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História Meu Chefe -Livro 1 e 2 - Parte 35


Escrita por: NaayPortilla

Capítulo 36 - Parte 35


Girei a maçaneta da porta e entrei com ansiedade em saber exatamente que assuntos Paola tinha para ser tratados com meu namorado com tanta urgência, que ela não poderia esperar uma outra hora. Eu nem tive tempo para tentar adivinhar ou chutar as possibilidades, mas o que quer que tivesse passado pela minha cabeça eu desconfio que nem se aproximaria da realidade desta cena: Paola estava chorando tão descontroladamente sentada no pequeno sofá da sala que até mesmo eu me preocupei.

-Você está bem?. -Pergunto cautelosa com receio em me aproximar. Ela me olha e eu consigo notar o desgosto em seu olhar, ela não esperava que eu fosse recebe-la.

-Eu preciso do Matteo. -Ela funga e me encara. Por um momento para de chorar e eu suspeito que não seja um choro completamente real.

"Preciso do Matteo" três palavrinhas aparentemente inofensivas más que fizeram meu estômago revirar.

-Ele não pode te atender agora, está em reunião. -Qualquer que seja a futilidade que a trouxe até aqui hoje terá que esperar. Não deve ser um assunto importante ou em relação aos pais de Matteo já que se fosse o caso, eles ligariam sem hesitar.

-Você não está entendendo, eu preciso dele aqui, é muito importante!. -E ela volta a chorar, uma cena que não me comove nem um pouco desta vez.

-Se puder me adiantar o assunto, talvez eu possa...

-Não, eu não posso te adiantar o assunto. Quer saber? Eu mesma vou até ele. -Ela se levanta e antes que ela possa passar pela porta eu cruzo e paro em sua frente impedindo que ela saia. -Saia da minha frente, eu preciso ver meu primo. -Ela pede, o rosto molhado.

-Como eu disse: ele não pode atendê-la agora. -Eu insisto.

-Você acha que está falando com quem?!. -Ela aumenta o tom de voz inesperadamente.

-Bom, você está falando com kayla Russell, braço direito do chefe desta empresa e com a autorização que eu tenho, estou te dizendo que agora não é uma boa hora!. -Apesar de querer gritar ainda mais alto que ela, eu mantenho meu tom de voz calmo e baixo.

Paola estreita os olhos e está perto de retrucar quando Matteo abre a porta.

-O que está havendo aqui?. -Ele pergunta visivelmente irritado. -Deu para ouvir os gritos da sala de reuniões. -Ele reclama.

Paola então volta a chorar no instante seguinte, é patético o quanto aquele choro desesperado soava falso. Más parecia não soar falso o bastante para Matteo que caiu como um patinho e abriu os braços para recebê-la.

-O que aconteceu?. -Ele pergunta para ela que tenta responder alguma coisa más tudo o que sai de sua boca, são sons de desespero em meio ao choro. -Tudo bem, Kayla, vá até a sala de reuniões e dispensa o Sr. Ramirez. Diga que surgiu uma emergência e que eu entro em contato com ele depois.

-Tem certeza disso?. -Eu pergunto, ele não quer que eu vá até a sala e seja obrigada a trocar palavras a sós com aquele nojento, quer?.

-Sim. Peça também para Emma trazer uma água com açúcar. -Ele pede por fim acariciando os cabelos louros da prima.

-Sim senhor. -Digo enfatizando a segunda palavra, saindo da sala fechando a porta atrás de mim.

-O que houve?. -Emma curiosa me esperava ao lado de fora.

-Nada. Leve um copo de água com açúcar para acalmar a moça, eu vou até a sala de reuniões.

Deixando Emma para trás eu respiro fundo enquanto marcho em direção a porta. A abro e o nojento mexia no celular distraído, só de olhar para ele meu corpo inteiro fica em alerta, mais precisamente meu estômago que gira feito uma roda-gigante.

-Com licença. Desculpe, houve um imprevisto e o Sr. D'Angelo teve que se ausentar. Quando houver uma oportunidade ele entrará em contato com o senhor. -Eu preferi falar tudo ali de pé, se eu me aproximar dele mais do que o necessário poderia vomitar ali mesmo.

-É uma pena, más eu poderia esperar pacientemente se a senhorita me fizesse companhia. -Ele desvia o olhar da tela para me fitar.

-Não será possível. -Eu digo somente.

-Poderíamos sair qualquer dia desses. O que gosta de fazer?. -Ele continua a tentar.

Nada que o senhor participe era a vontade de eu responder.

-Eu sou comprometida senhor. -Deixar claro que eu não estou afim não estava sendo suficiente como na maioria das vezes. Uma vez eu percebi que infelizmente os homens tendem a respeitar mais uns aos outros do que nós mulheres, eles tendem a desistir das investidas quando tem um outro homem na jogada.

-Eu sei, más não é incomum que em relacionamentos existam amantes. -Ele diz. -Não é a posição que eu queria de fato, más para ter a senhorita em minha cama, é válido o esforço.

-O senhor está me desrespeitando. -Eu digo incrédula, ainda zonza com as palavras que acabo de ouvir.

-Não exagere, olha, pense bem. Eu vi a pulseira que está usando e imagino que Matteo quem tenha lhe dado. Se formos amantes, eu lhe darei o dobro ou até mesmo o triplo do que ele está disposto a oferecer. -Ele oferece.

"Pense na empresa, pense em seu emprego, pense no escândalo." As palavras não paravam de rodear em minha mente e foram elas que me impediram de saltar sobre aquela mesa, e enfiar uma das canetas ali nos olhos daquele assediador nojento. Confesso que imaginar a cena fora bastante reconfortante.

-Eu vou me retirar, o senhor D'Angelo entrará em contato com o senhor depois. -Eu digo antes de me virar e sair as pressas dali antes que ele pudesse soltar mais alguma pérola.

Passo feito um furacão e vou direto para a minha sala, eu fecho a porta atrás de mim e entro no pequeno banheiro para encarar meu reflexo no espelho.

Ser assediada fazia eu me sentir um pedaço de carne a exposição para os cães de rua. Se é que seres tão repugnantes como os assediadores poderiam ser comparados a animais indefesos. As vezes me passava pela cabeça que se eu não me produzisse tanto, talvez eu passasse despercebida. Só que eu também sempre tive um lado consciente que sabia que não importasse como eu estivesse vestida, sendo uma saia curta ou enrolada dos pés a cabeça como uma múmia, os olhares, ou os assobios sempre viriam. Menos mal se não passarem disso.

Duas batidas na porta me tirou dos pensamentos obscuros me trazendo de volta a realidade.

Matteo era quem estava do outro lado, eu ouvi a sua voz e sabia que se eu saísse do banheiro naquele estado, ele logo perceberia que algo estava errado, e provavelmente teria alcançado o Sr. Ramirez e teria feito ele engolir pelo menos dois dentes, eu deixaria. Não é como se ele não merecesse.

-Vou ter que dar uma saída com Paola. Dispensa os funcionários e adie meus compromissos, te vejo em casa. -Ouço ele falar alto.

Ele teria que dar uma boa explicação que eu teria pedido se ele ainda estivesse ali quando eu abri a porta.

Que assunto tão urgente era esse de Paola para ter conseguido arranca-lo da empresa?. Que assunto merecia tanto a atenção dele que o fazia ficar tão distraído sobre o que acontecia a sua volta?.

(...)


Eu não sei em que momento, más eu acabei pegando no sono quando ainda estava no sofá da sala. A Tv estava ligada e era a unica coisa me fez companhia por longas horas. Olhei as horas no celular e já passava das onze. Nem sinal de Matteo.


Mandei mensagem para seus pais e eles não sabiam onde ele tinha se metido, mandei mensagem para Romeu que sabia tanto quanto os pais. Eu não o via a horas, ele não dava sinal de vida a horas o que era preocupante, eu cheguei a mandar mensagens, tentei ligar e nada. Provavelmente ele estava com Paola más eu não tinha contato nenhum dela. O que só me enfurecia.


Matteo estava com o celular sempre carregado então a bateria não era um problema, até porque as ligações chamavam por um tempo antes de cair na caixa postal.


Eu tentei ligar mais uma vez e nada. Eu estava tão furiosa que eu poderia socar a primeira pessoa que aparecesse em minha frente, de preferência que fosse ele.

Más eu não poderia guardar toda aquela raiva dentro de mim sem que ele sentisse nada, uma mulher irritada se torna mestre em vingança. O tolinho saiu com tanta pressa da empresa para acompanhar a prima, que acabara por esquecer as chaves do apartamento penduradas na parede da sala. Já que ele já passou boa parte do dia fora de casa que passasse o dia inteiro.

Levantei-me do sofá decidida, peguei as chaves que estavam sobre a mesinha e tranquei a porta, apaguei as luzes, desliguei a Tv e subi para o quarto onde me senti abraçada pela enorme cama que agora, tinha mais espaço para mim. Seria uma ótima noite calma e tranquila de sono, ele poderia se esgoelar de gritar, se ele não derrubasse a porta com as próprias mãos então ele não entraria porque eu me recuso a atende-lo.

...



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