria, e eles acabariam exatamente onde estavam... Num impasse. Lutando por calma e diplomacia, ele murmurou: 

- Acho que isso é algo sobre o que teremos de concordar ou discordar. — Por enquanto. - Mas eu mereço algumas respostas, não acha?

Ela pareceu pensativa, como se tentando decidir quanto orgulho ou privacidade lhe custaria para compartilhar os detalhes do último ano de sua vida.

- Tudo bem — disse ela após um momento, apesar de não parecer contente com a idéia.

Enquanto ele pesava suas opções e tentava decidir por onde começar, ela mudou a posição do bebê nos braços e arrumou a blusa sob o cobertor, de modo que estivesse
completamente coberta a criança, Jerónimo notou, que estava dormindo. Ele viu os pequenos olhos fechados e
uma boquinha cor-de-rosa. E subitamente soube o que mais. precisava saber.

- É menino ou menina? - perguntou com um nó de emoção na garganta.

- Menino. Chama-se Dann. Danniel.

Seu filho. Jerónimo sentiu um aperto no peito, e ficou satisfeito quando Renata virou-se para colocar o cobertor no sofá, de modo que ela não viu seus olhos subitamente marejados. Era pai, pensou, piscando e respirando fundo para tentar recobrar o equilíbrio.

Assim que ele e Renata se casaram, eles haviam discutido sobre ter filhos. Jerónimo esperara que acontecesse logo, estivera pronto para isso. Quando uma gravidez não acontecera no primeiro ano, ou no segundo, a idéia se distanciara de sua mente. 

Ficara desapontado, supunha, assim como Renata. Mas eles ainda continuavam felizes juntos, ainda otimistas sobre o futuro, cientes de que nem tinham tentado explorar todas as suas opções ainda. Se gravidez pelo velho método não acontecesse, teriam considerado adoção ou fertilização in vitro. Mas, no final, nada disso fora preciso, certo? Ela estivera grávida quando eles assinaram os papéis do divórcio.

- Quando você descobriu? - perguntou ele, observando-a mover-se pela sala. 

bebê... Dann, seu filho... Estava posicionado contra o ombro dela agora, enquanto Renata batia de levinho nas pequenas costas. 

- Mais ou menos um mês depois que nos divorciamos.

- Foi por isso que você se mudou - murmurou ele. - Imaginei que fosse ficar em Pittsburgh depois que nos separamos. Então eu soube que você tinha deixado a cidade, e nunca soube para onde.

Renata deu de ombros. 

- Eu precisava fazer alguma coisa. Nada me restava em Pittsburgh, e eu logo teria um filho para sustentar.

- Você poderia ter me procurado - disse ele, mal conseguindo esconder a raiva e o desapontamento da voz. - Eu teria cuidado de você e do meu filho... E você sabe disso, Renata.

Ela o fitou por um momento, a expressão inescrutável.

- Eu não queria que você cuidasse de nós. Não por pena ou responsabilidade. Estávamos divorciados. Já tínhamos dito tudo que tínhamos a dizer e seguido
caminhos separados. Eu não ia nos colocar de volta numa posição que não queríamos estar, apenas porque engravidei na hora errada.

- Então você veio para cá.

Ela assentiu.

- Tia Helen estava morando aqui havia poucos anos. Mudou-se para cá com a irmã quando tia Clara ficou doente. Depois que ela morreu, tia Helen falou que a casa era muito
grande para uma única pessoa e que gostaria de companhia. Infelizmente, ela nunca encontrou um problema que não pudesse ser resolvido... Ou pelo menos amenizado... Com comida, então Helen cozinhava e eu comia. Até que um dia, tive a brilhante idéia de abrirmos uma padaria juntas. As receitas de minha tia são incríveis, e eu também sempre fui habilidosa na cozinha. 

- Bom para você - observou ele.

E falava com sinceridade. Doía perceber que ele nunca soubera dos talentos de sua esposa, ou que ela preferira ir morar com a tia numa comunidade rural a procurá-lo
quando descobrira que estava grávida. Mesmo se reconciliação não tivesse sido possível, ele a teria estabelecido numa casa ou apartamento, algum lugar onde pudesse visitar e passar o máximo de tempo possível com seu filho.
Ele poderia ter lhe dado uma vida muito mais confortável do que qualquer padaria

Por mais bem-sucedida que fosse lhe ofereceria numa área rural.
Mas, então, Renata sabia disso, não sabia? Tinha total consciência da situação financeira dele. Enquanto eles estavam casados, se ela tivesse lhe pedido uma ilha particular no paraíso, ele poderia ter comprado com a facilidade com que a maioria das
pessoas comprava um pacote de balas.

Motivo pelo qual ela provavelmente escolhera mudar-se e conseguir se sustentar sozinha. O dinheiro dele nunca a impressionara. Oh, Renata apreciara as duas
semanas de lua de mel nas ilhas gregas, mas nunca quisera jóias inestimáveis ou um avião particular, nem mesmo um cartão de crédito sem limite para compras.

Quando eles haviam se casado, ela não quisera se mudar para sua casa de família, embora o irmão dele e a família residissem lá, e a propriedade fosse grande o
bastante para acomodar doze famílias com conforto. Possivelmente sem que as famílias entrassem em contato umas com as outras por longos períodos de cada vez.




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...