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História Meu Final Feliz - Bughead - Atestado de óbito


Escrita por: Bugheadsprousi_

Notas do Autor


Boa leituraaa
Capa nova, quem amou?
Não sou boa em edição, mas, as vezes a gente faz exceções.😅❤️

Capítulo 82 - Atestado de óbito



November  2nd 7am


- Então vamos? Ainda estou pensando em que roupa eu vou usar. - Verônica pergunta balançando uma folha em minha frente.

-- Dia dos mortos? - pergunto.

- É, você esqueceu?

-- É Halloween? Amiga já passou, foi mês passado. - ela coloca as mãos na cintura. - O que?

- Esqueceu que hoje era pra ser feriado? Nem deveríamos estar estudando...- ela fala fazendo careta.

-- Feriado? De que? - ela me encara e levanta as sobrancelhas bufando.

- Hoje é dia dos finados Betty, o dia dos mortos. - ela fala animada e cruza nossos braços.

-- Não acho que seja um dia muito feliz...- falo.

- Normalmente as pessoas ficam tristes e solitárias, visitam o cemitério, aquela bobeira de sempre. Mais aqui em Riverdale não.

-- A entendi...

Aqui em Riverdale não...

-- Ah, sim, nossa como eu sou tonta...- falo colocando a mão na testa. - Jughead estava sério hoje de manhã e disse que ele e Jellybean iriam visitar a mãe...

- Nossa, a mãe biológica deles voltou? - ela fala baixo olhando para os lados.

-- Você não soube? - falo confusa. - ela morreu Verônica...

- Aí meu Deus...- ela leva a mão a boca. - Jughead deve estar bem mal...

-- Já faz um tempo isso...- murmuro. - Mas ele está mal ainda, principalmente hoje...- falo e vou até meu armário deixando meus livros lá. - ele só me disse que decidiram distribuir as cinzas hoje, não disse mais nada...

- É, eu nem imagino o quão difícil deve ser pra ele...- ela murmura fechando seu armário e eu faço o mesmo.

-- Ele não quer falar sobre isso...- balanço os ombros lembrando da quase briga que a gente teve de manhã. 

- Então quer dizer que você não vai na fogueira...- ela se vira pra mim. 

-- Acho que não...- falo sorrindo sem jeito. - acho que eu também vou ir visitar minha família...

- Eu nunca disse isso Betty, mais escuta...- ela sorri apoiando a mão em meu ombro. - eu sinto muito pelos seus pais...- ela sorri sem jeito. - e pela sua irmã...

-- Tudo bem Vee, muito gentil da sua parte...- falo sorrindo murmurando baixo. 

- É, isso é uma novidade não? - ela sorri. - eu sendo gentil...

-- Você é gentil Verônica...- falo e bato em seu ombro. - se é sobre o Archie, eu já disse, você tem que falar com ele...

- Eu sei disso Betty...- ela bufa colocando a mão em seu rosto. - mais eu não estou afim de brigar com ele...

-- Tudo isso por causa de um "eu te amo" - falo e ela me encara. - o que? 

- Não é só por causa disso está bem? Eu sei que o amo, mais foi bem, confuso, eu não sei o que deu em mim, eu só...- interrompi ela.

-- Você só agiu por impulso? - a encaro e ela suspira. - ei Vee, não fica assim, está bem? - levanto seu queixo com a mão. - O primeiro "eu te amo" é sempre meio difícil quando você está mesmo apaixonado...- falo sorrindo. 

- Ah, você está dizendo isso por esperiencia própria? - ela ri. 

-- Pode apostar, eu consegui dizer primeiro, mais demorou pro Jughead vacilar e cair nos meus encantos...- falo sorrindo empinando o nariz e ela ri mais ainda. 

- Ata, Betty Cooper e seus encantos, é quase impossível resistir...- ela coloca a mão no peito. 

-- Chata...- falo mostrando a língua pra ela e a mesma empurra a porta saindo da escola indo até nossos carros. 

- Chata é quem me chama cala a boca e não reclama...- ela sorri. 

-- Cala a boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu...- falo rindo.

- Te vejo mais tarde? - ela abri a porta do seu carro sorrindo. 

-- Pode apostar gatinha...- falo e ela sorri piscando um olho pra mim colocando seus óculos de sol. - metida! - fala alto abrindo a porta de meu carro e escuto ela rir antes de sair cantando pneu perto da Ethel e seu grupinho. - Deveria ter atropelado...- falo alto de propósito e elas se viram pra mim. - adeus...- falo sorrindo entrando no carro. 


xxx


- Cheguei...- falo fechando a porta. - Nossa já está virando rotina...- falo encarando os garotos sérios sentados no sofá. 

-- Jughead está lá encima...- Archie murmura. 

- Ah sim eu já vou lá...- murmuro colocando a minha bolsa nos guinchos da porta. 

-- Não Betty, você não entendeu...- Pea fala. 

- Jughead está lá encima...- Jason me encara e eu entendo rapidamente.

-- Vai ficar tudo bem...- falo e encaro a mesinha de bebidas. - merda...- murmuro e corro até as escadas subindo rapidamente abrindo a porta de Jughead. 

Ele estava apoiado na sacada, olhando pras árvores, com um dos cotovelos apoiados na grade e a outra mão livre segurando o cigarro tragando devagar. 

-- Isso mata sabia? - falo e paro do seu lado tirando o cigarro de sua mão. - Já foi o suficiente...- falo apagando o cigarro. 

- Eu estava só me distraindo, observando as árvores...- ele fala calmo. 

-- Bebendo...- falo e vejo o vidro vazio de whisky na mesinha ao seu lado. - Quer conversar? 

- Não, Betty, eu não quero conversar...- ele se vira pra mim e sorri. - está bom pra você?

-- Sabe que não...- o encaro me aproximando e ele me olha parecendo calcular cada movimento meu. - eu estou aqui com você, sempre...- falo apoiando minha mão em sua bochecha fria.

- Sei que está, você está bem na minha frente agora, enchendo minha cabeça com essa sua voz sexi e chata...- ele fala me encarando e indo pra dentro do quarto. 

-- Cadê o Jake...- pergunto tentando puxar assunto. 

- Jellybean quis ficar com ele...- ele fala se jogando na cama. - ela e o draminha de sempre...

-- Não é drama você chorar quando sente vontade...- falo me sentando ao seu lado. - na verdade, te faz forte...

- Nossa então eu sou o super homem...- ele ri com desdém se levantando e se sentando na cama. - por favor né Elizabeth? Chega dessa baboseira...

-- Quanto você bebeu? - pergunto o encarando. 

- Só aquela garrafa ali no canto, eu iria fumar mais, mas uma chata apagou o meu cigarro...- ele me encara sorrindo.

-- Me sinto honrada sendo chata com você se for pra te ajudar...- falo dando de ombros. 

- Chataa...- ele falo balançando a cabeça. 

-- Eu não ligo...- falo sorrindo. 

- Me deixa sozinho Betty...- ele murmura se deitando na cama novamente. 

-- Quer que eu vá embora? - pergunto. 

- É, eu quero, vai embora...- ele fala balançando as mãos. 

-- Tudo bem eu vou...- falo suspirando e me aproximo dele me sentando em seu colo. - mais antes, abraço...- falo esticando minhas mãos pra ele. 

- Tá brincando né? - ele ri. 

-- Eu pareço estar brincando? - falo séria sorrindo. 

- Não, não, você está muito séria...- ele sorri mais logo fecha a cara. - sai logo daqui Elizabeth...

-- Dá logo um abraço em mim Forsythe...- ele me encara.

- Vai embora, Betty...- ele me encara sério aumentando seu tom de voz. - vai...

-- Sua sorte, é que eu te amo, e que eu sei que a bebida de deixa assim, e sei que está triste, e também sei que quer ficar sozinho...- suspiro. - mais olha, você tem que passar por isso, pela tristeza, as vezes é bom pra gente ganhar forças...- ele prestava atenção em casa palavra que saia de minha boca. - só não faz isso está bem? Não fica ingerindo essas coisas e por favor...- pego a caixa de cigarros na escrivaninha. - pare de fumar...

- Já acabou? - ele fala. 

-- Só mais uma coisa...- falo e junto nossos lábios em um beijo lento e calmo sentindo sua língua gelada e seu gosto amargo. - pronto...- falo baixinho ainda com os olhos fechados e meu rosto próximo ao seu.

- E agora, você vai embora? - ele fala baixinho. 

-- Vou, vou sim...- balanço a cabeça devagar. 

- Mais agora eu não quero que você vá...- ele fala segurando minha cintura. 

-- Mais agora eu sei que preciso ir...- ofego sentindo suas mãos firmes em minha bunda.

- Não vá Elizabeth...- ele sobe seu tronco beijando meu pescoço. - fique, quero que fique...

-- Não...- murmuro e encaro seus olhos. - eu vou deixar você sozinho...

- Não quero mais ficar sozinho...- ele faz biquinho com os lábios. 

-- Tome um banho quente, e vai se deitar tudo bem? Faça isso...- falo tentando me desviar de seu colo mais o mesmo agarra mais ainda minha cintura.

- Não vai...- ele ofega.

-- Você disse que precisava ficar sozinho...- falo e me levanto. - vou te deixar sozinho.

- Tudo bem...- ele bufa. - eu mereço mesmo, eu sei...

-- Ainda bem que sabe...- falo andando até a porta. 

- Ei Betts...- ele me chama e eu me viro. - eu te amo...

-- Eu também te amo...- falo e ele sorri mais ainda. Saio do quarto fechando a porta atrás de mim, e desço as escadas. 

- Bom, não quebraram nada...- Kevin fala.

-- Não brigamos, por que iríamos quebrar alguma coisa? - falo indo até a mesinha de bebidas.

- Talvez a cama...- Reggie sorri malicioso.

-- Ah cala essa boca...- falo rindo e pego uma garrafa de tequila e outra de bourbon.

- Vai fazer o que com isso daí? - Jason pergunta. 

-- Dar pro cachorro...- falo e eles dão risada. 

- Estou falando sério Betty...- ele fala. 

-- Garantindo que alguém mais velho beba...- falo balançando as duas garrafas em minhas mãos. - fiquem tranquilos, nada vai acontecer...

- Por que eu estou com um pressentimento ruim...- Foca fala. 

-- Loirinha eu...- interrompi Jason. 

- Eu vou sair, preciso ficar sozinha...- dou de ombros. - relaxem eu vou ficar bem...- falo sorrindo. - e eu não sou doida como vocês.

-- Betty você tem certeza que quer sair mesmo hoje? O dia está feio e vai cair um temporal daqueles...- Archie fala. 

- Eu volto antes, prometo que juro amores...- falo sorrindo. - qualquer coisa me liguem...

-- Está bem...- Archie fala. 

- Não sei não...- Jason fala. 

-- Pare de insistir ruivinho...- falo. 

- Se cuida em pequena...- Pea fala. 

-- Eu sempre me cuido...- falo e pego o guarda-chuva. - agora, tchau...- falo e eles acenam com a cabeça. 

Merda, eles deveriam ter insistido mais...

Deveriam ter insistido mais...

...


xxx


Desço do carro com as garrafas em uma mão e o guarda-chuva na outra. Me aproximo do portão pequeno e empurro ele que range. Entro dentro do cemitério deserto e ando até a grande casa delicada no centro, sentando no piso gelado que tinha ali enfrente ao portão outra vez. Coloco as garras do meu lado esquerdo e apoio o guarda-chuva em minha pernas. 

- Ei, eu conheço você...- o velhinho simpático da outra vez aparece. 

-- Sim, conhece...- falo sorrindo fraco. - como estão as coisas por aqui? 

- Tudo anda muito morto...- ele fala e ri. - mais e você? O que está fazendo aqui? 

-- Hoje é dia dos falecidos, vim dar meus pêsames...- falo. 

- Ah entendi...- ele me olha desconfiado. - você tem os olhos dela...

-- Dela? - pergunto confusa. 

- Os olhos de sua mãe...- ele balança a cabeça. - dês do dia em que te vi aqui, sabia quem você era...

- Engraçado que nem eu sei quem eu sou...- suspiro. 

-- Você é Elizabeth Cooper...- ele se aproxima se apoiando na pá que estava em sua mão. - filha dos Coopers...- ele aponta pra casa. - a família não acabou...

- Acabou sim...- encaro o portão preto da casa. - pode apostar...

-- Se você está aqui, quer dizer que ainda a esperança...- ele fala. 

- É, talvez...- falo. 

-- Eu só não abro o portão pra você porque eu não posso...- ele suspira. - mais faz tanto tempo que ele está fechado que eu fico até meio confuso...

- Não quero que perca seu emprego por conta disso...- falo. - quando for a hora eles vão abrir...

-- Emprego? Não...- ele balança a cabeça. - minha família construio esse lugar. 

- Nossa, então foi passado de geração a geração...- falo. 

-- É, foi sim...- ele concorda. - bom eu vou te deixar sozinha...- ele balança as mãos e sai. 

- Parece que agora sou só eu e vocês...- falo e olho pras duas garrafas. - saúde...- falo e destampo a primeira virando ela em meus lábios queimando minha garganta. 

Mal sabia eu...

...que estava praticamente assinando..

..meu atestado de óbito...




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