Terça-feira
Depois de ontem minha cabeça não para de pensar, “Porque disse tantas besteiras daquele tipo? e eu sou bem ruim em cantadas, também pensando incessantemente que eu não deveria ficar próximo dela pois casamento é sagrado, mas tem algo ali, porque ela iria falar comigo? ficar preocupada e ir atrás de mim, não faz sentido. Porque ela entrou no meu carro? Porque me olhou daquele jeito? Porque ela disse “talvez seja isso, espero que seja isso” O que isso significa?”
-Pronto minha cabeça até 24h atrás era tranquila e agora está uma bagunça.-
Levantei da cama depois de uma noite mal dormida me virando para todos os lados da cama, tomando vários banhos e tentando achar respostas para todas as perguntas, vou para academia que montei nos fundos de casa, caminho com Agnes e tomo um banho, pronto para ir trabalhar. Eu trabalho em um hospital, o único na cidade, é pequeno mas muito bem organizado, não sou de falar com muitas pessoas lá dentro, trato todos muito bem. Ao chegar no hospital a sirene dos bombeiros chega em seguida, um vazamento de gás em um dos quartos, uma correria total e eu prontamente fui ajudar todos.
-Ei, o que houve?-
Pergunto para Antônia a chefe de enfermagem do hospital, que algumas vezes achei que ela estava dando encima de mim, mas nunca a chamei para sair.
-Henrique que bom que chegou, tem um vazamento de gás no quarto 104, não conseguimos tirar o paciente de lá.-
O tom de voz de Antônia era de preocupação pois tinha um paciente em especial no quarto e ninguém conseguia entrar lá.
-O quarto do Bê? Ele está no oxigênio não vai ser tão prejudicial, mas temos que tirar ele de lá.-
Pego minhas coisas e subo até o posto do quarto 104, ao subir a escada os bombeiros me pararam, o cheiro de gás já estava em todo hospital, ninguém podia está lá.
-Guri, que tá loco? Você não pode subir lá.-
-Eu trabalho aqui, cuido daquela criança a 4 meses, então não me diga o que fazer, vou subir e tirar ele do quarto, me dê uma máscara de oxigênio e me esperem com todo equipamento de oxigênio, vou correr até vocês o Bê não pode ficar muito tempo de oxigênio.-
Falo com o tom de voz calmo colocando a máscara, os bombeiros até tentam me parar, mas como eu deixaria aquela criança lá sozinho? eu não tenho nada a perder, não tenho família, a não ser a Agnês, não tenho algo pelo que lutar a vida, só aqueles que cuido no hospital, ao subir a escada vejo as portas dos quartos fechadas vou passando e abrindo todas elas as janelas também, até o quarto do Bê, quando chego lá tento agir rápido, mas o cilindro de oxigênio estava preso na parede, sem opção tiro minha máscara e coloco no Bê e corro com ele até os bombeiros, quando chego até a ambulância me colocam em um oxigênio pois inalei gás e isso podia até me matar, e tá tudo bem. Ao chegar no hospital me liberaram para casa pois não foi caso de internação, peguei um atestado de 7 dias para não forçar os pulmões e fazer a desintoxicação tranquilo.
- 7 dias em casa era tudo que eu queria, já não faço nada, vou fazer muito menos agora-
Na minha cabeça eu não via ninguém se importando comigo, e por algumas horas todas aquelas perguntas sobre Helena sumiram.
Para não perder aula fiz online mesmo, no dia liguei a chamada com o professor, que por incrível que pareça sabe quem sou, eu cansado e com um pouco de falta de ar fui questionado pelo professor.
-Cara, tu endoidou? Podia ter morrido, sabe né?-
O professor fala com uma tom de sarcasmo e preocupação. Ninguém na aula sabia o que tinha acontecido e logo depois da pergunta do professor um silêncio na sala se tornou em curiosidade, eu podia ouvir as perguntas de fundo “quem é?” “O que aconteceu?” “ Não faltou ninguém na aula, será que é aluno novo?” “é o guri da Saveiro”
É só assim que me conhecem, o guri da Saveiro, tá certo eu tenho mesmo.
-Boa noite para você também professor-
Falo com um som sarcástico, mas com falta de ar, falando pausadamente.
-Eu não podia deixar o Bê lá, cuido dele desde sempre não era naquela hora que iria deixá-lo e no final estamos os dois bem.-
Falando eu com uma intoxicação braba, que mal consigo falar direito.
-Henrique tu é da área da saúde, sabe que isso pode te mat…-
A voz do professor foi cortada por uma voz que por algumas horas do dia havia esquecido.
-Henrique, você está bem?-
Aquela voz podia fazer eu perder toda a minha noite de sono novamente e todas aquelas perguntas voltar na minha cabeça.
-Oi Helena, eu tô bem, ironicamente não morri ainda. Só estava precisando de alguma adrenalina na vida haha.-
Respondo ela calmante mas com um pouco de vontade de olhar nos olhos dela e dizer que estava bem.
-Que bom, fico tranquila assim-
A voz mansa dela era tudo o que preciso para suspirar e sentir meus pulmões rasgarem e doem pra caramba.
-Mó clima né hahaha-
Gabriel larga uma piada besta como sempre, mas eu sem paciência respondo.
-pelo menos tem clima na nossa conversa-
E a sala toda ficou em silêncio.
-Henrique nós temos um assunto para resolver não esqueça disso, você está dando em cima da minha mulher ou tu acha que eu não percebi? Te liga guri, eu tô ligado na tua.-
Gabriel fala baixo no microfone para que só eu escutasse, eu não estava afim de brigas e nem de roubar nada de ninguém.
-Quem decide é ela Gabriel.-
Eu falei sem pensar e nem fazer sentido no que disse, achei que Gabriel fosse responder só que quem respondeu foi Helena.
-Ele não escutou você e eu sei que sou que decido, obrigada.-
Helena me responde dando tchau
-Bom vamos a aula né.
Eu sinceramente não entendi nada da aula, minhas preocupação estava alí no meu corpo, meus pulmões estavam se forçando obrigando-se a respirar, no final da aula meu corpo doía muito, dei tchau e me deitei direto deixando até o computador ligado, janelas abertas.
5h da manhã uma batida na porta
-Licença, Henrique? Onde tu está?-
Antônia entrou porta dentro de casa, já que estava tudo aberto.
-Henrique, como você está, porque sua casa está aberta essa hora?-
Ela foi até minha cama e sentou na beira dela, nunca tinha notado como o olhar dela é intrigante.
- Oi, eu acho que dormi com a casa aberta, meu corpo tá doendo um pouco.-
Olhando para a boca dela era intrigante também, curioso como as pessoas escondem sua verdadeira personalidade no serviço. Me sentei na cama, sem camisa e só de calção, Antônia sentou mais perto de mim e colocou a mão no meu rosto, eu não estava entendendo nada, não estava com vontade de beijá-la, mas meu corpo não obedecia muito.
- Antônia? Você está… minha respiração está tão pesada, não sei o porquê.-
ofegante cada vez mais, meus olhos estavam direcionados para a boca de Antônia, nada estava fazendo sentido alí.
-Para com isso e me bei…-
Coração dela tava tão acelerado que não deixei ela terminar e a beijei, um beijo afogante sem pausas, quando respiramos ela sorriu e eu a puxei para meu colo, eu estava me perdendo nela, meu corpo estava doendo, mas minha vontade era tanta eu precisava saciar aquela sede pelo toque, duas pessoas solteiras sem compromisso nenhum podiam se tocar e se sentir, erro meu, meu corpo não era o que ela queria para saciar-se, ou pelo menos era o que achava, eu tinha tudo e ainda falta uma coisa, eu podia dar um jeito, mas não era o que ela queria.
-Henrique, não me entenda mal, mas eu não sei se isso é o quero.-
Ela no meu colo, me beijando ferozmente, arranhando minhas costas e pedindo para que eu a Chu… Não era aquilo que ela queria, está certo pra mim, escolha dela.
-Tudo bem, eu que me passei, perdão por isso.-
Decepcionado comigo mesmo porque achei que um dia chegaria lá com alguém, talvez isso aconteça sempre. Quando olho para porta minha visão escureceu e meu corpo gelou, senti minha pressão baixar tanto que me deitei novamente.
-Henrique você está bem? Olha pra mim-
Antônia podia ter me excitado demais, eu acabei esquecendo que estava doendo.
-Eu estou bem sim, acho que usei demais meus pulmões agora haha-
Dei uma risada baixa e segui deitado de barriga para baixo, ela passou a mão nas minhas costas e olhou para minha boca, se aproximou e beijou minha bochecha.
- Você tenta não morrer, talvez eu precise de ti.-
Ela levantou fechou as janelas da casa e foi embora sem dar tchau, me deixou deitado na minha própria cama pensando no que estava acontecendo.
-Helena e Antônia? Eu tô vendo coisa onde não tem, nenhuma delas iria querer algo comigo.-
E talvez eu estava mesmo vendo coisas, sou um guri que não agrada a todas, o problema é eu mesmo. Antônia se ama a ponto de saber o que quer e quem quer, provoca e deixa de lado. Helena, simpática, submissa ao marido e não tem ideia da grande gata que é.
- Não, eu tô pirando, e meu corpo tá doendo-
me virei de lado e dormi até tarde.
Assim se passou a quarta-feira toda.
Quinta-feira
Não vi aula ontem, e nem tenho corpo para ver hoje, ninguém, a não ser o professor iria sentir minha falta na aula.
-To de atestado.- meu inconsciente me alerta sempre isso todos os dias, faço o mínimo de esforço possível, meus exames estão bons mas não sinto vontade de sair da cama. E mais um dia se passou e eu deitado na cama comendo o mínimo possível.
Sexta-feira
De novo na cama, sem vontade de nada, mas toda coragem de levantar, Agnês precisa de comida e fazer xixi, eu preciso de um banho. Mas um dia sem eu ver a aula, uma surpresa.
20h
Entrei no banho, fiquei meia hora no banho, meu corpo estava bem, minhas costas não doía para respirar, uma batida na porta, na minha cabeça só podia ser Antônia, era a única que sabia onde eu morava. Saí do banho, me sequei e coloquei um calção, quando abro a porta surpresa.
-Helena?.-
Meu corpo gelou, e minha respiração ficou ofegante, ela sorriu e entrou.
-Oi, eu estava preocupada com você, não vai mais à aula, como está?-
Dava para sentir a respiração dela que estava pesada.
-Henrique eu quero te falar uma coisa, faz tempo que estou para te dizer isso…
-Helena desculpa, mas o que você está fazendo aqui?- pergunto pra ela sem nem ter idéia da resposta.
Ela não pensou em uma resposta, sua rosto de espanto e receio levou ela a largar a bolsa no chão e me beijar, um beijo tímido mas com mais desejo do que o de Antônia, ela se afastou de mim devagar, meu coração disparou mais que qualquer outra vez, eu a puxei pela cintura e a beijei com vontade, dando uma pausa pra respiramos, mas ela não queria a pausa. Olhei para ela sorrindo, e ela sorri de volta, peguei ela e coloquei em cima da mesa da cozinha, subi o vestido dela e parei.
-Que foi?- a voz dela era tão excitante.
-Acho que não posso te satisfazer, desculpa.-
Na minha cabeça só passava todas aquelas mesmas perguntas que me fiz quando Antônia estava comigo.
- Você pode sim, eu não ligo pra nada, desde o primeiro dia de aula eu tô te querendo, eu aguento a tanto tempo ficar longe de ti Henrique, cansei disso, me satisfaz como achar que deve, seja o que tiver, eu sei que é isso que quero. quero ser sua, ouvir você me elogiar e sorrir pra mim, só pra mim.-
A certeza dela era outro nível, não tinha dúvidas na voz dela, aquela voz mansa que eu gostava não era mais tão mansa assim, e eu só queria o corpo dela, a boca, talvez eu queria ela pra mim. Não pensei duas vezes e a beijei, seu cabelo estava solto e tão liso.
-Eu gosto das tuas tatuagens, me deixam excitada.-
Ela passou a mão em meus braços que são literalmente todos tatuados. Minhas mãos apertando as coxas dela e a trazendo para bem perto de mim, eu não queria parar de beijá-la, peguei ela e levei até o quarto, seu corpo estava suado com aquele vestido que fui obrigado a tirar, ela passou a mão no meu calção com um olhar malicioso
-Eu sei que tem aqui, fiquei sabendo que a algo que pode me surpreender.-
então ela puxou meu calção para baixo e respirou fundo com as mãos já me arranhando as costas.
-Todos acham que não sou homem por completo por causa da transição e eu não me sentia, até fazer tudo que podia para me sentir bem comigo, mas… falta algo.-
Eu olho para ela com uma sensação tão boa, tão excitado com ela.
-Talvez seja eu. -
“eu?” O que isso podia ser. Ela colocou as pernas na volta da minha cintura e puxou-me para dentro dela, estávamos tão excitados que foi tão fácil de penetrar, tento ir devagar pra não forçar nada afinal mal sabia o que estava fazendo, mas ela se vira e sobe por cima de mim e começa a cavalgar, um tesão insaciável, como pode, ela tão meiga e ser tão “puta”, virei ela de quatro e a fodi com força, os gemidos dava para escutar de tão longe, o corpo suado, o cheiro dela, eu queria tanto aquilo para sempre, foder ela em todos os cantos da minha casa, no meu carro, na faculdade em tudo.
- Faz um favor pra mim gatinho?-
Uma pergunta em meio ao sexo, sua voz trêmula, tinha mais desejo alí, algo que ninguém nunca fez com ela.
- Quantos você quiser meu bem.-
Respondi beijando o pescoço dela e subindo até a boca.
Ela sussurra em meu ouvido
-Me chupa.-
um sorriso malicioso, mas ao mesmo tempo medo “medo?”
-Até você gozar.-
eu desço até suas pernas que estava trêmula, olho para ela que se morde, um olhar de desejo, acho que ninguém nunca fez isso pra ela, então eu faço o que ela quiser, logo que começo os gemidos dela se tornam tão intensos, suas mãos puxam meu rosto como suas pernas, cada vez mais molhada, mas aberta.
- Eu vou gozar…- a voz ofegante mal saia som, respiração tão curta e intensa, o tanto que queria fazer ela sentir aquele prazer era inexplicável. -Henrique…- Cada vez que meu nome saia da boca dela era único, então ela g*zou. Me apertando contra sua b*c*t, seu gosto tão bom.
-Me desculpe Henrique, eu não consegui me aguentar…
-Não se desculpe por algo tão incrível, eu quero…
-Eu quero você.- Uma pausa entre nossas vozes, olhando para ela eu vi que era o que eu precisava. -Mas tem algo que você tem que saber, isso pode estragar tudo entre nós, por isso não consigo deixar o Gabriel, ele foi o único que me quis, mesmo sendo um babaca.
-Um tremendo babaca né.
Respondo com ironia.
-Eu sei, mas…
Ela suspirou e passou a mão em meu rosto com um sorriso tão lindo.
-Fala Helena, o que foi?
Pergunto já preocupado com o que podia sair da boca dela.
-Eu tenho uma filha de 2 anos, Sol, meu Sol.-
Ela desviou o olhar e virou o rosto, com uma cara de decepção.
-Caralho, haha.-
Eu me sento na cama e respiro fundo, com um alívio enorme, até sorrindo com alegria.
-Que foi? Eu sabia que tu não ia gostar da ideia de uma mulher com filha, principalmente sendo tão nova. Esquece, eu fui tão burra.
Helena se levantou da cama e colocou a calcinha que estava no chão.
Eu estava olhando pra ela, dou um sorriso,
-você é louca né, até parece que eu iria me importar com isso, eu até gosto de crianças.
Respondo ela dando risada e jogando minha camiseta do time de vôlei pra ela, ela parou, me olhou e sorriu.
-Sério?
-Te resolve com o Gabriel, e não esquece que tem eu aqui, sou louco por ti Helena, não importa como seja, eu quero você.-
Vou até ela e a beijo várias vezes.
-Você é louco né?.
- Depende do que você quer comigo, afinal o que você quer comigo? Nunca falou nada comigo, e do nada bate na minha porta, transa que nem uma pu…
Ela me interrompeu com uma gargalhada forte.
-HAHA, eu gosto de ti, não sei porque, toda vez que tu chegava na sala com uma cara fechada e quieto, sempre de moletom, mas mesmo assim eu sabia que tinha uma coisa alí, um cara legal. E você nunca sorri pra ninguém, mas pra mim você sorria, e eu gostava, na verdade gosto, quando passa na Saveiro e ela engancha no chão no quebra-mola, você faz uma carinha de dor haha, é tão lindo de ver. Eu gosto do jeito como pega o cigarro, quando bota na boca e solta a fumaça, o jeito que tu se encosta no carro, quando entra na sala e deita a cabeça na mesa, você faz tudo parecer tão simples. -
Ela falou com tanta certeza de saber quem eu sou, talvez ela saiba quem sou, e eu que não sei, afinal nem eu sabia que fazia cara feia quando o carro pega no chão.
-Faço cara dor?-
Pergunto já sabendo a resposta, mas querendo confirmar.
-Faz, uma carinha fofa.-
Ela responde vindo em minha direção me beijando com seu jeito meigo, o jeito que eu gosto.
-Talvez. Está com fome?-
-Sim, estou sim-
Me levantei e coloquei o calção, fui até a cozinha e fiz uma massa ao molho branco, por incrível que pareça eu estava morrendo de fome, meu corpo estava começando a melhorar, eu queria melhorar para segunda olhar na cara do Gabriel e dar risada, afinal era mulher dele.
-Henrique? Você está bem?-
Aquela voz era bem conhecida.
-Antonia?-
Olhei para a porta e Antônia estava parada com um sorriso malicioso, um vestido preto colado e a bolsa no ombro.
-Não vai me convidar pra entrar?
Antônia entra na cozinha e passa a mão no meu rosto, eu sem reação não sabia o que dizer, não esperava ela.
-Eu falei que ia precisar de ti.-
Ela sussurrou em meu ouvido, em seguida escuto a voz de Helena no fundo.
-Henrique? Quem é ela?-
A voz mansa de Helena ficou em tom de braveza, meu corpo gelou, não sabia o que dizer, a comida queimou.
-Helena.
- Então você é a Helena? Prazer Antônia. Você é linda mesmo.-
- Antônia? Me desculpa mas quem seria? Henrique tem algo pra me dizer? Porque não quero me meter na tua vida.
-Calma moça, ele mal consegue falar haha.-
Antônia falou com um tom sarcástico indo em minha direção.
-Antonia é minha chefe, nada mais.
Falei com tom de certeza, pois eu queria Helena e ninguém mais.
-Não foi isso que aconteceu a alguns dias atrás.
Um olhar indecente.
-Não aconteceu nada, esqueceu que deu pra trás.
Alterei meu tom de voz com Antônia, que só estava a me provocar
- Calma aí, como assim? Você disse que não tinha nada com ninguém.
Helena me perguntou preocupada e brava. Eu não sabia como responder, mas não tinha nada a esconder.
-Helena eu não tenho nada com ela, nós ficamos uma vez, mas não aconteceu nada. E peraí quem é casada aqui é você, quem tem que está questionando algo sou eu.-
Eu não estava bravo com ela, acho que só tentando me defender daquilo, não havia sentido para Antônia estar na minha casa.
-Eu vou embora, acho que estraguei a noite de vocês. Henrique nós falamos na terça-feira, vamos esquecer o que aconteceu.
Antônia pegou a bolsa e saiu pela porta da frente, deu um beijo em mim e um em Helena que estava me olhando muito brava.
-Tá bom, acho melhor mesmo.
Fechei a porta da frente segurando a maçaneta com força, e ficando na mesma posição por alguns segundos, respirei fundo e virei para Helena que estava sentada no sofá com as duas mãos na cabeça.
-Preocupada?
Perguntei algo que não deveria ter perguntado, eu não estava acreditando que na minha primeira noite com ela ia terminar em brigas, não queria isso, mas queria esclarecer tudo. Fui até ela e sentei no chão na frente dela, coloquei a mão na perna dela e a outra no rosto dela erguendo a cabeça dela e olhando no olho dela, não havia nada a esconder.
-O que você tem com ela?-
Helena me perguntou com uma voz de choro.
-Nada, nós ficamos há alguns dias, eu não esperava por aquilo e nem ela, só aconteceu. Quero que saiba que não sinto nada por ela. -
Helena baixou a cabeça tentando esconder a decepção de ter ouvido aquilo.
-Helena olha pra mim, eu não tenho nada com ela. Tudo que eu te falei hoje é verdade, nada é da boca pra fora.-
- Tá bom, eu não deveria te forçar a responder isso, afinal eu sou a casada aqui, tu faz o que quiser já eu, acho que não. -
-Faz o que quiser sim, comigo, quantas vezes quiser. -
Eu subo minha mão até o meio das pernas dela, que se abrem com facilidade, e um sorriso malicioso surge no rosto dela.
-Meu deus, não acredito que estou com mais vontade.-
Helena fala me beijando delicadamente, eu a beijo ferozmente e a encosto no sofá abrindo as pernas dela a c*pando intensamente, a sensação era que ela gostava tanto daquilo. Fizemos tantas vezes que eu esqueci até da comida, esqueci do meu nome, da minha vida, esqueci que estava recém me curando, minha cura foi está com ela aquela noite, aquela manhã de sábado, não queria sair daquele momento, não só pelo sexo, mas pela companhiadela, as conversas e risadas, o café da manhã, tudo estava tão bom que esquecemos que ela tinha que voltar para casa.
-Eu tenho que ir Henrique.-
-Eu sei, mas não quero aceitar isso, você vai voltar para o Gabriel e ele vai brigar com você e não gosto disso.-
-Esse assunto eu resolvo, me deixa ver como vou fazer isso, tá bom?
- Tá bom, não vou te apressar, segunda vou estacionar atrás da faculdade, na hora do intervalo vou está lá, se quiser me conversar.
-Eu vou ir sim.
Ela entrou no carro e foi para casa, meu coração estava apertado, sabia que o marido iria brigar com ela, mas estava tão bem que limpei a casa e levei Agnês para passear.
Só queria ir à aula na segunda, para poder ver ela de novo.
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