O resto da semana passo voando. Na sexta feira, Eadlyn acordou cedo, pois estava muito nervosa com a audiência daquele dia. Ela saiu debaixo do braço de Remus, que ainda estava em um sono pesado e se sentou em uma poltrona no canto para observar o amado. Ela pensou em como tinha sorte de ter esse homem só para ela.
- Remus John Lupin, eu te amo tanto. – ela murmurou baixinho. No silêncio do quarto ela podia ouvir os ruídos de fora. E barulhos bem comprometedores vinham do quarto do Sirius. Ela riu para si mesma. Levantou-se para tomar um banho. Pouco depois, Lupin acordou e percebeu que Eadlyn não estava mais ao seu lado. Então ouviu o som do chuveiro e foi até o banheiro. Ele tirou a boxer e entrou no banho com a menina. Ele nunca se cansaria dela. Tinha certeza disso. Então os dois começaram uma dança nada silenciosa dentro do banheiro, por sorte o som do chuveiro abafava os barulhos. Ao fim do banho. Eles se enxugaram e foram se trocar. Assim que entraram no quarto, os sons vindos do quarto de Sirius tinham aumentado.
- Mas que diabo é isso? - perguntou olhando para Eadlyn.
- Sirius! – ela respondeu – Tonks deve ter dormido aqui.
- Nossa! Eles podiam tomar cuidado com o barulho, não? – falou o Homem. – O que Molly e Arthur vão pensar?
- Ah! Eles devem estar ocupados demais para pensar. – e deu um sorrisinho tímido para ele. – Bom, vou fazer o café da manhã. Você quer alguma coisa especial para comer?
- Pode ser você? – perguntou ele com uma risada. – Você tá me deixando mal acostumado sabia? Quando eu morava sozinho eu tinha que me virar para comer, e agora você faz comida pra mim o tempo todo.
- Meu amor, eu quero te mimar cada vez mais, até que você já não saiba viver sem mim. – Respondeu a menina. Dando um beijo logo em seguida em Remus.
- Eu te amo, Eadlyn! Já não sei viver sem você. – devolveu ele. Deixando ela nas nuvens. – Amor? Você quer namorar comigo? Assumir um compromisso sério? Vou falar com seus irmãos e tudo.
Eadlyn ficou sem reação, encarando ele. Tentando chegar à conclusão de se era sério ou não. Assim, que acreditou. Ela se jogou em seus braços.
- Sim! Sim! Sim! É o que eu mais quero. – enchendo ele de beijos.
Ele riu abertamente da empolgação dela. E disse:
- Quando eles vierem para as férias eu vou conversar com eles. – ela assentiu sorrindo.
- Agora vem namorado, vamos comer comida de verdade – completou quando viu um sorriso malicioso se plantar em seus lábios.
- Certo! – eles desceram as escadas e se encaminharam para a cozinha que não tinha ninguém. A menina começou a fazer ovos, bacon, e um bolo de chocolate porque era o preferido dela e de Lupin, 30 minutos depois, estava tudo pronto. Lupin colocou a mesa e se sentou para comer com Eadlyn.
- Estou com um pouco de medo sabe?- perguntou olhando para ele. - Não sei o que esse encontro com o ministro me reserva.
O Rosto dele mudou de forma, ganhando uma máscara de tortura. Era muito difícil para ele deixara a namorada ir conquistar outro homem. Mas ele sabia que era pro bem da missão. Por isso ficava calado.
- Eu não quero que você vá. – falou a menina. – Ouviu? Eu não quero você lá.
- Eu vou!
- Não, primeiro, que você é muito conhecido, pode estragar todo meu plano. Segundo: se você estiver lá, eu não vou conseguir fazer o que preciso. – explicou a menina. A tortura aumentou no rosto dele se misturando com tristeza. – Você precisa confiar em mim. É você que eu amo. E sempre vou amar. Sempre. – ela disse isso selando seus lábios.
- Uow! Não sabia que vocês já estavam assim! – Exclamou Sirius de pé na porta, ao lado de Tonks. Que abriu um sorriso para Eadlyn.
- E você seu cachorro, podia aprender a usar o abafiatto. – Eadlyn disse com um sorriso no rosto. - Desculpa Tonks, mas eu precisava dizer isso.
Ela apenas riu e se sentou para comer. Pouco depois Arthur e Molly também chegaram.
- Tonks? Você vai para o ministério agora? – perguntou Arthur.
- Não Arthur, só pela tarde. Fiquei encarregada de levar Eadlyn para lá. – respondeu a garota.
Ele assentiu. E comeu sua comida rapidamente. Depois se levantou, deu um beijo em Molly e saiu. Eadlyn olhou para o namorado, mas ele continuava pensativo e de cabeça baixa. Ela pegou sua mão e depositou um beijo na palma.
- Fica calmo, vai dar tudo certo. Confia em mim. – implorou para ele. Que abriu um esboço de um sorriso.
- Eu confio meu amor! Eu confio. – Garantiu. Dessa vez até Sirius percebeu que a situação não era engraçada. E não comentou nada.
O resto da manhã passou tranquilo, Eadlyn, Tonks e Molly fizeram o almoço. Depois os cinco se sentaram pra comer. Fleur que tinha passado o dia fora resolvendo coisas do casamento também chegou. Junto com Charles que tinha a acompanhado. E Gui finalmente desceu, depois de finalmente passar o efeito da poção de regeneração que Snape deu a ele. Já que o estrago havia sido maior nele, pois fora mordido. Por sorte não era lua cheia. Então Gui não iria se transformar.
Eles comeram e depois Eadlyn foi se aprontar para sair com Tonks, queria estar lá um pouco antes. A menina subiu, tomou um banho caprichado, esfoliou e hidratou todo o corpo. No fim estava com cheiro de lírios e baunilha. Fez uma maquiagem leve, no entanto caprichada, lápis marrom, rímel preto, sombra marrom, um pouco de blush e batom rosa levinho. Secou o cabelo loiro, e deixou seus cachos rebeldes presos em uma trança lateral. Quando saiu do quarto Lupin estava deitado na cama de bruços, com a cara enterrada nos travesseiros. Ainda de roupas íntimas, Eadlyn se aproximou dele e depositou um beijo em suas costas e acariciou seu cabelo. Ele se virou e a puxou para um beijo apaixonado.
- Eu te amo! – Ele falou. Eadlyn percebeu que ele repetia isso com frequência anos últimos dias, como se quisesse a fazer gravar isso.
- Eu sei que você me ama. – ela garantiu. – Do mesmo jeito que eu amo você. – e deu um selinho nele. – mas, preciso me arrumar.
Ela se levantou e foi até o guarda roupa, de onde tirou uma calça preta justa. Uma botinha de salto. E uma blusa de seda Rosê. Por cima de tudo isso sua capa bruxa preta.
- Vestida para matar. – murmurou se olhando no espelho.
- Para me matar você quer dizer. – Falou Lupin. – Como você quer que eu fique tranquilo com você saindo assim?
A menina riu e selou seus lábios nos dele. – Seu bobo – Ela murmurou. Logo depois ouviram batidas na porta.
- Eady? Já está pronta? – Era Tonks.
- Tô sim. – ela correu e abriu a porta. Tonks deu uma longa olhada nela e disse:
- Garota, você vai arrasar. Agora vamos.
- Tchau amor! Me deseje boa sorte. – Ela disse para o namorado que ficou na cama.
Elas chegaram via Flu no ministério. E rumaram para o saguão. A atuação de Eadlyn iria começar. Tonks saiu e se misturou. Eadlyn deveria deixar sua varinha com o segurança, mas ao chegar lá para sua sorte, O ministro vinha voltando do seu almoço. Ela se aproximou do segurança e ele pediu sua varinha.
- Não posso ficar sem minha varinha. – ela falou alto o suficiente para que o ministro ouvisse. Pelo canto do olho ela viu que ele prestou atenção.
- A senhorita não pode entrar com ela, sinto muito senhorita. – replicou o segurança.
- mas eu não posso, não posso. – Eadlyn começou a ficar desesperada.
O ministro se aproximou para ver o problema.
- O que está acontecendo aqui Argo? – ele perguntou ao segurança.
- A senhorita tem uma audiência com o senhor hoje. Mas não quer deixar a varinha aqui.
- me desculpe senhor! É que depois de ter sido atacada por Greyback, tenho muito medo de ficar sem minha varinha. – ela disse com lágrimas nos olhos.
O ministro parecia ter entendido a situação da menina.
- Claro, não se preocupe minha querida, nada vai lhe fazer mal aqui. – Ele garantiu a ela.
- O senhor jura? – perguntou a menina. – o senhor vai me proteger?
- Sim, eu mesmo farei sua segurança aqui dentro minha querida! – ele falou.
- Tudo bem! – relutante ela entregou sua varinha ao guarda e seguiu o ministro para sua sala. Eles pegaram o elevador e pararam no andar da sala do ministro. Caminharam em silêncio e entraram em uma sala ampla. Lá ele pediu que ela se sentasse em uma cadeira de frente para a mesa principal. E assim Eadlyn o fez.
- Qual seu nome? – ele perguntou.
- Eadlyn Evans Potter – respondeu a menina.
- Quantos anos você tem?
- 23, senhor.
- Tem família?
- Dois irmãos, que estudam em Hogwarts. Meus pais morreram há muito anos.
- Sinto muito! Conte-me o que aconteceu naquele dia querida.
- Bom, Fleur, uma grande amiga minha irá se casar muito em breve.
- Sim, com o filho do Sr. Wesley, estou certo?
- Sim, bom, ela precisava comprar algumas coisas para o casamento, então ficamos de fazer isso. Nos dividimos para fazer as coisas mais rápidas, eu fui com o noivo, ela com o irmão do noivo. Assim que chegamos lá eles nos atacaram, acho que esperavam alguém. Só não sei quem era. Eu e Gui lutamos contra 10 comensais e por último apareceu Greyback. – a menina estremeceu para dar realidade. – Eu estava lutando contra dois comensais e quando me virei para ajudar ele tinha arranhado Gui e depois lutou comigo. Pouco antes de perder jogou a faca impregnada de veneno que feriu meu rosto. Assim que os aurores chegaram, eu deixei Gui, sobre os cuidados deles e aparatei em Hogsmead, onde meus amigos ainda lutavam contra cinco comensais. Ajudei-os e depois aparatamos em casa onde Gui já estava sobre cuidados médicos. Em síntese foi o que aconteceu.
- Entendo. Sinto muito por sua cicatriz senhorita.
- Não tem problema, meu pai sempre dizia que uma cicatriz é o símbolo da coragem de um bruxo. Então sei que estaria orgulhoso por eu ter ajudado um amigo. – respondeu a menina, que ao mesmo tempo reparou em uma foto de uma garotinha na mesa do ministro. - E o senhor, ministro? Tem filhos?
- Não mais – ele percebeu o olhar dela para a foto e disse: - ela morreu! Na primeira ascensão do Lorde das Trevas. Ele a matou. E o pior é que eu vi tudo e não pude fazer nada para salvá-la.
- Sinto muito. – respondeu a menina, porque conhecia aquela dor, tinha sentido igual ao ver os pais sendo assassinados na sua frente. – meus pais também foram assassinados por ele. E eu igualmente ao senhor vi tudo sem poder ajudar.
Ele sorriu, e disse:
- Se ela fosse viva teria sua idade hoje.
- Não posso dizer que meu pai teria sua idade, pois não seria verdade. – eles riram – meu pai teria 38 anos, assim como minha mãe.
- Muito jovens.
- Sim, mas ele morreu lutando contra Voldemort. E protegendo a mim e a meus irmãos, por isso ele é meu herói.
- Senhorita? Se eu lhe fizer uma pergunta, você me responde de verdade, sinceramente?
- Claro ministro.
- Você acredita mesmo que Você-Sabe-Quem voltou? – Eadlyn não esperava por essa pergunta. Mas resolveu falar a verdade.
- Sim ministro, eu acredito. No dia da luta no Beco diagonal. Greyback falou algo sobre Ele ser maior do que uma simples luta. Sobre Ele ser mais poderoso. E Harry diz que o viu retornar senhor. Por que meu irmão mentiria? Acredito sim que seja a verdade. Eu não quero esperar estar cara a cara com ele para acreditar. E tenho medo do que ele pode estar tramando, do porque não se mostrou ainda. Eu sei que o senhor também acredita no retorno dEle só não quer aceitar porque tem medo do que pode acontecer.
Ele olhou para ela incrédulo, por sua coragem de falar tudo isso na cara dele. Mas ele sabia que tudo o que ela dizia era verdade e não sabia o que fazer com isso.
- O que você acha que tenho que fazer Eadlyn? Ajude-me? Eu não consigo ser ministro em um período tão conturbado como esse.
- Ministro? Eu sei que o senhor consegue sim, basta querer. Que tem ao seu lado as pessoas certas para lhe ajudar. O Senhor sabe que Dumbledore nunca esteve interessado no seu cargo. Ele só quer ajudar a proteger o nosso mundo. Quim Shaklebout também está ao seu lado para ajudar. Assim como algumas pessoas da chamada ordem da fênix podem ser seus conselheiros pessoais, se o senhor não for preconceituoso.
- Preconceituoso? Como assim? Eu não sou.
- O senhor aceitaria um lobisomem ao seu lado?
- O que? Mas eles são perigosos, você mesma provou disso.
- Não, Greyback escolheu o lado ruim, mas Remus Lupin não. Ele está do nosso lado. E é um dos homens mais inteligentes que conheço.
O ministro só ficou olhando para a menina, ele entendeu o que ela quis dizer. Talvez pudesse dar certo.
- Ah ministro, tem mais uma coisa. Por todos esses anos, Sirius Black foi procurado por ter traído meus pais. – o ministro a encarou a menção desse nome. – mas não foi ele. O nosso fiel do segredo não era Sirius, era Pedro Pettigrew e ele não está morto, foi ele quem matou todas aquelas pessoas na ponte e cortou o próprio dedo para incriminar Sirius.
- Certo! Eu acredito em você senhorita. Vou pedir sua ajuda para começar. Na edição de amanhã do jornal, vou mandar fazer uma matéria sobre o retorno de Você-Sabe-Quem, mas eu preciso de uma entrevista com Harry.
- Tudo bem, eu deixo desde que não seja Rita Sketter a repórter.
- Tudo feito! Ainda hoje mando alguém a Hogwarts. Eu mesmo precisarei ir lá para conversar com Dumbledore. – a menina assentiu.
- Preciso ir ministro. Ainda tenho coisas a fazer hoje. - Ela se levantou e apertou a mão do Homem que abriu a porta em seguida para ela passar.
Do lado de fora, Eadlyn encontrou Tonks e Arthur que a esperavam.
- Consegui! Ele está do nosso lado. – todos comemoraram e ela desatou a explicar o que tinha acontecido enquanto andava até o saguão para pegar sua varinha. Os três foram até lareiras e viajaram via rede de Flu de volta para casa.
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