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História Meu Destino é Você - Essa força me leva pra você...


Escrita por: Karol_Marques

Notas do Autor


Eu não estava mais postando por falta de incentivo, mas recebi o incentivo que tanto precisava então vou continuar bjs
Lembrando que essa fic esta no nyah! fanfiction esse é o link
http://www.fanfiction.com.br/historia/149277/Meu_Destino_E_Voce

Capítulo 4 - Essa força me leva pra você...


Guardar segredos não é a coisa mais fácil e confortável que alguém possa fazer. O simples fato de ser um segredo torna aquilo uma tentação irresistível para ser revelado. Fiquei imaginando os rostos de minha família, se eu contasse toda a verdade. Eles certamente iriam achar que eu enlouqueci, que perdi completamente o juízo e o bom senso. Ninguém me entenderia, e esse era mais um motivo pra que eu ficasse calado. Contrariando todas as minhas expectativas e desafiando tudo o que eu julgava ser impossível eu havia perdoado Victória, não há odiava mais. Aliás, agora ela me despertava sentimentos tão confusos a ponto de quase me enlouquecerem. Eu precisava reordenar minha cabeça, recuperar minha razão que estava perdida nos contornos de sua face tão pálida, na sua voz tão açucarada, no ondular de seus cabelos cor de fogo...
Primeiro eu precisava decidir o que fazer com aquela loucura que estava me dominando, depois abriria o jogo com minha família. Eu contaria a verdade sobre Victória e enfrentaria tudo e a todos, até as ultimas conseqüências, para protegê-la.
Pensei especialmente em Jacob, que sentia tanto ódio por Victória quanto eu há algum tempo atrás. Ele certamente não a perdoaria, pois não entenderia seus sentimentos como eu. Ele não havia estado em sua mente, não havia conhecido tão intimamente a sua dor. Os lobos pensariam em Victória como mais uma ‘’sanguessuga’’ colocando suas terras em risco. Eles desejariam destruí-la, mas eu não permitiria. Faria qualquer coisa, por pior que fosse, para mantê-la a salvo.
Eu não estava realmente preocupado se os outros perceberiam ou não minha angústia, pois seria absolutamente normal. Desde que Victória fugira, nós vivíamos num clima de tensão e é óbvio que todos estavam preocupados. O que nenhum deles sequer imaginava é que eu me encontrava com ela às escondidas, e poderia estar... Ah, deixa pra lá.
Olhei para o papel dobrado cuidadosamente em cima da cômoda, os números gritavam para mim como se pedissem para serem discados. Minha própria mente me pressionava a fazer aquilo, como se pedisse para ouvir a voz dela novamente. Respirei fundo. Peguei o telefone. Enquanto discava, quase pude sentir a adrenalina correndo em minhas veias novamente. Eu o fazia como se fosse errado, como se fosse um crime. No entanto aquilo apenas tornava tudo ainda mais delicioso pra mim, eu sabia que seria recompensado quando Victória atendesse do outro lado da linha e sua linda voz se derramasse em meus ouvidos, fazendo com que eu perdesse a capacidade de pensar.
–Alô?- respondeu a voz que me arrancava do chão.
–Victória?- pronunciei seu nome como se fosse proibido, como se alguém fosse ouvir... – É o Edward. Preciso ver você.
...
–Então, o que anda fazendo da vida?- perguntei enquanto caminhávamos pelo mesmo parque onde havíamos nos encontrado dias atrás. Victória estava mais sorridente hoje, parecia mais a vontade com a minha presença do que no primeiro encontro.
–Vida?- Victória sorriu – Está aí uma ótima pergunta. Para fazer algo da vida acho que primeiro terei que inventar uma pra mim...
Franzi a testa, não compreendendo. Ela pareceu entender minha reação.
–Se vou conviver entre os humanos, como você e sua família, precisarei de uma identidade... Preciso de algo pra dizer quando me perguntarem quem sou eu, de onde eu vim, porque eu estou aqui, quem são meus amigos... –
–Você não se lembra de nada de sua vida humana? Quer dizer, você tem um passado. -
Victória balançou a cabeça negativamente.
–Não. Eu não me lembro de nada. É tudo muito distorcido em minhas memórias, borrões cinza, nada realmente concreto. - Tive a impressão de que ela se lembrava sim, apenas não queria falar sobre o assunto. E eu não iria pressioná-la.
–Bom se você quiser, posso te ajudar. Podemos inventar uma vida pra você, podemos até arranjar um sobrenome bonitinho e dizer que você veio da realeza...
Pela primeira vez na vida, Victória riu. Tipo, de verdade. Um riso sincero, contagioso que me queimou até a alma... Meu Deus!
–Aí está você... – eu disse meio sonhador.
–Hã?! – ela arqueou uma sobrancelha, confusa.
–Você como eu gosto de ver. Sorrindo. Você fica ainda
mais absurdamente linda quando sorri.
–Eu gosto de sorrir – ela disse com um brilhinho travesso no olhar – Me faz bem. Sabe que há muito tempo eu não tinha razões reais para isso, mas agora tudo parece melhor. É como se eu tivesse enxergado o mundo em cinza durante todo esse tempo, agora eu realmente vejo como ele é colorido... Eu estou mais feliz. Isso é inegável.
– Eu tenho parte nisso? Quer dizer, eu me sentiria melhor se tivesse ajudado de alguma forma...
Victória revirou os olhos teatralmente, depois voltou a sorrir, murmurando algo como convencido.
–Você tem sim algo a ver com isso. O fato de ter me perdoado depois de tudo o que eu fiz a você e à sua família... e além disso, nossas conversas. Sinto-me melhor por ter alguém pra conversar, alguém com que eu possa dividir o que sinto.
–Você não se incomoda em ter um leitor de mentes ao seu lado? Alguém que saiba o que você pensa o tempo todo?
–Ás vezes... Mas sabe de uma coisa? Seu dom salvou minha vida naquela noite em que nos encontramos. Se você não soubesse o que eu estava pensando naquele momento, não teria hesitado em acabar comigo...
Eu estremeci ao pensar na possibilidade.
– Com toda a certeza – consegui admitir agradecendo agora mais do que nunca pelo meu dom. – Desde quando você é vegetariana?
– Decidi isso assim que me recuperei do choque - ela suspirou – da dor de ter o chão arrancado dos meus pés. Quando eu vi que nada mais na minha existência fazia sentido, que tudo em que eu havia acreditado durante anos era uma mentira, decidi apagar completamente quem eu era, e começar do zero. Percebi que se os Cullen conseguiam existir sem serem monstros, por que eu também não poderia?
– Nenhum deslize até agora – eu disse, depois de espiar sua mente – Isso é fantástico...
–Não está sendo fácil – Victória disse - Eu ando entre os humanos agora, sabe? Estou descobrindo coisas muito interessantes pra fazer, coisas que antes eu jamais poderia pensar. Eu topei com um humano na biblioteca. A fragrância que vinha de sua pele... Eu pensei que me enlouqueceria. Tive que reunir todas as minhas forças para não... – ela estremeceu, recordando a sensação. Sua lembrança era tão nítida que fez minha própria garganta arder. – Mas eu fui forte, saí correndo dali na mesma hora. O garoto ficou sem entender nada, nem imagina o quão perto esteve da morte.
– Eu diria que estou... orgulhoso de você. Jasper já está na estrada há muito mais tempo e, no entanto ainda é muito difícil para ele, mas você... Seu autocontrole... Foi algo impressionante.
Victória sorriu
–Obrigada.
–Você disse algo sobre ‘’começar do zero’’ e eu fiquei me perguntando se a gente teria essa chance, quer dizer, de recomeçar. Como se nunca tivéssemos nos conhecido.
–Mas é claro que sim. – aquele sorriso estava me tirando do sério – Para mim é como se já fosse dessa forma. – sorrimos um para o outro.
–Então... Oi eu sou o Edward. – eu disse me sentindo um garotinho da pré-escola me apresentando a um novo amiguinho.
Dessa vez Victória não riu. Ela gargalhou.
–Prazer, Victória – ela disse num sussurro ainda sorrindo- Acho que seremos bons amigos.
–Eu espero que sim.
De repente, olhei para o relógio e ofeguei. Droga.
– Estou atrasado... De novo. –
Victória deu de ombros.
–É normal. Pra quem tem obrigações. Logo eu também terei.
– Como?
–Também terei horários a cumprir, quando começar minha faculdade.
–Você vai entrar em uma faculdade?! - perguntei totalmente incrédulo. Eu já sabia que ela havia mudado muito, mas pensar em Victória em um sala de aula ouvindo professores chatos falarem era algo que eu definitivamente não conseguia imaginar. Era algo surreal.
– Assim que tiver recursos para me passar por humana.É claro que eles exigem documentos, referências, seu histórico e um monte de outras coisas...
–Então precisamos inventar sua vida o mais rápido possível – eu disse animado com a possibilidade de outro encontro.
– Realmente, mas acho que não será algo assim tão difícil.
–Você já percebeu? – perguntei de repente, mudando completamente de assunto.
–O quê? – Victória sussurrou
– O quanto o tempo parece voar quando estamos juntos? O quanto ele nunca parece ser o suficiente...
Ela não respondeu. Ficou apenas me encarando, analisando meu rosto. Poderíamos ter ficado ali, horas e horas nos devorando com os olhos, mas o tempo simplesmente me forçou a ir embora. O tempo. Sempre meu inimigo nas horas em que passava com ela.
– Então até... qualquer hora? – Victória disparou quase constrangida.
–Até amanhã. – Respondi com firmeza – Vamos juntos projetar um passado imaculado para você. Tenho certeza de que será a melhor aluna que se possa imaginar.
Ela apenas assentiu, com um sorriso brincando nos lábios.
–Estou confiando em você.
Afastar-me foi o mais difícil. Posso dizer que foi doloroso. Apenas sei que não tirei os olhos de seu rosto até não ser mais possível. E o meu coração doeu, doeu como nunca poderia imaginar que doeria. Aquilo estava saindo do controle e por incrível que pareça, eu não tinha vontade nenhuma de evitar.

Notas Finais


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