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História Meu híbrido. - TA QUE PARIU COMO FUI FAZER UMA COISA DESSAS


Escrita por: Luna_Caldante

Notas do Autor


Bom dia meu povo! Tarde

Capítulo 14 - TA QUE PARIU COMO FUI FAZER UMA COISA DESSAS


            Estávamos tão perto. Sentia sua respiração sobre a minha. Sentia seu corpo sobre o meu. Sentia até demais. Minha mente clareou por um momento. Só tínhamos nós dois ali. E eu não sabia que avançava ou não. Se recuasse ficaria triste? O que eu acho disso? Carai nunca beijei um cara. Como ele se sentiria em relação a isso. Surtaria como nas ultimas vezes ou não se importaria? O que aconteceria?

            Nem sabia o que eu achava. E se não gostasse. E se o magoasse. Cheguei um pouquinho mais perto. Não muito. Só pra dar a entender que eu queria. Queria o que? Nem eu sei, mas meu coração batia mais forte no peito implorando por algo.

            Ele também chegou mais perto. Seus lábios roçando nos meus. Não desviamos os olhos um do outro. Não ousamos fazer isso. Nos dois chegamos mais perto. Um selinho primeiro. Meu rosto estava desesperadamente quente. Talvez estivesse com febre e tendo alucinações.

            Não... isso era real de mais. Demais. O segurei um pouco mais perto. Avancei. Ele já tinha dado o primeiro toque então queria... ou não se importava. Tanto faz agora. O beijei. Não tinha malicia ou desespero. Era... calmo. Com amor, carinho, desejo contido. Nós nos separamos mais um momento. Encarando um ao outro. Não tivemos coragem de nos mover.

            — E... — Nem consegui aproveitar a sensação. Sentia ainda seus lábios nos meus. Como se nunca tivessem se separado. Seus olhos se incendiaram. Não de uma forma boa. Não de uma forma que eu queria. Meu coração pareceu quebrar. Medo.

            Medo brilhava nos seus olhos. Ele se levantou ágil e pulou do sofá. — Des... ai merda... merda... merda... isso não... — Balbuciou. — Droga... — Levantei, mas bakugou deu alguns passos pra trás antes de correr e se trancou no quarto.

            Só ouvi o baque da porta e a tranca. Cai sentado de novo. Tinha sido muito bom. Estava tão surpreso que nem tinha reação. A vida inteira achei que era hetero. Juro que achava. Mesmo nunca tido atração em nenhuma menina em específico. Achava que só não tinha conhecido a certa. Mas... depois desse beijo...

            Puta que pariu eu gosto dele.

            Bakugou On.

            Eu não sei no que estava pensando. Não estava pensando. Não tem como eu estar pensando! Como deixei... Apertei a mão contra a chave da porta. Como... Escorreguei para o chão com as costas na porta. Eu tinha...

            Estávamos tão perto naquele momento. Não enxerguei malícia em seus olhos. Não consegui ver nada de ruim eu vi algo que... não entendo ao certo o que era. Algo que parecia carinho? Amor? Essas coisas nem existem de verdade. São uma invenção. Uma grande mentira.

            Quando chegou mais perto eu não fiquei assustado. Aqueles olhos em mim não me importavam mais. Eu GOSTEI daquilo. Gostei do amor presente nos olhos do ruivo. Adorei na verdade. EU cheguei mais perto. EU aceitei o acordo. A proposta dele com a aproximação. O que estava insinuando. Eu sabia o que ia acontecer. Por um momento... eu queria isso.

            Respira fundo. Calma. Pensa. O que vou fazer agora? Nem sei se ele gosta de mim. Não é possível gostar de mim. Não é... Ele vai me usar como sempre fazem. Não sei por que ainda não começou.

            Talvez não seja assim. Ele É assim. Todos são assim. Pessoas sorriem quando machucam. Elas não rostam nem chiam, elas sorriem para nos machucar mas... ele. Passei a mão no cabelo. O cabelo de merda não estava sorrindo. Ele estava sério. Me olhando com aqueles olhos. Não eram os olhos de quem vai machucar. São diferentes. Mais intensos, mais quentes. Diferentes.

            Eu cheguei mais perto e fiz o primeiro contato. Não conseguia pensar naquele momento... Que idiota eu fui. Agora vou ser mandando embora dessa casa de merda. Eu não quero ir. E se... e se o Kirishima me mandar de volta? Se ele descobrir alguma coisa e me mandar embora?

            Ele nunca vai poder saber do incêndio. Nem de nada disso. Eu acabei falando de mais, fazendo demais.

            Minha respiração começou a acelerar um pouco demais. Os sons pareceram mais altos. Eu não ia voltar. Kirishima disse, prometeu que não importa o que acontecesse não ria me levar de volta. Não importa a burrada que eu fizesse certo? Nem beijar ele conta? PUTA QUE PARIU COMO EU FUI FAZER UMA COISA DESSAS.

            E ele... Deixei os ombros caírem encarando o teto branco. Ele retribuiu... Certo? Ele tinha retribuído... Fechei os olhos. Não conseguia ouvir os passos na sala. Kirishima ainda devia estar sentado ali no sofá pensando igual a mim.

*-*-*-*-*

            Passei um bom tempo ali sentado na porta tentado me acalmar. Não adiantou muita coisa, mas consegui pensar um pouco. O cabelo de merda era legal. Estava tentando fazer de tudo para eu me sentir bem. Não podia negar isso. O esforço que fazia pra ajudar, mesmo que da maneira errada era visível. Talvez... só talvez eu possa dar uma chance para ele. Talvez não seja como o outro ou como... balancei a cabeça tentando tirar a lembrança da cabeça.

            Ouvi alguns passos que pararam na porta. Acho que ele o ruivo conseguiu ver que eu estava sentado por que ele se sentou assim como ou e encostou na porta. Deu pra sentir o baque de suas costas na madeira da pobre porta.

            — Bakugou... — Sua voz morreu. — Pode sair dai? Quero conversar...

            Apertei os olhos. Conversar... querer conversar nunca era bom... Ainda tinha uma porta entre nós. Isso era seguro. Não quebraria a porta. Quero confiar nele. Juro que quero, mas é difícil.

            — Desculpa por aquilo... — Sussurrei. — Eu não...

            — Não queria? — Sua voz pareceu bem dolorida. Não sei por que isso também me doeu um pouco.

            — Não sei. Eu não sei... — Disse. Encolhi as pernas contra o peito escondendo o rosto. De que eu não sei, estava sozinho no quarto.

            — Eu... não devia ter te forçando. — Franzi a testa.

            — Não me forçou a nada cabelo de merda. — Briguei baixinho.

            — Pode abrir a porta por favor? — Levantei. Soltei o ar com a mão na maçaneta. E abri.

Ele estava em pé me esperando.

            Soltei o ar. Nenhum de nós dois parecia saber o que fazer. — Isso é estranho... — Disse.

            — Pra caramba... — Concordei.

            — O que quer fazer agora? — Disse. Pisquei. O que eu queria fazer? Encarei ele por alguns segundos. Nunca admitiria, mas... queria saber o gosto daqueles lábios mais uma vez.

            Kirishima On.

            — Não quero que me odeie. — Sussurrou. Essa me pegou de surpresa. Não sabia o que podia fazer então dei um passo a frente. Eu parecia estar pisando em ovos. Pisando nas tábuas apodrecidas de uma ponte de corda em cima de um rio. Se eu caísse, errasse um passo... perderia tudo que consegui conquistar. Toda a confiança que consegui ganhar nesse tempo que nos conhecemos. Qualquer coisa que o assustasse seria fatal pra nós nesse momento.

            — Nunca vou te odiar. Quero que saiba disso. — Disse levando a mão, hesitante, no seu rosto. Bakugou sorriu de cantinho de boca e inclinou o rosto pesando-o contra minha mão. Meu coração saltou no peito. Eu tinha acertado o passo, por pouco, mas tinha. — Eu sei que é... complicado. Pra dizer o mínimo, mas eu nunca vou te odiar.

            Ele se afastou. Senti que quase caia na água. — Não diga algo que não pode cumprir. — Chiou.

            Onde eu errei? Cheguei mais perto. Segurei sua cintura de leve e o puxei contra mim. Katsuki não tentou se afastar. Ergueu o rosto me mostrando de novo aqueles orbes vermelhas. — Eu posso cumprir. — Devo admitir que queria mais. Queria muito sentir aquele beijo de novo, mas talvez dessa vez um pouco mais forte. — Posso...? — Aproximei o rosto com a pergunta implícita. Bakugou assentiu rodeando meu pescoço com os braços. Eu gostei da sensação.

            Colei meus lábios nos seus. Senti seu toque. Primeiro lento e acanhado, mas aos poucos se enchendo de desejo. Pedindo passagem. Apertei sua cintura, o senti suspirar. Não paramos. Ficou ainda mais forte, bem mais forte. Segurei seu cabelo o puxando levemente pra trás deixando o pescoço amostra. Desci de seus lábios beijando a bochecha, o osso da mandíbula, o pescoço... Ele conteve outro suspiro. Soltei seu cabelo e comecei a deixar marcas ali. Não sabia o quanto queria isso até fazer. Um arquejo de prazer se soltou da garganta do loiro.

            Eu sorri e me detive. Me endireitei o olhando. Seus olhos pegavam fogo, meu corpo estava quente. Provavelmente precisaria de um banho frio para me acalmar completamente depois daquilo. Eu sabia que não tinha passado do limite só pelos seus olhos. Estava quase chegando no limite do que permitia que acontecesse, mas não tinha ultrapassado.

            — Nunca disse que podia. — Brigou baixinho. Estava corado, mas me encarava firme. Divertido até.

            — Se não queria era só me pedir pra parar. — Revidei divertido.

            — Então... — Disse. — Isso muda alguma coisa entre a gente? — Mordi o lábio. Não sabia se mudava, ou se não mudava. Mas sabia que gostava dele. E pensando um pouco. Acho que sempre gostei dele. Dês do segundo dia quando começamos a realmente conversar. Eu me preocupo com ele. Gosto de ter a companhia. Meu coração aperta quando está triste e sempre quero o alegrar. Meu corpo esquentava com os olhares, eu queria que os toques... os poucos que permitia durassem para sempre. O que sentia ia muito mais... muito, muito mais além que corpo.

            — Se você quiser... podemos... eu não sei... — Respirei fundo lembrando de um termo que Mina costumava falar com certa frequência. — Somos amigos certo? — O loiro parou para pensar um pouco. Ficou olhando para mim por um tempo.

            — Acho... não exatamente mas... sim. — Sorri de canto de boca.

            — Quer que alguma coisa mude? — Senti meu rosto esquentar um pouco mais do que devia.

            — Não tenho a menor ideia, mas... eu gostei disso. — A ultima parte foi falada tão baixo que quase não consegui escutar. Se não estivéssemos tão perto um do outro eu nem teria conseguido ouvir. E meu pobre e másculo coraçãozinho acabou de falhar.

            — Podemos não definir. — Disse um pouco melhor com a ideia. Bakugou assentiu. Sorri. Sorri que não consegui controlar. Eu não tenho a menor ideia se sou gay ou não. Se sou bi. Se n sou nada. Não sei, nem sei definir. Mas eu sei que o loiro na minha frente me deixava maluco, que eu... o amo. E que se não vamos definir o que somos, se ele se sentia melhor assim eu também podia demorar um pouco mais para me descobrir. Talvez eu seja Bakugousexual? Kkkkkkkkkk Ou sei lá? Piadas a parte... Eu parecia que ia explodir de alegria por ter ele ali e por ter acabado de fazer a maior loucura do mundo.

            Bakugou On.

            Eu não saberia dizer bem. Mas fiquei feliz. Não queria que mudasse. Odeio a porra de mudanças. Mudanças nunca são boas. Claro que tem algumas exceções, mas costumam não ser boas. E eu não queria que mudasse o que eu e Kirishima tínhamos. Não  éramos amigos. Não o via assim... parecia um pouco... simples demais.

            Por que digo isso? Já tive um amigo ou outro e nada se compara ao que eu pareço ter como o chato do cabelo de merda.



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