História Meu Garoto Sorriso - Aquela Manhã

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-Law! Cheguei!

 

A voz adulta ressoa junto a um fechar de portas, Law que acordou a alguns segundos pelo barulho tentava se acostumar com a claridade que saia de sua janela.

 

Sua mente tentava organizar todos os acontecimentos: provavelmente seu pai havia chegado, luffy dormia abraçado com a cabeça em seu abdômen e era sábado.

 

"LUFFY?" Os olhos do mais velho se arregalaram ao ver o garoto, dormindo tranquilamente agarrado a si. Porém  algo o incomodava - não apenas o fato de ele estar apenas com a cueca por baixo das cobertas -, mas sim por nem ter percebido quando Luffy foi para sua cama, já que ele havia preparado o sofá para o mesmo.

 

-L-Luffy-ya… - Tentou chamar nos ouvidos do menor, que apenas grunhiu e continuou a dormir. - Ei! Luffy.

 

-Hãã~

 

-Nada de "hã"! Por qual motivo você está aqui na minha cama e sem roupa?

 

-Tsc que saco Trao! - Incrédulo o maior encarava o ainda de olhos fechados, Luffy ao ser interrompido de seu sono poderia ser bem grosso. - O sofá era desconfortável e estava calor, eu não queria ficar lá sozinho.

 

Dito isso ele se agarra ainda mais em Law, que não aguentava a fricção da perna de Luffy em sua virilha. Tentava então se manter concentrado no real problema.

 

-É-é sério Luffy! Meu pai chegou, acorda.

 

Dessa vez a voz de Law soou mais alta, servindo apenas para chamar atenção de seu pai ao invés do dorminhoco.

 

-Law? - A voz de Rosinante se aproximava. - Com quem você está conversando? Alguém dormiu aqui? 

 

-Ao menos vista algo Luffy!

 

Law disse perdendo a paciência e tentando se desgrudar do abraço, mas no fim fez a coberta cair ao chão e Luffy, abrir os olhos confuso com toda a agitação.

 

-Mas o que…

 

Boquiaberto, Rosinante que abriu a porta a segundos atrás olhava a cena de seu filho agarrado por alguém semi nu.

 

-Que conveniente.

 

-Ah… oi? - Luffy disse com um olhar sonolento e um sorriso bobo.

 

-N-não é o que você pensa Cora-san!

 

-Tuuudo bem~ - O mais velho respondeu carregado, sorrindo de canto. - Vou preparar algo para comerem então ainda tem um tempinho pra… vocês despertarem.

 

Dito isso Corazon fechou a porta, fazendo um Law ainda surpreso com toda a situação olhar paralisado para a porta. Luffy por sua vez alarga o sorriso, seus olhos eram fixos abaixo dos dois. Trafalgar percebeu e rapidamente se pôs a tentar entendê-lo e então lembrou, ele estava ficando excitado, agora tinha seu pau pulsando já em seu ápice dentro da cueca e bem a mostra na bermuda de pijama.

 

-Não é o que você pensa.

 

Law tentou tapar a ereção, o que fez Luffy finalmente se soltar e levantar. O rosto do maior estava completamente vermelho, mas Luffy não estava tão diferente, seus olhos fixos ainda na ereção, tinha as bochechas levemente ruborizadas.

 

Ele então pulou em cima de Law, sorrindo descaradamente, sentado em seu colo.

 

-O que você está…

 

-Trao, ontem você foi muito legal comigo e hoje eu também quero te ajudar.

 

-Do que você tá falando garoto?

 

-Fique tranquilo. - Luffy disse com certa timidez, descendo um pouco mais e fazendo-o abrir a pernas, ficando de joelhos sobre cama. Ele rapidamente tirou as mãos de Law, que tapava a recente ereção. - Eu já fiz isso.

 

Ele não sabia se ficava irritado com aquele comentário, notou muito bem o que ele pretendia fazer e saber que ele fizera isso em outra pessoa antes o deixava desconfortável - não o suficiente para afastar o garoto insaciável. Luffy abaixou a bermuda junto com a cueca boxer o suficiente para que o membro do mesmo ficasse livre e claramente querendo algo.

 

Law tapou dessa vez o rosto com os dois braços, sua vergonha estava para ser escrita. Como um adolescente na puberdade ele havia ficado excitado com um irritante garoto semi nu que roçava em si. Que patético.

 

Sem muita demora, Luffy se abaixou e agarrou as coxas de Law, lambendo em torno com os olhos concentrados na pulsante ereção. Com os toque gelados por toda a virilha e em volto, foram deixando Trafalgar louco enquanto mordia os lábios, contendo os gemidos.

Luffy subiu até o pau de Law e lambeu sua glande com vontade, por fim depositou um beijo delicado.

 

-Kishishishi 

 

Law não entendeu o por que do riso, fazendo aquela reação do menor servir para que ele retirasse o braço do rosto e olhasse para Luffy, que agora abria sua boca e descia com tudo até a ereção. Com movimento lentos ele ia até a metade do pau alheio, fazendo-o arfar e a medida que os minutos passavam, tanto a profundidade quanto a velocidade aumentavam.

 

Inconscientemente, Trafalgar não se conteve e agarrou os fios negros de Luffy - que supreso apenas deixou ser guiado pelo maior. Com a ajuda de sua cintura, dava estocadas para cima e para baixo, e com os dedos entrelaçados aos fios de cabelo ele fodia a boca de Luffy, que para piorar o observava de baixo com os olhos cheios d'água, e Law sabia - na verdade tinha a certeza - que o olhar era o de sempre quando ria, o olhar de Luffy sorria para consigo. Ele realmente queria deixá-lo louco, concluiu Law.

 

-Droga Luffy… - Law reclamou tentando manter a voz e os gemidos baixos, já que seu pai estava em casa.

 

Após atingir seu ápice e se derreter na boca de Luffy, ele o afasta, sentando-se na cama e jogando os cabelos para trás com o auxílio da mão.

 

O menor engoliu todo o líquido satisfeito, limpou o restante que restara em seus lábios com os próprios dedos, num sorriso sapeca se aproximou de Law e depositou um beijo rápido em sua boca.

 

-Droga Luffy. 

 

Disse Law pôr fim, ao ver ele sair da cama e se vestir com as próprias roupas jogadas no chão do quarto. O mais velho arrumou a cueca e a bermuda, se recuperando mentalmente do ocorrido.

 

Tudo foi tão conveniente; seu pai chegando naquela cena, Luffy agndo daquela maneira e ele reagindo facilmente. Como ele conseguiria viver sem aquilo? Realmente seria possível? Provavelmente não, admitiu ele saindo do cômodo junto a Luffy e indo para a cozinha que cheirava a panquecas.

 

Law se surpreendeu com o café da manhã estranhamente agradável, Rosinante era tão agitado e louco quanto Luffy, os dois se deram tão bem que Trafalgar sentiu uma pontada de ciúmes, além de que o sorriso não desgrudava da face daquele que era de seu habitual a carranca mal humorada.

 

Ainda de bicicleta, Law deixou Luffy em sua casa - um lugar até que bonito e com um jardim a frente de dar vontade de entrar - e assim que o menor desceu, viu a porta se abrir e de lá sair Ace, com uma expressão assassina encarar os dois.

 

-T-tchau Luffy-ya, conversamos depois!

 

-Certeza que não quer entrar? Eu ainda estou com medo de… sabe…

 

-Vai ficar tudo bem! Ele só está preocupado, lembra? - Disse Trafalgar rapidamente ao perceber que Ace se aproximava. - Depois me liga.

 

Ele nem ao menos sabe o por que falou aquilo, nunca havia encorajado ninguém a ligar para ele, porém aquilo parecia o certo com Luffy. Agradecendo mentalmente por já estar longe e não mostrar seu rosto ficando vermelho. Aquela manhã havia o desnorteado completamente.

 

Ace ficou confuso e furioso por descobrir com quem Luffy havia ficado. Com dois toques no ombro de seu irmão caçula ele chamou atenção deste que ainda olhava Law se afastar.

 

Em um susto Luffy se virou e abaixou a cabeça ao perceber de quem se tratava. Fechou os punhos e correu para dentro de casa, mas não por raiva, mas por vergonha e medo do que viria a seguir.

 

-Ei, Luffy! Espera.

 

-E-eu preciso… hmm.. tomar banho! Isso.

 

Luffy disse entrando para dentro de sua casa e encontrando Sabo, sentado na escada grande a frente da porta, ainda com seu pijama amarelo e com dragões desenhados por todos os lados.

 

-Luffy! Estavamos te esperando.

 

-Mentira, você nem gosta de tomar banho! - Ace gritou, fechando a porta atrás de si e aproximando dos dois irmãos. - Apenas me escute.

 

-Não! 

 

-N-não? - Indagou Ace, incrédulo por ver pela primeira vez o irmãozinho gritar consigo. - Não fale assim comigo Luffy, eu sou seu irmão!

 

-Ei Luffy, se acalme nós apenas vamos conversar, como irmãos mais velhos nós…

 

-Não! Nós nem ao menos somos irmãos de verdade, nem temos a mesma mãe.

 

Ele grita sem encara-los, se arrependeu assim que disse e antes que pudesse fugir para seu quarto e se trancar lá, sentiu seu pulso ser agarrado. Sabo o encarava seriamente.

 

-Eu não sou seu irmão Luffy?

 

O menor apenas desviou o olhar, sabia que havia falado algo errado, porém por algum motivo era difícil admitir isso.

 

-Meu deus, vocês dois são iguaizinhos. Orgulhosos e emocionados. - O loiro disse firme e soltando um suspiro cansado. Em seguida empurrou Luffy, fazendo-o se virar e ver Ace, com os olhos cheios d'água o encarar. - Dois idiotas que resolveriam tudo com uma simples conversa.

 

-D-desculpa Luffy… eu fui um babaca mesmo! - Ace gritou.

 

-N-não Ace! Eu é quem fui! Vocês dois são meus irmãos, me desculpa!

 

-Nós sabemos maninho!

 

Num ato tão rápido os dois praticamente pularam para um abraço. Sabo voltou a posição inicial, sentando-se na escada e coçando o cenho.

 

-Vamos conversar agora?

 

O loiro perguntou sem muita paciência, Ace e Luffy concordaram rapidamente ainda abraçados e com olhos cheios d'água. Já na sala, Luffy sentava no menor sofá e do a frente Ace e Sabo estavam sentados no sofá maior.

 

Luffy terminou de enxugar as lágrimas e respirou fundo, quando ia começar a falar, Ace o interrompeu com uma tosse forçada.

 

-Eu agi mal, te segui Luffy. - Admitiu ele com as bochechas coradas. - Falei coisas idiotas que eu nem mesmo concordo, mas é que você já não contava nada para então eu… apenas agi. Me desculpa…

 

-Tudo bem Ace! - O caçula diz rapidamente, apoiado na própria perna. - Eu realmente estou… e-estava escondendo algo. 

 

-Mas por qual motivo Luffy? - Sabo perguntou num tom preocupado. - Sabe que pode conversar conosco sobre tudo e quando você fica nessas mudanças de humor nós sempre ficamos preocupados.

 

-É por nossa culpa? Por termos… deixado o pai te levar para o internato?

 

-Na verdade no início eu até fiquei bravo com vocês, mas eu sei que a culpa não foram suas… - Ele disse baixando os olhos cabisbaixo. - Depois quando vocês me ligaram ao descobrir que era besteira ficar bravo. 

 

-Isso é bom, mas e… - Ace engoliu em seco e olhou para Sabo, buscando coragem no olhar do irmão para continuar. Não queria fazer besteira de novo por isso começou a falar como treinou com o loiro horas atrás. - E sobre o que eu vi? Você… b-beijando aquele cara.

 

Luffy deu uma risada sem graça e coçou o pescoço, com as bochechas um pouco coradas.

 

-Meu ex namorado.

 

-SEU O QUE?

 

-L-Luffy? - Sabo indagou, incrédulo. - Como assim.

 

-Beem...~ - O menor cruzou as pernas ficando mais confortável. - Eu conheci ele no antigo colégio e aí…

 

-VIU SABO, EU FALEI, EU VOU MATAR O DESGRAÇADO QUE TIROU A INOCÊNCIA DO MEU IRMÃO! AQUELE VELHO TAMBÉM NÃO TINHA NADA QUE SEPAR O LUFFY DA GENTE!

 

Em um riso Luffy jogou a cabeça para trás, fazendo Ace - furioso - se sentar novamente já que tinha se levantado e Sabo, rir de canto.

 

-Está tudo bem Ace, nós nem estamos mais namorando.

 

-Então por que eu vi vocês juntos?

 

-Kata-san quis conversar comigo e acabou que ele… me pegou de surpresa - Luffy diz com as bochechas coradas, nunca imaginou que falar disso com os irmãos seria tão constrangedor. Ace ainda refletia sobre tudo, Sabo assentiu com um sorriso no rosto. - E pessoal…

 

O menor chamou a atenção dos irmãos, com um olhar inseguro ele tentava mantê-los neles. Que perceberam o garoto hesitar algumas vezes.

 

-S-sobre eu gostar de garotos também… vocês… ficaram bravos comigo?

 

-O que? Porque ficaríamos? - Ace pergunta exagerando no tom alarmante.  

 

-Bom, você ficou furioso comigo.

 

-A-ah… - O mais velho riu sem graça enquanto recebia o olhar furioso de Sabo, que fazia-o lembrar do ocorrido no dia anterior. - Eu exagerei… eu fiquei mais bravo com o fato de você não ter me contado e surpreso por… você sabe, ser gay.

 

-Kishishishi eu não sou gay - Luffy disse direto e orgulhoso. - Sou pan.
 

-Pa... pa...  o que?! - Indagou Ace confuso.

 

-Em que planeta você vive? - Sabo o repreendeu.

 

-O que é isso então?

 

-Eu também não sei, mas Nami disse que eu sou.

 

-Acho que ela não pode decidir isso por você. - Ace disse mesmo sem nem saber ainda.

 

-Mas ela não decidiu nada, só me contou e eu me identifiquei.

 

-Vocês não tem jeito mesmo né. - O loiro disse suspirando. - Quer dizer que ele se atrai pela pessoa independente do sexo ou gênero. Na verdade isso é bem sua cara Luffy.

 

-Exato. 

 

-E-entendi… - Ace falou pensativo, logo depois se voltou ao irmão com um olhar determinado. - Eu não me importo nem um pouco, na verdade se isso te faz feliz eu também fico feliz.

 

-Igualmente. - Sabo completou.

 

Luffy abriu um sorriso de orelha a orelha, não conseguindo conter a animação, era como se um peso enorme saísse de seus ombros.

 

-Mas Luffy, não esconda nada da gente de novo okay? Ao menos não algo tão importante assim. - Sabo disse já ficando mais relaxado. 

 

-Isso mesmo, quero que me apresente qualquer um com quem você sair ouviu? Preciso aprovar!

 

-Não exagera também…

 

O mais novo apenas ria dos dois irmãos, ele realmente havia ficado apreensivo por nada. Queria contar logo para Law que tudo realmente correra tão quanto havia dito.

 

-Mais uma coisa Luffy… Por que você voltou com Law? Estava na casa dele?

 

-Ah, sim. Estava. - Ace e Sabo se entreolharam. - O que foi gente?

 

-Bom, eu lembro que você realmente me falou, mas…

 

-Mas ninguém nunca foi na casa dele e também não é nadinha o estilo dele levar um colega para casa, nem mesmo se este em quastão estivesse triste.

 

-Ah não ser que…

 

-QUE TENHA ALGO MAIS NISSO! AH MAS EU MATO AQUELE DESGRAÇADO!

 

-Ace… eu é quem vou te matar se continuar me interrompendo assim. - Disse Sabo, sem muita paciência.

 

-Desculpe… mas conta Luffy! V-você dois...

 

-Kishishishi agora eu entendi o por que de ele não querer entrar.

 

-Ele viu que eu estava preocupado e ficou caladinho… se ele tiver colocado as garras em você, Law é um homem morto.

 

-Quem quer café da manhã?! - Gritou Sabo se levantand, tentando diminuir a tensão. - Conversamos muito, mas Luffy deve estar com fome, certo?

 

-Sempre! - Ele diz animado, mesmo que já tivesse tomado café com Law, e o pai do mesmo.

 

-Essa conversa ainda não acabou. - Ace esbraveja, mas desistindo da pose de irmão mais velho malvado quando ouviu a própria barriga roncar. - Okay, depois do café.

 

Os três se dirigiram para a cozinha animados, conversando e rindo como se nunca tivessem brigado. O laço que tinham era mais forte do que qualquer briguinha boba, aquilo toda vez.