História Meu Companheiro, Meu Amor - Um toque do destino

Ryder

Chego correndo do colégio pronto para ver meus filhotes.

Tenho tantos planos para eles, na verdade acho que se eu parar para pensar, meus planos envolvem toda a Bahia da aventura.

A tanto que poderemos fazer..quando eles crescerem mais.

Mas ate lá eu juro me dedicar a coloca-los no caminho..

_Ai !_ disse ao trombar em algo.

Era meu pai.

_Ryder o que te falamos sobre correr enquanto esta fantasiando._ disse ele levantando uma sobrancelha pra mim.

_Posso acabar sendo atropelado, desculpe pai._ digo ao passar apresado por ele.

_Ryder espere._ me chamou ele.

Olho.

_O que foi ?_ lhe pergunto.

Ele se aproxima de mim com um pano enrolado em um de seus braços.

_Tenho algo para você._ diz ele ao me entregar delicadamente o pano.

Eu me aproximo dele e tento pegar o que estava aninhado em seus braços.

Mas ele me censura.

_Cuidado_ diz ele ao me passar o pacote.

Eu estendo as duas mãos e pego aquela trouxa de pano com todo o cuidado do mundo.

Era um pouco pesadinho, não muito mas dava para dizer que havia algo no meio desses panos.

_O que e isso pai ?_ lhe pergunto.

_Ora tente adivinhar._ me diz ele.

Foi quando ouvi um choro.

Eu reconheceria esse choro em qualquer lugar, o som do choro de um filhote.

Tomei extra cuidado ao desembrulhar o pano e vi um lindo filhotinho branco dormindo.

Meu sorriso foi de orelha a orelha.

_O senhor Frey o encontrou boiando em um grande ramo de algas envolto neste cobertorzinho._ disse ele.

Meu coração deu uma pontada de dor.

Olhei incrédulo para ele.

_O que disse ?_

_Eu sei filho, eu sei a muitas pessoas mas no mundo mas as piores pessoas são as que fazem esse tipo de coisa com uma criaturinha tão indefesa como essa._ diz ele.

Fiquei com raiva.

Como alguém poderia fazer isso, Deus era só um bebe ainda, e mesmo que não fosse.

_Já falei com sua mãe e nos achamos que ele poderia fazer parte do seu time, e claro você já tem um bom grupo de filhotes lá dentro, se achar que mais um e demais pode pelo menos cuidar dele por um tempo ate nós.._

_Marshall._ digo sorrindo o levantando em meus braços.

_Como ?_ me pergunta meu pai

_Marshall, esse vai ser o nome dele._ digo acariciando sua barriga.

Pra minha surpresa a sua patinha traseira esquerda deu uma leve sacudida.

Eu ri e o levantei ainda mais alto.

_Não me importo que tenham abandonado você, por que agora você tem uma nova família e nos nunca vamos te deixar._ digo já o levando para dentro.

Escuto a risada do meu pai entrando bem atrás de mim.

_ você não decepciona meu filho, estou muito orgulhoso de sua decisão._ me fala sorrindo.

_Já escolheu um nome não e ?_ me pergunta minha mãe.

_Sim, vai ser Marshall._Digo.

_Pensei que dessa vez eu poderia escolher._ diz ela fazendo uma falsa carinha triste.

Mas sorrindo depois.

_Mae você já escolheu o nome da Skye e o papai o do Rocky, já não esta bom ?_ pergunto, embora eu já saiba a resposta.

_Não !_ dizem em uníssono.

Eu riu.

_Ele e lindo mas parece tão pequeno, tem certeza que e um garoto filho ?_ me pergunta ele.

Sorriu.

Eu o levanto lhe mostrando seu pipi.

_Absoluta, mas para um dálmata sim ele e bem pequeno._ digo

_Dálmatas não tem pintas ?_ pergunta mamãe.

_Sim mas os recém nascidos nascem sem nenhuma, elas só vem mais tarde._ falo.

_Ok sabichão que tão apresentar ele aos seus novos amigos, esta ouvindo só ?_ me diz ele ao ouvirmos os latidinhos_ Acho que eles sabem que um novo coleguinha chegou, não os faca esperar._ diz ele.

_Tem razão pai._ subi as escadas de vagar, pois poderia derrubar o Marshall e isso seria muitíssimo ruim, e fui para o meu quarto.

Abrindo a porta somos recebidos com muitos au-aus.

Eu riu, pare que meu pai tinha razão, mas como eles sabiam.

_Calma pessoal._ os acalmando.

Eles param de latir e ficam esperando.

Rio de novo, mais que filhotes espertos.

_Pessoal esse aqui e o Marshall._ digo ao coloca-lo dentro do cercadinho junto com os outros._Ele e o novo integrante de nossa equipe espero que cuidem bem dele e sejam legais com ele também._ falo enquanto eles vão o rodeando.

Fico de olho neles por uns minutos para ver como seria a interação deles com o Marshall, sei que todos vão se dar bem, mas apenas por precaução.

No inicio eles ficaram o examinando, mas depois eles logo voltaram a brincar com seus brinquedinhos.

Mas o Marshall não.

Ele ficou sozinho em um canto e não parecia que ele estava pronto para brincar com os outros.

Essa não.

Eu penso em pegar ele e coloca-lo em minha cama, ele poderia estar traumatizado depois de ter passado por tanta coisa.

E poderia estar estranhando, tudo ao seu redor era novo pra ele afinal.

Foi quando Chase, meu primeiro filhote, e o mais velho da turma se aproximou dele.

De inicio Marshall pareceu ter medo dele pois se encolheu.

Mas aos poucos Chase foi se aproximando, e ganhando ele.

Chase se aproxima dele e lambe sua bochecha, isso parece ter funcionado.

Logo eles dois estão rolando um em cima do outro e latindo.

Suspirei de alivio.

_Esse e meu garoto, estou orgulhoso Chase._ digo roubando as palavra que meu pai havia me dito mais cedo.

Me aproximo olhando para os dois e toco em seus rostos.

_Vocês dois serão uma dupla incrível, mau posso espera pelas aventuras que nos aguarda._ digo lhes dando um cafune.

Chase late e me lambe.

Eu rio.

Foi quando uma pequena patinha tocou meu rosto.

Marshall.

Olhei dentro de seus olhos, eram lindos.

Ele parecia estar sorrindo, enquanto me dizia que confiava em mim.

Tudo parecia tão certo, sempre pensei que estava faltando alguma coisa em nossa equipe, mas não sabia dizer o que era.

Ate ele chegar.

Não sei como dizer.

Mas tudo que posso dizer e que isso só poderia ter sido o destino.