Acordei meia hora antes do horário normal, porque? Não sei. Vesti uma roupa normal, calça preta colada, uma blusa branca, sapatilha preta e uma jaqueta. Peguei minha mochila e desci para tomar café.
Quando cheguei estranhei meu pai não estar ali se preparando para ir trabalhar. Subi de novo as escadas até o quarto dele.
- Pai? - Chamei mas não houve resposta alguma.
Dei de ombros e desci para pegar algo para comer, fui em direção a geladeira para pegar uma maçã e vi um bilhete na porta.
"Juh, sai hoje mais cedo para o trabalho desculpe não estar aí para te dar um beijo de bom dia. Volto mais tarde. - Seu pai."
Coloquei o bilhete em cima da bancada e fui para a escola. Como o habitual fui escutando um bom rock, dessa vez Slayer. No caminho lembrei oque havia acontecido aqui em casa. O Castiel me beijou. Como eu podia ter esquecido isso?
Igual a ontem sorri igual a uma boba, lembrando dos lábios dele no meu, o hálito de menta, a selvageria... Mas já tive desilusões no passado, essa pode ser igual as outras não é? Só com o tempo vou ver o que vai acontecer.
Cheguei na escola um pouco andiatada, então resolvi me sentar para refletir sobre o que aconteceu ontem. Ainda não tinha pensado oque eu ia fazer quando visse ele hoje, agiria normal? Não sei, é confuso tudo isso. Já estava pensando se a Ambre descobrisse isso, não tenho medo dela claro. Mas não quero mal amada me infernizando.
O sinal da primeira aula tocou e eu me levantei para ir para a sala, só que alguém puxou meu braço e me parou.
- Han? - Olhei para trás para ver quem era, e quem é? Claro, Castiel. - Ah, oi Castiel. - Sorri.
- Oi, como passou a noite? - Ele me olhou de lado sorrindo.
- Normal ue. - Ri.
- Aham sei. - Depois dele falar isso me colocou contra os armários. - Gostou de ontem?
- G-gostei... - Olhei para baixo envergonhada.
- Que bom então. - E ele novamente me surpreendendo me deu outro beijo.
- Ei ei, aqui não Castiel. - Me separei dele.
- E porque não? Está com vergonha de mim? - Ele cruzou os braços e olhou para mim.
- Claro que não, mas se alguém ver a gente? - Olhei para os lados.
- E oque que tem? Eu gosto de você, não acho nenhum problema alguém me ver pegando alguém que gosto. - Ele falou isso numa naturalidade que nossa...
- A Ambre, ela gosta de você não é? Não quero ela infernizando a minha vida só por que te beijei. - Cruzei os braços também.
- Sério que você está preocupada com aquilo? - Ele vez cara de desdém. - Se ela vier te provocar ou sei lá o que, você me fala OK? - Ele veio ao meu encontro e me deu um abraço apertado.
- Tudo bem... - Retribui o abraço. - Agora vamos se não vamos chegar atrasados na aula. - Ele entendeu e me pegou minha mão me puxando para a sala.
Entramos na maior naturalidade na sala, eu de mãos dadas com o "Bad boy" da escola, e todos nos olhando surpresos. Enquanto ia me sentar com ele no final da sala, senti um olhar me fulminando pelas costas, olhei para trás e vi que era o próprio demônio ( vulgo -> Ambre ). Suspirei e me sentei junto com o Castiel e por um breve momento gostei de estar ao lado dele e também por ele ter dito que gosta de mim.
Depois de várias explicações chatas sobre era romana e pessoas me matando com o olhar finalmente a aula acabou. Sai junto com o Castiel e fomos para os corredores.
- Juh, pode me esperar aqui? Vou no banheiro rapidinho.
- Tudo bem. - Ele me deu um selinho e foi para o banheiro.
Enquanto esperava ele vi que a Ambre e as amigas dela Li e Charlotte vinham em minha direção. Ambre parou na minha frente , Li no meu lado esquerdo e Charlotte do lado direito. Literalmente eu estava encurralada.
- Então é você que está dando em cima do meu Cast? - Além da cara de nojenta a voz é a mesma coisa.
- Não, não estou dando em cima dele.
- Não está não é? Por que te vi beijando ele? - Ela cruzou os braços.
- Desde quando você tem que saber quem eu beijo ou deixo de beijar? - Cruzei os braços e dei um sorriso de deboche.
- Eu tenho que saber por que é meu Cast, MEU? Ok? - Ela me empurrou e eu bati a cabeça no armário.
- Seu? Desde quando garota? - Sorri - Que eu saiba você da em cima dele mas ele nem tá aí pra você.
Depois de eu fazer esse comentário maravilhoso, Ambre ficou vermelha e levantou a mão para me dar um tapa mas meu cavalheiro vermelho chegou para me salvar.
- Você não ouse encostar um dedo nela ouviu? - Ele pegou a mão dela e recuou.
- Mas Cast... Foi ela que começou! - Ela apontou aquele dedo feio para mim.
- Eu sei que não foi ela, e sim você. - Ele apontou do mesmo jeito para ela. - Para de infernizar a minha vida, me deixe ficar com quem eu gosto. Você não tem nada a ver com quem eu fico ou deixo de ficar.
Castiel pegou a minha mão e saiu furioso para o pátio. Quando olhei para trás vi uma lágrima caindo do rosto da Ambre, tenho que admitir fiquei com pena.
Juh POV'S off / Ambre POV'S on
Quando vi o Castiel saindo com aquela mocréia não pude me conter e derramei uma lágrima.
- Ambre não fiquei assim. - Li disso colocando a mão no meu ombro.
- É, a Li tem razão. Você é melhor que aquela lá. - Ela enxugou a única lágrima que havia ali.
- Tudo bem meninas, isso não vai ficar assim. Vai haver vingança. - Sorri.
Ambre POV'S off / Juh POV'S on
Enquanto Castiel me conduzia para o pátio ainda estava abismada do que aconteceu lá atrás.
- Castiel, por que você falou com ela daquele jeito? - Eu sei, não deveria ficar com pena mas...
- Ela a anos faz isso sempre que eu gosto de alguém ela faz isso. Culpa a pessoa. Com a Debrah não foi assim mas naquele tempo tinha cheiro dos planos dela. - Ele sentou no chão com a cabeça entre os joelhos. - Sabe, é bem chato. Por anos isso acontece...
- Ei, eu sei como é. - Peguei a mão dele e apertei. - Não precisa ficar pra baixo, você mesmo com ela andando atrás de tu e te ferrando com certeza pegou várias certo? - Ri - Você é um garoto legal, não se deixe abalar por isso.
Ele sorriu e me beijou. Um beijo bem apaixonado. Estou começando a gostar disso.
- Sabe, mesmo que eu te conheço quase 1 mês não quero te perder. - Ele disse isso acariciando minha bochecha e sorrindo.
- Também não quero ter perder. Mas tem um porém nessa história. - Agora é hora de falar o medo que tenho.
- Que porém seria esse?
- Bom, antes de vir pra cá tive várias e várias desilusões amorosas e não quero passar por esse sofrimento de novo. E estou com medo de você ser mais um desse sofrimento. - Pronto agora ele sabe.
- Ei - Ele pegou o meu rosto e me olhou no fundo dos olhos. - Nunca vou te deixar triste Ok? Em hipótese alguma, gosto muito de você pra fazer qualquer coisa assim. - Ele sorriu e me deu outro beijo.
Eu ter contado isso pra ele me deixou totalmente aliviada. Mas espero que esse sentimento seja verdadeiro, porque gosto muito dele também.
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