-E então ele me salvou,me puxando para fora da água,foi emocionante!-Digo animada para a Alya que olha fixamente para mim, segurando a cabeça entre as mãos.Ela sorri.
-Sei..e..como esse tal Chat Noir é afinal¿-Pergunta fazendo um sorriso trocista.
-É..explêndido..-Digo colocando as mãos nas bochechas,e ela ri.
-Visualmente,garota!-
-Ahh..bem..ele é loiro,tem olhos verdes,e usa uma roupa preta,bem grudada.Ah,e tem orelhas de gato na cabeça.-A Alya começa a rir,e eu olho para ela desentendida.
-Deve ser mais um de seus sonhos,Marinette.Mas fico feliz que tenha encontrado algo para se entreter, além de escrever o dia todo,e mexer com aquelas cartas estranhas de...como chamam¿-
-Tarot.-respondo friamente com uma cara zangada.
Conversamos mais um pouco, e depois vamos dormir.Fico zangada com a parte da Alya não acreditar em mim,mas talvez seja melhor¿ Lembro do que o Chat Noir me disse.
Me chame três vezes, e vou estar lá
Chamo-o três vezes,e peço para que apareça no meu sonho.Durmo rapidamente, e espero que ele venha.
Marinette..
Ele me chama.Sigo a voz, procurando por ele.Reparo que hoje,minha roupa está diferente.Em vez da roupa grudada, tenho uma saia, aliás, um vestido, continua no tema joaninha,mas é elegante, e fofo.No fundo da sala escura em que estou, vejo o sino dourado do Chat Noir, e corro para ele.
-Chat Noir!-grito, acenando para que me veja.Ele sorri, e o sorriso brilhante dele, ilumina o meu caminho.Ele abre os braços para mim, e eu o abraço.No mesmo momento que o abraço, ele desvanece em cinzas, e eu começo a sentir voltas no estômago.Uma..armadilha¿Um novo Chat Noir aparece no outro canto da sala, e eu caminho até ele.Ele abre os braços e sorri novamente para mim, mas eu apenas toco no peito dele para me certificar de que estou com o verdadeiro.Ele se desvanece em cinzas novamente, e sinto minha felicidade sumir junto com as cinzas dele.Sinto uma ponta de desilusão.Penso em acordar, mas não consigo.
Marinette..
Me chama a voz repetidamente.Chat Noir,onde você está¿.. Ouço o barulho de algo pousando atrás de mim, e me viro lentamente.Lá estão Plagg e Tikki, fazendo olhares ameaçadores para mim.Sinto um arrepio na espinha.Aceno para eles,dando um meio sorriso.
-O..olá..- Digo, sentindo minhas pernas tremerem.Eles se aproximam, com sorrisos desafiadores, logo, estão voando em volta de mim.
-Então é você que está chamando tanto a atenção do meste!-exclama a garota sorrindo.
-Essa decepção de pessoa¿-Pergunta o garoto, e me sinto mal por dentro.Sei que fazem de propósito, mas magoa.
-Não parece difícil de matar..-Diz a garota se aproximando de mim.Estou imóvel.Não consigo falar, nem me mover.
-Ou podemos fritá-la, e comê-la!-Exclama o garoto, e a menina acena afirmativamente com a cabeça.
-Chat Noir..-Falo o mais alto que consigo no momento, não é muito, mas espero ser alguma coisa.Os dois demônios começam a rir do meu desespero, e zombam de mim.Sinto as lágrimas escorrerem por meu rosto frio, e o desespero percorrer a minha mente.
-Vamos a isso- Diz a garotinha.Quando ela abre a boca, cobras começam a sair, e tentam me morder.Esquivo de algumas e grito, mas sou pega em um dos braços.
-Fique quieta!-Grita o garoto.
-Sim, é bom que você fique quietinho mesmo, pois hoje, não terei piedade.-Viro a cabeça para olhar para trás.A voz é familiar,e quando vejo quem está lá, meu coração para.Lá está o Chat Noir, com um rosto sério e ameaçador,que me dá medo.Começo a chorar desesperadamente, e tento empurrar os demônios que me prendem no chão.
-Chat Noir..- choramingo, e ele avança.
-Cataclismo..-Curiosos raios verdes encolvem suas mãos, e ele corre na direção dos demônios, arranhando suas caras com as afiadas unhas.Um deles vira pó, mas o outro consegue escapar.O Chat Noir corre para pegá-lo, mas não o alcança, e fica por ali mesmo.Ele descança e volta para a minha direção.Arruma o cabelo, e volta á postura controlada dele, sorrindo para mim.
-Peço desculpas pelo inconveniente mileide.-Diz e me puxa pela cintura, fazendo aquele cano que ele sempre trás, subir e nos levar para algum lugar que surge subitamente.Nos sentamos, e ele suspira.
-Andou jogando sozinha denovo¿-Pergunta, e eu aceno afrmativamente.
-Não sei o que vou fazer,eles vão te perseguir sempre que tiverem oportunidade.Não quero te assustar, mas não tenho uma solução ainda.-Diz, e sinto meu coração parar, e meu sangue fluir lentamente.Ele olha para mim e sorri.
-Não se preocupe,eu estarei te vigiando de agora em diante.-Sorrio para ele, mas fico fico preocupada.
-Chat Noir, você não tem que ser a minha babá, você com certeza tem coisas melhores para fazer e..-Ele tapa a minha boca.
-Estou me responsabilizando por você, não vejo problema em te proteger, aliás, eu te amo, Marinette, não teria porque não.-Meus olhos se abrem de surpresa.Ele..me ama¿
-Como você me ama¿Como consegue amar um ser mortal,como eu¿
-Assim como você me ama, Marinette.-Eu..¿
-Oh..não descobriu ainda, perdão.-
-Não descobri..o que¿-pergunto confusa.
-Temos uma certa..ligação.Vou ter que te explicar mais tarde.E eu sei muito sobre você, mais do que imagina, Mrinette.-Meu coração bate rapidamente, nunca tinha ‘’amado’’ alguém, e não sei se ele fale sério, mas isso é..impossível.
-Peço desculpa pela demora.Você me chamou, mas como comando os outros espíritos, tive que cuidar de uns certos problemas.Saberei quando for muito urgente, então nunca hesite em me chamar.-
Sorrio,e ele devolve o sorri.Coloca um braço em volta do meu pescoço, e encosta a cabeça dele na minha.Sinto minhas bochechas ferverem, e meu coração bater.
-Sente isso¿É o que chamamos,amor..-Diz traçando linhas imaginárias nas minhas coxas.
-Chat Noir,eu queria muito..te fazer um pedido.-Digo olhando para os traços que ele desenha em mim,com os dedos.
-Sim,mileide¿-
-Eu queria muito..te ver no meu plano..espiritual.É assim que chamam¿-
- També.Nós chamamos de, o vale dos mortais,mas assim também dá.E sobre isso..eu meio que..já morri a um tempo..Fiquei na terra apenas para cumprir uma..missão.-Diz, e fico triste,mas sorrio para ele,tranquilizando-o.
-Não se preocupe..eu..-
-Posso tentar querida,posso tentar..-
-Sério¿!-
Ele abana a cabeça afirmando, e eu dou um gritinho de felicidade.Agradeço a ele, e ele me leva para baixo.Disse que o despertador vai tocar, e que logo vou acordar.Abraço-o uma ultima vez, e sinto seu cheiro de alfazema, e o jeito como os músculos dos braços dele me apertam.Aprecio aquele abraço uma ultima vez, e parto para a vida real,ansiosa por sua ‘’tentativa’’
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