História Meu Chefe JJK KTH (Taekook - Vkook) - Decalcomania

Capítulo 12:

Oi galerix, estou eu aqui com mais uma atualização, atualização na qual eu estou tendo uma parada cardíaca com medo de ter desandado a história.

Boa leitura!

[Kim Taehyung]

Em um bom domingo, alguns gostam de sair com a família ou amigos, tem também aqueles que preferem ficar em casa comendo um bom churrasco enquanto assistem futebol, já outros preferem visitar a família, existe também os que gostam de passear em shoppings, praias e cinemas, e os que gostam de fazer absolutamente nada.

Digamos que hoje eu pretendia ficar em casa descansando, mas Jimin e Yoongi me convenceram a ir com eles ao shopping assistir um filme e depois passarmos em algum bar que Yoongi recomendou. Ser sincero que a parte só do cinema não me animou muito não, mas quando colocaram a parte que com toda certeza vai ter álcool, fiquei animado para ir.

Fiquei de encontrá-los lá, Jimin foi cedo para casa de Yoongi, falaram que iriam almoçar juntos em algum lugar, que não me interessei muito em saber onde, e depois iriam para casa do Yoongi se arrumarem lá.

Então agora estou indo para o shopping escutando a música "Think", enquanto bato meus dedos no volante ao ritmo dela. O dia está um pouco mais fresco, então optei apenas por uma roupa confortável, uma calça jogger preta com um moletom cinza e um tênis branco simples, e não posso esquecer do óculos escuro, como ainda é quatro da tarde a ocasião permite um óculos escuro para completar o estilo.

O bom do fim de semana é que não trabalho, eu completamente tento tirar o máximo de horas dele para me curtir ou descansar, claro que tenho que fazer as coisas de casa e alguns trabalhos que sempre sobram para resolver em casa, mas  aproveitar é bom, sair de vez em quando, e para aqueles que gostam, como eu, encher a cara, afinal, só vivemos o dia de hoje uma vez, na próxima não será igual se fizermos hoje.

Eu fico olhando as pessoas que só vivem para o trabalho, claro que elas estão ganhando e recebendo conhecimento profissional, mas se um dia não nos arriscamos para fazer aquilo que gostamos ou sentimos vontade, vivemos a vida errada, um dia todos nós vamos morrer e quando esse dia chegar ao olharmos para trás, aproveitamos a vida? Curtimos quem está ao nosso lado nos apoiando? Realizamos algum sonho nosso nesta vida?

.

Acabei de estacionar meu carro no subsolo do shopping e agora estou subindo de elevador até o primeiro andar. Aproveito para mandar mensagens para Jimin perguntando onde eles estão.

▪︎

Eu

[16:15] Ji, já estão aqui?

Jiminie ♡

Estamos perto na loja da Gucci, sentados no banquinho em frente a ela, Taehy. [16:15]

Eu

[16:15] Já estou chegando, no elevador.

Jiminie ♡

Okay ♡☆♡ [16:16]

▪︎

Coloco o celular no bolso de minha calça assim que o elevador para no primeiro andar do shopping e eu começo a caminhar em direção a loja da Gucci.

Já avisto os dois sentados em frente a loja, porém não estão apenas os dois, tem mais uma pessoa junto com eles, uma pessoa na qual eu "conheço" assim olhando.

— Demorei? — pergunto chamando a atenção dos três para a minha pessoa.

— Não. — Jimin se levanta parando ao meu lado.

— Estamos esperando o Nanjoom também, mas pelo o que ele mandou, ele vai demorar ainda. — Yoongi fala tirando o olhar de seu celular.

— Ah sim. — olho para a terceira pessoa, que tem seu olhar completamente no celular em suas mãos. — Já viram qual será o filme? — pergunto voltando meu olhar para Jimin ao meu lado.

— O Yoon e o Jung-guk estavam falando sobre ver Invocação do Mal Três, e eu já deixei bem claro que não entro para ver esse filme nem se me pagassem, então não, ainda não decidimos, mas não vai ser nada de terror. — Jimin diz enquanto encara o namorado.

— Eu já disse que te protejo meu amor. — Yoongi diz direcionando-se ao namorado.

— Terror não, assisto o filme de romance antigo que Taehy assiste, que eu não gosto, mas terror nem pensar. 

Poderia me sentir ofendido mas vou relevar.

— Estava vendo aqui os filmes que estão passando. — Jeon fala chamando a atenção de todos. — Cruella, Viúva Negra, Sweet & Sour, A Última Carta do Amor e Invocação do Mal Três.

— Invocação do Mal não. — Jimin repete sua opinião, opinião na qual eu super concordo.

— Então "A última carta do amor" também não. — Yoongi diz. — Parece que vai ser aqueles romances que no final do filme todo mundo chora, definitivamente não.

— Que romântico. — Jeon ironiza e Yoongi dá de ombros. — Esse filme é baseado em um livro Britânico.

— Bom que você já conhece e não precisa ver. — Yoongi fala dando um sorrisinho para ele.

— Sweet & Sour então não. — Jeon avisa.

— Por que não? — Jimin pergunta.

— Apenas eliminei um. — ele dá de ombros.

— Okay Taehy decide, Cruella ou Viúva Negra? — Jimin fala para mim, mas decidir algo é muita pressão, não consigo.

— Por que eu? — pergunto.

— Porque de todos aqui você não opinou sobre os filmes e o Nanjoom vai demorar, então se você decidir agora vai ser um trabalho a menos. — Yoongi fala.

— Mas seria injusto com ele, por que não esperamos ele chegar e nós dois decidimos? — pergunto.

— Okay, vou mandar mensagem para ele para ver se já está chegando. — Yoongi diz ligando o celular novamente.

— Como é esse filme, Cruella? — o menor que está ao meu lado pergunta. 

— Acho que é a história do ponto de vista da Cruella, o que a tornou uma vilã. — Jeon explica enquanto guarda seu celular.

— Ah sim. — Jimin balança a cabeça ainda tentando compreender.

— Então Tae, vai ter que decidir sozinho. — Yoongi comenta.

— Por quê? — pergunto.

— Ele vai ter que resolver algum problema relacionado à empresa e não vai poder vir. — Yoongi explica.

— Poxa. — Jimin forma um biquinho.

— Então qual, Cruella ou Viúva Negra? — Yoongi repete aquela pergunta. 

Sei que a escolha de um filme é algo tão simples.

Fico pensativo por alguns segundos e falo a opção que mais despertou meu interesse.

— Cruella. 

— Choras Jeon. — Yoongi fala para o amigo enquanto se levanta parando ao lado do namorado.

— Cruella parece legal. — Jimin fala. — O ponto de vista do vilão, sabe, sempre só olhamos para o lado dos que dizem o mocinho da história.

— Sempre vamos ser o vilão em alguma parte da vida para alguém, não importa o que fazemos, assim como também temos o nosso vilão. — Yoongi fala enquanto anda ao lado do namorado em direção ao elevador. 

O cinema nesse shopping fica no sexto andar.

Eu vou um pouco atrás dos dois, mais próximo ao meu chefe.

— Profundo. — Jimin comentou.

— Isso faz parte da vida, infelizmente. — Yoongi diz entrando no elevador.

.

— O filme só vai começar às cinco e meia. — Jeon diz entregando os ingressos para cada um.

— Podemos fazer algo até lá. — Jimin sugere. — É uma hora, aqui nesse andar mesmo tem uma pista de gelo perto da praça de alimentação.

— Patinar no gelo? — Yoongi pergunta o óbvio.

— Isso. Vai ser divertido. — Jimin começa a puxar o namorado em direção ao local.

Estou me sentindo muito vela, na moral.

— Tem chance de noventa e cinco porcento de que eu caia. — Yoongi alerta.

— Aí amor, se você cair eu te seguro, eu protejo você. — Jimin diz simpático.

— Você não deixou eu fazer isso com o filme de terror. — Yoongi rebateu.

— Vamos fazer assim, se você não cair outro dia nós vemos o filme de terror juntos, fechado? 

— Fechado. — rapidamente Jimin convenceu ele.

.

— Eu não vou não. — falo para Jimin que vem em minha direção para me entregar os patins.

— Vai sim, todos vão Taehy. — ele explica sorrindo doce.

— Eu não sou todo mundo Jiminie.

— E é por isso que você meu amigo, vai. — ele coloca os patins em cima do meu colo. Estou sentado.

— Você está muito persuasivo ultimamente Ji. — comento já retirando meus tênis para colocar o patins.

— Que isso. — ele se levanta já com os patins no pé. — Vou na frente com o Yoon, é para você entrar viu.

— Okay. — reviro os olhos. — Você fica mais alto assim. — provoco.

— Palhaço. — ele fala já se afastando e eu ri baixo, enquanto estou amarrando os patins em meus pés.

Sinto uma pessoa sentar perto de mim e levo meu olhar para ver quem é.

— Vai patinar não? — pergunto para o meu chefe.

— Não. — ele fala balançando a cabeça em negação.

— Tem medo de cair por não saber andar? — pergunto.

— Eu sei andar de patins.

— Sei. — falo rindo enquanto me levanto. — Pode deixar que vou fingir que acredito. — começo a andar em direção à pista e meu chefe se levanta me acompanhando.

— E você, sabe andar? — ele pergunta enquanto eu coloco meus pés dentro da pista e ele fica atrás do pequeno muro que separa a pista.

— Claro que sei. — falo convicto e quando dou um pequeno passo quase caio, parecia ser tão fácil, droga.

— Sei. — meu chefe está rindo e muito do que aconteceu. — Profissional. — ele ironiza. 

— Idiota. — falo sem pensar e na mesma da hora me arrependo. — Me desculpa, não falei por mal. — peço sem graça.

— Tudo bem, já fui chamado de coisa pior. — ele fala e o riso não é mais presente.

— Eu não quis falar idiota porque você é idiota, é apenas uma forma de falar sabe...

— Tudo bem, não precisa explicar.

— Okay. — o clima ficou constrangedor, e foi culpa minha isso.

— Tenta andar. — ele fala. 

Talvez ele tenha percebido que eu fiquei sem graça com a minha própria fala, não queria ter o chamado de idiota.

— É melhor ficar aqui, está bom a conversa né. — sorrio pequeno.

— Ué, mas você disse que sabia andar.

— E você também, e outra, eu... eu só não quero. — me praguejo por embolar a palavra.

— Se eu andar você também terá que andar.

— Fechado. — falo.

 Ele nem aqui dentro está.

— Okay. — ele se distancia para a área onde pega os patins.

Puta merda, tomara que ele leve um escorregão assim que entrar nisso.

Fico observando-o enquanto ele se senta no mesmo banco que antes, para colocar o patins e eu me escoro no pequeno muro.

Assim que ele acaba ele vem em direção a pista adentrando o local sem nenhuma dificuldade, infelizmente.

— Pronto. — ele sorriu convencido.

— Aqui está muito bom, muito bom mesmo, prefiro ficar aqui. — sorrio pequeno tentando o convencer.

— Não, você falou, agora sua palavra é mentirosa?

— Não! 

E quando foi que ele começou a me provocar assim?

Quando foi que começamos a conversar assim?

— O Jimin e o Yoongi já devem estar quase saindo. — falo dando uma desculpa. — Melhor já esperar aqui.

— Acho que não. — ele olha para onde os dois mais velhos estão. — E se eles estiverem já prestes a sair, é bom que você dê uma volta.

— Ainda não estou crendo que você colocou o patins só para ter o prazer de me ver caindo. — me finjo ofendido.

— Pode acreditar. — ele dá um sorriso ladino.

O vontade de dar um soco no meio do rosto desse cara, desfazer esse rostinho dele, aproveitar e descontar todas as outras coisas anteriores também.

— Okay. — respiro fundo e vagarosamente vou indo atrás do meu chefe idiota.

Até que a visão para a costas dele não é tão ruim, ele tem um ombro largo... Kim Taehyung acho que você bateu sua cabeça na porta antes de sair de casa hoje, ou seu cérebro está com câimbra, só pode.

A lei de Murphy diz que se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível. 

Eu simplesmente me embolei na pista de gelo e um dos meus pés perdeu o equilíbrio sobre o patins, o que me faz refletir sobre a lei do retorno também, pois tudo aquilo que fazemos ou pensamos para a outra pessoa acontece conosco.

Eu não deveria ter pedido internamente com todas as minhas forças para que o Jeon caísse, pois nesse momento quem está no chão sou eu. Será que é errado se fingir de morto ou encenar que eu apenas desmaiei?

— Você está bem? — depois de ter ouvido o estrondo no chão, meu chefe se virou para trás e ainda de longe perguntou.

— Sim, acho que só virei o pé. — me sento no chão da pista de gelo apalpando minha cabeça que está levemente dolorida.

— Bateu a cabeça. — sinto a mão dele encostando de leve sobre alguns fios de meu cabelo.

— Foi de leve. — coloco força em meus braços para dar impulso e me levantar. Porém se eu não sei nem andar no gelo imagina me levantar.

— Definitivamente você não sabe andar de patins. — vejo a mesma mão que outrora estava nos fios de meu cabelo, agora estendida em minha frente para me ajudar a levantar.

— Foi só um tombo de costume. — seguro em suas mãos e me levanto.

— Sei... 

Depois de estar bem já de pé, olho diretamente nos olhos de meu chefe tendo em vista que quando ele me ajudou a se levantar, inconscientemente ficamos um tanto que próximo um do outro e eu sinto a mão dele ainda em meu braço, pois ele colocou ela afim de me dar apoio para eu não escorregar enquanto me equilibrava.

Tinha esses dias até me esquecido como eu estava me perguntando qual é o perfume dele, sem ser nele nunca tinha sentido o cheiro desse perfume.

Será que é errado eu reparar na pintinha de baixo do lábio dele? Ou como o olho dele é escuro?

Será que é errado reparar como eu posso sentir a respiração dele perto de mim?

Será que é errado eu ter gostado disso?

Acho que isso tudo foi porque eu bati minha cabeça hoje e não me lembro onde, por isso estou alucinado tanto.

— Taehy, você está bem? — nem tinha percebido o momento em que Jimin e Yoongi se aproximaram de nós.

— Sim, sim, eu só... escorreguei. — explico.

— Se machucou? — Yoongi pergunta preocupado.

— Não, foi só um susto.

— Melhor sair da pista. — meu chefe fala soltando a minha mão. Eu não tinha percebido que nossas mãos até então estavam juntas.

— Sim. — concordo.

— Ainda temos mais um tempinho na pista. — Jimin fala.

— É melhor eu esperar vocês lá fora. — sorrio fraco. 

— Tem certeza Taehy? — Jimin pergunta.

— Sim, percebi que não sei andar nisso.

— Okay. — Jimin segura a mão do namorado.

— Consegue ir sozinho até a saída Tae? — Yoongi me pergunta.

— Sim, é só eu ir devagar.

— Okay. — Jimin sorri pequeno e se afasta juntamente com seu namorado, viro-me para a saída e vou indo devagar em direção à ela.

— Seu pé está doendo? — meu chefe perguntou enquanto me acompanha.

— Não, só meu orgulho mesmo.

— Vai precisar de gelo para a cabeça?

— Não. — ri fraco. — O tombo já foi dois em um, afinal, já coloquei gelo na cabeça. — brinco.

— É, você está bem. — ele passa em minha frente saindo da pista.

— Se eu não tivesse, rolaria um afastamento do trabalho por conta da saúde?

— Não começa. — ele me ajuda a sair da pista para eu não cair.

— A saúde é importante, eu com a perna quebrada e a cabeça rachada não daria para eu trabalhar. — explico.

— Que bom que você não está, né. — ele fala enquanto eu me sento no banco para tirar o patins e ele vai pegar os sapatos.

— Eu definitivamente nunca mais volto em uma pista de gelo. — falo me dando conta do mico que eu passei.

— Daqui a pouco você se esquece e acha que sabe andar. — Jeon me entrega o meu tênis e se senta ao meu lado.

— Parece fácil, é só ficar deslizando por aí.

—CMas nem tudo que aparentemente é fácil, realmente será fácil. — ele vai dizendo enquanto tira o patins e eu faço o mesmo. — Tem que ter prática para conseguirmos algo.

— Não sabia que era filósofo. — brinco e os patins não estão mais no meu pé.

— Livros, tive que lê-los para saber o que falar em algumas ocasiões. — ele explica.

— Que tipo de literatura o senhor costuma ler? — pergunto curioso enquanto vou colocando meu tênis.

— Depende, geralmente eu procuro mais livros de ação ou romance, até mesmo os dois juntos, porém ultimamente tenho lido livros em inglês para treinar a fala.

— Então o senhor gosta de ler? — pergunto para ele que já está de pé.

— Nenhum pingo. — ele nega. — Mas se eu tiver que ler algo que eu gosto eu tento procurar obras novas, descobrir que muitas vieram do Wattpad ou outras plataformas.

— Não sabia que tinha livros assim. — falo já de pé também.

— Tem vários digitais ou físicos, são muito bons.

— Vou procurar depois como que é.

— Vamos esperá-los na praça de alimentação? — ele pergunta se virando para mim.

— Por favor, parece que todos estão me olhando só porque eu caí. — ele riu baixo.

.

Acompanhei meu chefe até a praça de alimentação e acabamos decidindo tomar um milk-shake, agora estamos esperando o nosso pedido ficar pronto.

— Aqui senhores. — a atendente nos entrega os nossos pedidos.

Um milk-shake de morango com nutella para mim e um de chocolate com morango para meu chefe.

— Obrigado. — agradeço gentil e já tomei um pouco do líquido.

Começo a dirigir-me em direção a uma das mesas do local juntamente com meu chefe.

— Já, já, começa o filme. — comento. — Será que eles vão demorar?

— Daqui a pouco eles chegam, já devem estar saindo da pista de gelo. — ele diz enquanto se senta na mesa próximo a entrada do cinema.

— Nunca mais piso naquele lugar. —  falo baixo me lembrando do maior mico da minha vida.

— Você falou isso.

— Porque eu nunca mais volto lá, definitivamente, eu senti meu rosto queimar. — falo.

— Até que não foi um tombo feio, tendo em vista que você nem se machucou.

— Machucou meu ego, meu orgulho. — explico.

— Esse dói mais que uma perna quebrada e uma queimadura mesmo. 

— Toda vez que eu fechar meus olhos vou querer enterrar minha cara na areia. O senhor estava lá, Yoongi estava lá, Jimin estava lá e um monte de pessoas que eu não conheço estava lá.

— Sendo sincero com o barulho que foi, eu achei que tinha quebrado pelo menos a perna. — ele fala rindo levemente. — Como você caiu?

— Sei lá, o patins escorregou. — bebo mais um pouco do Milk-shake, para esconder a vergonha.

— É isso que ele faz na pista, tem que impulsionar o corpo para não cair.

— E me explica isso agora? O patins parece ter vida própria.

— Você falou que sabia andar. — ele rebate.

— É, isso é verdade. — sorrio pequeno.

— Machucou a perna mesmo não? — Yoongi pergunta aparecendo ao nosso lado juntamente com Jimin.

— Não, estou bem.

— Está quase na hora do filme, a fila está começando a se formar, vamos lá. — Jimin fala e eu me levanto.

Meu chefe está se levantando e o Yoongi pega o milk-shake dele e começa a beber.

— Ei. — meu chefe protesta.

— Está quase na hora do filme, não tem tempo de comprar milk-shake. — Yoongi fala enquanto vamos em direção a fila. — Vou comprar a pipoca e o refrigerante, vocês me esperam aqui e guardam o meu lugar. 

— Okay. — Jimin respondeu.

— Me ajuda Jung. — Yoongi diz e meu chefe concorda.

Os dois saem em direção para comprar pipocas e refrigerantes.

— Ele ajudou você a se levantar, que tudo. — Jimin fala segurando o meu braço.

— Ele foi gentil, não entendi o porquê "que tudo". 

— Você é cego? Ele é cego? Todos nós somos cegos?

— Fala o que você quer dizer com isso. — o olho atento.

— Nada não, deixa quieto Taehy. — ele sorri fraco.

...

Meu chefe e Yoongi compraram pipocas e refrigerantes e agora já estamos dentro da sala de cinema.

Yoongi cismou que queria sentar na ponta então lá ele sentou, Jimin ao seu lado e meu chefe ficou sentado ao meu outro lado.

Está em uma parte do filme onde a Estella entra na vitrine bêbada e começa a arrumá-la, e a chefe dela  ainda promoveu ela, disse que ela tinha potencial.

— Eu estou achando, não sei porque, mas que foi ela que matou a mãe da Cruella. — meu chefe comenta sussurrando perto de mim.

— Foi um acidente, foram os cachorros que estavam correndo muito. — falo no mesmo tom.

— A distância era grande.

.

O restante do filme ainda trocamos algumas palavras, foi um filme bem legal até, nada de princesinha essas coisas, diria que não tem nada de infantil nesse filme, até entendi o porquê que o filme não é recomendado para menores de doze anos.

Vamos dizer que meu chefe desvendou o resto do filme, pelo menos uma parte dele. A Baronesa matou a mãe da Estella, que depois descobriu que era mãe adotiva e que na verdade a mãe de Estella, no caso a Cruella, era a Baronesa, ela ainda tentou matar a Cruella igual matou a mãe adotiva dela.

Minha infância foi uma mentira, descobri que o casaco com pele de dálmata, não é pele de dálmata na verdade.

...

Depois que vimos o filme fomos comer um hambúrguer na praça de alimentação e ficamos conversando um pouco sobre o filme.

No momento já chegamos no bar que Yoongi disse ser muito bom.

Jimin e Yoongi já pediram sua bebida e eu estou tentando escolher a minha.

— Um Dry martini para mim. — peço ao barista que logo já vai preparar minha bebida.

— A música está bem agitada, quero dançar. — Jimin comenta falando elevadamente alto por conta do som da música ao fundo.

— Vamos só terminar de beber esse copo e vamos lá, quero te mostrar algo. — Yoongi fala.

— E o que é? — Jimin pergunta ao namorado.

— Aqui senhor. — o barista entrega-me a minha bebida.

— Obrigado. — agradeço e me viro novamente para os namorados.

— Vai ser surpresa. — Yoongi explica.

— Eu amo surpresas. — Jimin sorriu animado.

— Vou querer um Negroni. — ouço meu chefe pedir e me viro para ele. Deixar de ser vela do Jimin e do Yoongi.

Bebo um pouco da minha bebida alcoólica na qual desce queimando em minha garganta e pergunto ao meu chefe:

 — Não é muito forte não? A bebida.

— Depois vai diminuindo o teor de álcool, é só para me despertar.

— Não era para começar no leve e ir depois aumentando? — pergunto.

— Eu gosto de fazer diferente. — ele explica.

— Depois não aguenta nem voltar para casa. — Yoongi comenta e coloca seu copo vazio sobre a bancada. — Me vê um boquete.

— Um boquete? — eu e Jimin perguntamos em uníssono.

— É uma bebida alcoólica, ela é doce. — meu chefe explica. Ele já está com sua bebida em mãos.

— Que nome para uma bebida. — Jimin fala. 

— Vocês deveriam experimentar, ela é muito boa. — Yoongi sugere.

— Talvez mais tarde e em outra ocasião. — o tom malícia de Jimin não passou despercebido por nenhum aqui presente.

— Okay amor. — Yoongi sorri e pega a bebida que o barista entrega-o. — Mais tarde, em outra ocasião.

— Termina sua bebida, quero dançar lindo. — Jimin fala e coloca o seu copo vazio sobre o balcão.

— Okay. — Yoongi por sua vez vira todo o líquido alcoólico de uma vez toda fazendo uma cara engraçada no final.

— Levou um soco de álcool no organismo. — meu chefe comenta.

— Agora estou mais animado. — Yoongi fala sorrindo. — E agora eu topo dançar.

— Vamos gatinho. — Jimin pega a mão do namorado e começa a conduzi-lo até a pista de dança onde tem várias pessoas, uma colada na outra.

Termino de beber meu Dry Martini e peço outra bebida.

— Vai ficar o tempo todo aqui escorado no bar? — pergunto para meu chefe.

— Amanhã eu sei a dor de cabeça que vou acordar, então prefiro ficar aqui e me controlar em relação à bebida. — ele me explica.

— Vou dar uma volta por aí, o senhor deveria fazer o mesmo, melhor se afastar de onde tem bebida. — comento.

— Parece que eu sou velho quando você me chama de senhor sem ser no trabalho. — ele fala fazendo careta e eu ri baixo.

— Como eu devo chamar o senhor então? — pergunto.

— De "você", não quero parecer um senhor de sessenta anos enquanto estou em um bar bebendo.

— Tá certo. — ri baixo. — Vou andar por aí. 

— Okay. — ele sorri sem mostrar os dentes e eu me afasto indo para o outro lado do bar.

.

Já tem um tempo elevadamente grande que eu estou procurando algo que eu ainda não achei, nenhum cara me atraiu, em nenhum dos aspectos.

Tem muito hetero top que só Jesus, e os que não são heteros vem falar como se eu fosse uma menina, quero saber o que passa na cabeça deles. Um deles me chamou de princesa gostosa. Nada contra quem gosta disso, mas sei lá, não importa minha posição na hora, eu sou igual a ele, e o pior de tudo é que nem intimidade dei, se fosse cantada, que fizesse melhor.

— E aí gracinha, percebi que você aqui sozinho. — não disse, outro sem noção se aproximou de mim.

— Está me observando? — pergunto no meu tom mais sarcástico possível.

— Digamos que sim. — aparentemente ele foi sincero. — Apenas queria saber se eu posso conversar com você, por hora, conversar.

— Depende o quão bom de conversa você é. — falo interessado, olhando para o cara ele é bem bonito.

— Posso falar aquilo que você quiser. — ele se senta ao meu lado, ele tem bastante músculo.

— E como você vai saber o que eu quero? — pergunto olhando diretamente nos olhos dele.

— Aí você me pegou. — ele riu e eu acabei rindo junto. — Podemos conversar do que você gosta.

— Acho que não, me desculpe, nós não nos conhecemos sabe, tem uns um minuto que eu soube da sua existência.

— Bom, isso é verdade, mas posso pelo menos saber seu nome? — ele pergunta interessado.

— Só se você me disser o seu. — falo.

— Wooyoung, pode me chamar de Woo, se você quiser, claro.

— Então Woo, eu sou Taehyung, mas pode me chamar de Tae, se quiser. — sorrio pequeno.

— Certo, Tae. — ele fala dando ênfase para o meu apelido. — Está sozinho aqui?

— Na verdade não, estou com meus colegas. — respondo-o educado. — E você? Se ele é curioso eu também sou.

— Com um colega meu, mas ele foi andar e acabou me deixando aqui.

— Oh, entendo. — sorrio fechado.

Eu não sei porque, mas eu literalmente me lembrei do meu chefe.

— Seus colegas estão aonde? — ele me pergunta.

— Creio que dois deles ainda estejam dançando e o outro no bar. — falo tentando olhar através de todas aquelas pessoas coladas enquanto dançam.

— O meu amigo está ali. — ele animado aponta.

— Já que ele voltou, você não se importaria se eu fosse, né? — pergunto.

—Não, tudo bem, Tae. — ele sorriu.

— Se acontecer de nos encontrarmos novamente, até, Woo. — sorrio de volta e logo me retiro de perto do Wooyoung.

Começo a passar pelas pessoas que estão dançando animadamente. Elas chegam uma se esfregando na outra.

Avisto meu chefe ainda sentado no banquinho do bar e me aproximo dele.

— Beber demais pode causar alterações. — falo atrás dele e não posso deixar de perceber que o mesmo tomou um susto.

— Se cansou de andar por aí? — ele me pergunta.

— Digamos que não achei nada legal ou interessante por aí.

— Aí decidiu voltar?

— Que isso, eu só olhei as horas, e realmente está bem tarde, e amanhã eu trabalho, sabe né, não posso me desgastar muito. — explico falando vagarosamente.

— Me diga, você fica bêbado rápido? — ele me pergunta.

— Digamos que depende. 

— Digamos que você tem o limite baixo?

— Não, limite de álcool baixo, eu sou bem forte para isso. — peço um copo de vodka com limão.

Com esse copo de bebida é meu terceiro da noite, sendo dois Dry Martini e um copo de Vodka.

— Obrigado. — agradeço ao barista. — Será que o Ji e o Yoongi vão demorar? 

— Antes das duas da manhã acho que Yoongi não sai daqui.

— Eu vou embora. — pego meu celular para mandar mensagem para Jimin.

— Eu também vou, amanhã acordo cedo. — vejo meu chefe se levantar e viro o copo de vodka, que digamos que foi uma péssima ideia, o líquido desceu quente como brasa.

— Estou indo. — me levanto rapidamente.

...

☄

...

Fomos andando pela rua, pois o bar está muito cheio, e o estacionamento também está bem cheio, então os três carros ficaram estacionados mais para o final da rua, e eu estou indo justamente com meu chefe em direção aos nossos carros.

— Uma estrela cadente. — aponto rápido para o pedaço de meteoro que está passando rápido.

— Tem que fazer um pedido. — meu chefe comentou.

— Eu não acredito nisso não. — falo. — Mas acho elas muito bonitas.

— Elas representam boa sorte ou mudanças que estão  prestes a acontecer.

— E de onde é tirado o que tem que fazer um pedido? — pergunto.

— Segundo a crença popular de alguns locais, as pessoas costumam fazer um pedido sempre que avistam uma estrela cadente. De acordo com a lenda, acreditava-se que a estrela cadente representava o momento exato em que os deuses estavam a contemplar a vida na Terra e, neste caso, seria o momento ideal para fazer com que pudessem ouvir e realizar os desejos das pessoas.

— E o que isso tem haver com a boa sorte e mudanças? — faço outra pergunta.

— Eu não sei aprofundadamente sobre isso, mas seria algo ligado que com os deuses nos olhando e se eles prestassem atenção em nós teríamos boa sorte e que depois disso algo mudaria em nossas vidas. — ele me explica.

— Isso é interessante.

— Isso é uma lenda, e dessa lenda existem várias versões, pode ser que seja verdade, ou não.

— O senhor pediu o que? — paro de andar e me viro para olhar o meu chefe.

— Que eu consiga fazer algo bom para mim mesmo, até o fim deste ano. — ele também para de andar e os seus olhos encontram o meu.

— Em que sentido? — eu realmente sou bem curioso.

— Eu não sei, só quero que aconteça algo de bom, aí eles interpretam do jeito deles.

— Entendi. — sorrio pequeno.

— Posso falar algo? — okay, isso é estranho, geralmente quem é que faz as perguntas sou eu.

— Pode. — falo meio receoso. 

— Parece que a estrela cadente ainda não foi embora. — tombo minha cabeça, confuso. 

— Como assim? — me atrevo a perguntar.

— Parece que ela está nos seus olhos. — ele me responde e não sei porque meu peito é atingido por uma dose de adrenalina me deixando sem reação.

— Meus olhos? 

Quero saber o porquê, raios do nada minha respiração ficou estranha.

— Sim.

A distância de alguns passos que nós dois estávamos vaid iminuindo, sinto ele se aproximar mais de mim.

— Obrigado? — ao em vez de agradecer eu faço uma pergunta. Eu não sei como reagir, meu corpo parece que entrou em um estado de choque.

— Por nada? — por instinto fecho meus olhos ao sentir a respiração de meu chefe próxima a minha bochecha.

Parece loucura, mas no instante em que eu senti os lábios dele encostar nos meus foi diferente, a respiração morna, os lábios dele estão com gosto de álcool, mas ao mesmo tempo estão com um gostinho doce. 

É só um beijo sem língua, mas parece que vou desmaiar, e eu posso comprovar essa minha teoria assim que eu sentir uma de suas mãos encostarem em minha cintura por cima de meu casaco.

Depois de um curto momento distanciamos nossos rostos e eu pude olhar para os olhos dele. 

Como ele pode dizer que a estrela cadente está em meus olhos sendo que os olhos dele que aparenta ter uma estrela?

...

Por hoje é só♡

Espero que vocês tenham gostado, eu escrevi com todo amor para vocês♡

Até a próxima♡