Não consegui terminar minha frase, fiquei imóvel esperando uma reação de Yoongi, ao menos que falasse algo, mas ele também não o fez. Caminhou por meu quarto escuro, iluminado apenas pela luz da lua e sentou-se na beirada de minha cama.
- O que estava fazendo, (S/N)? – Fitou o chão com as mãos apoiadas nas pernas. Toquei seu ombro nu e o alisei.
- Desculpe. – Um silêncio gigante se fez presente.
- Não. Tudo bem. – Pausou. – Isso é normal e faz parte da natureza humana, você sabe... É uma espécie de necessidade que todos temos. Todos. – Sorria fraco para mim alisando minha bochecha. Adorava quando Yoongi deixava de lado sua armadura de brutamonte e era carinhoso comigo. – Acho que posso te ajudar, se você quiser...
- A-ajudar?
- Não estamos fazendo nada de errado. Só vou te ajudar a ter prazer. – Desceu a mão que estava em meu rosto para minha coxa e começou a fazer desenhos aleatórios na mesma. – Me deixe fazer isso. – Seus toques carinhosos aproximaram-se de minha intimidade. Só assenti com minha cabeça. Suga me deitou devagar e abriu bem minhas pernas. Seus dedos brincavam sobre meu sexo. Levantei minhas costas apoiando-me em meu cotovelo quando o senti estimular meu clitóris, seus dedos faziam movimentos circulares deliciosos, meu quadril mexia-se quase que involuntariamente. – Está incrivelmente molhadinha. – Passou os dedos perto de minha entrada. Seguia tudo que Suga fazia com os olhos. Ele estava incrivelmente sexy com o cabelo escuro bagunçado contrastando com sua pele branquinha exposta e me tocando daquela forma tão errada, mas ao mesmo tempo tão gostosa. – Você tem um gosto bom. – Senti sua língua quente percorrer meu sexo e automaticamente cessei o apoio em meus cotovelos, caindo de costas na cama. Uma vontade espontânea de fechar as pernas apareceu, mas ele as abriu novamente, passando com mais vontade sua língua sobre mim. O sentia tão perto que queria que me penetrasse daquele jeito. Com sua língua.
- Ahhhh! – O primeiro gemido escapou, não o consegui segurar.
- Desculpe por isso. – Não tive tempo de perguntar sobre o que era e senti meu sexo queimar com seu dedo me explorando internamente. O senti dentro de mim e era doloroso. – Shhh... Vai passar. – Mordia com força minha boca tentando reprimir os gritos fortes que queriam sair. Mais um dedo ele pôs ali em mim e a dor só aumentava.
- Suga! – Pedi aflita.
- Vai passar, (S/N), eu prometo... – Começou a estocar-me com mais velocidade e eu segurava com força a colcha da cama.
Podia sentir seu olhar sobre minha reação. Eu estava tentando lutar com as dores e mordia minha arcádia dentária com força, fechando os olhos. Por certo tempo não achei que fosse melhorar, mas logo me acostumei com a dor, que passou a ser aceitável.
- Yoongi! Não acho que terei um orgasmo. – O encarei sentindo meu corpo quente.
- Também acho que não. Mas agora sua primeira vez de verdade não irá doer tanto. – Me encarava enquanto tirava seus dois dedos de mim. Levantou-se para sair de meu quarto.
Em uma escala de estranheza, o quão estranho isso foi? Ser masturbada pelo próprio irmão... Nunca na face da terra poderia imaginar que isso iria acontecer.
Foi extremamente difícil dormir aquela noite, sentindo meu coração ansioso e angustiado. Ora ou outra excitava-me, mas então, sentia uma pontada ao lembrar que era meu irmão.
(...)
- (S/N)? Meu amor, acorde, precisamos falar com você. – Papai estava em pé diante de minha cama. – Nós teremos que viajar e não sabemos por quanto iremos ficar fora...
- Querida... Não esqueça que me prometeu que iria cuidar de Yoongi! – Mamãe estava a seu lado.
- Tá. – Não conseguia me concentrar naquela conversa, só via vultos de meu pai e minha mãe em minha frente. Logo voltei a fechar meus olhos voltando a meu sono profundo.
(...)
Acordei após o meio dia e me senti uma inútil, não gostava de acordar tão tarde. Tomei um banho e botei um vestidinho simples, desci as escadas e fui até a cozinha procurar algo para comer.
Quando vi Suga de costas para mim sentado na mesa da cozinha tentei voltar com cuidado, mas ele escutou meus passos.
- (S/N)!
- Ham... Oi. Boa tarde, Yoongi.
- Você dormiu muito. – Ainda estava de costas para mim.
- Pois é... Vou subir pro meu quarto.
- (S/N)! – Chamou e eu retornei mais uma vez. – Não está com fome? – Virou-se para mim com a sobrancelha arqueada. Quando senti seu olhar sobre o meu, um calafrio percorreu-me o corpo por inteiro. – Não acredito que esteja sem fome depois de dormir tanto.
- Eu nem dormi tanto assim. Só dormi tarde. – Comecei a botar comida dentro de meu prato. Sentei e evitava lhe olhar, o ouvi murmurar um “uhum”.
- Se está com vergonha de ontem, não sinta. Não foi nada demais.
- N-não e-estou. – Gaguejei tanto que não consegui enganar nem a mim mesma.
- Se você diz... Escuta, vou sair. Não se preocupe com a hora que vou chegar. – Saiu da mesa me deixando sozinha e eu agradeci por aquilo. – Mamãe deixou dinheiro ali, caso precise. – Apontou para uma gaveta.
- Como assim? Cadê ela?
- Achei que tinham se despedido de você. Eles viajaram. – Arregalei os olhos. Iria passar um tempo indeterminado ao lado de Suga, logo depois daquilo ter acontecido. Não dá pra piorar?
- Tudo bem. Tchau.
- Tchau. – Suga ia se dirigindo até a porta, mas voltou para beijar minha bochecha, bagunçando meu cabelo. Deve estar tentando equilibrar a nossa harmonia de irmandade novamente, pena que não conseguiu. Meu estômago revirou e eu perdi a fome.
(...)
Passei a tarde em casa procurando a todo instante algo para fazer: era isso o que uma pessoa ansiosa como eu fazia quando estava muito nervosa.
Ansiava para a chegada de Suga, queria tê-lo dentro de casa perto de mim, mesmo com toda a vergonha que estou sentindo, queria tê-lo perto de mim.
Taehyung conversou comigo pelo celular todo o tempo e para falar a verdade, não estava dando bola para sua conversa.
Odeio me sentir ansiosa assim. Quero o meu irmão logo em casa. Eu tentei de todas as formas possíveis enfiar na minha cabeça que aquilo era errado, mas não adiantava! Eu estava decidida a me entregar para ele. Necessitava sentir mais de meu irmão, muito mais, mais do que ontem. Prometi a mim mesma que teria de ser sua ao menos uma vez, uma única vez e então o meu desejo iria parar.
Quando anoiteceu, tomei um banho e pus uma blusa que ficava na altura de minhas coxas, o esperei no sofá. Já estava pegando no sono, quando ouço o barulho da porta.
- Yoongi! – Corri para vê-lo chegar, mas me deparei com uma cena bastante desagradável.
- E aí. – Yangmi acenou sua cabeça para mim. Justo ela de novo, achei que tinham terminado. Enchi-me de raiva e forcei um sorriso, pois não queria que aquela garota nojenta notasse meu ciúme, porém Yoongi com certeza notou o meu preparo para ele. Seus olhos me encaravam sem dó e eu mantinha meu falso sorriso no rosto. Foi tão estranho essa sensação, a sensação de que apenas nós dois compartilhávamos aquela tensão. Aquela tensão sexual mal desenvolvida.
- Que bom que voltaram.
- A gente tá grudado pra sempre, né lindinho? – Quis vomitar quando a vi beijar meu irmão na minha frente. Ela conseguia ser intragável, ainda mais segurando uma garrafa de um vinho barato.
(...)
Estava na sala de estar virando a madrugada e fui surpreendida pelo choro de Yangmi passando até a porta de entrada. Ela estava indo embora e eu só observava calada, assim que saiu, tranquei a porta e fui até o quarto de Suga, ele estava sentado na cama com sua calça moletom cinza, sem camisa. Cotovelos apoiados em suas pernas e sua cabeça apoiada em sua mão: que típica posição de preocupação!
- Yoongi?
- Está acabado de vez.
- Sinto muito. – Caminhei para dentro indo em sua direção. – Você fica melhor sem ela. – Me sentei ao seu lado encarando meus pés descalços.
- Você vai continuar achando isso se eu disser que terminei por não parar de pensar em você? – Coração acelerado novamente. Nesses últimos dias, meu pobre coração estava tendo fortes emoções.
- Vou. – Falei firme e o encarei.
- Isso é um erro. Você é minha irmã. – Encarava minha boca com desejo.
- Vamos esquecer isso, Yoongi. Ao menos por essa noite. – Segurei sua mão com delicadeza.
Suga puxou minha nuca para um beijo que transbordava desejo e paixão, era muito desejo enrustido sendo liberado ali. Com destreza, me pôs em seu colo e pôs as mãos na barra de minha blusa, a tirando por completo.
- Estava tão provocativa hoje... – Beijava meu pescoço. – Como posso não desejá-la desse jeito?
Ele sugava e mordiscava meu colo, indo até meus seios nus, os quais, pôs um na boca chupando inteiro e o deixando durinho, sua mão trabalhava no outro e eu rebolava em cima de seu membro duro. Ele se levantou comigo em seu colo e apertou minha bunda me fazendo colar mais em seu peitoral também despido. Suga me deitou sobre a cama e voltou a depositar beijos em meu pescoço passando por meus seios até minha barriga. Afagava seus cabelos com carinho enquanto ele descobria meu corpo de uma forma tão condenável.
- Não sabe o quão linda é, (S/N)... – Me fitava com as mãos sobre sua calça. Ele a tirou por completo e começou a se tocar em minha frente. Suga deitou-se novamente sobre mim encaixando-se entre minhas pernas. Ele encarava-me enquanto uma mão se apoiava na cama e a outra segurava seu membro. – Relaxe, irmãzinha e assim não sentirá tanta dor. – Podia senti-lo posicionar a glande de seu membro em minha entrada. Era muito mais difícil já que agora era um pênis e não um dedo. – Cacete! – Gritou quando conseguiu enfiar. Uma pequena dor se fez presente, mas logo desapareceu quando Suga começou a estocar-me mais fundo. Minhas unhas arranhavam a pele clarinha de suas costas. O sentia entrar cada vez mais fundo, de maneira lenta e precisa. Era tão gostoso.
- Yoongi... – Gemi manhosa em seu ouvido e ele pareceu gostar, já que passou a estocar-me aumentando a velocidade. – Isso! – Aprovei sua decisão e ele sorriu abafado em meu ouvido.
Continuando em sua velocidade acelerada, o suor já tomava conta de nossa pele. Ele arfava pesado com sua voz grave, como era excitante vê-lo gemer tão cheio de tesão daquele jeito em cima de mim!
- Ooh, (S/N)! – O ápice de meu irmão veio primeiro que o meu, mas ele não quis decepcionar-me e continuou a me estocar. Mordendo meu queixo e com o suor de seus fios pingando em meu rosto, Yoongi ia cada vez mais rápido. Queria que eu gozasse assim como ele.
- Ahhh – Finalmente meu ápice chegou e ele descansou sua cabeça na curvatura de meu pescoço. Meu peito subia e descia muito rápido.
Nós ficamos nessa posição por alguns segundos e ele se levantou, me ajudando em seguida.
Peguei minha blusa, que estava jogada no chão, e me retirei de seu quarto. Não trocamos nenhuma palavra.
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