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História Meu Destino é Você - Despedida


Escrita por: Karol_Marques

Notas do Autor


Voltei

Capítulo 8 - Despedida


Uma semana.

Para muitos, isso não significa praticamente nada.

Mas para mim, esses sete dias foram os mais difíceis e longos que eu já havia passado em toda a minha existência.

O tempo é cruel quando se está confuso, dividido, com a cabeça girando a ponto de explodir a qualquer momento.

Meu amor por Victória (sim, eu tinha certeza de que era realmente amor) não havia diminuído nesse tempo. Muito pelo contrário, eu suspirava pelos cantos a cada vez que pensava nela. Não tive coragem de procurá-la, mas foram incontáveis as ligações, e-mails e mensagens não respondidas. A lembrança daquele beijo ainda era viva em minha mente e me atingia com a mesma intensidade do momento em que havíamos deixado a paixão explodir e transbordar para fora de nós.

Mas esse sonho era sempre interrompido por um pensamento sombrio.

Bella.

Se eu escolhesse Victória, teria de abrir mão daquela que era, até então, a razão de minha existência.

Como eu poderia destroçar aquele coração mais uma vez?

Eu já a havia deixado antes, pensando inutilmente que ela seria capaz de me esquecer, de seguir com sua vida como se eu nunca tivesse existido.

Mas não foi assim que aconteceu. Minha ausência foi a experiência mais dolorosa que Bella havia tido de suportar. Ela quase morreu. Pior, ela havia tentado se matar.

E eu simplesmente não tinha esperança nenhuma de que ela se saísse melhor dessa vez, se eu a deixasse novamente. Eu provavelmente a mataria se fizesse isso.

Mas por outro lado, como eu a faria feliz amando outra pessoa? Como eu passaria a eternidade ao seu lado querendo estar com Victória?

O sofrimento seria eterno. De ambos os lados. Cada célula do meu corpo doía ao ter de admitir, mas as coisas entre nós jamais seriam as mesmas depois de eu ter provado o gosto do beijo dela. A garota ruiva dos olhos ardentes que roubava meus sentidos e me consumia com sua existência.

Lembrei-me de algo que havia dito uma vez a Bella.

‘’Mas quer saber? Eu prefiro as morenas. ’’

Ah, Edward. Como o mundo dá voltas...

Não sei quanto tempo se passou até que Alice entrou tempestuosamente no quarto, sem aviso prévio, eu me assustei.

–Alice?

Ela estava séria, decidida, como se tivesse acabado de fazer alguma coisa e soubesse que estava encrencada.

Eu invadi sua mente, sedento por respostas, e o que eu vi me fez desmoronar como uma avalanche de neve. O gelo cortou meu peito.

–Não! Alice me diz que você NÃO fez isso por favor...

Ela havia contado tudo à Bella, toda a verdade. Eu não queria imaginar como ela estava se sentindo agora. Alice me pagaria por isso. Ela caminhou até mim, eu me afastei.

–Você não tinha esse direito...

–Eu fiz o que era certo. Está na hora de encarar os fatos como eles são.

–Você não sabe de nada... – a dor agora era mais que insuportável.

Alice suspirou, ela não estava melhor do que eu, mas isso não diminuía nem um pouco a minha raiva.

– Não vou mentir pra você. Ela sofreu demais. – eu me encolhi com a lembrança de Alice. – Mas foi o melhor. Olhe, minhas visões, por mais limitadas que sejam me dão uma clara noção do futuro. Estava claro que os destinos de vocês não estavam mais ligados como antes. Eu apenas vejo você com ela.

Tive certeza de que ela se referia a Victória.

– É melhor que os laços que unem vocês sejam cortados de uma vez, antes que tenham a chance de machucá-la ainda mais. Ela esta aí fora, te esperando.

–Agora?!

Alice assentiu.

Eu congelei. Não estava preparado, não saberia o que dizer, mas simplesmente me forcei a caminhar até o lado de fora.

Ela estava lá, levemente encostada em sua picape, os olhos fixos em mim. Eu me senti totalmente envergonhado, me senti um monstro cruel e covarde, ao dilacerar aquele coração inocente que tanto já havia me feito feliz.

A expressão de Bella era firme, resignada. Como se ela tivesse se esforçando ao máximo para não demonstrar o quanto estava sofrendo.

– Bella... – se eu tivesse lágrimas, elas já estariam inundando meu rosto enquanto eu não sabia direito o que fazer.

–Shhhhhh... ela colocou o dedo indicador em meus lábios – Eu já sei de tudo. Eu vim... dizer adeus.

Se eu pudesse, teria cravado uma espada diretamente em meu coração e morrido, só pra não vê-la sofrer dessa forma.

–Bella eu não queria. Eu juro que não queria que as coisas tivessem sido dessa forma mas...

‘’Idiota’’ murmurei a mim mesmo em pensamento ‘’Como se isso mudasse alguma coisa’’

– Edward – Bella me cortou – Eu acredito imensamente em uma força muito maior, uma força implacável que se chama Destino. Seu destino é ela, não há como fugir disso agora. E talvez isso também tenha sido um sinal, de que o meu destino – Bella respirou fundo – Não seja ao seu lado. Eu não sei ainda o que é, mas juro que vou encontrá-lo.

Sem pensar em nada, nós nos abraçamos. Ela começou a chorar novamente, um choro intenso, sentido, doloroso.

‘’Você merece mesmo o inferno Edward’’ – pensei comigo enquanto as lágrimas de Bella molhavam minha camisa.

Quando nos soltamos, Bella imediatamente tentou se recompor, como se sentisse culpa.

– Não se preocupe. – ela murmurou enquanto secava as lágrimas com as costas das mãos. – Essas lágrimas são de força, não de fraqueza. Você me fez uma Bella muito mais forte do que eu era antes, e sempre deverei isso a você. – ela sorriu.

Observei enquanto ela se afastava de mim, entrava no carro e dava partida.

–Adeus Edward.

–Adeus Bella.

Deus sabe o quanto eu queria correr até ela, abraçá-la e dizer que era mentira, que tudo não passou de um sonho ruim e que eu ficaria ao seu lado pra sempre. Mas eu não faria isso. Simplesmente não era certo, porque não era verdade. Eu não magoaria Bella novamente.

O motor fez um barulho estrondoso ao ser ligado, e então, ela se foi.

Eu deveria estar ainda chocado demais para me mexer, pois Alice chegou por trás e me abraçou.

–Ela vai ficar bem. Eu vou ajudá-la.

De repente, eu acreditei nessas palavras. Bella havia amadurecido, havia crescido interiormente. A menina frágil estava se tornando uma mulher forte e decidida.

Ela levaria sua vida adiante, realizaria seus sonhos e ainda seria muito feliz. Porque eu a havia deixado em ótimas mãos: as dela mesma.

–O que eu faço agora Alice?

Alice me olhou, indignada.

–Você ainda pergunta?

O rosto de Victória se projetou em sua mente. Eu sorri. Pela primeira vez em dias, eu senti esperança.

Alice arrancou um molho de chaves do bolso, as chaves do meu carro, e me atirou.

–Agora – ela piscou – Vai atrás da sua felicidade. Não a deixe escapar de você.

Ela não precisou falar de novo, porque agora eu sabia exatamente o que fazer.

Notas Finais


Até o próximo (que promete)


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