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História Meu Chefe -Livro 1 e 2 - Parte 18


Escrita por: NaayPortilla

Capítulo 19 - Parte 18


Eu falei a bessa durante aquela ída ao bar más Romeu não pareceu se importar com isso, pelo contrário, ele me incentivava a por tudo para fora cada vez mais. Eu gostava, que mulher tagarela não iria?. Eu falei sobre meu chefe, de como a gente tinha um péssimo relacionamento no início e agora estava tudo bem, claro, ocultando o fato de que a gente já transou algumas vezes, é um fato que nem todo mundo precisa saber. Eu falei sobre Emma, nossa! Eu falei muito sobre Emma, eu estava mesmo sentindo falta dela.

-Desculpa falar tanto, eu estava intalada. -Digo após dar um gole em minha bebida. Eu havia tagarelado por um bom tempo.

-Que isso, sou um bom ouvinte!. -Ele ameniza minha culpa.

-Vou deixar de falar um pouco, me conta sobre você. -Eu incentivo. Eu não sabia nada mesmo sobre ele, a menos, claro, que ele é bom de cama.

-Não há nenhum fato interessante sobre mim. -Ele dá de ombros e bebe um gole de sua bebida.

-Aposto que tem. -Eu o contesto e ele sorri.

-Bom, você já sabe que eu vim da França a pouco tempo..

-Para uma reunião em família. -Eu lembro. -Tem irmãos?. -Pergunto curiosa.

-Na verdade não. -Ele responde depois de umtempo de pausa.

-Oh, que pena. -Eu lamento.

-Por que diz isso?. -Ele quer saber.

-Também sou filha única, sempre quis irmãos. Acho que uma casa cheia é uma casa feliz. -Eu respondo, e eu acreditava mesmo nisso. Sempre quis saber como era se irritar porque sua irmã pegou sua roupa sem permissão ou seu irmão te dedurou para a sua mãe.

Apesar disso, eu reconhecia que tendo os pais que tive, fosse melhor eu ter sido filha única mesmo, acho que seria melhor ainda se não tivessem tido filhos. Meu pai, bom, acho que deu para entender que ele foi péssimo durante quase a minha vida toda. E minha mãe, o que dizer de uma mulher que abandona seu próprio bebê com um pai péssimo? Nenhum telefonema foi dado depois, nenhum sinal de que estava bem, ela não voltou nunca mais. Não sei se está viva, se teve outros filhos. Uma parte de mim gostaria de reencontra-la e dizer que, não graças a ela, eu estava bem, que consegui me virar apesar de tudo. Más a maior parte não a queria por perto, não queria vê-la seja lá onde ela esteja. Para todos que perguntavam eu dizia simplesmente que ela havia morrido quando eu nasci, para mim, ela tinha...

-Kayla. -Romeu chama estalando os dedos na frente do meu rosto.

-Perdão. Eu me perdi em pensamentos. O que dizia?..

E ficamos conversando por mais meia hora, ele contou que logo voltaria a França para resolver umas coisas más que poderia voltar sempre e até o faria para me ver mais. Eu não contive um sorriso.

Eu assustei quando olhei as horas em meu relógio de pulso. Estava bem tarde e eu tinha que trabalhar no outro dia. Pedimos a conta e ele gentilmente pagou sozinho. Me deu até uma carona para casa e claro, eu agradeci com um beijo, um beijo que teria continuado se eu não precisasse mesmo acordar cedo no outro dia. Nos despedimos e eu entrei em casa antes dele ir embora.

Romeu era um cara legal, eu estava gostando de ter sua companhia. Más ele ainda não era Matteo e nem Emma, eu pareço uma pessoa má comprando ele com os dois? Ok, talvez seja injusto da minha parte, eu reconheço.

Subo e tomo um rápido banho. Pego meu celular e nada de mensagens de Emma. Eu já estava perdendo a paciência, então decido eu mesma tomar a iniciativa gravando um áudio.

-Espero que tenha tido uma boa noite porque a minha poderia ter sido melhor. Saí com o gato da boate hoje e poderia ter transado más ao invés disso, eu fiquei tagarelando e contando sobre o fato de ter brigado com a minha melhor amiga. Caso não tenha entendido, estou me desculpando com você e queria propor o seguinte acordo: você não fala mal do Matteo para mim e em troca, eu tento dividir melhor o meu tempo entre vocês. É isso, espero sua resposta.

Envio a mensagem antes de me arrepender, é questão de eu somente fechar os olhos para pegar no sono.

A noite pareceu ter durado cinco minutos porque quando o celular desperta, eu tenho a sensação de ter acabado de me deitar. Eu estava terrivelmente cansada más nada que um bom banho não resolva.

No caminho até a empresa eu me lembro da mensagem que enviei a Emma ontem a noite, então checo o celular más não há nenhuma resposta, é frustrante.

Assim que as portas do elevador da empresa se abrem eu desço, dou bom dia para Emma por pura educação e vou seguindo em direção a minha sala quando me chamam.

-Ei!. -Eu me viro para olhar e ela sorri.

-Peguei seu café. -Ela tira um copo fechado de plástico de trás de sua bancada. -Te dei um tempo para se arrepender da mensagem, percebi que tinha bebido. -Ela estende o copo e eu sorrio aliviada por ter dado certo eu dar aquele passo.

-Não o bastante. -Digo indo até ela. Um copo de café era tudo o que eu precisava para me acordar de vez dessa terrível sonolência. -Obrigada pelo café. -Digo tirando a tampa. Minhas narinas são invadidas imediatamente pelo delicioso aroma inconfundível.

-Não há de quê. -Ela sorri. -Desculpa ter dito aquelas coisas horríveis para você, não é o que eu penso eu só estava irritada. -Ela justifica.

-Está tudo bem, acho que nós duas erramos. Vamos só esquecer. -Eu não queria ficar lembrando, só nos desculparmos já era o bastante.

-Tudo bem.. ah, o chefe pediu que fosse a sala dele quando chegasse. -Ela me informa.

Puta merda o que eu fiz agora? Podemos estar tão bem quanto for, meu corpo sempre vai gelar quando alguém me disser que o chefe está me esperando em sua sala. Não me perguntem o porquê.

-Está bem, então eu vou lá. -Digo sem esconder o quanto eu fiquei nervosa com aquela simples frase. Sabe quando seu pai diz que quer conversar com você mais tarde e você fica puxando na memória se aprontou alguma coisa? O sentimento era parecido.

-Entre!. -Ouço sua voz firme assim que dou duas batidas na porta de sua sala.

-Com licença, o senhor mandou me chamar?. -Pergunto fechando a porta atrás de mim.

-Sim, sente-se por favor. -Ele aponta para a cadeira a sua frente e eu me sento depositado meu café em sua mesa.

-Tenho uma boa notícia. -Ele anuncia sorrindo e eu não deixo de sorrir também, era involuntário, seu sorriso é contagiante e esvaiu todo o receio que me acompanhou ao entrar naquela sala.

-Pois diga. -Eu incentivo.

-Sugeri uma ideia sobre o tema da festa que ocorrerá o leilão e a equipe que organiza concordou, talvez porque eu seja o CEO da empresa más isso não vem ao caso. -Ele comenta com modéstia e eu nego rindo.

-E qual será o tema?. -Eu pergunto curiosa.

-Percebi que você gosta de romances de época, pelo livro que lia no avião durante a viagem, então eu sugeri que o tema para as vestimentas do leilão fossem iguais as vestimentas de romances de época. -Ele conta e eu me levanto tão empolgada que se eu não tivesse posto meu café na mesa, o derrubaria.

-Está brincando!. -Eu acuso ainda eufórica o vendo negar, ele não estava brincando. Eu estava em êxtase, sempre achei vestidos de época a coisa mais linda e sempre quis usar um, era a oportunidade perfeita.. más.. -Oh, droga. -Eu me sentei de volta na cadeira. -Esses vestidos são caríssimos. -Eu sei porque mesmo sem ter onde usar, já quis comprar um.

-Para isso, tem o cartão da empresa. -Ele o tira de sua gaveta e me entrega.

-É tentador más eu não posso fazer isso. -Eu recuso.

-É um evento da empresa, você teria que fazer esse gasto por conta da empresa, nada mais justo que o custo venha da empresa. -Ele dá de ombros.

Fazia sentido más ainda parecia errado.

-Não pense tanto! Como o evento é nesse fim de semana, vou dar duas horas a mais de almoço para você e Emma poderem ir as compras. Ela me contou que fizeram as pazes. -Ele diz.

-Vai fazer isso com os outros funcionários também?. -Eu pergunto sobre a empresa cobrir os custos.

-Talvez só com os que também não teriam dinheiro para comprar, vou conversar com todos, não se preocupe. -Ele promete.

-Está bem. -Eu sorrio. -Vou ir para a minha sala. -Digo antes de me retirar. Por fora eu estava tranquila más por dentro estava eufórica e mal podia esperar para contar para Emma.

...



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