História Meu Doce e Sexy Diretor - Cuidando do meu diretor

S/N POV

Como posso dormir na casa de alguém assim? Ainda mais de um homem, e esse homem não é ninguém além do próprio diretor da universidade que eu estudo, só posso estar louca, mesma, já perdi as contas de quantas vezes pensei em estar louca apenas hoje, mas em uma situação dessas, quem não pensa isso?

Se meus pais soubessem, minha mãe não me deixa dormir nem na casa das minhas amigas se não conhece a família delas direito. Como ele disse, ninguém vai saber, meu medo de acontecer alguma coisa é maior do que o medo de ficar aqui, não me importo com ordens dele e sim comigo mesma. Não saia direito de noite sem no Brasil, imagina na Coreia, e sou mestre em me perder.

Já que ele havia ido para a cama, usei as cobertas que já estavam ali mesmo, fiquei no mínimo uma hora acordada, pensando em um jeito de ir embora ainda naquele momento, mas o sono me venceu em um momento, e claro, só percebo quando acordo com o despertador de meu celular tocando.

...

Eu devo estudar essa hora da manhã, mas não estou em casa, e o rei disse que queria café da manhã. Preparo coisas simples, até porque alguém doente deve se nutrir, mas normalmente não tem vontade de comer, pelo menos eu sou assim.

Na minha cabeça, ele sempre acorda cedo, não sei de onde tirei isso, mas já são 10AM e ele nem sequer reclamou de alguma coisa, estou aqui, parada sentada no sofá mexendo no celular esperando o momento em que ele vai sair do quarto e pedir seu café que está pronto desde as 7AM, no entanto esse momento não aconteceu, entendo que normalmente queremos descansar nos fins de semana, ainda mais na situação dele, mas pessoas como ele não deixam de acordar cedo tão facilmente, esse tipo de pensamento me fez ficar preocupada, cada olhada para a o curto corredor que dava em seu quarto provavelmente, pensava em como ele estava.

-Okay, só vou bater e perguntar se está tudo bem - me levanto, mas meu celular toca antes que eu pudesse sair - aish - atendo a ligação.

Ligação On

-Oiii ChangKyun, que milagre está me ligando essa hora da manhã? - vou caminhando para a porta do quarto.

-Bom dia para você também - o garoto diz parecendo desanimado.

-O que foi? Está com a voz fraca.

-Em, vou direto ao ponto, quer vir em um jantar essa noite?

-Ah não ChangKyun - falo um pouco alto mas abaixo a voz rapidamente - não quero, já se esqueceu do que aconteceu da última vez?

-Eu sei, mas dessa vez será na minha casa, não terá quase ninguém, por favor vai.

-Não, já disse que não - bato na porta enquanto falava no telefone.

-Por favor S/N, não quero ficar no meio daquelas pessoas, conversando sobre negócios a noite inteira sozinho.

-ChangKyun me desculpa, mas eu realmente quero evitar passar por aquele tipo de coisa novamente - bato mais forte na porta, no entanto nenhuma resposta.

-Okay, tudo bem, obrigado, o que está fazendo?

-Eu estou ocupada no momento, nos falamos mais tarde, tchau - desligo sem nem mesmo esperar ele falar.

Ligação Off

Respiro fundo abrindo a porta do quarto lentamente, Shownu estava deitado quieto e imóvel, até parecia morto, mas claro que não estava. Me aproximo devagar dele olhando de perto agora, estava todo coberto, suando novamente, aparentemente a febre aumentou durante a noite e ele ainda dorme.

-É por isso que não saiu para reclamar ainda?

Vou na sala e pego o termômetro voltando rápido para o quarto.

-Aigooo - falo comigo mesma vendo que a febre estava mais alta que ontem.

Segundo a emergência, eu deveria chamar a ambulância se piorasse, e é isso que vou fazer, não posso deixá-lo daquele jeito.

-Celular, ambulância, aqui achei - disco o número, mas antes de pudesse completar a ligação ele segura minha mão.

Consigo sentir seu suor frio, mas sua mão quente na minha, achei que ele estivesse dormindo, mas aparentemente não está.

-Não ligue - diz baixo.

-Como assim? Olha sua situação, você piorou desde ontem, disseram que eu deveria ligar.

-Eu vou melhorar logo, se eu for para o hospital, ainda mais de ambulância, as pessoas vão falar, estipular e criar boatos, isso é sempre ruim para os negócios.

-E isso é momento de pensar em negócios? Faça me o favor né, estou ligando já.

-Eu disse para não fazer isso - ele puxa minha mão me fazendo cair sobre seu corpo e soltar o celular - me desculpe - nossos olhos se encontram.

-Tudo bem - me ajeito sentada ao seu lado dessa vez.

-Tem o número de um médico, ele é médico da minha família, ligue para ele e ele virá aqui, está no meu celular, creio que eu não precise dizer a senha, irei dormir mais um pouco - ele fecha os olhos soltando minha mão.

Assim como disse liguei para o médico, em uma hora ele estava lá, Shownu acordou quando ele chegou. Pensando agora foi bom eu ter dormido aqui, Shownu sozinho nesse apartamento, não iria chamar ambulância, e pelo visto não iria chamar ninguém.

Seguindo as instruções do médico, fui em uma farmácia próxima que vi no Google maps e comprei remédios para gripe, o doutor disse que era uma gripe e nada mais grave, ainda bem, mas deveria ser cuidado logo. Fiz almoço com as coisas que foram indicados, sabe aquele mingau que os coreanos gostam quando estão doende.

...

-Aqui - coloco a bandeja no seu colo já que estava sentado na cama - parece que o remédio já fez um pouco de efeito - coloco minha mão em sua testa - mas ainda está com febre.

-Obrigado - ele pega a colher para comer - por que está fazendo isso?

-Olha, não faça nevar no verão - sorrio - as pessoas ajudam umas às outras não é? Mesmo sendo muito estranho quando penso que estou cuidando do meu diretor, mas olhando assim, você não parece tão mais velho que eu, e nem que é um diretor, então fica mais, normal.

-Falou a pessoa que é novinha - ri começando a comer.

-Ya quantos anos acha que eu tenho? - me sento na beirada da cama.

-Humm, 23.

-O que? - bato em sua perna - está me chamando de velha?

-Ei não pode bater em um paciente - me olha sério - pelo jeito que age, fala e faz as coisas, parece ter essa idade.

-Eu tenho 19, 19 okay - o olho de canto - e você tem quantos? Não parece ter mais que 24.

-Tenho 27 - come mais um pouco.

-Você não tem tudo isso - rio.

-Tenho sim - diz com a colher na boca.

-Acho que eu já devia ter imaginado, coreano sempre parece novo de mais - resmungo para mim mesma.

Realmente não parece que ele tem essa idade, estou surpresa, mas é de se esperar, agora pelo menos entendo o porquê dele me tratar daquela forma, tá isso não explica, mas sei que devo ser mais "formal" agora.

-Não precisa ser formal se é o que está pensando, continue como é, e vamos fingir que não sabemos nossas idades - nossos olhares se encontram e segundos se passam enquanto nos encaramos.

-Por que?

-Não sei - diz ainda me olhando - irei descansar para de noite, você pode me fazer um favor? Tenho uns arquivos no computador que tenho que usar de noite, pode colocar no pendrive?

-Sim, mesmo que dissesse não você iria me chantagear, mas onde pensa que vai nessa situação.

-Tenho um jantar com meus pais, esse eu não tenho escolha de não ir.

-Você tem sim, é só dizer que está doente.

-Já até sei o que o velho vai falar - se deita - não se preocupe, vou ficar bem, não e a primeira vez que vou para algum lugar doente.

-Ontem você desmaiou, ficou fraco e caiu em cima de mim, se estivesse sozinho podia estar bem pior - respiro fundo - você não vai, como sua secretária estou dizendo para não ir e se cuidar.

-Se está tão preocupada vá comigo.

-O que? Não, eu não irei com você.

-Então, pare de reclamar, se eu desmaiar sozinho por aí e algo acontecer a culpa é sua - vira para o outro lado.

-Você está sempre me chantageando.

-Você trabalha para mim - resmunga caindo no sono.

Sinceridade, o que eu faço? Sou alguém que me preocupa fácil com os outros, e ele nessa situação não devia sair da cama pelo menos por um dia inteiro, mas me meter em um jantar que não conheço ninguém, sem contar que recusei o convite de ChangKyun mais cedo, realmente não quero ir nesses lugares, e também devo ficar longe dele, onde no mundo alguém passa a noite no apartamento do diretor, e sai para jantar com os pais dele? Sou louca, não, mais que isso, nem mesmo sei o que dizer de mim mesma.

...

-Você fez o que pedi? - Shownu aparece do nada na sala.

Decidi ficar lá, e ir nesse jantar, já que estou ali o que custa ficar mais um pouco, já que estou em momento de loucuras, vamos fazer-las bem e passar mais vergonha do que já passei, não tem nada.

-Sim, fiz - me levanto - se sente melhor?

-Uma pouco - arruma a camisa - ainda tenho dor no corpo e na cabeça, sinto tontura as vezes, mas consegui tomar banho e me arrumar sem desmaiar ou qualquer coisa do tipo, já está bom não é?

-Talvez - respiro fundo - irei com você, tem que tomar remédio mais tarde, e caso aconteça alguma coisa, aparentemente não quer que ninguém saiba.

-Você não pode dizer sobre isso para ninguém S/N, quando muitas pessoas te conhecem, qualquer coisa pode ser uma fragilidade.

-Okay, acho que nunca vou entender pessoas como você - respiro fundo - o problema é que só tenho essa roupa.

Mostro meu corpo, estava vestindo uma saia e uma blusa simples, nada de mais, sapatilhas e o cabelo solto, sem contar de que estou com ela desde ontem.

-Posso dar um jeito nisso, só tome um banho, creio que queira fazer isso, tem toalhas no armário do banheiro.

-Okay.

Assim como ele diz, é o que eu realmente quero fazer, tomar um belo banho. Vou ao banheiro, me pergunto como um apartamento tem um banheiro tão grande? Normalmente eles são pequenos, mas levando em conta o tamanho desse apartamento, a localização e tudo mais, não me surpreendo mais.

-S/N quando sair se troque no meu quarto, tem uma sacola na cama - Shownu fala na porta do banheiro após um tempo que eu já estava ali.

-Okay - falo alto.

Me pergunto onde ele arrumou roupas tão rápido, mas penso nisso depois. Acabo o banho e saio do banheiro devagar, enrolada da toalha com medo de ele me ver, isso não seria nada legal, realmente, a pior das coisas eu acho.

Chego no quarto sem nenhum imprevisto, pego a sacola em cima da cama e visto a roupa que estava lá. Um vestido preto justo, tudo que era preciso, mas chique de mais para mim, não sei o preço, mas tenho certeza que não tenho condições de pagar por algo assim. Ao lado havia uma caixa de sapato, abro e vejo um sapato preto de salto, não era meu número, mas creio que servirá.

...

-Posso saber onde arrumou tudo isso em tão pouco tempo? - chego na sala olhando para ele sentado no sofá de olhos fechados, ao que parece ainda com dor de cabeça.

-Pedi para um dos gerentes de uma loja de departamentos da minha família aqui perto trazer - levanta a cabeça me olhando, parecia que ia dizer algo mas ficou por muitos segundos quieto, apenas me analisando.

-O que foi, ficou estranho? - ando até sua frente.

-Não, espero que tenha servido tudo - desvia o olhar - vamos ou chegaremos atrasados.

-Okay, só deixa eu perguntar, terei que pagar por isso?

-Você já está indo comigo nesse jantar, é um grande favor, tenha isso como um presente.

Presente? Não iria aceitar um presente tão fácil assim.

...

No caminho não conversamos muitos, apenas coisas simples e como iria ser esse jantar, espero que tudo dê certo, sem discussão, sem derramar bebida em ninguém e sem estragar vestidos de 7 mil reais.

-Essa é a casa dos seus pais - falo olhando para uma grande casa, com grandes portões, não é aquelas mansões gigantes, mas também não é uma simples casa.

-Não.

-Mas você não disse que íamos jantar com seus pais?

-Sim, mas não na casa deles, é na casa de uma família amiga nossa, meus pais e essa família fazem muitos negócios juntos e por isso desses jantares as vezes, mas faz um tempo que não venho aqui - respira fundo - e nem os vejo.

Depois de estacionar o carro em frente a porta da casa praticamente, pelo grande espaço que tinha lá dava para colocar vários carros e provavelmente fazer uma grande festa lá dentro.

Seguro em seu braço para entrar no local, aparentemente já tinha outras pessoas ali, pois tinham outros três carros, ou talvez sejam todos dessa família, não sei mais o que esperar, o que pensar, tudo nesse mundo de negócios, de pessoas da alta sociedade é diferente, e sinceramente, não é para mim.

-Aqui é bem grande - falo baixo.

-Tente não parecer tão surpresa - ele responde minhas palavras.

-Você chegou querido - uma mulher vem até nós enquanto a empregada que abriu a porta ia embora.

-Olá sr Im - ele sorri a cumprimentando.

-Venham venham, estão todos na sala de jantar já - começa a andar - quem é essa moça? - sorri me olhando.

-Ah, me chamo S/N, sou...

-Ela é minha secretária, já que vamos falar de alguns negócios pedi para que viesse me ajudar - Shownu diz me interrompendo, em outros momentos poderia ficar brava, mas agora fiquei muito agradecida.

-Entendo, bom - ela vira chegando em uma grande sala com uma grande mesa de uns 10 luages no centro - eles chegaram, creio que podemos começar - a mulher se senta.

-Nos perdoe pelo atraso, houve um imprevisto - Shownu me puxa pelo braço levemente.

Eu não sei o que fazer em meio pessoas assim, o que dizer, como devo me apresentar, ainda mais depois que vi ele ali, o que ele estava fazendo ali?

Meu coração bate um pouco mais forte quando nossos olhos se encontram, na minha mente lembro rapidamente do momento em que recusei o convite para o jantar mais cedo, creio que seja esse jantar que ele estava falando.

-S/N? - ChangKyun diz sério.