Acordo sentindo meus olhos pesados, sinto a ardência ao tentar abrir os olhos e enxergar a claridade. Uma forte dor em minha cabeça, percebo que eu estava amarrada em uma cadeira e logo relembro o que aconteceu na noite anterior.
Olho em volta, mas não vejo ninguém. Tento me soltar das cordas e obviamente elas estavam muito apertadas, de repente aparece um homem na sala e eu o conhecia, era Min Yoongi, o motorista do meu chefe. O que caralhos ele está fazendo aqui?
Sg— Vejo que você já acordou. — fala enquanto vinha em minha direção
— Onde eu estou e porque você também está aqui?
Sg— Você sabe demais, eu moro aqui. — Ele solta uma risada anasalada.
Não foi preciso ser um gênio com um QI altíssimo pra entender essa resposta.
— Você também é um deles.
Sg— Não está óbvio ? Vou avisar a ele que já acordou.
Ele se retira do cômodo, sem dizer mais nenhuma palavra.
Apenas fico ali pensando no que poderia acontecer, quando vejo os dois descerem e virem em minha direção Meu chefe, agora chefe de uma gangue, vestido de forma simples; calça jeans e blusa branca que deixavam seus músculos a mostra — Não sou de ferro.
Tae— Vamos ser diretos, como descobriu sobre mim?
Eu não respondi, apenas fiquei o encarando. Ele solta um riso sarcástico.
Tae— Então vai se fazer de difícil?
Não faço nada, apenas viro a cara.
Tae— Ok, você que pediu.
Ele se aproxima de mim a passos largos, segura meu rosto e o solta dando um tapa forte, que certamente ficaria a marcado
Tae— Vai falar ou vou ter que pegar pesado com você docinho?
O jeito como as palavras saíram arrastadas dos seus lábios me deixaram nervosa, não sabia mais o que pensar.
— Eu não vou falar nada. — Seguro o desespero que queria crescer dentro de mim.
Tae— Vai ser divertido. Não reclama depois.
Ele tira uma arma de sua cintura e aponta pra mim, olho para ele e escuto o barulho que fez meus ouvidos apitaram, sinto uma dor em meu braço direito e logo começo me contorcer na cadeira. Ele atirou em mim! Meu braço começou a latejar de dor, encarei o desgraçado e ele estava sorrindo.
Tae—Essa bala foi de raspão, então e melhor abrir a boca ou senão a próxima vai acertar em cheio o seu peito.
— E-eu falo! — Soltei as palavras com peso, sinto meus olhos lacrimejam pela dor.
Tae— Comece então.
— No dia em que você me pediu para vir aqui buscar a pasta, eu vi uma caixa perto dela, e por curiosidade, peguei e levei para minha casa. — Aperto minhas unhas na palma das mãos, nervosa.
Tae— Ora, ora. Temo uma ladra? — Ele sorri de lado. — Você não tinha nada que mexido lá! — ele diz quase gritando, passando a mão sobre os cabelos. — Alguém mais sabe sobre isso?
Nego com a cabeça.
Tae— Menos mal.
— Você vai me deixar ir? Eu prometo não contar a ninguém.
Ele sorri, chega a ser diabólico.
Tae— Ah minha querida, eu não posso te deixar ir, você sabe de mais.
Ele novamente aponta a arma em minha direção, escuto o disparo e fico esperando me atingir. Nada chega, abro os olhos e vejo Min Yoongi no chão com uma bala em seu braço e meu chefe abaixado do seu lado. Escuto mais barulho de tiros e janelas quebrando, fico desesperada, poderia ser acertada por uma bala a qualquer momento.
Vejo mais homens descerem as escadas com armas na mão e começando a atirar, contra seja lá quem for que estava do lado de fora.
Tae— Droga, é a polícia! Como eles descobriram?
Ele estava abaixado no chão tentando se proteger das balas.
Meu chefe vem em minha direção, me desamarra me jogando pro chão junto com ele.
Tae-— Sabe usar uma arma? — Ele pergunta como se fosse super natural. Meu bem, eu não fui criada em gangue não. A cinco minutos ele queria me matar e agora me protege?
— Não, nunca peguei em uma, só nos vídeo games.
Tae— É um começo, toma.
Ele me entrega uma arma e eu fico ali sem saber o que fazer. O peso da arma fazia meu braço doer pelo tiro.
Xx- Chefe, eles são muitos não vamos conseguir!
Tae-— Merda, vamos pros fundos. RÁPIDO! — ele grita.
Todos começam a correr, ele puxa meu braço me levantando e fazendo correr junto a eles
Tae— Todos entrem em seu carro, vamos pra casa fora da cidade.
Eles começam a entrar em carros e logo saindo da casa. Fico parada, pensando.
Tae— Tá fazendo o que parada aí? Entra logo nessa porra de carro!
Sem pensar duas vezes entro no carro e ele sai em disparada pra longe da casa, mas não demorou muito e vejo a polícia em nossa cola. Por que não fiquei com a polícia?
Tae— Merda!
Ele pega um celular e liga pra alguém.
Tae— Toma, segura esse celular e deixa no viva voz. É uma ordem.
Ele me entrega o celular e faço o que ele pediu.
Xx— Fala chefe!
Tae— Onde vocês estão?! Tem policias na nossa cola, preciso de cobertura AGORA!
Xx— Estamos voltando.
Desliga a ligação e logo vejo dois carros chegarem e começarem a atirar nos policias, fico desesperada sem saber o que fazer. Meu braço latejava, o tecido da minha blusa estava totalmente encharcado de sangue, minha cabeça começava a latejar. Ele me olhou com o senhor franzido.
Tae— Você tem uma arma na mão, e porque caralhos não está atirando?
— Eu nunca usei uma, nunca matei ninguém. — digo desesperada
Tae— Tudo tem sua primeira vez. Agora anda logo e começa a atirar neles. — ele olha nos meus olhos com raiva, era uma ordem
— Eu não consigo.
Tae— Somos nós ou eles.
De repente um tiro atravessa o vidro do carro. O vidro ao meu lado de estilhaçou e entraram cacos grandes cutucando o meu ferimento, gruni de dor.
Tae— Anda logo CARALHO! Atira!
Sinto meu coração tão acelerado que pensei que fosse explodir, eu não queria morrer. Reuni o pouco de coragem que eu tenho pego a arma apontando na viatura. Tento apertar o gatilho mais não tinha coragem
Tae— Aperta a porra do gatilho. — Seu tom de voz era forte e os dentes dele estavam serrado, seria a viatura ou a minha moral?
Por algum motivo que eu não sei qual, fechei os olhos e atiro escuto um forte barulho, assim que abro os olhos vejo que atirei em um pneu de um carro da polícia fazendo ele perder o controle.
Volto a atenção para dentro do carro desesperada e tremendo, não acredito que eu atirei contra policias.s O carros de polícia foram sumindo aos poucos, depois de um longo tempo de estrada fugindo deles chegamos em uma casa enorme onde todos começam a entrar na casa guardando os carros nos fundos. Ele estacionou o carro o saiu logo em seguida, meu braço doia, minha cabeça pesava, estava com fome. Meu chefe me encarou com a sobrancelha erguida.
Tae— Entra logo dentro da casa.
Saio do carro e entro dentro do enorme local, me atiro no sofá ainda sentindo meu corpo todo tremer.
Tae— Merda! COMO eles descobriram? — Entra batendo a porta, eu estremeci.
Xx— Não sabemos, chefe.
Ele se vira pra mim, os olhos fervendo em ódio.
Tae—Você! você contou pra eles! — Vem em minha direção e agarra meus braços, gemi de dor com o aperto.
— Eu não contei nada a eles, se tivesse contado eles teriam te levado quando colocaram os pés na empresa.
Tae— Como explica isso então? — Ele aumentou mais o aperto.
—Eu sei lá, não tenho nada a ver com isso. Se fosse para mim contar teria feito isso quando ele foram na empresa. — Falo perdendo a paciência.
Tae— MERDA!
Xx— Calma Taehyung, nós vamos descobrir quem fez isso e vamos matar todos.
Ele respirou fundo, pegou as chaves e virou em direção a voz.
Tae— Está bem, mas agora quero todos vocês fazendo algo, Namjoon e Jin, quero vocês apagando as câmeras de segurando por onde passamos e hackeando os computadores deles. Yoongi e J-Hope, quero que vocês consigam armas, Jimin você fica de olho nela, eu vou sair agora.
Jm— É muito arriscado sair agora, Tae.
Ele ignorou a fala.
Cada um pra vai para um canto, apenas um ficou ali comigo, provavelmente o que ficaria me olhando. Não dei muita bola, apenas deitei minha cabeça no encosto do sofá pensando na merda que está virando a minha vida, eu estou ferrada com todas as letras do alfabeto. Rasguei um pedaço da barra da minha blusa e apertei por cima do ferimento, senti uma dor imensa, continuei apertando mordendo uma extremidade do pano. Em seguida apaguei.
Continua...
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